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Resenha Crítica PPB

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Instituto De Ciências Humanas
Curso De Psicologia
Débora Cristina Camargo da Silva
RA: D82DAJ9
IDENTIFICANDO A SENSAÇÃO, PERCEPÇÃO E MEMÓRIA
JUNDIAÍ
2020
IDENTIFICANDO A SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO
Trabalho apresentado como parte integrante da disciplina Processos Psicológicos Básicos, ministrada pela Professora Dra. Anelise Dias, como parte da nota bimestral.
JUNDIAÍ
2018
1 INTRODUÇÃO
Segundo Ries (2004), a sensação e a percepção têm como funções básicas nos dar uma interpretação do mundo que nos cerca, sendo essa interpretação, de ordem subjetiva. Quando falamos de sensação devemos ter por entendimento primário os cinco sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato). 
De acordo com Ries (2004), os estímulos que recebemos através dos nossos receptores sensoriais são transformados em impulsos nervosos, que são associados à percepção para termos o entendimento do fato que ocorre. A percepção processa as informações e interpreta o que foi transmitido para ela, tentando dar sentido às essas informações. Esse sentido é subjetivo, ou seja, cada ser pode interpretar um determinado estímulo a sua própria maneira. Para podermos ter a percepção de algo, devemos estar atentos, sendo impossível prestar a atenção a tudo o que nos cerca a captar todos os estímulos.
A percepção é um processo diretamente à atenção, e por isso, muito dependente dela. Perceber é interpretar, selecionar e organizar as informações obtidas sensorialmente. Esse é o construto que propicia sentido, a partir de conhecimentos passados e aos objetos captados pela atenção (ROZESTRATEN, 1988).
Segundo Atkinson e Hilgard (2012), a percepção é complexa e, portanto, para fins organizacionais, pode ser dividida em 5 categorias - Atenção, Localização, Reconhecimento, Abstração e Constância. 
Sternberg (2000, p. 78) nos propõe uma definição para atenção: "Fenômeno pelo qual o ser humano processa ativamente uma quantidade limitada de informações do enorme montante de informações disponíveis através dos órgãos dos sentidos, de memórias armazenadas e de outros processos cognitivos". 
Pode ser considerada ainda a capacidade de o indivíduo selecionar e focalizar seus processos mentais em algum aspecto do ambiente interno ou externo, respondendo predominantemente aos estímulos que lhe são significativos e inibindo respostas aos demais estímulos (LIMA, 2005). 
Além dos processos de captação dos sentidos e percepção, nosso cérebro utiliza também a memória de trabalho, como um executivo central que está envolvido no raciocínio e na tomada de decisões. Este executivo central coordena os sistemas de armazenagem e ensaios visual, auditivo e episódico. (BAYLISS apud. FELDMAN, 2013, p. 210).
De outro ponto de vista, para Strayer et al Apud Feldman (2013), a atenção é o processo cognitivo no qual seletivamente concentra-se o foco sobre um aspecto do ambiente, ignorando outros. Exemplos incluem ouvir atentamente o que alguém está dizendo, ignorando outras conversas em uma mesma sala ou ouvir uma conversa telefone celular enquanto estiver dirigindo um carro. Este último exemplo, conforme os fatores de alteração da atenção, prejudica a performance do condutor.
De acordo com Sifrit apud Feldman (2013, p. 210), embora a memória de trabalho auxilie na recordação de informações, ela consome uma quantidade significativa de recursos cognitivos durante sua operação. Logo, isso pode nos tornar menos conscientes do ambiente. Se uma conversa exige pensar, ela sobrecarregará a memória de trabalho e deixará os condutores menos conscientes de seu ambiente, uma circunstância obviamente perigosa.
2 OBJETIVO E HIPÓTESES
Este trabalho teve como objetivo principal, conhecer em maior profundidade alguns dos processos psicológicos básicos, tais como a sensação e a percepção – aplicados na prática – por meio de teste da hipótese de que indivíduos não são capazes de realizar múltiplas tarefas, com tempo determinado, sem que sejam percebidos os efeitos da memória sensível, do esquecimento e da interferência, levando-os a resultados insatisfatórios ou erros de raciocínio.
	
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para apresentar o relatório de conhecimento proposto, entende-se a necessidade de utilizar o método indutivo, já que, a partir do mini experimento de sensação e percepção, deseja-se comprovar algo de natureza mais abrangente. 
Para Cervo, Bervian e Da Silva (2007, p. 44), “o argumento indutivo baseia-se na generalização de propriedades comuns a certo número de casos até agora observados e a todas as ocorrências de fatos similares que poderão ser verificadas no futuro”.
Nosso objetivo com este mini experimento, foi o de investigar o comportamento dos participantes quando expostos a múltiplas atividades, simultâneas- assim como “dirigir e falar ao celular ao mesmo tempo” - através de questões práticas como a solução de charadas visuais e auditivas, com o uso de um computador pessoal.
Tínhamos como hipótese inicial, que a maioria- se não a totalidade dos participantes- seria incapaz de resolver 100% dos testes, uma vez que a teoria nos ensinou que a atenção se torna seletiva e o foco e a concentração se dirigem para a atividade escolhida pelo sujeito, em detrimento das várias outras disponíveis.
Segundo Sisto (2010, p. 94), “a atenção, de uma forma geral, pode ser considerada como a detenção de um estímulo dentre vários objetos simultâneos possíveis ou linhas de pensamento”.
Lima (2005, p. 114) entende que “a atenção pode ser definida como a capacidade de o indivíduo responder predominantemente aos estímulos que lhe são significativos em detrimento de outros”.
A quantidade total de participantes do experimento foi de 17 pessoas, sendo 10 mulheres e 07 homens. Analisando-se os resultados, tanto o grupo dos homens, quanto o das mulheres, não foi capaz de completar o teste de forma adequada, ou seja, respondendo às questões corretamente, ou pelo menos, com algum sinal de que tivessem ouvido a locução da estória.
Vale ressaltar, que o índice de acerto, nem o desvio padrão, das charadas visuais foram levados em conta, já que este não era o objetivo fim do mini experimento. Não nos interessava saber a assertividade e sim, se os participantes eram capazes de resolver eventos visuais e auditivos “simultaneamente”. Isto pode ser comprovado efetivamente pelos resultados encontrados, tanto em homens quanto em mulheres. A resposta final, da charada auditiva teve variações entre: respostas erradas, chutadas ou, simplesmente não respondidas.
Em alguns casos, ao término do teste, o participante era surpreendido pela questão auditiva e procurava, de alguma maneira, “chutar” uma resposta. 
Sisto (2010, p. 94) sugere que “a atenção, de uma forma geral, pode ser considerada como a detenção de um estímulo dentre vários objetos simultâneos possíveis ou linhas de pensamento”.
Noutras vezes, recorria às suas anotações e rascunhos, mas simplesmente reconhecia que não faziam o menor sentido, já que não se lembrava mais da operação lógica a ser feita.
Um detalhe importante a ser observado é que, o início do teste dava-se com uma vinheta de boas-vindas e a primeira charada visual, aproximadamente 10 segundos antes do início da “Estória do Joãozinho”. Desta forma, inferimos que os participantes escolhiam, via de regra, e por atração e concentração, o desafio visual, em detrimento do auditivo - por este iniciar primeiro e fazer conexão com a memória de trabalho, antes que começasse a estória em áudio. “Se não houvesse essa seletividade, a quantidade de informação não selecionada seria tão desorganizada e grande que nenhuma atividade se tornaria possível.” (LURIA, 1979, p. 1)
Por isso, há a necessidade de se focar a atenção nos estímulos que são mais importantes para o desenvolvimento da tarefa a que se propõe. Trata-se de uma seleção dos estímulos. 
Tanaka (2008, p. 66) afirma que: Essa pré-seleção dos objetos que serão fruto de nossa atenção é a atenção voluntária. [...] A atenção voluntárianos permite fazer uma escolha do objeto a que voltaremos nossa atenção.
Essa atenção, a voluntária, nos leva a focalizar um determinado objeto, “desligando-nos” dos demais estímulos que estão ao nosso redor. Isto pode ser observado claramente no teste, uma vez que as pessoas focavam numa única parte e se “desligavam” da outra para não perderem o controle total. 
Nas palavras de Tonglet temos que: “A atenção, nas suas várias funções, permite que possamos utilizar a função mais adequada diante da situação ou das tarefas com que o cérebro tem que se defrontar, modulando e ajustando quantitativa e qualitativamente a energia que é dispendida através desse esforço”. (TONGLET, 2003, p. 33)
Autores como Gazzaniga e Heatherton (2005, p. 175) sugerem que a “[...] atenção é o estudo de como o cérebro seleciona quais estímulos sensoriais descartar e quais transmitir para níveis superiores de processamento”.
Tanaka (2008, p. 63) indica que “a partir da visão sócio histórica de Luria e Vygotsky, a atenção pode ser definida como a direção da consciência, o estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto.”
Em estudo realizado, Balbinota, Zarob e Timm, chegaram à conclusão que:
A atenção pode ser entendida como a atitude psicológica em que há a concentração da atividade psíquica em um estímulo específico, seja este uma sensação, uma percepção, uma representação, um afeto ou desejo, a fim de elaborar conceitos e o
raciocínio. (BALBINOTA; ZAROB; TIMM, 2011, p. 18)
William James no ano de 1890, em uma obra que foi referenciada em vários outros autores, já afirmava que: Todos sabem o que é atenção. É a posse da mente, da forma clara e viva, de um entre vários outros objetos ou sequências de pensamentos que parecem simultaneamente possíveis. A essência da atenção é constituída pela focalização, concentração e consciência. (WILLIAM JAMES, 1890, p. 403-404 apud EYSENCK; KEANE, 2007, p. 143)
Pode-se dizer, em resumo, que a atenção é uma opção, uma escolha psicológica que o sujeito faz a um determinado estímulo, em detrimento de vários outros que se encontram disponíveis no ambiente em que está inserido. 
5 CONCLUSÃO
Por meio dos resultados obtidos e discussões em grupo, pudemos encontrar aquilo que tínhamos, de início como hipótese mais provável, qual seja, a de que o ser humano não é capaz de realizar adequadamente duas tarefas simultâneas que demandem o uso de habilidades sensoriais, perceptivas e cognitivas.
Vários são os pontos ou características que nos parecem imprescindíveis para entender o presente estudo:
Há vários “tipos” de atenção e qualquer processo mental envolve - não apenas este fator – mas muitos outros aspectos cognitivos.
Há uma impossibilidade de se atender a vários estímulos ao mesmo tempo, precisando o indivíduo sempre “escolher” aqueles que lhe são mais interessantes ou importantes para a situação em que se encontra.
 Há uma limitação da capacidade de processar informações. Não basta prestar atenção, mas também processar, e isso torna a capacidade do indivíduo de realizar eventos simultâneos limitada.
6 REFERÊNCIAS
Atkinson & Hilgard. Introdução à Psicologia. 15ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
EYSENCK, Michael W.; KEANE; Mark T. Manual de Psicologia Cognitiva. Tradução de Magda França Lopes. 5ª ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2007.
Feldman, Robert S. “Introdução à Psicologia”, 10ª Edição: Editora McGraw Hill, 2015.
LURIA, A. R. Curso de psicologia geral. Vol. III. Trad. Paulo Bezerra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
SISTO, Fermino Fernandes et al. Atenção seletiva visual e o processo de envelhecimento. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, São Paulo, v. 10, n. 1, p. 93-102, 2010. Disponível em:<http://www.mackenzie.br/fileadmin/Graduacao/CCBS/Pos-Graduacao/Docs/Cadernos/caderno10/62118_10.pdf>. Acesso em: 11 de nov. 2018
Sternberg, R.J. Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: Artes médicas, 2000.
TANAKA, Priscila Junko. Atenção: reflexão sobre tipologias, desenvolvimento e seus estados patológicos sob o olhar psicopedagógico. Revista Construção Psicopedagógica, São Paulo, SP, 16(13), p. 62-76, 2008.
TONGLET, Emílio Carlos. BGFM-2 Bateria Geral de Funções Mentais: Testes de atenção concentrada. São Paulo: Vetor, 2003.
8 ANEXO
ANEXO A-1 Lâminas com as charadas visuais
ANEXO A-2 Folha de instruções e orientações sobre o experimento
ANEXO A-3 Folha de respostas
ANEXO A-4 Script da Estória do Joãozinho
ANEXO A-5 Diagrama da sequência e tempo total do experimento
ANEXO B – Termos de Consentimento Livre e Esclarecido- TCLEs

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