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teoria das penas 3 - unip - ed

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21/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/9
 
Nesta aula abordaremos aspectos bastantes importantes, também,
constantes na Lei de Execução penal, quais sejam, a regressão de regime, a
superveniência de doença mental e a detração. Vejamos.
01 – REGRESSÃO DE REGIME
Trata-se da volta do condenado ao regime mais rigoroso, por ter
descumprido as condições impostas para ingresso e permanência no regime
mais brando.
Embora a lei não admita a progressão por salto, a regressão por salto, ou
seja, do aberto para o fechado, é cabível, do mesmo modo, a despeito da
pena de detenção não comportar regime inicial fechado, este é
perfeitamente cabível em caso de regressão.
A lei prevê as seguintes hipóteses de regressão:
i) prática de crime definido como crime doloso – em se tratando de delito
culposo ou de contravenção, a regressão ficará a cargo do juiz da execução;
ii) prática de falta grave – nos termos do artigo 50, da LEP, a fuga é
considerada falta grave, embora não tipifique crime, há violação de deveres
disciplinares do preso, ensejando punição administrativa e autoriza a
regressão de regime, já que o comportamento do condenado não se adequa
ao regime aberto ou semi-aberto;
iii) sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante
da pena em execução, torne incabível o regime;
iv) frustar os fins de execução, no caso de estar em regime aberto –
qualquer conduta que demonstre incompatibilidade com o regime aberto,
como por exemplo, o abandono de emprego;
A lei, ainda, menciona o não pagamento de multa cumulativa, no caso de
regime aberto, porém, esta hipótese foi revogada pela Lei nº 9.268/96, que
considerou multa como dívida de valor para fins de cobrança, sem qualquer
possibilidade de repercutir negativamente no direito de liberdade do
condenado.
02- SURPERVENIENCIA DE DOENÇA MENTAL
Nesses casos, o condenado deverá ser transferido para hospital de custódia
e tratamento psiquiátrico e a pena poderá ser substituída por medida de
segurança. Atenção! É caracterizado constrangimento ilegal a manutenção
do condenado em cadeia pública quando for caso de medida de segurança.
03 – DETRAÇÃO PENAL
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Trata-se do computo, na pena privativa de liberdade e na medida de
segurança do tempo cumprido de prisão provisória, no Brasil ou no
estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em hospital de
custódia e tratamento ou estabelecimento similar.
A detração é matéria de competência exclusiva do juízo da execução, nos
termos do artigo 66, III, c, da LEP. Não cabe, portanto, ao juiz da execução
aplicá-la, desde logo, para poder fixar um regime inicial de cumprimento de
pena mais brando. A decisão que concede a detração penal deve ser
fundamentada, sob pena de nulidade, por força constitucional (artigo 93,
IX, CF)
O computo da prisão provisória, ou seja, do tempo em que o réu esteve
preso em flagrante, por força da prisão preventiva ou temporária ou mesmo
de sentença condenatória recorrível ou de pronuncia é possível para fins de
detração.
Hoje, diante da impossibilidade de conversão da pena de multa em
detenção, não é possível a detração em pena de multa. Também, não é
possível a detração em caso de sursis (suspensão condicional), pois o
instituto resguarda a finalidade de impedir o cumprimento integral da pena
privativa de liberdade. Assim, é impossível diminuir uma pena que nem
sequer esta sendo cumprida.
Em relação a detração às penas restritivas de direito, há sólidos
entendimentos que a admitem, na medida em que quando se mantém
alguém preso para ser aplicada a pena não privativa de liberdade com mais
razão ainda não deve se menosprezado o tempo de encarceramento do
condenado.
Por fim, admite-se a detração do tempo de prisão provisória em relação ao
prazo mínimo de internação, de sorte que, o exame de cessação da
periculosidade, será feito após o decurso do prazo mínimo fixado, menos o
tempo da prisão provisória.
DIREITOS DO PRESO
01- INTRODUÇÃO
Nesta aula vamos abordar os fundamentos constitucionais e legais
relacionados aos direitos do preso. Indicaremos, portanto, o direito e o
respectivo fundamento seja previsto na Constituição Federal, no Código
Penal ou na Lei de Execução Penal, sem prejuízo de outros diplomas legais.
A título de introdução, cumpre destacar que o artigo 38, do Código Penal
bem como o artigo 3º, da Lei de Execução Penal estabelecem que o preso
conserva todos os direitos não atingidos pela condenação.
Em razão das finalidades da pena, a Lei de Execução Penal preocupou-se
em assegurar ao condenado todas as condições para a harmônica
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integração social, por meio de sua reeducação e da preservação de sua
dignidade, nos termos do principio consagrado em seu artigo 1º.
02 – DIREITO À VIDA
É proteção constitucional. A vedação à pena capital constitui limitação
material explicita ao poder de emenda – cláusula pétrea, núcleo
constitucional intangível, nos termos do parágrafo 4º, inciso IV, do artigo
60, da Constituição Federal.
Considerando que a constituição veda a pena de morte, temos que o Estado
deve garantir a vida do preso durante a execução da pena.
03 – DIREITO À INTEGRIDADE FÍSICA E MORAL
Esta garantido nos seguintes dispositivos:
· CF => inciso III, art. 5º. “Ninguém sera submetido a tortura nem a
tratamento desumano e degradante” e inciso XLIX: “É assegurado aos
presos o respeito à integridade física e moral”
· LEP => artigo 3º e artigo 40 (imposição a todas autoridades o
respeito à integridade física e moral dos presos condenados e
provisórios)
· CP => artigo 38
04 – DIREITO À IGUALDADE
Esta garantido nos seguintes dispositivos:
· CF => inciso I e caput, artigo 5º; inciso IV, artigo 3º
· LEP => parágrafo único do artigo 2º (veda discriminações quanto ao
preso provisório e aos condenados de outras jurisdições); parágrafo
único, artigo 3º (veda distinção de natureza racial, social, religiosa ou
política); XII, do artigo 41, da LEP (direito à igualdade de
tratamento); artigo 42 (preso provisório possui os mesmos direitos
que o preso já condenado).
05 – DIREITO À PROPRIEDADE
Trata-se de direito subjetivo de gozar, fruir, dispor do bem, oponível a todas
as demais pessoais, nos termos do artigo 1228, do Código Civil. Possui
previsão nos seguintes diplomas legais:
· CF => direito fundamental => incisos XXII, XXVII, XXVIII, XXIX e
XXX, do artigo 5º e pressuposto do inciso II, do artigo 170.
· LEP => artigos 29, parágrafo 2º e 41, inciso IV.
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06 – DIREITO À LIBERDADE DE PENSAMENTO E CONVICÇÃO
RELIGIOSA
Também, previsto na LEP e na Constituição Federal, senão vejamos:
· CF => incisos IV, VI, VII, VIII e IX, do artigo 5º
· LEP => artigos 24 e parágrafos (o preso tem direito à assistência
religiosa, mas nenhum preso poderá ser obrigado a participar de
atividade religiosa ou culto)
07 – DIREITO À INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE, DA VIDA
PRIVADA, DA HONRA E DA IMAGEM
Também, apresenta previsão nos seguintes diplomas legais, quais sejam:
· CF => inciso X do artigo 5º
· LEP => artigos 39, III (ser tratado com urbanidade pelos
companheiros); artigo 41, VIII (proteção contra qualquer forma de
sensacionalismo); artigo 41, XI (ser chamado pelo nome próprio)
08 – DIREITO DE PETIÇÃO AOS PODERES PÚBLICOS EM DEFESA DE
DIREITOS OU CONTRA O ABUSO DE PODER
Esta disposto da seguinte forma:
· CF => incisos XXXIV, a e b, do artigo 5º (petição e representação,
obtenção de certidões para defesade direito, respectivamente)
· LEP => inciso XIV, do artigo 41 (representação e petição)
09 – DIREITO À ASSISTENCIA JURÍDICA
Também, garantido pela Constituição Federal e pela Lei de Execução Penal:
· CF => incisos LXXIV, do artigo 5º (o Estado prestará assistência
jurídica integral e gratuita àqueles que comprovarem insuficiência de
recursos)
· LEP => artigos 11, III; 15 e 16 e artigo 41, IX c/c artigo 7º, da Lei nº
8906/94.
10 – DIREITO À EDUCAÇÃO E À CULTURA
Esta previsto nos seguintes dispositivos:
· CF => artigo 205 e 215 (o Estado deve garantir a todos o pleno
exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional)
· LEP => artigos 11, IV (assistência educacional) e 17 a 21 (a
assistência educacional compreende a formação profissional do preso
e instrução escolar obrigatória de primeiro grau)
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11 – DIREITO AO TRABALHO REMUNERADO
Esta previsto na Lei de Execução Penal.
· LEP => artigo 29 e parágrafos.
12 – DIREITO À INDENIZAÇÃO POR ERRO JUDICIÁRIO
Está previsto na Constituição Federal e no Código de Processo Penal.
· CF => artigo 5º, LXXV
· CPP => artigo 630
13- DIREITO À ALIMENTAÇÃO, VESTUÁRIO E ALOJAMENTO COM
INSTALAÇÕES HIGIENCIAS.
Esta previsto nos artigos 12 e 13, da Lei de Execução Penal, para melhor
memorizar, veja o esquema abaixo.
· LEP => artigos 12 e 13.
14 – DIREITO À ASSISTENCIA À SAUDE
Também, esta previsto na LEP em seu artigo 14 e respectivos parágrafos.
· LEP => artigo 14 e parágrafos.
15 – DIREITO À ASSISTENCIA SOCIAL
Esta previsto na Lei de Execução Penal em seu artigo 22.
· LEP => artigo 22.
16 – DIREITO À INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
Está previsto na Lei de Execução Penal, na Constituição Federal e, também,
no Código Penal.
· CF => artigo 5º, incisos, XLI, XLVI, XLVIII e L.
· LEP => artigos 5º; 6º; 8º; 9º; 19; 32; 33; 41, XII, parte final; 57;
82; 86; 110; 112; 114; 117; 120;121;122;125.
· CP => artigo 59
17 – DIREITO DE RECEBER VISITA
Esta previsto no artigo 41, da Lei de Execução Penal, porém, pode ser
limitado por ato motivado do diretor do estabelecimento ou do juiz, não
constituindo direito absoluto, nos termos do parágrafo único deste mesmo
dispositivo.
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18 – DIREITO POLÍTICOS
A condenação transitada em julgado acarreta a suspensão dos direitos
políticos enquanto durarem seus efeitos. Esta conseqüência advinda do
inciso III, do artigo 15, da Constituição Federal é auto executável, não
sendo necessária norma regulamentadora. Outrossim, em se tratando de
sursis, também, será aplicada a suspensão dos direitos políticos do
condenado.
 
 
 
 
 
Exercício 1:
A regressão de regime de cumprimento da pena privativa de liberdade é prevista
pela legislação brasileira. No entanto, a regressão não pode ser determinada em
prejuízo do preso sem que ocorra fato concreto autorizador. Assim, é correto
afirmar que é causa de regressão: 
A)
falta grave
B)
o não pagamento de multa
C)
o preso ser acometido de doença mental
D)
a inexistência de casa do albergado
E)
a inexistência de presídio apropriado para o regime semi-aberto
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 2:
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"Detração é o computo, na pena privativa de liberdade e na medida de
segurança, do tempo cumprido de prisão provisória, no Brasil ou no
estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em hospital de
custódia e tratamento ou estabelecimento similar. A detração é matéria de
competência exclusiva do juízo da execução, nos termos do artigo 66, III, c
da LEP. Não cabe, portanto, ao juiz do processo de conhecimento aplicá-la
para poder fixar um regime inicial de cumprimento de pena mais brando. A
decisão que concede a detração penal deve ser fundamentada, sob pena de
nulidade, por força constitucional (artigo 93, IX, CF). O cômputo da prisão
provisória, ou seja, do tempo em que o réu esteve preso em flagrante, por
força da prisão preventiva ou temporária ou mesmo de sentença
condenatória recorrível ou de pronuncia é possível para fins de detração."
Sobre detração, é correto dizer:
A)
não existe detração de pena de multa
B)
a detração é de competência do juízo do processo de conhecimento, que deverá
considerá-la para fim de estabelecer a pena
C)
se o réu for preso provisoriamente no processo e depois absolvido, poderá usar o
tempo de prisão para descontar de futuro crime que cometer, indistintamente
D)
a multa que for convertida em prisão poderá ser utilizada como desconto da pena
E)
determinada a prisão em razão de pronúncia, o tempo que o réu ficar preso não
poderá ser descontado da condenação final
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 3:
 O direito à igualdade é deferido plenamente ao preso. Via de consequência, é certo dizer
que:
 
 
A)
 o preso tem direito de ir e vir, sem qualquer restrição
 
21/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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B)
 o direito a ser igual não está ferido pelo fato de o preso ter sua liberdade restringida. É que o
preso cumpre pena em razão de condenação, daí porque configurada a hipótese
de desigualdade para desiguais
 
 
 
 
 
C)
é discutível a prisão ante ao princípio da igualdade
 
 
 
D)
o preso é um cidadão menor, por isso pode ser tratado desigualmente
 
 
E)
 não se aplica ao preso o principio da igualdade
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
Exercício 4:
Como regra, o preso conserva sua condição jurídica anterior ao início de cumprimento da
pena. Claro que a assertiva em pauta não pode ser considerada na sua plenitude, pois, por
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evidência, alguns direitos não podem ser exercidos, como, por exemplo, o direito à liberdade.
Dessa forma, mesmo considerando que o preso conserva vários direitos, é correto afirmar
que no decorrer do cumprimento da pena privativa de liberdade o preso não poderá exercer:
 
 
A)
 o direito ao trabalho
 
 
B)
 o direito de petição
 
 
C)
o direito à religião
 
 
D)
 o direito à liberdade de pensamento
 
 
E)
 o direito ao voto
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E)

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