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CC Resumo Os Pioneiros da Educação

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FACULDADE INTERNACIONAL SIGNORELLI
CURSO DE PEDAGOGIA
TURMA PED1311/1º Período
Referência Bibliográfica: Livro: Fundamentos Históricos da Educação no Brasil; Manifesto dos pioneiros da educação nova (1932) e a construção do sistema nacional de ensino no Brasil
Resumo Descritivo
	
Por
Pamela Bernardino de Souza
Trabalho final apresentado em cumprimento às exigências da disciplina Fundamentos Históricos e Filosóficos da Educação, sob a orientação do professor Nelson Jakimczyk Baptista.
 Rio de Janeiro
Ano 2016
Resumo
Escola Nova é um dos nomes dados a um movimento de renovação do ensino que foi especialmente forte na Europa, na América e no Brasil, na primeira metade dos anos 20. "Escola Ativa" ou "Escola Progressiva" são termos mais apropriados para descrever esse movimento. A Escola Nova foi um movimento de renovação do ensino, especialmente forte na Europa, na América e no Brasil, na primeira metade do século XX. 
ANTECEDENTES DO IDEÁRIO ESCOLANOVISTA
No Brasil, a Escola nova desenvolveu-se sob importantes impactos de transformações econômicas, políticas e sociais. O rápido processo de urbanização e a ampliação da cultura cafeeira trouxeram o progresso industrial e econômico para o país, porém, com eles surgiram graves desordens nos aspectos políticos e sociais, ocasionando uma mudança significativa no ponto de vista intelectual brasileiro.A preocupação quanto à formação de mão-de-obra nacional especializada - o cenário educacional mostrava-se precário devido à falta de professores qualificados e de recursos para construção de prédios escolares, bem como pela ausência de escolas profissionai. em 1915, apresentou-se a Reforma Carlos Maximiliano, que reorganizou o ensino secundário e superior (NISKIER, 1989). Em 1925 foi aprovada a Reforma de Ensino de Rocha Vaz. Em 1924, fundou-se a Associação Brasileira de Educação (ABE), em 1930, Getúlio Vargas assumiu a presidência do país. Nesse mesmo ano, criou-se o Ministério da Educação e Saúde. 
Cabe mencionar a reforma de Fernando de Azevedo, implementada nos anos de 1927 a 1930 no Distrito Federal. Todas essas propostas antecipavam os novos ares explicitados no Manifesto e mantinham relação direta com o novo espírito da República instaurada a partir de 1930. 
No Brasil as primeiras ideias da Escola Nova foram introduzidas por Rui Barbosa. Vários educadores se destacaram, entre eles Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira e Lourenço Filho. No entanto, o grande nome do Movimento na América foi o filosofo e Pedagogo John Dewey, que inclusive influenciou a elite brasileira com o movimento da Escola Nova. (De acordo com visão de Dewey, a educação era um processo de reconstrução, se misturaria com o próprio processo de viver. Apenas o aluno podia ser o autor de sua experiência). 
A presença dos educadores responsáveis pelas reformas nos anos 20 do século passado nas principais iniciativas educacionais do país nas décadas seguintes, acabou marcando na historiografia a origem da Escola Nova no Brasil naquele período.
Manifesto dos Pioneiros
Na era Republicana, o Brasil, mantinha suas bases administrativas voltadas para a Teoria Geral da Administração. Foi neste período que as reformas organizacionais aconteceram com mais força nos Estados e também na educação. Onde se lançaram as bases e diretrizes de uma nova política de educação. O documento defendia a universalização da escola pública, laica e gratuita. Junto deste movimento os reformistas da educação ( Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Fernando de Azevedo e outros) instituíram o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932). A renovação educacional no início da Segunda República estava alicerçada nas teorias psicológicas de Lourenço Filho, na contribuição sociológica de Fernando de Azevedo e no pensamento filosófico e político de Anísio Teixeira. 
Ideal Escolanovista
O ideal da Escola Nova pregava como princípio básico a criatividade e originalidade, onde a atividade espontânea, pessoal e produtiva eram aspectos mais importantes no desenvolvimento do indivíduo. Os objetivos eram concentrados no aluno. Acreditava-se também que a educação é o elemento verdadeiramente mais eficaz para a construção de uma sociedade democrática, que leva em consideração as diversidades, respeitando a individualidade do sujeito, aptos a refletir sobre sociedade e capaz de inserir-se nessa sociedade. Diferente da Escola Tradicional em que o aluno era um ser passivo e seu papel era receber ordens, normas e recomendações do professor, executar a disciplina, a obediência e o espírito de trabalho e o professor autoritário que transmitia um saber fragmentado, desfocado do contexto, enciclopédico. Preocupa-se com a memorização e repetição dos conteúdos.
(resalva)
Embora o ideal escolanovista ter bases de ensino libertaria, Anísio Teixeira, um dos pioneiros do Manifesto, ignorava em seu discurso pedagógico. Ele atribuía grande poder à escola, propondo a reforma de ideias sem questionar a base material sob a qual a sociedade capitalista repousava, mas ignorava, assim, a luta entre burguesia e operariado. Para Anísio Teixeira (2000), a escola deveria acompanhar as mudanças da sociedade e preparar o homem para as novas necessidades, conservando a sociedade existente. Nela os indivíduos seriam preparados para a vida; assimilariam conteúdos de forma sistematizada, com o objetivo de compreender as relações políticas, sociais e econômicas. Assim, a escola visava a formar o homem bondoso, gentil e tolerante, de acordo com os princípios liberais. ''Esse homem deveria buscar riqueza, harmonia e liberdade, dentro do ambiente de transformação e progresso iniciado com a industrialização, uma vez que o modelo social a ser mantido era o modelo burguês.'' Um ideal ambiguo do ideal, já que, o debate entre escola pública versus a particular, uma vez que a propaganda oficial defendia a permanência desta última. Tais documentos cobravam do Estado a oferta de uma educação nova para todas as classes da sociedade e a não manutençao dos moldes tradicionais.
 
RESUMO CRÍTICO
Escola Tradicional x Escola Nova x Escola Atual
Se analisarmos os moldes da escola tradicional para os moldes da escola atualmente, certamente não veremos muitas mudanças. Apesar da grande influencia do pioneiros da Escola Nova, o escolanovismo não conseguiu modificar de maneira significativa o modo de operar das redes de escolas e perdeu força sem chegar a alterar o cotidiano escolar.
A escola ainda hoje parece impenetrável, está parada no tempo, desenvolve o aluno para um mundo que não existe mais. Ainda que queira, o professor não tem a menor chance de ser a fonte ‘’suprema e unica de conhecimento’’. As tecnologias revolucionaram as chances de obtenção ao conhecimento, hoje a cada cinco anos temos uma ‘’nova descoberta’’, ou seja, se um aluno começa um curso, técnico ou superior de quatro/cinco anos, na metade do que aprendeu no primeiro já esta defasado.
O Sistema ainda tem/usa o professor como ‘’detentor’’ do conhecimento e o aluno como ‘’deposito’’ desse conhecimento. Basicamente o mesmo modelo do século 19. O Aluno não precisa apenas decorar conceitos ou receber informações do professor. Precisa desenvolver um pensamento critico, capacidade de inovar, a criatividade, a espontaneidade- o professor como mediador do processo-, deixar ao aluno o protagonismo. O moldes de avalição continuam baseados nos metodos tradicionais, decorar se tornou mais importante que aprender.
 
O Brasil está em um momento bastante difícil do ponto de vista econômico, político e ético. E a educação não fica isolada desse contexto. 
A exemplo disso está o movimento denominado OCUPAS, que começaram no inicia desse ano, onde alunos das escolas estaduais ocuparam os colégios, reivindicando reformas escolares. Entre os pedidos mais urgentes estão: Infraestrutura, reintegração da escola com a comunidade em volta, aula em espaço livre, acesso à todas as salas, substituição do SAERJ por aulas de reforço escolar, gradeamento das janelas, retirada do policiamento da unidadeescolar, entre outras reivindicações.
Um processo importante e essencial para a mudança dos moldes da educação do presente e um legado para o futuro.

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