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Licenciatura em Ciências Biomédicas Laboratoriais Determinação da alcalinidade e da dureza em amostras de Águas/Águas Residuais Autor: Alexandra Fernandes, nº 20150612 Filipa Correia, nº 20150600 Unidade curricular: Análises de Águas e Alimentos Docente Responsável: Maria da Conceição Santos Maio de 2016 1 Índice geral 1. Introdução e objetivos .............................................................................................................. 2 2. Material e Métodos ..................................................................................................................... 5 3. Discussão dos resultados ....................................................................................................... 6 3.1. Determinação da alcalinidade ......................................................................................... 6 3.2. Determinação da dureza ................................................................................................... 8 4. Considerações finais ............................................................................................................... 11 5. Bibliografia ................................................................................................................................. 12 Índice de imagens Figura 1 – Curva de titulação com as zonas de viragem para o indicador de fenolftaleína e alaranjado de metilo [5]. .................................................................................................. 3 Figura 2 – Fenolftaleína como indicador de pH. ............................................................... 6 Figura 3 - Alaranjado de metilo como indicador de pH. ................................................... 7 Figura 4 - Metalocrómico como indicador de pH. ............................................................. 9 2 1. Introdução e objetivos A alcalinidade da água é uma característica que consiste na capacidade de a água neutralizar compostos ácidos devido à presença de bicarbonatos (HCO3-), carbonatos (CO32- ) e hidróxidos quase sempre na forma de metais, por outro lado a alcalinidade provoca depósitos de bicarbonato nas redes de distribuição e, portanto é necessário diminuir o seu impacto negativo. É a medida da capacidade que uma água tem para reagir com um ácido forte até um determinado valor de pH. É expressa em miligramas de carbonato de cálcio por litro (mg/L CaCO3). A determinação da alcalinidade não é um parâmetro muito importante podendo apenas provocar alteração do sabor da água. No entanto, a determinação desta característica pode ter a sua relevância para o controlo de determinados processos de tratamento como a coagulação/floculação e o amaciamento fornecendo informações importantes sobre as características corrosivas e incrustantes da água e permitindo também, avaliar a sua capacidade tampão. Na determinação deste parâmetro, o surgimento de hidróxidos é sinalizador de situações de contaminação geralmente proveniente de descargas de efluentes de origem industrial. Por outro lado, as zonas geológicas e respetivos estratos rochosos também tem influência nos valores de alcalinidade porque nas zonas rochosas onde predominem calcários ou mármores, a concentração de bicarbonatos e carbonatos será maior devido ao contacto e erosão das mesmas levando os sais das rochas a dissolverem-se na água contribuindo para o aumento da alcalinidade. A determinação desta é realizada a partir de um método volumétrico por titulação de neutralização ácido/base dado que os iões que determinam a alcalinidade possuem características básicas e reagem quimicamente com ácidos. Para determinar o ponto final da reação de neutralização utilizam-se indicadores com pontos de viragem de acordo com as diferentes formas de alcalinidade, seja bicarbonatos, carbonatos e hidróxidos. Para determinar a alcalinidade de uma água faz-se a titulação com uma solução aferida de uma ácido forte partindo do conhecimento de dois pontos sucessivos de equivalência indicados por meio da fenolftaleína e alaranjado de metilo. A fenolftaleína vai ser utilizada para calcular a alcalinidade aos hidróxidos que corresponde aos teores de hidróxido e de metade dos carbonatos presentes na água, expressa em mg/L CaCO3 e determinado pelo consumo de ácido até atingir um pH de 8,3. O alaranjado de metilo vai ser utilizado para calcular a alcalinidade total que corresponde ao teor de hidróxidos, carbonatos e bicarbonatos, expressa em mg/L CaCO3e determinado pelo consumo de ácido até atingir um pH de 4,3. O inicio da titulação, dá inicio também a uma sequência de reações em que os hidróxidos serão os primeiros iões a ser neutralizados, posteriormente os iões carbonato e por fim os bicarbonatos tendo em conta que são neutralizados a pH’s consecutivamente mais 3 baixos seguindo a ordem referenciada. Relativamente aos carbonatos existe ainda uma particularidade que importa reter que tem a ver com a sua neutralização em duas fases, ou seja, metade da concentração dos carbonatos são neutralizados até pH 8, 3 e a outra metade é neutralizada juntamente com os bicarbonatos até pH 4,3. Assim, uma água que só contenha bicarbonatos possui uma alcalinidade aos hidróxidos igual a 0 e uma alcalinidade total igual a concentração de bicarbonatos. Numa água que contenha carbonatos e bicarbonatos, a alcalinidade aos hidróxidos é igual a metade da concentração de bicarbonatos e a alcalinidade total é igual à concentração de carbonatos e bicarbonatos. Uma água que possui elevada alcalinidade apresenta valores de CaCO3 superiores a 2000 mg/L e águas que possuam baixa alcalinidade possuem valores inferiores a 20 mg/L [1-5]. O objetivo da determinação da alcalinidade vai ser conjeturar acerca da concentração de bicarbonatos (HCO3-), carbonatos (CO32-) e hidróxidos (HO-) a partir de uma titulação utilizando como titulante o ácido sulfúrico e dois indicadores que permitirão determinar o ponto da titulação e verificar a prevalência das diferentes espécies químicas de acordo com a viragem dos indicadores colorimétricos na curva de titulação [1, 4, 5]. Figura 1 – Curva de titulação com as zonas de viragem para o indicador de fenolftaleína e alaranjado de metilo [5]. A determinação da dureza total de uma água é devida sobretudo à presença de catiões bivalentes de metais como Ca2+, Mg2+, Fe2+, Cu2+e Mn2+ que reagem com a água sendo que este parâmetro é direcionado para as águas subterrâneas, visto que o contacto com o estrato rochoso é maior e, portanto a prevalência dos iões metálicos também será. Na natureza, estes catiões encontram-se associados aos carbonatos ou bicarbonatos no entanto, podem também estar associados a outros aniões como sulfatos, cloretos e nitratos sendo que os que têm Fenolftaleína Alaranjado de metilo 4 maior impacto na água são os bicarbonatos, os sulfatos, os cloretos e os nitratos de cálcio e magnésio. Segundo o Decreto-lei 243/2001 não é estipulado nenhum valor paramétrico para este parâmetro, dado que estes iões não são particularmente tóxicos. A dureza tem outras influências ao nível das águas tendo em conta que águas duras apresentam uma tendência maior para formar incrustações nas canalizações em que contacta sobretudo quando a temperatura se eleva ao ponto de ebulição. Com o aumento da temperatura, a água perde parte do CO2 que está dissolvido e provoca a precipitação do CaCO3. Tendo em conta estes fatores, considera-se que uma água que se destina à distribuição na rede pública não deverá ser agressiva e, portanto deve apresentar uma dureza residual inferior a 150 mg de CaCO3/L e também para evitar incrustações ao nível da canalização. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) o valor indicativo para a dureza da água é de 500 mg de CaCO3/L. A dureza das águas está intimamente relacionadacom a natureza do espaço geológico e estrato rochoso que a atravessa sendo habitual encontrar águas duras nas zonas de solos maioritariamente calcários resultado da dissolução da rocha calcária pelo gás carbónico existente na água. Uma água macia, ou seja de baixa dureza está relacionada com zonas graníticas. As águas subterrâneas são geralmente mais duras devido ao contacto mais prolongado com o estrato rochoso envolto comparativamente com as águas superficiais. A dureza total é calculada a partir da dureza temporária normalmente associada à presença dos iões bicarbonato que se eliminam por ebulição da água e pela dureza permanente que está associada aos sais de cálcio e magnésio que não são eliminados pela ebulição e que corresponde à diferença entre ambos [2, 4, 6-9]. O objetivo da determinação deste parâmetro vai ser calcular a dureza total e dureza permanente e, consequentemente a partir destas calcular a dureza temporária a partir de uma titulação volumétrica caracterizada por aparecimento de uma coloração azul devido à presença do indicador metalocrómico e que indicará que todos os iões de cálcio e magnésio existentes na solução se encontram complexados com o titulante EDTA (ácido etilenodiaminotetracético) [4, 7, 9]. 5 2. Material e Métodos O material e métodos utilizados obedece integralmente ao protocolo fornecido pela professora na aula sendo que não sofreu qualquer tipo de alteração tendo sido cumprido integral e rigorosamente como descrito. 6 3. Discussão dos resultados Na realização do protocolo para determinação da alcalinidade e dureza foram utilizadas duas amostras de água B e F realizando-se o protocolo de igual forma para ambas exceto na determinação da dureza permanente e temporária que só foi determinada para uma das amostras. 3.1. Determinação da alcalinidade Determinação da alcalinidade dos hidróxidos para 50 mL de amostra: 𝐴𝑙𝑐𝑎𝑙𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜𝑠 ℎ𝑖𝑑𝑟ó𝑥𝑖𝑑𝑜𝑠 (fenolftaleína) (mg CaCO3/L) = V1 × N × 50 × 1000 Vamostra (𝟏) N = normalidade do titulante = 0,02 V1 = volume de titulante gasto (ácido sulfúrico 0,02 N) NOTA: O produto por 50 é o equivalente ao grama de CaCO3. Figura 2 – Fenolftaleína como indicador de pH. Amostra B V1 = 0,0 mL Alcalinidade dos hidróxidos (fenolftaleína) (𝑚𝑔 𝐶𝑎𝐶𝑂3/𝐿) = 0,0 Amostra F V1 = 0,0 mL Alcalinidade dos hidróxidos (fenolftaleína) (𝑚𝑔 𝐶𝑎𝐶𝑂3/𝐿) = 0,0 Fenolftaleína (indicador de pH) pH abaixo de 8,0 pH entre 8,0 e 10,0 pH entre 10,0 e 12,0 Incolor Rosa Carmim ⇋ ⇋ 7 Na determinação da alcalinidade aos hidróxidos não foi realizada nenhuma titulação tendo em conta que ao ter sido adicionada a fenolftaleína, a água tornou-se incolor e, deste modo a reação de neutralização não foi realizada. Com a adição de fenolftaleína, se a água adquirisse uma cor rosa que indicaria a presença de iões é que se procederia à titulação com o ácido sulfúrico para quantificar o teor em hidróxidos. Determinação da alcalinidade total para 50 mL de amostra e partindo da amostra anterior: 𝐴𝑙𝑐𝑎𝑙𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (alaranjado de metilo) (mg CaCO3/L) = V2 × N × 50 × 1000 Vamostra (𝟐) N = normalidade do titulante = 0,02 V2 = volume de titulante gasto (ácido sulfúrico 0,02 N) NOTA: O produto por 50 é o equivalente ao grama de CaCO3. Figura 3 - Alaranjado de metilo como indicador de pH. Amostra B V2 = 1,8 mL 𝐴𝑙𝑐𝑎𝑙𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (alaranjado de metilo) (mg CaCO3/L) = V2 × N × 50 × 1000 Vamostra ⟺ 𝐴𝑙𝑐𝑎𝑙𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎l (alaranjado de metilo) (mg CaCO3/L) = 1,8 × 0,02 × 50 × 1000 50 ⟺ 𝐴𝑙𝑐𝑎𝑙𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (alaranjado de metilo) (mg CaCO3/L) = 36,0 Alaranjado de metilo (indicador de pH) pH abaixo de 3,1 pH acima de 4,4 Laranja Amarelo ⇋ https://pt.wikipedia.org/wiki/Indicador_de_pH 8 Amostra F V2 = 20,0 mL 𝐴𝑙𝑐𝑎𝑙𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (alaranjado de metilo) (mg CaCO3/L) = V2 × N × 50 × 1000 Vamostra ⟺ 𝐴𝑙𝑐𝑎𝑙𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (alaranjado de metilo) (mg CaCO3/L) = 20,0 × 0,02 × 50 × 1000 50 ⟺ 𝐴𝑙𝑐𝑎𝑙𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (alaranjado de metilo) (mg CaCO3/L) = 400,0 A determinação da alcalinidade total permitiu-nos inferir acerca do teor de hidróxidos, carbonatos e bicarbonatos, expressa em mg/L CaCO3 e determinado pelo consumo de ácido até atingir um pH de 4,3. Relativamente aos carbonatos sabe-se que apenas metade da concentração dos carbonatos é que foram neutralizados a este pH. Como uma água só apresenta elevada alcalinidade se apresentar valores de CaCO3 superiores a 2000 mg/L e baixa alcalinidade se possuir valores inferiores a 20 mg/L então conclui-se que nenhuma das amostras de água, B e F possuem elevada ou baixa alcalinidade, ou seja possuem valores ditos normais de alcalinidade sendo que não se encontram em nenhum dos extremos parametricamente estabelecidos [1, 4]. 3.2. Determinação da dureza Determinação da dureza permanente para 50 mL de amostra: 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 (mg CaCO3/L) = NEDTA × VEDTA × 50 × 1000 Vamostra (𝟑) NEDTA = normalidade do titulante = 0,02 VEDTA = volume de titulante gasto (soluçao padra de EDTA 0,01 N) Vamostra = volume de amostra 9 Figura 4 - Metalocrómico como indicador de pH. Figura 4 - Metalocrómico como indicador de pH. Amostra B VEDTA = 0,6 mL 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡e (mg CaCO3/L) = NEDTA × VEDTA × 50 × 1000 Vamostra ⟺ 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 (mg CaCO3/L) = 0,02 × 0,6 × 50 × 1000 50 ⟺ 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 (mg CaCO3/L) = 12,0 Determinação da dureza total para 100 mL de amostra: Amostra B VEDTA = 1,8 mL 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (mg CaCO3/L) = NEDTA × VEDTA × 50 × 1000 Vamostra ⟺ 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (mg CaCO3/L) = 0,02 × 1,8 × 50 × 1000 100 ⟺ 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (mg CaCO3/L) = 18,0 Metalocrómico (indicador de pH) pH abaixo de 5,5 pH acima de 6,0 Vermelho Azul ⇋ https://pt.wikipedia.org/wiki/Indicador_de_pH 10 Amostra F VEDTA = 32,2 mL 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎l (mg CaCO3/L) = NEDTA × VEDTA × 50 × 1000 Vamostra ⟺ 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (mg CaCO3/L) = 0,02 × 32,2 × 50 × 1000 100 ⟺ 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (mg CaCO3/L) = 322,0 Determinação da dureza temporária para a amostra B: Amostra B 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (mg CaCO3/L) = Dureza temporária + Dureza permanente (𝟒) ⟺ D𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑟á𝑟𝑖a (mg CaCO3/L) = Dureza total − Dureza permanente ⟺ 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑎 (mg CaCO3/L) = 18,0 − 12,0 ⟺ 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑎 (mg CaCO3/L) = 6,0 Na determinação destes parâmetros foi possível concluir e tendo em conta que uma água que se destina à distribuição na rede pública não deverá ser agressiva e, portanto deve apresentar uma dureza residual inferior a 150 mg de CaCO3/L e segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) o valor indicativo para a dureza da água é de 500 mg de CaCO3/L, portanto a amostra B possui valores de dureza superior aos valores normais sendo considerada uma água dura com elevados teores de carbonato de cálcio, no entanto a água F apresenta valores inferiores a 150 mg de CaCO3/L pelo que está dentro dos valores normais para uma água não agressiva passível de circular nas redes de distribuição pública. Relativamente à amostra B, tendo em conta que foi calculada a dureza permanente em que se sujeitou a água ao aquecimento até à ebulição, também foi possível calcular a dureza temporária, visto que o aumento da temperatura levou à precipitação do Ca2+ e Mg2+ levando à formação dos 11 carbonatos de cálcio e magnésio o que permite seguidamente a sua quantificação como foi executado [4, 7, 9]. 4. Considerações finais Relativamente ao protocoloe estabelecendo uma ponte com os resultados que foram obtidos para a análise das duas amostras de água é possível concluir que a alcalinidade é um parâmetro que esta intimamente relacionado com a dureza e vice-versa visto que em ambos se determina e conjetura acerca dos teores de bicarbonato. Na determinação da alcalinidade aos hidróxidos não foi realizada nenhuma reação de neutralização e desta forma é possível especular relativamente ao teor dos mesmos que neste caso foram igual a zero. Os resultados nulos para a alcalinidade aos hidróxidos é excelente tendo em conta à associação que têm com descargas de efluentes de zonas industriais, essencialmente. A determinação da alcalinidade total permitiu-nos inferir acerca do teor de hidróxidos, carbonatos e bicarbonatos, expressa em mg/L CaCO3. Como uma água só apresenta elevada alcalinidade se apresentar valores de CaCO3 superiores a 2000 mg/L e baixa alcalinidade se possuir valores inferiores a 20 mg/L então conclui-se que nenhuma das amostras de água, B e F possuem elevada ou baixa alcalinidade mas apresentam valores ditos normais de alcalinidade sendo que não se encontram em nenhum dos extremos parametricamente estabelecidos [4]. Na determinação da dureza foi possível concluir e tendo em conta que uma água que se destina à distribuição na rede pública não deverá ser agressiva e, portanto deve apresentar uma dureza residual inferior a 150 mg de CaCO3/L e segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) o valor indicativo para a dureza da água é de 500 mg de CaCO3/L portanto a amostra B possui valores de dureza superior aos valores normais sendo considerada uma água dura com elevados teores de carbonato de cálcio, no entanto a água F apresenta valores inferiores a 150 mg de CaCO3/L pelo que está dentro dos valores normais para uma água não agressiva passível de circular nas redes de distribuição pública. Relativamente a amostra B, tendo em conta que foi calculada a dureza permanente também foi possível calcular a dureza temporária porque houve precipitação do Ca2+ e Mg2+ levando à formação dos carbonatos de cálcio e magnésio [4]. 12 5. Bibliografia 1. Água, P.T.d. Determinação da Alcalinidade. Available from: http://tratamentodeagua.com.br/artigo/determinacao-da-alcalinidade/. 2. Bogart, S.J., et al., Rapid changes in water hardness and alkalinity: Calcite formation is lethal to Daphnia magna. Science of the Total Environment, 2016. 559: p. 182-191. 3. Madsen, M.M., Alkalinity. 2015, Salem Press. 4. saúde, M.d.s.-f.n.d., Manual Prático de Análise de Água, F.-A.d.C.e.E.e. Saúde, Editor. 2006. p. 146. 5. Corgozinho, N., ebah - quimica analitica 6. association, W.Q. Scale Deposits. Available from: https://www.wqa.org/Learn-About- Water/Perceptible-Issues/Scale-Deposits. 7. BBC. Hardness of water. 2014; Available from: http://www.bbc.co.uk/schools/gcsebitesize/science/triple_ocr_gateway/chemistry_out _there/hardness_of_water/revision/1/. 8. Ungvarsky, J., Hard water. 2016, Salem Press. 9. William A. Wurts, P.D.-S.S.S.f.A., UNDERSTANDING WATER HARDNESS - World Aquaculture.
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