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Novo Acordo Ortográfico

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Curso Oficina de Gramática 
COGEAE/Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
 
O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA 
Como você sabe, já estão em vigor no Brasil as novas normas ortográficas 
da Língua Portuguesa, regidas pelo Novo Acordo Ortográfico da Língua 
Portuguesa. 
Devemos enfatizar que as novas regras se referem à língua escrita, e não 
à falada. Esta última, como se sabe, é espontânea e revela diferenças 
regionais, individuais, sociais etc. Assim, ainda que haja a intenção de que 
a língua retrate, por meio de sua representação gráfica, a pronúncia das 
palavras, isso jamais será possível, já que, na prática, a realização da 
língua implica vários fatores, que fogem a uma padronização – vamos 
considerar, por exemplo, a pronúncia de uma mesma palavra em 
situações formais ou informais; a pronúncia de uma palavra em diferentes 
regiões; a pronúncia de uma palavra por indivíduos de diferentes classes 
sociais, entre outros. 
O Acordo, então, refere-se, especificamente, à representação gráfica da 
nossa língua – e não à sua sintaxe, à sua estrutura –, que nos permite 
reconhecê-la em qualquer situação em que ocorra. 
Desse modo, a padronização da grafia procura retratar uma imagem de 
unidade e uniformidade, e só em casos excepcionais, quando não foi 
possível um consenso, admitem-se duas grafias para a mesma palavra, 
como veremos em alguns exemplos mais adiante. Mas atenção: 
uniformização ortográfica nada tem a ver com uniformização da língua! De 
acordo com Azeredo (2008, p. 13), “as línguas são como são em virtude 
do uso que seus falantes fazem dela, e não de acordos de grupos ou de 
decretos de governo”. 
As normas de unificação do idioma entraram em vigor em 2008, nos oito 
países de Língua Portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, 
Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor Leste. Seus objetivos 
principais são: 
 aumentar o intercâmbio cultural entre os países em que se fala o 
português; 
Curso Oficina de Gramática 
COGEAE/Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
 permitir maior difusão bibliográfica e tecnológica; 
 diminuir o valor econômico da produção e da tradução de livros; 
 aproximar as nações de Língua Portuguesa. 
Veja os tópicos da ortografia portuguesa que sofreram mudanças: 
 
· O novo alfabeto português 
Em vez de 23 letras, o alfabeto português passa a ter 26 letras, pois 
foram incluídas as letras k, w, y, que devem ser usadas nos seguintes 
casos: 
Em nomes próprios de pessoas Ruy, Kátia, Wagner 
Em termos derivados de nomes 
próprios 
Byron-byroniano; Shakespeare-
shakespeareano 
Em nomes próprios de lugares 
estrangeiros 
Kuwait, Malawi 
Em siglas, símbolos e palavras 
adotadas internacionalmente como 
unidades de medida 
km (quilômetro), kg 
(quilograma) 
 
· Eliminação do trema 
 
Antes do Acordo Depois do Acordo 
agüentar aguentar 
ambigüidade ambiguidade 
freqüência frequência 
Atenção: o trema permanece na grafia de substantivos próprios 
estrangeiros, como Müller, Hübner, e também nas palavras derivadas 
desses substantivos: mülleriano, hübneriano. 
· Eliminação do acento agudo nos ditongos abertos -ei, -oi, -eu das palavras 
paroxítonas 
 
Antes do Acordo Depois do Acordo 
idéia ideia 
estréia estreia 
jóia joia 
Curso Oficina de Gramática 
COGEAE/Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
Observe que a acentuação se mantém nos ditongos abertos de palavras 
oxítonas: anéis, fiéis, papéis etc. 
· Eliminação do acento agudo de “i” e “u” tônicos precedidos de ditongo em 
palavras paroxítonas 
 
Antes do Acordo Depois do Acordo 
feiúra feiura 
baiúca baiuca 
boiúna boiuna 
Mas considere que o acento se mantém em palavras com “i” e “u” tônicos 
de palavras proparoxítonas (maiúsculo) ou em palavras com “i” e “u” 
tônicos não precedidos de ditongo (cafeína, saúde, sanduíche), desde que 
não formem sílabas com r, l, m, n, z ou não estejam seguidos de nh (raiz, 
ruim, rainha). 
· Eliminação do acento agudo de palavras paroxítonas que possuam -u tônico 
precedido das letras “g” ou “q”, seguidas de -e ou -i 
 
Antes do Acordo Depois do Acordo 
averigúe averigue 
apazigúe apazigue 
argúem arguem 
 
· Eliminação do acento diferencial em palavras homógrafas 
 
Antes do Acordo Depois do Acordo 
para (preposição); pára (verbo) para (preposição); para (verbo) 
pelo (substantivo); pélo (verbo pelar) pelo (substantivo); pelo (verbo 
pelar) 
Mas o acento diferencial é mantido em: 
pôde (3ª pessoa do singular do 
pretérito perfeito do indicativo) 
pode (3ª pessoa do singular do 
presente do indicativo) 
O acento diferencial também permanece em palavras oxítonas e 
monossílabos: 
 
Curso Oficina de Gramática 
COGEAE/Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
mantém (3ª pessoa do singular do 
presente do indicativo) 
mantêm (3ª pessoa do plural do 
presente do indicativo) 
abstém (3ª pessoa do singular do 
presente do indicativo) 
abstêm (3ª pessoa do plural do 
presente do indicativo) 
pôr (verbo) por (preposição) 
tem (3ª pessoa do singular do presente 
do indicativo) 
têm (3ª pessoa do plural do 
presente do indicativo) 
vem (3ª pessoa do singular do presente 
do indicativo) 
vêm (3ª pessoa do plural do 
presente do indicativo) 
 
· Eliminação do acento nos encontros vocálicos -ee, -oo 
Antes do Acordo Depois do Acordo 
lêem leem 
crêem creem 
perdôo perdoo 
vôo voo 
 
· Uso do hífen 
O hífen NÃO DEVE SER USADO: 
a) em palavras compostas nas quais a noção de composição, de certa 
forma, se perdeu: 
Antes do Acordo Depois do Acordo 
pára-quedas paraquedas 
b) em palavras cujo prefixo terminar em vogal e o segundo elemento 
começar com “s” ou “r” (duplicar “s” ou “r”): 
Antes do Acordo Depois do Acordo 
contra-regra contrarregra 
anti-semita antissemita 
supra-sumo suprassumo 
c) em palavras cuja vogal final do prefixo é diferente da vogal inicial do 
segundo elemento: 
Antes do Acordo Depois do Acordo 
extra-escolar extraescolar 
auto-aprendizado autoaprendizado 
auto-escola autoescola 
Curso Oficina de Gramática 
COGEAE/Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
O hífen DEVE SER USADO: 
a) em palavras compostas, quando o segundo elemento começar com “h”: 
anti-herói 
auto-homenagem 
pré-história 
sobre-humano 
super-herói 
b) em palavras compostas cujos elementos constituem uma unidade 
semântica, mas mantêm uma tonicidade própria: 
couve-flor 
arco-íris 
mato-grossense 
norte-americano 
luso-brasileiro 
c) em palavras com prefixos “circum” e “pan”, quando o segundo 
elemento começar com vogais, “m” ou “n”: 
circum-navegar 
circum-adjacente 
pan-americano 
pan-africano 
d) em palavras em que o prefixo terminar em vogal ou consoante e o 
segundo elemento começar com a mesma vogal ou consoante: 
hiper-reativo 
inter-relacionado 
micro-ondas 
micro-ônibus 
anti-inflamatório 
e) em qualquer condição para prefixos como “além-“, “ex-“, “vice-“ e para 
prefixos formados por monossílabos tônicos como “pós-“, “pré-“, “pró-“: 
além-mar 
ex-diretor 
vice-reitor 
pós-graduação 
pré-natal 
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f) em compostos que designam espécies botânicas e zoológicas: 
erva-doce 
vitória-régia 
feijão-verde 
ave-maria 
bem-te-vi 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
AZEREDO, José Carlos de (2008). Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. Redigida de 
acordo com a nova ortografia. São Paulo: PubliFolha. 
BECHARA, E. (2009). Moderna gramática portuguesa. Atualizada pelo novo acordo 
ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 
SILVA, M. (2008). O novo acordo ortográfico da língua portuguesa. São Paulo: Contexto.

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