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IBGEN 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GESTÃO DE NEGÓCIOS
BRUNO NUNES
A IMPORTÂNCIA DA ARBITRAGEM COMO FORMA DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 
Porto Alegre – Rio Grande do Sul
2019
BRUNO NUNES
A IMPORTÂNCIA DA ARBITRAGEM COMO FORMA DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
Projeto de Pesquisa desenvolvido na disciplina de Metodologias de Pesquisa Científica, do curso de Direito, da Faculdade IBGEN (Instituto Brasileiro de Gestão de Negócios).
Professora Orientadora: Ângela Maria Garcia dos Santos Silva 
Porto Alegre – Rio Grande do Sul
2019
SUMÁRIO
1 TEMA E DELIMITAÇÃO DO TEMA......................................................................3 
 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA..................................................... ...................................4
 2 OBJETIVOS ................. ...................................................................................................5 
 2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................................5
 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...........................................................................................5
 3 JUSTIFICATIVA..............................................................................................................6
 4 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................................7
 4.1 ASPECTOS GERAIS DA ARBITRAGEM....................................................................7
 4.2 PROCEDIMENTO ARBITRAL ....................................................................................8
 4.2.1 Dos Árbitros.................................................................................................................8
 4.2.2 Da Convenção de Arbitragem....................................................................................8
 4.2.3 Da Cláusula Arbitral..................................................................................................8
 4.2.4 Do Compromisso Arbitral..........................................................................................9
 4.2.5 Do Procedimento Arbitral........................................................................................10
 4.2.6 Da Sentença...............................................................................................................11
 4.3 A UTILIDADE DA ARBITRAGEM COMO MEIO ALTERNATIVO DE SOLUÇÃO 
 DE CONFLITOS.................................................................................................................11
 4.4 A ARBITRAGEM COMO MEIO ALTERNATIVO DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
 ..............................................................................................................................................12 
 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.................................................................14 
 6 CRONOGRAMA............................................................................................................15
 7 REFERÊNCIAS..............................................................................................................16 
1 TEMA E DELIMITAÇÃO DO TEMA
Dentre os meios extrajudiciais de solução de conflitos, o mais conhecido e usual é a arbitragem, e vem oferecendo inúmeras vantagem sobre o método judicial tradicional, funcionando como método alternativo de resolução de conflitos, garantindo maior possibilidade de acesso e promoção de justiça para os cidadãos.
Para Cahali (2012, p.38), “a arbitragem é geralmente entendida como um instrumento ou meio alternativo para a solução de conflitos, o que ocorre através de um árbitro escolhido em comum acordo entre as partes, via de regra um especialista no tema do conflito, o qual facilitará o processo de mediação e conciliação, emitindo ao fim uma sentença arbitral”.
Conforme Cahali (2012, p.38), “aparece uma figura de um terceiro, ou colegiado, com a atribuição de decidir o litígio que a ele foi submetido pela vontade das partes”, na qual a vontade do árbitro irá se impor às partes envolvidas.
As vantagens do processo de arbitragem são maiores que num processo judicial, ao permitir se alcançar uma decisão com maior velocidade, gerando o mesmo efeito da sentença judicial. Scavone Jr (2010), apud Joyce Markovits e Silvia Rawet (2010, p.17), destaca que: “Enquanto na Justiça uma sentença definitiva pode demorar mais de dez anos para ser proferida, causando com isso vultosos prejuízos para as empresas, na arbitragem um litígio costuma ser decidido, em média, em até seis meses”. 
Conforme prevê a Lei 9.307/1996. Nem todo conflito ou litígio pode ser resolvido pelo método da arbitragem, mas apenas os direitos patrimoniais e os direitos disponíveis, isto é, aqueles dos quais as partes podem dispor livremente e que podem ser objeto de transação, renúncia ou cessão. Matérias envolvendo direitos indisponíveis, tal como questões de direito penal, direito tributário e pessoal de família, não são tratados no âmbito da arbitragem.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a aplicação da arbitragem nas cinco principais câmaras do Brasil, movimentou desde 2005 R$ 4,9 bilhões, sendo considerado o método de solução dos litígios mais acertado para médias e grandes empresas. Cerca de R$ 2,4 bilhões foram envolvidos em casos solucionados por meio da arbitragem no Brasil no ano passado. No ano anterior, o número ficou em R$ 867 milhões, segundo levantamento do CBAr (Comitê Brasileiro de Arbitragem). Isso mostra que a arbitragem traz como objetivo meios extrajudiciais e eficientes de solução de conflitos, e suas características principais e vantagens em relação aos meios jurídicos tradicionais. Nesse sentido, este estudo está delimitado ao tema sobre a importância da arbitragem como forma de solução de conflitos.
1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA
A forma que a arbitragem tem influenciado na redução da quantidade de processos, com o intuito de desafogar o Poder Judiciário foi criar o Instituto de Arbitragem, como uma opção para as pessoas resolverem seus conflitos de forma técnica, porém, muito mais rápido do que se fossem levá-lo ao Poder Judiciário. Nesse contexto busca-se investigar: Em que medida a arbitragem contribui para reduzir o número de processos de trabalho no Poder Judiciário?
2 OBJETIVOS
 2.1 OBJETIVO GERAL 
 Analisar de que forma a arbitragem contribui para reduzir o número de processos de trabalho no Poder Judiciário
 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Descrever o uso da arbitragem na área trabalhista;
- Pesquisar fontes da arbitragem no Direito do Trabalho;
- Identificar o papel da arbitragem no Direito do Trabalho;
- Identificar as vantagens do uso da arbitragem, nas relações trabalhistas;
 3 JUSTIFICATIVA
É de suma importância conhecer o meio arbitrário, como um meio alternativo de solução de conflitos. Segundo Carmona (2009, p.33) “A arbitragem é uma técnica para a solução de controvérsias através da intervenção de uma ou mais pessoas que recebem seus poderes de uma convenção privada, decidindo com base nesta convenção sem intervenção do Estado, sendo a decisão destinada a assumir eficácia de sentença judicial”. 
Atualmente, o Poder judiciário possui uma demora absurda para suas sentenças, e alto acúmulo de processos pendentes para resolução, que pode levar até dez anos para uma sentença. Porém, no método arbitrário, as decisões costumam acontecer de seis meses até um ano. Isso gera menor prejuízo a empresas e instituições. 
A adesão da arbitragem pela sociedade faria com que a morosidade e o acumulo de processos nos tribunais reduzissem, beneficiando tanto as pessoas como os próprios tribunais.
Diante disso, percebe-se que é necessário que os estudantes e profissionais da área do direito se atentem para a grave crise judiciária no Brasil, caracterizada pelo acúmulo de processos, e a morosidade na solução de processos, que tem se tornado um obstáculo ao acesso à justiça para a população.
4 REFERENCIAL TEÓRICO4.1 ASPECTOS GERAIS DA ARBITRAGEM
A arbitragem é um dos mais antigos meios de composição de conflitos por um terceiro imparcial sendo resolvida por decisão ímpar.
Segundo Dolinger (2005, p.23) “A arbitragem já estava presente entre hebreus na antiguidade, descrita no pentateuco que relata conflitos decididos por árbitros, a exemplo daquele entre Jacó e Labão.”
Para Dolinger (2005), a arbitragem já exercia seu papel de resolução de conflitos desde os hebreus e romanos desde sua antiguidade, sempre sendo aceita e incentivada.
Certo é que a arbitragem é esta prevista no Código Civil de 1916 entre os meios indiretos de pagamento sob o título de compromisso.
A arbitragem pode ser definida, assim, como o meio privado, jurisdicional e alternativo de solução de conflitos.
Conforme Chiovenda (2000, p.3) “A função do Estado que tem por escopo a atuação da vontade concreta da lei por meio da substituição, pela atividade de órgãos públicos, da atividade de particulares ou de outros órgãos públicos, já no afirmar a existência da vontade da lei, no torná-la, praticamente, efetiva.”
Para Chiovenda (2000), hoje, a arbitragem possui a mesma força de uma sentença judicial, pois o Código de Processo Civil coloca sua decisão arbitral em rol dos títulos executivos judiciais, assim o poder arbitrário exerce o mesmo poder Judiciário em suas decisões.
Quando se trata da natureza jurisdicional da arbitragem cita Nery Junior (1997, p.1300) “A natureza jurídica da arbitragem é de jurisdição, o árbitro exerce jurisdição porque aplica o direito ao caso concreto e coloca fim à lide que existe entre as partes. A arbitragem é instrumento de pacificação social. Sua decisão é exteriorizada por meio de sentença, que tem qualidade de título executivo judicial, não havendo necessidade de ser homologada pela jurisdição estatal. A execução da sentença arbitral é aparelhada por título judicial...”
Conforme Nery Junior (1997), sustenta que a sentença arbitral produz entre as partes, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário. Isso faz que o Estado desafogue uma parte de suas controvérsias, e a sociedade não perca muito tempos com sentenças demoradas, em complemento é importante verificar a jurisdição que a compreende a sua aplicação com base na Lei de Arbitragem.
4.2 PROCEDIMENTO ARBITRAL
4.2.1 Dos Árbitros
O árbitro, de acordo com a lei 9307/96, é qualquer pessoa maior e capaz de confiança das partes. No entanto, entende-se que é necessário algum conhecimento de direito, tendo em vista que ele é considerado juiz de fato e de direito e sua decisão não fica sujeita a recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário, conforme reza o artigo 18 da referida lei. (art. 18 da Lei 9.307/1996).
De acordo com a Lei de Arbitragem, para ser um juiz arbitrário pode ser qualquer cidadão maior de idade, e de comum acordo entre as partes no processo, mas é necessário o conhecimento da leis e normas jurídicas. 
4.2.2 Da Convenção de Arbitragem
A Convenção de Arbitragem, segundo a lei, é uma modalidade colocada à disposição das partes para que possam optar pelo juízo arbitral em substituição a justiça comum.
Por intermédio da Convenção de Arbitragem, as partes, livres e voluntariamente, podem resolver suas controvérsias, relativas a direito patrimonial disponível, submetendo-se ao juízo arbitral.
O Ministro Maurício CORRÊA, em recente julgamento, ao prolatar seu voto observou:
“A convenção de arbitragem é a fonte ordinária do direito processual arbitral, espécie destinada à solução privada dos conflitos de interesses e que tem por fundamento maior autonomia da vontade das partes. Estas, espontaneamente, optam em submeter os litígios existentes ou que venham a surgir nas relações negociais à decisão de um árbitro, dispondo da jurisdição estatal”. (LEMES 2005, AASP/Revista do Advogado nº 51, p.32.)
Para Lemes (2005), a convenção de arbitragem é formada mediante convenção de arbitragem, assim entendida a cláusula compromissória e o compromisso arbitral. No entanto, é importante ressaltar que, para instituir-se a arbitragem não é necessária a cláusula arbitral e sim o compromisso arbitral, sob pena de nulidade da sentença.
4.2.3 Da cláusula Arbitral
A cláusula arbitral é autônoma, expressa, futura, e tem o condão de firmar a opção pela arbitragem em um determinado contrato. É uma opção pela justiça arbitral que embora exigível, não significa que realmente será utilizada, pois o seu acionamento depende da eclosão da demanda. Reflete uma modalidade de dirimir conflitos futuros que podem ou não acontecer.
Mesmo que o contrato seja nulo, a cláusula arbitral será válida pelo seu caráter de autonomia.
Roberto ROSAS manifestou-se neste sentido afirmando:
“Se num contrato social, obviamente, com várias cláusulas, uma delas é declarada inválida, convalesce o restante do contrato. Se a cláusula de ‘compromittendo’ é inválida, sobrevive o restante do contrato. O pacto não é apenas uma promessa vazia, porém também com requisitos.” (ROSAS, 2006, Revista dos Tribunais 568, p. 11.)
Para Rosas (2006), ela pode ser vazia ou cheia. Será vazia quando simplesmente constar no contrato que a resolução do conflito,  se houver, deverá ser resolvido pela arbitragem , e cheia se no próprio contrato já ficar estipulado o procedimento a ser utilizado Assim, as partes estão autorizadas a estabelecer as regras referentes à instituição da Arbitragem na própria cláusula ou em documento distinto. 
A lei brasileira adotou determinadas formalidades com relação à estipulação da cláusula arbitral, onde determina que seja por escrito, no próprio documento do contrato ou em outro. Sendo possível de ser contratado no momento da celebração do negócio jurídico ou posteriormente a ele; pode ser convencionada em carta, telegrama ou fax que façam referência ao contrato.
A cláusula arbitral tem a faculdade de estar contida em um só documento, ou podem as partes inserir outras avenças a respeito da Arbitragem em documentos distintos que formarão um todo em relação ao compromisso arbitral.
4.2.4 Do Compromisso Arbitral
O compromisso arbitral é obrigatório, onde a lei de arbitragem (art. 10) determina os passos obrigatórios que deverão ser trilhados.
Sua importância é de extrema relevância que se houver qualquer irregularidade em sua feitura, levará a arbitragem ao fracasso.
Guilherme STRENGER, ensina que:
“O compromisso, do ponto-de-vista procedimental, representa o aspecto principal de consumação e concretização dessa escolha jurisdicional. O compromisso identifica-se com o litígio instaurado, isto é, corresponde a fase das partes em pendência e deve estar traduzido na conformidade dos requisitos legais vigentes.” (STRENGER, 1986. Artigo publicado na RT 607, p. 27.)
Segundo Strenger (1986), o compromisso pode ser judicial, onde será celebrado por termo nos autos, perante juízo ou tribunal, onde está em curso a demanda; ou extrajudicial, celebrado por escrito particular, com a assinatura de duas testemunhas ou por instrumento público.
Para constituir-se por um acordo de vontades que estabelece o objeto litigioso entre as partes, com o propósito de excluir a solução da lide da jurisdição estatal, submetendo-a ao processo arbitral. Apesar de sua similitude com a cláusula compromissória, quanto à formação e natureza contratual, o momento de sua constituição é posterior ao nascimento do conflito de interesses e é através dele que se limitam os contornos da lide, que será objeto de decisão arbitral, e sobre o qual revestirá os efeitos da imutabilidade da coisa julgada.
4.2.5 Do Procedimento Arbitral
O procedimento arbitral, pode ser destacado em duas fases ou momentos de ocorrência: num primeiro momento, de caráter preambular, a convenção arbitral; num segundo momento, o procedimento arbitral propriamente dito, onde se desenvolve o processo arbitral, para finalmente chegar-se à resolução do conflito pela sentença.
A expressão “Arbitragem” abrange todo o instituto, designando a fase contratual, pré-arbitral (cláusula compromissória, compromisso arbitral- convençãoarbitral) e a fase jurisdicional, do procedimento arbitral propriamente, que compreende a instância do juízo arbitral (formado pela vontade das partes) e a sentença arbitral.
O processo arbitral é instaurado quando a nomeação for aceita pelo árbitro, sendo que o primeiro ato a ser praticado por ele ou pelo colégio arbitral após a instituição do juízo é a verificação de todos os termos e requisitos da convenção arbitral, a fim de que possam ser sanadas algumas irregularidades, se houver.
Tal sistema é semelhante ao adotado no Direito espanhol, onde, nos termos do art. 22.1 da Lei de Arbitragem, “o processo arbitral começa quando os árbitros tenham notificado as partes por escrito da aceitação da arbitragem.” Sistema diverso é o adotado na Itália, onde se considera instaurado o processo arbitral desde o momento da domanda d’arbitrato. Este é, no sistema peninsular, o ato pelo qual uma das partes promove a Arbitragem. Assim, por exemplo, se um dos litigantes notifica o adversário para que celebrem o compromisso arbitral, provocando assim a Arbitragem, esta já se considera instaurada, ainda que o notificado se recuse a celebrar o contrato, fazendo-se necessária a propositura de demanda de substituição de compromisso arbitral (semelhante à prevista no art. 7º de nossa Lei de Arbitragem).
No que prevê o art.7° da Lei de Arbitragem, as partes terão oportunidades de provar suas razões, pelo princípio do contraditório, tantas quantas vezes o juiz árbitro entender necessário. 
4.2.6 Da Sentença
A sentença perpetua o momento final do conflito. É através dela que o árbitro firma sua decisão, extinguindo o litígio. Para Carmona (1998, p. 221), “o ato mais relevante do árbitro no processo é, a sentença, momento em que o julgador outorga a prestação jurisdicional pretendida pelas partes.”
 Pode-se constatar que Carmona (1998), cita a sentença arbitral, da mesma forma que a sentença proferida pelos órgãos jurisdicionais estatais, no qual o julgador põe fim ao processo, obtendo o mesmo valor jurídico em ambas partes.
4.3 A UTILIDADE DA ARBITRAGEM COMO FORMA JURISDICIONAL DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
 A arbitragem é geralmente entendida como um instrumento ou meio alternativo para a solução de conflitos relativos aos direitos patrimoniais e disponíveis, o que ocorre através de um árbitro escolhido em comum acordo pelas partes, via de regra. Este árbitro pode ser um especialista no tema do conflito ou matéria controvertida, o qual facilitará o processo de mediação e conciliação, emitindo ao fim uma sentença arbitral.
O método da arbitragem é, tal como no método judicial tradicional, considerado um instrumento de heterocomposição, uma vez que “aparece a figura de um terceiro, ou colegiado, com a atribuição de decidir o litígio que a ele foi submetido pela vontade das partes”, conforme Cahali (2012, p.38), por meio do qual a vontade do árbitro irá se impor às partes envolvidas na controvérsia.
A prática da arbitragem impõe aos que a utilizarem os conhecimentos básicos das normas a serem observadas. Dessa forma, há a necessidade de conhecer os objetos e os sujeitos que figuram na relação arbitral. Os objetos da arbitragem podem ser bens ou serviços, direitos civis ou comerciais de caráter patrimonial disponível. 
Pois: (...) vê-se que as exigências de interesse econômico que obrigam soluções rápidas e desburocratizadas ampliam a cada dia as fronteiras da abrangência da ARBITRAGEM no mundo dos direitos econômicos disponíveis, particularmente no âmbito dos atos negociais, para os quais a solução dos litígios (conflitos) no mesmo nível das exigências ditadas pela velocidade das operações é uma consequência do mundo hoje (LEMOS, 2001, p. 54).
Lemos (2001), faz uma citação a respeito do abarrotamento que o Poder Judiciário vive, e que os pontos positivos que vem obtendo a arbitragem, faz que o judiciário de enfoque a conflitos que possam a ser submetido a somente juízes do Estado.
Segundo Montoro (2010, p. 50-51) “arbitragem é liberdade, é autonomia de vontade, mas há limites que devem ser respeitados”.
Para Montoro (2010), a arbitragem da liberdade para que as partes possam decidir os árbitros em comum acordo, obtendo maior flexibilidade e agilidade nas decisões de litígios. Mas princípios devem ser respeitados, como da igualdade estabelecida pela Lei 9.307/96. 
 Nessa perspectiva há outro entendimento semelhante: 
Além do princípio da autonomia da vontade, a Lei nº 9.307/96 traz incutida em suas normas, outros princípios que devem ser respeitados, como princípio do contraditório, da ampla defesa, da igualdade de partes, da imparcialidade do árbitro e livre convencimento do juiz, garantindo deste modo às partes o princípio do devido processo legal, tornando o procedimento tão seguro quanto o Estatal, porém mais célere e eficaz (PETROCELLI, 2006, p. 81).
Petrocelli (2006), cita que o juiz arbitrário pode formar livremente suas decisões, desde que princípios sejam respeitados, como o principio do processo legal, previsto na Constituição de 1988. 
4.4 ARBITRAGEM COMO MEIO ALTERNATIVO DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
Antes de entrar no mérito do assunto, cabe inserir o posicionamento de Capelletti (1988, p.75) acerca que, “o enfoque do acesso à justiça tem um número imenso de implicações. Poder-se-ia dizer que ele exige nada menos que o estudo crítico e reforma de todo o aparelho judicial.” 
Para Capelletti (1988), enfatiza que a justiça precisa de meios alternativos para soluções de conflitos, pois seus meios de resolução precisam ter opções para diminuir o alto acúmulo de processos que o Poder Judiciário obtém. 
Como podem ver, no art. 40, a lei sobre Juizados Especiais Cíveis e Criminais, institui que a sentença proferida por um juiz leigo deverá ser homologada para ter efeitos, enquanto a decisão proferida por um juiz arbitral (art. 31), não necessita de homologação de acordo com a lei de arbitragem, portanto, a sentença arbitral possui os mesmos efeitos legais de uma sentença judicial, inclusive o condenatório. 
Isso mostra a força proferida pela arbitragem ao longo de sua criação, pois os efeitos de sentença têm os mesmos efeitos legais, e o Estado da a segurança para que se torne uma alternativa mais usada sara a solução de litígios. 
Venosa (2004) faz uma relação entre arbitragem e juízes togados na solução de conflitos:
 [...] O árbitro é juiz de fato – dada a natureza de sua investidura – e de direito, pois, neste caso, aplica as regras legais ao caso concreto. Nesse lanço, tanto os julgadores estatais, quanto os particulares, são investidos de suas funções pelo povo, indiretamente, no caso dos togados, e diretamente, no caso da arbitragem[...] (VENOSA 2004, p.33).
Conforme Venosa (2004), o árbitro exerce o papel de juiz privado, e aplica as regras legais de acordo com a lei, e seus julgados recebem a mesma decisão proferida, independente se for por árbitros ou por juízes, a lei é igual para todos.
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Em relação aos objetivos deste estudo, escolheu-se a pesquisa exploratória. Segundo Selltiz (1965), os estudos exploratórios são aqueles que buscam descobrir idéias e instituições, na tentativa de maior familiaridade com o pesquisado, eles possibilitam aumentar o conhecimento do pesquisador sobre os fatos, permite a formulação mais precisa de problemas. 
 Gil (1994) explica que a pesquisa exploratória tem como finalidade proporcionar maiores informações sobre o assunto que se vai investigar; facilitar a delimitação do tema da pesquisa; orientar a fixação dos objetos.
 Quanto ao tipo de abordagem, foi escolhido a qualitativa. Esse tipo de abordagem foi escolhido por permitir que o pesquisador possa interpretar os dados coletados em sua pesquisa. Para Gil (1999), o uso dessa abordagem propicia o aprofundamento da investigação das questões relacionadas ao fenômeno em estudo e das suas relações, mediante a máxima valorização do contato direto com a situação estudada, busca-se o que era comum, mas permanecendo, entretanto, aberta para perceber a individualidade e os significadosmúltiplos.
 Em relação aos procedimentos e as técnicas de coleta de dados, trata-se da pesquisa bibliográfica, estudo de caso, pesquisa documental, Jurisprudências, Doutrinas, livros e sites jurídicos. 
Segundo Vergara (2000), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído, principalmente de livros e artigos científicos e é importante para o levantamento de informações básicas sobre os aspectos direta e indiretamente ligados à nossa temática.
Quanto as técnicas de apresentação, analise e interpretação dos dados, trata-se de análise de conteúdo, que para Moraes (1999), a análise de conteúdo constitui uma metodologia de pesquisa usada para descrever e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos e textos. Essa análise, conduzindo a descrições sistemáticas, qualitativas ou quantitativas, ajuda a reinterpretar as mensagens e a atingir compreensão de seus significados no que vai além da leitura comum.
6 CRONOGRAMA
	Projeto
	 Jun/19
	Jul/19
	Ago/19
	Set/19
	Out/19 
	Nov/19
	Dez/19
	Pesquisa, ampliação do Ref. Teórico
	x
	x
	
	
	
	
	
	Redação do Ref. Teórico e coleta de dados
	
	
	x
	x
	
	
	
	Interpretação dos dados, apresentação e análise dos resultados 
	
	
	
	x
	x
	
	
	Redação do Cap. de Proc. Metodológicos
	
	
	
	
	x
	x
	
	Conclusão do TCC
	
	
	
	
	x
	x
	
	Revisão e entrega TCC
	
	
	
	
	
	
	X
7 REFERÊNCIAS
BRASIL.Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. Dispõe sobre a arbitragem. Disponível em: ˂http://www.planalto.gov.br˃. Acesso 25 maio.2019.
CACHAPUZ, Rozane da Rosa. Uma visão geral da arbitragem de acordo com a lei 9.307/96. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, IX, n. 35, dez 2006. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php/materias.asp?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1432&revista_caderno=21>. Acesso em jun. 2019.
CAETANO, Luiz Antunes. Arbitragem e mediação, hoje. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Pilares, 2006.
CAHALI, Francisco José. Curso de Arbitragem. 2ª ed. São Paulo: RT, 2012.
CARMONA, Carlos Alberto. A arbitragem no processo civil.  São Paulo: Malheiros, 1993.
CINTRA, Antônio Carlos de Araújo. GRINOVER, Ada Pellegrini. DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do processo. São Paulo: Malheiros, 2010.
CNJ. Resolução nº 125, de 29 de novembro de 2010 - Política Judiciária Nacional de tratamento dos conflitos de interesses. Encontrado em: http://www.cnj.jus.br/atos-administrativos/atos-da-presidencia/323-resolucoes/12243-resolucao-no-125....Acesso em: 26.04.2019.
LEMOS, Eduardo Manoel. Arbitragem & Conciliação – reflexões jurídicas para juristas e não-juristas. Brasília – DF: Editora Consulex, 2001.
NERY JUNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria Andrade. Código de Processo Civil Comentado. 4° Edição. Vol. II. Atlas, 2004.
SCAVONE JÚNIOR. Manual de arbitragem. 3ª ed., São Paulo: RT, 2010.
 STRENGER, Guilherme Gonçalves. “Do juízo arbitral”. Revista dos Tribunais. v. 607. São Paulo: RT, 1986.
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Teoria Geral das Obrigações e Teoria Geral do Contrato. 4° Edição. Vol. II. Atlas, 2004.
WEBJUS, Lei da Arbitragem. Disponível em:<http://www.coladaweb.com/direito/lei-da-arbitragem>. Acesso em 19 de abril de 2019.
 
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