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SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................04 
2. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM......................................................................… 
3. ETIOLOGIA, CLASSIFICAÇÃO, FISIOPATOLOGIA……………………………. 
4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E TRATAMENTO…………………………………. 
5. PRESCRIÇÃO MÉDICA....................................................................................… 
6. FARMACOLOGIA E CUIDADOS DE ENFERMAGEM...................................… 
7. DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM ………………………… 
8.CONCLUSÃO 
9.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... 
ANEXOS..............................................................................................................… 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O cuidado da úlcera varicosa é um grande desafio tanto para as pessoas que 
com ela convivem quanto para o enfermeiro que dela cuida, devido ao seu caráter 
crônico e recorrente, além do impacto socioeconômico e piora na qualidade de vida 
das pessoas que com ela convivem. Grande parte dos indivíduos que desenvolveram 
a patologia, apresentam recidiva da lesão mesmo realizando tratamento indicado. A 
terapia compressiva é o principal cuidado para a UV visto que promove cicatrização e 
prevenção de recidivas, embora outras medidas são de extrema importância e deve 
ser orientado aos pacientes, como: Cuidados básicos de higiene, alimentação 
conforme orientação médica, repouso, atividade física e hidratante nos membros 
inferiores. A terapia compressiva existe em duas modalidades, TC elástica que é 
utilizado faixas de curto ou longo estiramento e meias elásticas, e também a TC 
inelástica que é a Bota de Unna, reconhecida no meio científico e muito utilizada no 
meio clínico aqui no Brasil. O tratamento com Bota de unna é um método muito eficaz 
que contribui para o aumento da função de bombeamento venoso, diminui a 
hipertensão venosa, ajuda na cicatrização, melhora a autoestima, melhora a qualidade 
de vida e capacidade funcional dos indivíduos que convivem com a úlcera varicosa, 
embora seja um desafio considerando-se as adaptações que esta terapia requer no 
cotidiano dos pacientes. 
“O enfermeiro que atua nesse cenário deve contribuir para a melhoria da 
qualidade de vida da população que convive com a UV, orientando sobre a prática do 
autocuidado, quebrando barreiras de atendimento nas unidades de saúde, se 
empenhar em acompanhar a evolução da ferida bem como seu tratamento, orientar 
sua equipe sobre a prática do método indicado para cada paciente, e quaisquer 
desafios que possam surgir durante o tratamento, contando também com auxílio da 
equipe multidisciplinar se fizer-se necessário” (SILVA & COLS, 2017). 
Será relatado ao desenvolver do trabalho questões como, a assistência de 
enfermagem prestada a esses pacientes que vivem nessa condição crônica, desafios 
que os pacientes e profissionais vivenciam juntos na patologia em questão, com 
ênfase principal no tratamento com Bota de unna relatando sobre a experiência que 
tivemos em prática clínica. 
 
 
2. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM 
 
M.I.S., sexo feminino, 65 anos, cor parda, casada, residente em São caetano do 
Sul/Sp, aposentada. Comparece a unidade de saúde para realização de limpeza e curativo 
com bota de unna em úlcera varicosa, medindo 15 cm em membro inferior direito, 8 anos de 
descoberta e 3 anos de tratamento nessa unidade. Paciente refere coceira, queimação e dor 
na região da úlcera. Possui H. A. S., faz uso de captopril 25 mg e atenolol 25 mg, nega 
Diabetes mellitus, nega alergia medicamentosa, obesa, antecedentes familiares de H. A. S. 
(mãe e tias). Não pratica atividade física, relata que faz uso de meia compressiva e repouso 
com as pernas para cima sempre que possível, tabagista por 30 anos com interrupção há 9 
anos, nega etilismo. Verificado SSVV, PA: 140X85, FC: 95 bpm, FR: 19 mrpm e T: 36.6 ºC, 
paciente orientada, consciente, alerta, com expressão fácil de dor, pele e mucosas coradas, 
deambula com auxílio de bengala, sinal de godet positivo em MMII. Ulcera varicosa em MID 
apresenta-se com exsudato em aspecto serossanguíneo, com odor discreto, leito da lesão 
apresentando coloração vermelha brilhante, bordas aderidas, regulares e elevadas, pele peri 
lesão apresenta-se fina, brilhante, com hipertermia e hiperemia. 
 
3.ETIOLOGIA, CLASSIFICAÇÃO, FISIOPATOLOGIA 
Ulceras crônicas dos membros inferiores, afetam grande parte da população 
adulta, resultando em grande impacto socioeconômico na vida destas pessoas, como 
a perda de dias de trabalho, aposentadoria precoce e os gastos com a terapêutica, 
em geral, prolongada, além de restringir as atividades da vida diária e de lazer 
Por definição, são consideradas como úlceras crônicas, aquelas feridas que 
ocorrem abaixo do joelho e que não cicatrizam dentro de um período de 6 (seis) 
semanas, sobretudo existem muitos casos de úlceras que ultrapassam esse tempo se 
prolongando por anos. 
Muitas são as causas que podem levar ao surgimento de uma úlcera crônica nos 
membros inferiores, que levam a uma hipertensão venosa, como: 
• Infecção 
• Diabetes mellitus 
• Distúrbios dos tecidos que revestem as veias 
• Lesão por trombose das veias profundas ou estase venosa 
As úlceras crônicas são classificadas em: 
Venosa; arterial e neuropática. 
 As úlceras venosas são lesões crônicas associadas com 
hipertensão venosa dos membros inferiores e correspondem a 
percentual que varia aproximadamente de 80 a 90% das úlceras 
encontradas nesta localização. Yamada BFA, Santos VLCG. 
Ulcera venosa ou varicosa é uma ferida de difícil cicatrização, como 
mencionado várias são as causas que levam a patologia, porém sua principal causa 
é a insuficiência venosa crônica. 
A falta de circulação faz com que pequenas feridas cresçam e se juntem formando a 
úlcera, devido ao aumento da pressão venosa, o sangue fica estagnado em uma 
determinada região e, com a pele fragilizada, pode surgir a úlcera devido a traumas 
ou de forma espontânea. Pois na úlcera varicosa o sangue não tem problemas para 
chegar na periferia, seu problema está no retorno venoso, se instalando um 
mecanismo inflamatório, pois a pele fica em constante inflamação devido ao retorno 
prejudicado do sangue nomeado de disfunção venosa, a qual pode ser resultado de 
um distúrbio congênito ou pode ser adquirida. 
Cronicamente se apresenta com edema e estase local, é devida a esta 
constante inflamação que se instala a doença, uma vez que essa pele se rompe, 
ocorre a ferida, e em uma pele doente, terá uma dificuldade tremenda em se cicatrizar. 
Portanto a úlcera varicosa é uma complicação da insuficiência venosa crônica.A 
insuficiência venosa crônica é definida como anormalidade do funcionamento do 
sistema venoso causada por uma incompetência valvular, associada ou não à 
obstrução do fluxo venoso, podendo afetar o sistema venoso superficial, venoso ou 
ambos. Tal disfunção no sistema venoso resulta no estado de hipertensão venosa. 
A fisiopatologia da IVC é decorrente da insuficiência das 20 válvulas das veias das 
pernas e da associação do refluxo de sangue para as veias superficiais 
De acordo com Aguiar , a IVC é responsável por 75% das 
úlceras de perna. As demais são provocadas por doença arterial 
obstrutiva periférica, neuropatia periférica, doenças 
infectocontagiosas, doenças reumatológicas, doenças 
hematológicas e tumores. Aguiar ET et alii 
 
Ulcera varicosa é bastante comum em pessoas que há anos possuem varizes 
e não procuram o tratamento para normalizar a pressão do interior dos vasos. Sendo 
assim as úlceras varicosa representam o estágio final das varizes. Pois ao longo do 
tempo, as pessoas que sofrem com elevadas pressões no interior dos vasos 
sanguíneos na região dos membros inferiores, acabam sofrendo com a alteração da 
microcirculação, levando a danificaçãoda parede dos vasos sanguíneos, acarretando 
um aumento da permeabilidade capilar, com liberação de macromoléculas do seu 
interior para o terceiro espaço, o que provoca as alterações cutâneas observadas sob 
a forma de edema, eczema, hiperpigmentação, lipodermatoesclerose e culminando 
na ulceração do tecido. 
 
As úlceras venosas são superficiais, tem formato irregular e surgem em locais de 
proeminência óssea, principalmente na extremidade da perna, próximo a parte interna 
do tornozelo. Possuem um fundo avermelhado sendo rodeadas por manchas escuras 
na pele. Com a úlcera podem ocorre também varicosidades nas extremidades dos 
membros inferiores, edema e dermatite. 
Dentre as possíveis causas das úlceras venosas também se encontram 
processos inflamatórios que ativam os leucócitos, provocam danos nos tecidos 
favorecem a formação de coágulos e causam edema nas células. 
Ulcera varicosa ocorrem principalmente em idosos, pessoas com excesso de 
peso, sedentárias, que tenham histórico de ferida nas pernas, flebites, trombose 
venosa profunda e que passam muito tempo em pé ou sentada. 
Dentre as complicações mais graves das úlceras varicosas estão a celulite, a 
osteomielite e até a transformação maligna, podendo evoluir para o desenvolvimento 
de câncer, sobretudo em úlceras grandes e de longa duração. 
4.MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E TRATAMENTO 
 
Por se tratar de uma doença de progressão lenta que pode levar anos para se 
desenvolver, a úlcera varicosa se instala em pessoas das quais já sofrem de alguma 
doença venosa periférica. 
 
Os sinais e sintomas mais comuns que surgem com a úlcera varicosa são: 
• Prurido; 
• Edema; Eritema 
• Queimação e dor na região da úlcera; 
• Tom de pele descolorado em torno da ferida; 
• Pele seca ou com erupção cutânea; 
• Liberação de líquido pela ferida com mau cheiro ou não. 
 
Além disso, caso ocorra infecção da ferida, a algia pode piorar, podendo também 
manifestar-se sintomas como hipertermia e liberação de pus pela ferida. 
 
O diagnostico da úlcera varicosa é sobretudo clínico, pelo surgimento de 
alguma manifestação mencionada, o paciente procura o atendimento clínico, no qual 
poderá ser encaminhado para o médico especialista vascular ou angiologista. 
O angiologista é capaz de avaliar se a úlcera é de caráter venoso ou arterial, e seu 
diagnostico pode ser concluído com as evidências clínicas. 
Existem os exames complementares para o diagnóstico, sendo o mais utilizado o 
ultrassom doppler. 
Tratamento domiciliar: 
As orientações de tratamento para o paciente pode variar de acordo com o grau 
das úlceras, tamanho, profundidade e se há infecções. 
De modo geral o paciente deve manter a úlcera limpa, evitando uma possível 
contaminação. 
Geralmente as úlceras venosas depois de instaladas, não apresentam dor, facilitando 
assim sua limpeza. 
 
As orientações para a limpeza em casa, é que o paciente realize limpeza mecânica, 
utilizando soro fisiológico, seringa de 20ml com agulha 20X12, com o soro em alta 
pressão, retira-se o tecido morto da ferida, limpando o mesmo da fibrina. Sobretudo 
essa prática pode ser difícil para pacientes idosos ou com limitações para auto realizar 
a limpeza da úlcera, então indica-se que seja realizada a limpeza após o banho, 
deixando cair abundantemente a água corrente, com a mesma intenção de se remover 
o tecido morto. 
Realizando sempre um tratamento personalizado, considerando todos os 
fatores do paciente, para um tratamento domiciliar. A eficácia do tratamento depende 
do controle de fatores desencadeadores da úlcera, é fundamental avaliar o paciente 
como um todo, considerando seu estado nutricional, estado geral, idade, doenças 
associadas, uso de medicamentos, dentre outros. 
O tratamento deve ser amparado por 4 (quatro) condutas:Tratamento da estase 
venosa – Repouso máximo mais terapia compressiva pelo uso das meias elásticas. 
Terapia tópica – Com escolha da cobertura que será utilizada para manter a 
ferida úmida e limpa, que sejam também capazes de absorber o exsudato. 
Controle da infecção e prevenção de recidivas. 
Vale ressaltar que o profissional deve ficar atento para presença de tecido 
necrótico, a fim de removê-lo sempre que formado. 
Tratamento 
 
O curativo é essencial no tratamento da úlcera varicosa, pois acelera o 
processo de cura e evita que a lesão volte a aparecer. 
Os curativos têm como principais objetivos manter a ferida limpa, retirar o 
excesso de secreção da ferida, permitir a “respiração” do local, promover isolamento 
térmico, tornar a ferida impermeável às bactérias e deixar a úlcera livre de partículas 
e tóxicos que a possam contaminar. 
A cirurgia pode ser necessária em alguns casos de úlcera varicosa. 
O tratamento cirúrgico pode ser indicado para úlceras grandes, que duram 
muito tempo ou que não respondem aos tratamentos. 
Como são úlceras por hipertensão venosa, o melhor tratamento é eliminar esta 
hipertensão. Uma medida que deve ser adotada é elevar os membros inferiores acima 
do coração, usando a lei da gravidade a favor do retorno do sangue venoso alternando 
com deambulação com os membros sobre contenção elástica. 
Esta elevação ajuda a diminuir o edema, melhora a circulação local e inicia o 
processo de cicatrização. 
Além destes tratamentos, é indicado o uso da meia elástica ou inelásticas (bota 
de unna) e em certos casos usa-se curativos no local da ferida para melhorar a úlcera 
até poder operar. 
O tipo de curativo mais simples é denominado bota de Unna. 
Desde que Unna, um dermatologista do século XIX, desenvolveu uma bandagem 
compressiva de óxido de zinco para o tratamento de úlceras venosas, a principal 
terapia para essas feridas têm sido a compressão do membro afetado. A forma mais 
adequada de controle clínico da hipertensão venosa dos membros inferiores é através 
da compressão da perna atingida. 
O mecanismo de ação da bota de unna se dá através da pressão que é exercida 
sobre a perna, o que obriga a um retorno do fluido dos espaços intersticiais a retornar 
para o compartimento vascular ou linfático. Sendo que a maior pressão deve ser 
aplicada na região do tornozelo. 
Além dele, existem curativos mais sofisticados, que trazem carvão ativado e 
outros medicamentos. Ademais, todos esses tratamentos são paliativos e ajudam a 
preparar o paciente para uma eventual cirurgia. Após a cicatrização da ferida é 
altamente recomendável o uso de meias elásticas medicinais. 
 
5. PRESCRIÇÃO MÉDICA 
Dieta com baixa ingestão de sódio e alimentos com propriedades diuréticas 
para facilitar a eliminação de líquidos e o excesso de sódio que está relacionado a 
hipertensão, faz uso de Captopril 25 mg e Atenolol 25 mg, 1 vez ao dia. 
 
6. FARMACOLOGIA E CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
Captopril 25 mg, comprimidos (Excipientes: Amido, lactose monoidratada, 
celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício, ácido 
esteárico).Captopril é um fármaco do tipo iECA, inibidora da enzima conversora de 
angiotensina I (ECA).Sua principal indicação é para o tratamento de hipertensão 
arterial e alguns casos de insuficiência cardíaca, sendo um potente inibidor de ECA 
com Ki, de 1,7 nM. 
 
 
 
 
Estrutura Química do Captopril 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-concurso/questao/221068 
 
É um medicamento utilizado para diminuir a pressão alta e no tratamento de 
insuficiência cardíaca, pois é um vasodilatador, e tem o nome comercial de Capoten. 
Atua diminuindo a pressão arterial, ocorrendo reduções maximas da pressão em 60 a 
90 minutos após ingerido. 
Efeitos colaterais mais frequentes do Captopril podem ser tosse seca e 
persistente, dor de cabeça, podendo ocorrer também diarreia, perda do paladar, 
cansaço e náuseas. 
Dermatológicas: Erupções cutâneas, frequentemente com prurido e algumas 
vezes com febre, relata-se raramente rubor ou palidez. 
Cardiovasculares: poderá ocorrer hipotensão,taquicardia, dores no peito e 
palpitações foram observadas, cada uma delas, em aproximadamente 1% dos 
pacientes. 
Gastrointestinais: Aproximadamente 2 a 4% dos pacientes, dependendo da 
dose e do estado renal apresentaram dispepsias. 
Hematológicas: Pode ocorrer neutropenia assim como casos de anemia. 
Imunológicas: Angioedema envolvendo as extremidades, face,lábios, 
membranas, mucosas, língua, glote de laringe, foi relatado em aproximadamente 
0,1% dos pacientes. 
Respiratórias: Foi relatado tosse em 0,5-2% dos pacientes tratados com 
captopril em estudos clínicos. 
Renais: Insuficiência renal, dano renal, síndrome nefrótica e frequencial 
urinaria foram associados ao uso do captopril 
Sistema nervoso/psiquiátricos: Taxia, confusão, depressão, nervosismo e 
sonolência. 
Respiratório: Broncoespasmo, pneumonite e rinite. 
Contra-indicações: Esta, contraindicado em pacientes hipersensíveis ao 
princípio ativo, ou a qualquer outro inibidor de enzima conversora de angiotensina. 
Além disso, também não pode ser utilizado por mulheres grávidas ou lactantes. 
Dieta: Alimentos com propriedades diuréticas para facilitar a eliminação de 
líquidos e o excesso de sódio que esta relacionados a hipertensão. 
Recomenda-se um estilo de vida saudável como prática de exercícios e 
alimentação saudável com bastante salada, frutas e legumes, evitando o excesso de 
sal, açúcar e gordura, bem como alimentos industrializados. 
Atenolol (Astrazenica), composição uso oral, comprimido de 25 mg 1 vez ao 
dia. 
Aplicação terapêutica: Medicamento inibidor seletivo do receptor betal 
adrenérgico, utilizado para o tratamento de Angioma pectoris e hipertensão arterial. 
 
Estrutura Química 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://www.canstockphoto.com.br/ilustracao/atenolol.html 
 
Mecanismo de ação: Bloqueia os receptores adrenérgicos Beta 1, reduzindo o 
trabalho do coração, diminuindo a frequência cardíaca, o débito cardíaco e 
consequentemente baixando a pressão arterial. 
Considerações gerais: Para maior eficacia terapêutica, administrar a 
medicação sempre no mesmo horário, pode ser administrado em jejum ou não. 
Posologia adulto: 
• Anzina: Iniciar com 50 mg, dose única diária, aumentar caso necessário, 25 mg 
de 3 em 3 dias até atingir 100 mg, dose única. 
Dose limite: 200 mg 
• Hipertensão: Iniciar com 25 mg ou 50 mg dose única diária, aumentar caso 
necessário 25 mg em 6 em 6 dias até atingir 100 mg, dose única. 
Risco na gravidez: 
• D ( Teratogênico em humanos) 
Contra-indicações: 
• Bloqueio Av de 2º ou 3º grau 
• Insuficiência cardíaca 
• Infarto agudo do miocárdio 
Efeitos adversos: 
• Cansaço, bradicardia, pés e mãos frios, tontura e quadros de asma. 
Outras alterações importantes: 
• Mascaramento de taquicardia e induzida por hipoglicemia ou hipertireoidismo. 
• Estreitamento brônquico proeminente em quadros de alergia. 
• Agravamento de psoríase, miastenia graves e bronquite não alérgica. 
• Risco de hipotensão severa em pacientes com feocromocitoma. 
Interações medicamentosas 
• Ação anti-hipertensiva diminuída por: AINES e estrogênicos. 
• Efeitos adversos aumentado por: Clonidina, bloqueador de canais de Ca+ 
• Reajuste de dose para asma. 
• Hipoglicemiantes orais e insulina. 
Aferir diariamente a P. A e pulso, não ingerir álcool e diminuir drasticamente o 
consumo de sal. Caso seja necessária retirada, a mesma deve ser gradativa. 
Evitar ao máximo exercício físico que exigem esforços excessivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM 
 
1. Diagnóstico: Perfusão tissular periférica ineficaz 
 
Definição 
Redução da circulação sanguínea para a periferia, capaz de comprometer a 
saúde. 
 
Prescrição 
• Orientar o paciente e seus familiares sobre a meia elástica de compressão 
gradual 
• Proporcionar o alivio ideal da dor com o uso dos analgésicos prescritos 
• Promover o repouso adequado para facilitar o alívio da dor 
• Orientar o paciente sobre as necessidades nutricionais 
• Orientar o paciente sobre os requisitos de dieta para estado da doença 
• Observar os membros quanto a cor, calor, inchaço, pulsos, textura, edema e 
ulcerações 
• Registrar alterações observadas na pele ou mucosas 
• Inspecionar as roupas quanto a compressão 
 
 
2. Diagnóstico: Integridade da pele prejudicada 
 
Definição 
Epiderme e/ou derme alteradas 
 
Prescrição 
• Documentar grau de ruptura da pele 
• Descrever as características da ulcera em intervalos regulares, incluindo o 
tamanho (comprimento X largura X profundidade), estádio (I-IV), localização, 
exsudato, tecido de granulação ou necrótico e epitelização 
• Monitorar cor, temperatura, edema, umidade e aparência da pele vizinha 
• Manter a úlcera umedecida para auxiliar na cicatrização 
• Orientar o individuo ou membro familiar sobre os procedimentos de cuidados 
da ferida 
• Monitorar a pele quanto ao excesso de ressecamento e umidade 
• Observar sinais de dermatite na pele ao redor ao redor da lesão e utilizar 
cremes de barreira, conforme apropriado 
• Oferecer apoio emocional ao paciente 
• Auxiliar o paciente a ter o máximo de responsabilidade possível com o 
autocuidado 
• 
3. Diagnóstico: Risco de Infecção 
Definição 
Vulnerabilidade á invasão e multiplicação de organismos patogênicos, que 
pode comprometer a saúde 
 
Prescrição 
• Monitorar sinais e sintomas sistêmicos e localizados da infecção 
• Monitorar vulnerabilidade da infecção 
• Fornecer cuidado apropriado da pele nas áreas edematosas 
• Incentivar o repouso 
 
 
 
 
 
Meta 1 
 
Meta 2 
 
 
 
 
 
 
Meta 3 
Perfusão Tissular: Periférica
Def inição: Adequadação do f luxo de sangue de pequenos vasos das extremidades para manter a função dos tecidos
CLASSIFICAÇÃO DA META DO RESULTADO: Manter em 12 m__Aumentar para 18 meses______
Grave Substancial Moderado Leve Nenhuma
1 2 3 4 5
CLASSIFICAÇÃO GERAL DO RESULTADO Atual: Desejado: Tempo:
Edema periférico 3 5 12 meses
Dor localizada 3 5 12 meses
Dormência 3 5 12 meses
Formigamento 5 5 12 meses
Fraqueza muscular 4 5 12 meses
Parestesia 3 5 12 meses
Ruptura de pele 1 5 12 meses
Rubor 2 5 12 meses
Cicatrização de Feridas: Segunda Intenção
Def inição: Extensão da regeneração de células e de tecidos após o fechamento intemncional
CLASSIFICAÇÃO DA META DO RESULTADO: Manter em 12 m__Aumentar para 18 meses______
Grave Substancial Moderado Leve Nenhuma
1 2 3 4 5
CLASSIFICAÇÃO GERAL DO RESULTADO Atual: Desejado: Tempo:
Granulação 3 5 12 meses
Formação de cicatriz 2 5 12 meses
Tamanha da ferida diminuído 3 5 12 meses
Drenagem purulenta 5 5 12 meses
Drenagem sanguinolenta 4 5 12 meses
Drenagem serosa 4 5 12 meses
Drenagem serossanguinolenta 4 5 12 meses
Eritema na pele ao redor da lesão 4 5 12 meses
 Localização da ferida: Anterior da perna direita
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 CONCLUSÃO 
 
Controle de Riscos: Processo Infeccioso
Def inição: Ações pessoais para compreender, previnir, eliminar ou reduzir o risco de adquirir uma infecção
CLASSIFICAÇÃO DA META DO RESULTADO: Manter em 4 m___ Aumentar para 6 meses______
Grave Substancial Moderado Leve Nenhuma
1 2 3 4 5
CLASSIFICAÇÃO GERAL DO RESULTADO Atual: Desejado: Tempo:
Reconhece fatores de risco para infecção 4 5 4 meses
Ident if ica sinais e sintomas de infeção 4 5 4 meses
Ident if ica estratégias de proteção para si 3 5 4 meses
Mantém um ambiente limpo 4 5 4 meses
Prat ica a higienização das mãos 4 5 4 meses
Ult iliza serviços de saúde coerentes com a necessidade 4 5 4 meses
Concluímos que esse trabalho nos proporcionou um grande aprendizado sobre 
o tema tratado com aspecto positivo da aplicação da Nanda e Nic, Noc (processo de 
enfermagem).Ressaltando que a equipe de saúde apresenta um papel importante, 
desenvolvendo açõ3s relacionadas à orientações, esclarecimento de dúvidas que 
permeiam o paciente e as ações para identificação de fatoresde risco, orientações a 
saúde e a promoção do cuidado. 
Ressaltando a importância do enfermeiro para a estabilização e cura do 
processo de saúde do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 
 
http://scielo.isciii.es/pdf/eg/n20/pt_revision2.pdf 
 
SILVA, Marcelo Henrique da e cols. Bota de Unna: experiência de cuidado 
de pessoas com úlceras venosas. Rev. Bras. Enferm. Brasília, v. 70, n. 2, p. 349-
356, abr. 2017. Disponível em 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
71672017000200349&lng=en&nrm=iso>. acesso em 04 de novembro de 2018. 
http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0219. 
 
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransa
cao=18986502016&pIdAnexo=3583619 
 
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransa
cao=10648312015&pIdAnexo=2985461 
 
Diagnostico de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2018-
2017/NANDA internacional; tradução Regina Machado Garcez; 01 de maio de 2018; 
 
NOC Clasisificação dos resultados de enfermagem 5ª edição; 01 de maio de 2018 
 
NIC Classificação das intervenções de enfermagem 6ª edição; 01 de maio de 2018 
 
http://scielo.isciii.es/pdf/eg/n20/pt_revision2.pdf
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=18986502016&pIdAnexo=3583619
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=18986502016&pIdAnexo=3583619
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=10648312015&pIdAnexo=2985461
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=10648312015&pIdAnexo=2985461
 
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	5. PRESCRIÇÃO MÉDICA....................................................................................…
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	8.CONCLUSÃO
	9.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... ANEXOS..............................................................................................................…
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