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PROPOSTA DE INTRODUÇÃO DE UM SISTEMA INFORMÁTICO DE GESTÃO ESCOLAR Escola Primária e Secundária José Traquino

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Prévia do material em texto

Magda Jerónimo Caetano Dique 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROPOSTA DE INTRODUÇÃO DE UM SISTEMA INFORMÁTICO DE GESTÃO 
ESCOLAR – Escola Primária e Secundária José Traquino 
Licenciatura em Administração e Gestão Escolar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Licungo 
Búzi 
2020 
 
II 
 
Magda Jerónimo Caetano Dique 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROPOSTA DE INTRODUÇÃO DE UM SISTEMA INFORMÁTICO DE GESTÃO 
ESCOLAR – Escola Primária e Secundária José Traquino 
Licenciatura em Administração e Gestão Escolar 
 
 
 
Projecto a ser apresentado ao Departamento 
de Educação no curso de Administração e 
Gestão Escolar, Delegação da Búzi, como 
requisito para avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Licungo 
Búzi 
2020 
III 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1: Dimensão da Planificação na Administração e Gestão escolar ........................... 13 
Quadro 2:Cronograma de Actividades ................................................................................. 18 
Quadro 3:Orçamento do projecto ......................................................................................... 19 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1:Processo de organização escolar ............................................................................ 12 
Figura 2:Resperesantação esquematiza do pátio escolar ...................................................... 22 
 
ABREVIAÇÕES 
Abreviações e acrónimos Inglês / Português 
AC Corrente Alternada 
FIPAG Fundo de Abastecimento e Património de Água 
MINEDH Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano 
ODS Objectivo do Desenvolvimento Sustentável 
PU Preço Unitário 
PT Preço Total 
UNESCO Organização das Nações Unidas para educação, Ciência e 
Cultura 
 
 
IV 
 
SUMÁRIO 
 
LISTA DE QUADROS ........................................................................................................ III 
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................... III 
ABREVIAÇÕES .................................................................................................................. III 
CAPITULO 1: INTRODUÇÃO ............................................................................................. 6 
1.1. Antecedentes do projecto ......................................................................................... 6 
1.2. Justificativa ............................................................................................................... 7 
1.3. Problematização ....................................................................................................... 7 
1.4. Hipótese .................................................................................................................... 7 
1.5. Objectivos do Projecto ............................................................................................. 8 
1.5.1. Objectivo Geral ........................................................................................................ 8 
1.5.2. Objectivos Específicos ............................................................................................. 8 
1.6. Metodologias ............................................................................................................ 8 
1.6.1. Tipo de pesquisa ....................................................................................................... 8 
1.6.1.1. Documentação indirecta ........................................................................................... 8 
1.6.1.2. Pesquisa Bibliográfica .............................................................................................. 9 
1.6.1.3. Documentação directa .............................................................................................. 9 
1.6.1.4. Pesquisa de Campo ................................................................................................... 9 
1.6.2. Tipos de pesquisa de campo ................................................................................... 10 
1.6.2.1. Observação ............................................................................................................. 10 
1.6.2.2. Observação sistemática .......................................................................................... 10 
CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................... 11 
2.1. Gestão Escolar ........................................................................................................ 11 
2.2. Qualidade da Educação em Moçambique .............................................................. 12 
2.2.1. Dimensão 1: Planificação, Administração e Gestão Escolar ................................. 13 
2.3. Tecnologia da Informação ...................................................................................... 15 
V 
 
2.3.1. A Era da Informática: Consequências e Impactos .................................................. 16 
2.3.2. Tic na Educação ..................................................................................................... 17 
2.3.3. TIC no currículo escolar ......................................................................................... 17 
CAPITULO III: ESTUDO DE CASO.................................................................................. 18 
3.1. Apresentação .......................................................................................................... 18 
3.2. Amostra .................................................................................................................. 18 
3.3. Cronograma ............................................................................................................ 18 
3.4. Orçamentação ......................................................................................................... 19 
3.5. Referencia Bibliográfica......................................................................................... 21 
APÊNDICE .......................................................................................................................... 22 
 
 
 
6 
 
CAPITULO 1: INTRODUÇÃO 
1.1.Antecedentes do projecto 
A organização tradicional, hierárquica e fechada encontra-se com sérios problemas. Novos e 
complexos desafios são impostos pela sociedade e questionam as teorias administrativas, 
fazendo com que elas adaptem ou modifiquem por completo suas abordagens para 
continuarem úteis e aplicáveis. 
Nesse início de século XXI, devido à rapidez com que as inovações na tecnologia e nos meios 
de comunicação têm sido introduzidas na sociedade, torna-se necessário que as organizações, 
públicas ou privadas, estejam voltadas para a construção do conhecimento com base na 
informação. O maior desafio será transformar informações em acções focadas directamente 
nos resultados, tanto para as empresas como para a sociedade. 
O mundo vem sendo palco de profundas e aceleradas transformações económicas, políticas 
e sociais, que têm levado as nações e seus governos a adoptarem estratégias diferenciadas e 
criativas para elevar a qualidade de vida das suas populações. Neste contexto, o papel da 
educação na produção do conhecimento, na elevação do nível global de competitividade da 
economia e promoção do bem-estar social é reconhecido por todos. É assim que, melhorar a 
qualidade de educação, para o Governo de Moçambique, constitui uma das suas prioridades. 
A qualidade de educação é um conceito multidimensional e nem sempre consensual, daí a 
pertinência da sua delimitação e explicitação. A maioria das pessoas certamente concorda 
com o facto de que uma escola boa é aquela em que os seus alunos aprendem coisas essenciais 
para sua vida, tais como ler e escrever, resolver problemas matemáticos, conviver com os 
colegas, respeitar regras e trabalhar em grupo. 
O Governo da República de Moçambique, através do seu Ministérioda Educação e 
Desenvolvimento Humano (MINEDH), uniu esforços com a UNESCO para avaliar os 
objectivos, estratégias e realizações do sistema de educação moçambicano em relação aos 
seus contextos nacional, regional e internacional. Esta revisão da política educacional visa 
ajudar as autoridades educacionais a fortalecer as suas capacidades para alcançar os seus 
objectivos e metas educacionais, no âmbito da Agenda Educação 2030 dos Objectivos de 
Desenvolvimento Sustentável (ODS). 
 
7 
 
1.2.Justificativa 
A escolha do tema deste presente projecto deve-se ao facto da escola Primária e Secundária 
José Traquino, necessitar desta ferramenta de gestão escolar, visto que a utilização da 
informática no âmbito educacional encontra-se, actualmente, em crescimento progressivo no 
Mundo e particularmente em Moçambique. A arte de ensinar e de aprender, nos dias de hoje, 
não se limita mais ao trabalho realizado dentro da sala de aula. Há um vasto leque de recursos 
que as tecnologias oferecem e que deve ser vivenciado pela comunidade escolar. 
1.3.Problematização 
Em Moçambique as instituições de educação estão vão passando pelas profundas mudanças 
no Processo de Ensino e Aprendizagem. Ter acesso a informações, comunicar-se e trocar 
experiências a grandes distâncias de forma rápida, pesquisar e buscar soluções cada vez mais 
actuais e eficientes para os problemas, conhecer o mundo em que vivemos sem a necessidade 
de deslocamento físico e, sobretudo, desenvolver novos níveis de convivência dento e fora 
da escola são alguns dos recursos hoje disponíveis com o avanço da tecnologia da informação 
e da comunicação. Em busca desta melhoria no processo de ensino na escola Primária e 
Secundária José Traquino, surge a necessidade de introduzir um sistema informático de 
gestão de dados, visto que a mesma enfrenta várias dificuldades ano que tange a manipulação 
de documentos importantes para a escola. Dos problemas identificados constam: A falta de 
um Dispositivo Informático para reprodução de documentos Normativos, Certificados de 
Habilitações literárias, reprodução de testes escritos e emissão de documentos de caracter 
importante para escolar, possibilidade em longas esperas para aquisição ou entrega dos 
mesmo, com isso surge a seguinte questão: 
 Até que ponto o Sistema Informático de Gestão poderá beneficiar a Escola Primária 
e Secundária José Traquino – Beira no processo de ensino e aprendizagem? 
1.4.Hipótese 
Se a Escola Primária e Secundária José Traquino, introduzir um sistema informático de 
Gestão Escolar poderá trazer benefícios a instituição, pós este poderá contribuir para a 
redução do tempo de entrega dos documentos, será garantida a segurança e confiabilidade no 
armazenamento dos dados e facilitará na reprodução de testes escritos, fichas de leituras, 
notas de envio, entre outros. 
8 
 
1.5.Objectivos do Projecto 
1.5.1. Objectivo Geral 
 O Trabalho tem como o Objectivo geral: Propor a introdução de um Sistema 
Informático de Gestão Escolar, com vistas a fortalecer o controlo na Escola Primária 
e Secundária José Traquino, garantindo a eficiência e eficácia na emissão, envio e 
armazenamento dos documentos. 
1.5.2. Objectivos Específicos 
 Descrever as principais directrizes aliadas aos projectos, que contribuirão para 
viabilização e melhoria da gestão escolar; 
 Identificar os pontos fortes e fracos no processo de introdução desta ferramenta de 
gestão escolar; 
1.6.Metodologias 
De acordo com Prodanov & Freitas (2013), A metodologia é a aplicação de procedimentos e 
técnicas que devem ser observados para construção do conhecimento, com o propósito de 
comprovar sua validade utilidade nos diversos âmbitos da sociedade. Deste modo, torna 
pertinente referenciar esses métodos e técnicas assim como o tipo de pesquisa que será de 
extrema importância para a consolidação do trabalho de pesquisa científico. 
1.6.1. Tipo de pesquisa 
De acordo com Lakatos & Marconi (2003), Técnica é um conjunto de preceitos ou processos 
de que se serve uma ciência ou arte; é a habilidade para usar esses preceitos ou normas, a 
parte prática. Toda ciência utiliza inúmeras técnicas na obtenção de seus propósitos. Para a 
realização da pesquisa serão usadas as seguintes técnicas: 
1.6.1.1.Documentação indirecta 
Toda pesquisa implica o levantamento de dados de variadas fontes, quaisquer que sejam os 
métodos ou técnicas empregadas. Esse material-fonte geral é útil não só por trazer 
conhecimentos que servem de back-ground ao campo de interesse, como também para evitar 
possíveis duplicações e/ou esforços desnecessários; pode, ainda, sugerir problemas e 
hipóteses e orientar para outras fontes de coleta. É a fase da pesquisa realizada com intuito 
de recolher informações prévias sobre o campo de interesse (LAKATOS & MARCONI 
2003). 
9 
 
1.6.1.2.Pesquisa Bibliográfica 
Para o levantamento dos dados será utilizado a pesquisa bibliográfica, ou de fontes 
secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde 
publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material 
cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e 
audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto directo 
com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias 
seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer 
gravadas (LAKATOS & MARCONI 2003). 
 
1.6.1.3.Documentação directa 
A documentação directa constitui-se, em geral, no levantamento de dados no próprio local 
onde os fenómenos ocorrem. Esses dados podem ser obtidos de duas maneiras: através da 
pesquisa de campo ou da pesquisa de laboratório (LAKATOS & MARCONI 2003). 
 
1.6.1.4.Pesquisa de Campo 
Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objectivo de conseguir informações e/ou 
conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma 
hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenómenos ou as relações entre 
eles. Consiste na observação de fatos e fenómenos tal como ocorrem espontaneamente, na 
coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que se presume relevantes, para 
analisá-los. A pesquisa de campo propriamente dita "não deve ser confundida com a simples 
coleta de dados (este último corresponde à segunda fase de qualquer pesquisa); é algo mais 
que isso, pois exige contar com controlos adequados e com objectivos preestabelecidos que 
descriminam suficientemente o que deve ser colectado" (TRUJILLO,1982:229). 
 
10 
 
1.6.2. Tipos de pesquisa de campo 
Para Tripodi et al. (1975), as pesquisas de campo dividem-se em três grandes grupos: 
quantitativo-descritivos, exploratórios e experimentais, com as respectivas subdivisões. 
As técnicas rigorosas de amostragem têm o objectivo de possibilitar a generalização das 
descobertas a que se chega pela experiência. Por sua vez, para que possam ser descritas 
quantitativamente, as variáveis relevantes são especificadas. Os diversos tipos de estudos 
experimentais podem ser desenvolvidos tanto "em campo", ou seja, no ambiente natural. 
1.6.2.1.Observação 
A observação é Uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza os 
sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e 
ouvir, mas também em examinar fatos ou fenómenos que se desejam estudar. 
1.6.2.2.Observação sistemática 
A presente pesquisa será orientada pela observação sistemática que também recebe várias 
designações: estruturada, planejada, controlada. Utiliza instrumentos para a coleta dos dados 
ou fenómenos observados. Realiza-se em condições controladas, para responder a propósitos 
preestabelecidos. Todavia, as normas não devem ser padronizadas nem rígidas demais, pois 
tanto as situações quanto os objectose objectivos da investigação podem ser muito diferentes. 
Deve ser planejada com cuidado e sistematizada. Na observação sistemática, o observador 
sabe o que procura e o que carece de importância em determinada situação; deve ser 
objectivo, reconhecer possíveis erros e eliminar sua influência sobre o que vê ou recolhe. 
Vários instrumentos podem ser utilizados na observação sistemática: quadros, anotações, 
escalas, dispositivos mecânicos etc. 
 
11 
 
CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1.Gestão Escolar 
De acordo com Libâneo (2001), sob um enfoque sociopolítico, vê a organização escolar como 
um sistema que congrega pessoas, importando bastante a intencionalidade e as interacções 
sociais que acontecem entre elas, o contexto sociopolítico, etc. 
a) A concepção técnico-científica, também chamada funcionalista, baseia-se na 
hierarquia de cargos e funções, objectivando a racionalização do trabalho, a eficiência 
dos serviços escolares e tende a seguir princípios da administração empresarial. É 
também conhecida com gestão da qualidade total. 
 
b) A concepção autogestionária é baseada na responsabilidade colectiva, ausência de 
direcção centralizada e aumento da participação directa e por igual de todos os 
membros da instituição. 
 
c) A concepção democrático-participativa baseia-se na relação orgânica entre a 
direcção e a participação do pessoal da escola. Promove a importância da busca de 
objectivos comuns assumidos por todos e defende uma forma colectiva de gestão em 
que as decisões são tomadas colectivamente e discutidas publicamente. Entretanto, 
uma vez tomadas as decisões colectivamente, defende que cada membro da equipe 
assuma sua parte no trabalho. 
Segundo Libâneo (2001), “a gestão democrático-participativa valoriza a participação da 
comunidade escolar no processo de tomada de decisão, aposta na construção colectiva dos 
objectivos e do funcionamento da escola, por meio da dinâmica intersubjectiva, do diálogo, 
do consenso”. Essa é a concepção considerada nesse trabalho. 
É importante ressaltar que o processo de organização escolar dispõe de elementos do 
processo administrativo que são, realmente, instrumentos de acção mobilizados para alcançar 
os objectivos da escola. Esse mesmo autor descreve esses elementos como: 
 
 
 
12 
 
Figura 1:Processo de organização escolar 
 
Fonte: Adaptado de Libâneo (2001) 
 
2.2.Qualidade da Educação em Moçambique 
Para efeitos de análise da qualidade de educação em Moçambique a seguir definem-se alguns 
conceitos: 
a) Sistema de Gestão e Garantia de Qualidade: Programa de acompanhamento 
sistemático, avaliação dos diferentes aspectos de um projecto ou serviço, para garantir 
o cumprimento dos padrões de qualidade com o máximo de eficácia e eficiência. 
 
b) Dimensão: área-chave dos diferentes processos educativos, cujo funcionamento 
concorre para a aquisição de competências. 
 
c) Padrão: condição ideal que se espera que uma escola atingiu e que serve de critério 
de avaliação a partir dos resultados e das respectivas evidências. 
 
d) Indicador: facto observável que exprime e permite medir ou avaliar o nível do 
cumprimento ou do alcance dos padrões, com base numa escala qualitativa ou 
quantitativa. 
 
e) Evidência: facto observável que comprova o grau de alcance do padrão. 
•processo de explicação de objectivos e antecipação de decisões para
orientar a instituição, provendo-se o que se deve fazer para atingi-los.
Planeamento 
•actividade através da qual se dá a racionalização dos recursos, criando e
viabilizando as condições e modos para se realizar o planejado
Organização
•actividade de coordenação do esforço colectivo do pessoal da escola.
Direcção/Coordenação
•acções de capacitação e aperfeiçoamento dos profissionais da escola
para que realizem com eficiência suas tarefas e se desenvolvam pessoal
e profissionalmente.
Formação Continuada
•comprovação e avaliação do funcionamento da escola.
Avaliação
13 
 
 
f) Auto-avaliação ou avaliação interna: conjunto de normas, mecanismos e 
procedimentos operados pelas próprias instituições para avaliarem a qualidade dos 
seus próprios serviços. Visa diagnosticar o nível de organização das instituições, 
identificando os aspectos fortes e os aspectos a superar através da execução dum 
plano de acção de auto superação. 
 
g) Avaliação externa: conjunto de normas, mecanismos e procedimentos que são 
operados por instituições externas para avaliarem a qualidade dos serviços de outras 
instituições da educação. Visa diagnosticar o nível de organização das instituições, 
identificando os aspectos fortes e os aspectos a superar através da execução dum 
plano de acção de auto superação. Visa ainda, apurar a qualidade dos serviços 
prestados pela instituição para a respectiva certificação. 
 
2.2.1. Dimensão 1: Planificação, Administração e Gestão Escolar 
A dimensão aponta, essencialmente, as formas de organização e planificação do trabalho do 
pessoal docente e não docente, acesso e assiduidade dos alunos à escola, disponibilidade do 
material básico necessário para o funcionamento da escola e controladas actividades 
pedagógicas. 
Quadro 1: Dimensão da Planificação na Administração e Gestão escolar 
Dimensão1: Planificação, Administração e Gestão Escolar 
Padrão Indicador Evidências 
 
 
 
 
 
 
1.1. Eficiente 
gestão da 
escola 
 
1.1.1. Planificação da escola 
Existência do Plano de 
Desenvolvimento da Escola e do Plano 
Anual da Escola e seu grau de 
cumprimento 
Relatórios de monitoria dos planos 
1.1.2. Planificação Financeira e execução 
orçamental da escola 
Existência do Plano Financeiro da 
Escola e seu grau de cumprimento 
Balancetes de execução 
1.1.3. Participação inclusiva dos actores na 
planificação e transparência na gestão 
escolar 
Actas de reuniões 
14 
 
1.1.4. Preenchimento e conservação dos 
documentos de escrituração escolar 
Documentos de escrituração escolar 
mencionados no artigo 57 do REGEB 
devidamente preenchidos 
Documentos de escrituração escolar, 
mencionados no artigo 57 do REGEB, 
conservados 
1.1.5. Adequação aos requisitos e 
qualificações dos gestores e dos 
professores 
Certificados de habilitações e Currículo 
Vitae 
1.1.6. Formação continua dois professores Mapa de controlo de formação continua 
1.1.7. Estabilidade do corpo docente Permanência de professores na escola 
num intervalo mínimo de cinco anos 
1.2. Assegurado o 
acesso, 
permanência e 
sucesso escolar 
1.2.1. Proporção de crianças matriculadas com 
seis anos de idade na 1ª classe 
Mapas estatísticos da escola 
 
1.2.2. Tendência do aproveitamento escolar 
dos últimos três anos 
Mapas de aproveitamento pedagógico 
1.2.3. Proporção de alunos por sexo Mapas estatísticos da escola 
1.2.4. Permanência dos alunos, em especial da 
rapariga 
Percentagem de desistência da rapariga 
em função do número total das raparigas 
no levantamento 3 de Março 
1.3. Disponibilizado 
o material de 
ensino 
 
1.3.1. Distribuição do livro gratuito Plano de distribuição 
Lista dos beneficiários 
1.3.2. Conservação do livro de distribuição 
gratuita 
Mapa de recolha do livro em condições 
de utilização 
1.3.3. Material para os alunos com 
necessidades educativas especiais 
Existência de material compensatório de 
acordo com a deficiência 
1.4. Eficiente 
controlo das 
Actividades 
Pedagógicas 
1.4.1. Controlo da planificação de aulas. Actas das sessões de planificação 
 
Planos de aula assinados pelo Director 
Adjunto Pedagógico ou coordenador de 
ciclo ou de área 
1.4.2. Assistência às aulas Plano de assistência as aulas 
Fichas de assistência 
15 
 
1.4.3. Controlo da assiduidade dos alunos Mapa de controlo de assiduidade dos 
alunos 
1.4.4. Controlo da assiduidade dos professores Mapa de controlo de assiduidade dos 
professores 
1.4.5. Rácio professor/ aluno Listas dos alunos por turma 
1.5.Eficiente 
gestão de 
evidênciasde 
qualidade 
1.5.1. Conservação de evidências Existência de espaço ou pastas de 
arquivo 
1.5.2. Uso das evidências para a melhoria do 
desempenho da escola 
Plano de acção para melhoria do 
desempenho 
 
Fonte: manual dos padrões e Indicadores de qualidade Para a escola primária, 2014 
 
2.3.Tecnologia da Informação 
“... Os impactos da introdução de inovações tecnológicas podem ser 
organizados em três grupos: os que interferem no trabalho e na forma 
de realizá-lo, os que interferem nos aspectos físicos das organizações 
e aqueles que interferem nos aspectos psicológicos das pessoas 
envolvidas” (GONÇALVES & DREYFUSS, 1996). 
 
A Informática Aplicada à Educação se distingue pelo uso de aplicativos da informática em 
trabalhos relacionados a controles administrativos ou académicos, como emitir relatórios, 
escrever textos, produzir tabelas, manipular banco de dados e controlar fluxo de pagamento. 
Nesse contexto, ela é usada para o gerenciamento da escola, no sentido mais amplo de 
organização. 
A Informática na Educação caracteriza-se pela utilização do computador através de softwares 
desenvolvidos para proporcionar suporte à educação, como os tutoriais ou outros aplicativos 
que, em geral, trazem características bem lineares de aprendizagem; o aluno vai ao 
laboratório de informática tirar suas dúvidas, em aulas tipo reforço, usando tutoriais ou 
"livros multimídias", ou mesmo acessando a Internet. 
 
 
16 
 
2.3.1. A Era da Informática: Consequências e Impactos 
A tecnologia em geral e, em especial, a tecnologia da informação invadiu a vida das pessoas 
e das empresas, passando a influenciá-las fortemente. A informação através do computador 
deu origem a uma nova era: a era da Informática. Segundo CHIAVENATO (2003), suas 
principais consequências foram: 
a) Menor espaço: criou-se o conceito de escritório virtual. Os prédios e escritórios 
sofreram uma forte redução em tamanho. Os arquivos electrónicos reduziram o 
volume de papel e os móveis associados, liberando espaço para outras finalidades. Os 
centros de processamentos de dados também tiveram redução de tamanho e 
descentralização através de redes de microcomputadores nas empresas. Surgiram os 
escritórios virtuais com microcomputadores, dispensando prédios e consequente 
redução de despesas fixas. 
b) Menor tempo: as comunicações passaram a ser móveis, flexíveis, mais rápidas, 
direitas e com maior tempo de dedicação ao cliente. 
c) Maior contacto: com o surgimento do microcomputador portátil, a multimídia, o 
processamento em grupo (workgroup), estações de trabalho (workstation), tornou-se 
possível que as pessoas, embora distantes fisicamente, trabalhassem juntas. 
 
Os impactos decorrentes da chegada da tecnologia da informação são variáveis de empresa 
para empresa. No entanto, na compreensão desse autor, existem alguns aspectos que podem 
ser generalizados: A racionalidade técnica tornou-se um sinónimo de eficiência. Esta, por sua 
vez, tornou-se o critério normativo pelo qual os administradores das empresas são 
costumeiramente avaliados. Os processos tecnológicos, em nome do progresso, criam 
incentivos em todos os tipos de empresas, levando os administradores a melhorarem cada 
vez mais a eficácia, mas sempre dentro dos limites do critério normativo de produzir 
eficiência. Os processos tecnológicos têm a prioridade de determinar a natureza da estrutura 
organizacional e do comportamento organizacional das empresas. 
 
 
17 
 
2.3.2. Tic na Educação 
Segundo Damásio, (2009), “Os usos das TIC’s em contextos educativos abarcam um vasto 
conjunto de áreas, desde o simples uso do computador ou de um vídeo como suplemento 
expositivo, até ao uso de tecnologias colaborativas para aumentar os índices de colaboração 
e participação de estudantes, temporal ou especialmente separados”. 
A escola deve desde o ensino primário preparar os cidadãos de forma a promover futuros 
profissionais competitivos e competentes. O aluno deve ter ao seu dispor um conjunto de 
ferramentas, as mais actualizadas possíveis, que lhe permitam acompanhar as exigências 
socialmente impostas. 
Professores e encarregados de educação têm um papel de destaque na preparação dos alunos 
para lidarem com a quantidade de informação que lhes chega. As TIC devem ser exploradas 
de forma organizada, retirando o melhor partido das ferramentas que nos podem fornecer 
para a preparação do aluno a nível académico e profissional. Porém esta integração das TIC 
por si só não garante eficácia pedagógica total. 
As tecnologias não substituem as actuais pedagogias educativas, mas transformam o actual 
quotidiano do ensino. Os professores são novamente a chave para que esta adaptação seja um 
sucesso. Em Portugal foram lançados conjuntos de projectos e medidas legislativas que 
propiciaram a integração das TIC no ensino, com o intuito de incentivar as escolas ao uso 
das mesmas. 
2.3.3. TIC no currículo escolar 
A utilização das TIC deve integrar de forma coerente os conteúdos. Do ponto de vista da 
instituição deve ser envolvida num variado leque, deve ser colocada de forma a garantir o 
sucesso à integração das TIC. Ou seja as TIC devem ser integradas no ensino para que não 
sejam um elemento estranho à comunidade escolar, mas sim um suporte e reforço positivo 
ao ensino. 
É importante realçar também possibilidades de aquisição de competências evidenciadas pelo 
uso do correio electrónico (AMANTE, 2003). 
Porém no ensino primário ainda se aprende a escrever tradicionalmente com uma caneta, 
lápis e caderno de linhas, “ao nível das competências verbais, o computador não inibe o 
desenvolvimento da linguagem, mas este nível de ensino não contém na sua organização 
curricular o uso do computador. 
18 
 
CAPITULO III: ESTUDO DE CASO 
3.1.Apresentação 
A Escola Primária Completa e Secundária José Traquina, Antiga ASEM, está situada na 
Cidade da Beira no 14º Bairro da Manga, próximo ao FIPAG - Centro de distribuição da 
Manga. Com um universo de cerca de 1500 Alunos. A escola Lecciona em dois períodos 
diários, sendo p primeiro das 06h as 11:00 o ensino Primário da 1ª à 7ª Classe e o segundo 
período das 12H as 17:00 o ensino secundário da 8ª a 10ª Classe. 
3.2.Amostra 
Portanto, trata-se do conjunto de todos elementos que podem oferecer informação relativa ao 
estudo efectuado ou que se pretende. Desta forma constituirá o universo desta pesquisa, cerca 
de 1500 alunos da 1ªa 10ª classe de ambos sexos e com idade compreendida entre 6 a 25anos, 
inscritos no ano lectivo 2020. 
3.3.Cronograma 
Quadro 2:Cronograma de Actividades 
Principais Actividades Cronograma de Actividades (Meses) 
Abril Maio Julho Julho 
Pesquisa dos intervenientes do projecto, para avaliação dos 
pontos principais pontos do processo de introdução do mesmo 
 
Apresentação do desenho do projecto aos intervenientes e 
dirigentes escolares 
 
Avaliação do ambiente escolar, e dimensionamento tempo-
espacial e estudos dos custos de implantação do projecto. 
 
Apresentação do projecto final aos Investidores e aos serviços 
distritais de educação, Juventude e Tecnologias 
 
Capacitação dos funcionários da Escola, em Tecnologia de 
Informação e Comunicação 
 
Introdução do sistema Informático de gestão escolar 
Fonte: Próprio Autor, 2020 
 
19 
 
3.4.Orçamentação 
Quadro 3:Orçamento do projecto 
Matérias e Equipamentos 
Equipamento Descrição Quant. P.U (Mt) P.T (Mt) 
Computador Desktop (Marca HP, 250GB 
de Armazenamento, 4GB 
RAM, Processador 2.52 GHz) 
Composição: Mouse Optical, 
Teclado) 
 
 
5 
 
30.000,00 
 
150.000,00 
Impressora Laser jet (Multifuncional: 
Impressão, Cópia e Scan de 
Documentos, com capacidade 
de Impressão de 5000 folhas) 
2 20.000,00 40.000,00 
Regulador de Corrente (AC ~300V, 250W) 3 2.500,00 7.500,00 
Total Matérias de Escritório 197.500,00 
Aquisição de Softwares 
Software Descrição Quant.P.U (Mt) P.T (Mt) 
Sistema Operativo 
(Windows 7 
Profissional) 
Software operacional que faz a 
ligação entre Homem-
máquina, apresentado sob 
forma de janela. 
 
1 Pacote 
3.000,00 3.000,00 
Antivírus (Kaspersky 2020, para 5 
Users), software usado para 
protecção dos dados virtuais 
armazenados no computador 
 
1 Pacote 
8.000,00 8.000,00 
 
Microsoft Office 2013 Software usado para digitação, 
Cálculos Matemáticos, leitura, 
criação e apresentação de 
textos 
 
1 Pacote 
3.000,00 3.000,00 
Total de Aquisição de Softwares 14.000,00 
Materiais de Escritório 
Material Descrição Quant. PU (Mt) PT (Mt) 
Resma de papel A4 Para o uso na escolar 2 300,00 600,00 
Toner Para uso na Impressora 1 3.000,00 3.000,00 
Total de Material de escritório 3.600,00 
 
 
20 
 
Despesas de Montagem e Instalação 
 Descrição Quant. Orçamento 
Oficial Procurement Faz a pesquisa do mercado em busca de 
equipamentos de Qualidade e a Perco 
Acessível. 
1 3.000,00 
Técnico Informático Faz a Montagem e Instalação do Sistema 
Informático na Escola. 
2 4.000,00 
Aluguer de Viatura Para Transporte do Material Informático 
após aquisição 
1 1.500,00 
Total das Despesas 8.500,00 
Orçamento Total 223.600,00 
 
Fonte: Próprio Autor, 2020 
 
21 
 
3.5.Referencia Bibliográfica 
i. AMANTE, L. Explorando as novas tecnologias em contexto de educação pré-escolar: 
actividade escrita. Análise Psicológica, 1, XXII. 2004). 
 
ii. CHIAVENATO, Idalberto. Os novos paradigmas: como as mudanças estão mexendo 
com as empresas. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
iii. DAMÁSIO, Manuel. Estratégias de uso e consumo de media: audiências fragmentadas e 
novas audiências. Universidade Lusófona.2009 
 
iv. GONÇALVES, José Ernesto Lima; DREYFUSS, Cassio. Reengenharia das empresas: 
passando a limpo. São Paulo: Editora Atlas, 1996. 
 
v. LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de 
metodologia científica, São Paulo: Atlas 2003. 
 
 
vi. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: 
Alternativa, 2001. 
 
vii. PRODANOV, Cleber Cristiano & de FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do Trabalho 
Científico: Método e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Académico. 2ª Edição, Novo 
Hamburgo: Feevale, 2013. 
 
 
viii. TRIPODI, Tony et aI. Análise da pesquisa social: directrizes para o uso de pesquisa em 
serviço social e em ciências sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975. 
 
ix. TRUJILLO FERRARI, Alfonso. Metodologia da ciência. 3. ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 
1974. 
 
 
22 
 
APÊNDICE 
Figura 2:Resperesantação esquematiza do pátio escolar

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