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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO CAMPUS CUIABÁ DEPARTAMENTO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO TECNOLOGIA DE ÁGUAS E EFLUENTES Professor: (NOME) RELATORIO DE AULA PRÁTICA DA DISCIPLINA DE TECNOLOGIA DE ÁGUAS E EFLUENTES Cuiabá – MT 2016 (NOME) RELATORIO DE AULA PRÁTICA DA DISCIPLINA DE TECNOLOGIA DE ÁGUAS E EFLUENTES Relatório apresentado como critério de avaliação parcial da disciplina de Tecnologia de águas e efluentes do curso de Engenharia de Alimentos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Campus Cuiabá – Bela Vista. Orientador: Prof. Dr. Cuiabá – MT 2016 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4 1.1 Fundamentação da técnica ou método ................................................................................ 4 1.1.1 Acidez ............................................................................................................................ 5 1.1.2 Alcalinidade ................................................................................................................... 5 1.1.3 Cloretos ......................................................................................................................... 6 1.1.4 Condutividade elétrica .................................................................................................. 6 1.1.5 Cor ................................................................................................................................. 7 1.1.6 Dureza temporária, permanente e total ....................................................................... 7 1.1.7 Oxigênio consumido ...................................................................................................... 9 1.1.8 pH .................................................................................................................................. 9 1.1.9 Sólidos Totais Dissolvidos (TDS) .................................................................................. 10 1.1.10 Temperatura................................................................................................................ 10 1.1.11 Turbidez ....................................................................................................................... 11 1.2 Objetivo ........................................................................................................................... 11 2. PARTE EXPERIMENTAL ........................................................................................................ 11 2.1 Determinação de acidez .................................................................................................. 11 2.2 Determinação da alcalinidade ......................................................................................... 11 2.3 Determinação de Cloretos .............................................................................................. 12 2.4 Determinação de condutividade ..................................................................................... 12 2.5 Determinação de cor ....................................................................................................... 12 2.6 Determinação de dureza temporária, permanente e total ............................................. 12 2.7 Determinação de oxigênio consumido ............................................................................ 13 2.8 Determinação de pH ....................................................................................................... 13 2.9 Determinação de sólidos totais dissolvidos (TDS) ........................................................... 13 2.10 Determinação de temperatura ....................................................................................... 13 2.11 Determinação de turbidez .............................................................................................. 13 3. RESULTADOS ....................................................................................................................... 14 4. DISCUSSÕES DOS RESULTADOS ........................................................................................... 14 5. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 17 6. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 17 4 1. INTRODUÇÃO Sendo a água essencial a vida, está deve estar disponível ao homem com qualidade e quantidade suficiente; segundo Richter & Neto (2007), a qualidade de uma água é definida a partir da sua composição química, física e bacteriológica. As características desejáveis de uma água dependem de sua utilização. Para o consumo humano há necessidade de uma água ‘pura’ e saudável livre de matéria suspensa visível, cor, gosto e odor (RICHTER, NETTO, 2007). O Ministério da Saúde é o órgão responsável por definir quais são as características adequadas para que a água possa ser consumida pelos seres humanos sem causar danos à saúde.Por meio da Portaria nº 2914/2011, foram definidos os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade (CESAN). A Portaria 2914/2011, estabelece que a água produzida e distribuída para o consumo humano deve ser controlada. Os níveis de contaminação toleráveis e os padrões sanitários de qualidade da água são estabelecidos em função do uso pretendido. 1.1 Fundamentação da técnica ou método As características das águas potáveis variam conforme origem e tratamento recebido. Sendo de grande importância o conjunto de determinações físico-químicas, que monitoram essas propriedades. Os referidos ensaios são destinados a verificação da qualidade de águas provenientes de poços, minas, água mineral e de abastecimento público (IAL, 2008). Os parâmetros físico-químicos analisados na água foram: acidez, alcalinidade, cloretos, condutividade, cor, dureza temporária, permanente e total, oxigênio consumido, pH, sólidos totais dissolvidos (TDS), temperatura e turbidez e apresentam fundamentos analíticos específicos. 5 1.1.1 Acidez O teor de acidez na água consiste na presença de partículas de dióxido de carbono CO2 e/ou gás sulfídrico dissolvidos no meio aquoso, provenientes da atmosfera ou oriundos de matéria orgânica (decomposição). Para Richter & Netto (1991), a acidez na água tem pouco significado, porém em muitos casos é necessária a adição de um alcalinizante para manter a estabilidade do carbonato de cálcio, e assim, evitar os problemas relacionados a corrosão devido à presença do gás carbônico. Sua quantificação pode ser realizada por meio de análise clássica, denominada titulação de neutralização ou acido-base, que neste caso envolve a interação entre: a amostra (titulado), uma base forte (titulante) e o indicador (auxilia na observação do ponto de viragem). O resultado da análise é determinado pela equação (1). (1) Nota: V = volume gasto de hidróxido de sódio 0,1 M f = fator de correção do hidróxido de sódio 0,1 M M = molaridade da solução de hidróxido de sódio 0,1 M A = volume da amostra em mL ou massa em g 1.1.2 Alcalinidade A alcalinidade total é dada através do somatório das diferentes formas de alcalinidade existentes, sendo a concentração de hidróxidos, carbonatos e bicarbonatos, expressa em termos de Carbonato de Cálcio. Ou seja a alcalinidade mede a capacidade da água neutralizar os ácidos. O controle da da alcalinidade é de suma importância durante o processo de tratamentode água; seu teor estabelece a dosagem dos produtos químicos utilizados. As águas superficiais possuem uma alcalinidade natural, com concentração suficiente para reagir com o sulfato de alumínio nos processos de tratamento. Caso a alcalinidade seja muito baixa ou inexistente, faz-se necessário utilizar substâncias alcalinas como cal hidratada ou barrilha (carbonato de sódio), para 6 tornar a água alcalina, realizando tratamento correto. Quando a alcalinidade é estiver muito elevada, adiciona-se substancias ácidas até que se obtenha um teor de alcalinidade suficiente para ocorrer a reação com o sulfato de alumínio ou qualquer outro produto utilizado no tratamento da água. O resultado da análise é determinado pela equação (2). (2) Nota: v = volume do ácido sulfúrico (ou clorídrico) gasto, em L M = molaridade da solução de ácido Va = volume da amostra de água, em L 1.1.3 Cloretos Os cloretos são encontrados em águas brutas e tratados em concentrações variáveis; e estão presentes na forma de cloretos de sódio, cálcio e magnésio. A água do mar apresenta uma alta concentração de cloretos que está em torno de 26.000 mg/l. O elevado teor de cloretos pode restringir o uso da água, pois os cloretos dissolvidos no meio alteram o sabor pelo efeito laxativo que eles podem provocar. Os métodos convencionais aplicados no tratamento de água não removem cloretos, sua remoção só pode ser realizada mediante processo de desmineralização (deionização) ou evaporação (BRASIL, 2006). O resultado da análise é determinado pela equação (3). (3) Nota: V= Volume utilizado para titulação Fc= Fator de correção 1.1.4 Condutividade elétrica A condutividade elétrica proporciona uma indicação da quantidade de sólidos totais dissolvidos presentes em uma amostra de água. Seu valor depende da concentração e do nível de dissociação dos íons, bem como da 7 temperatura e da velocidade de migração dos íons num determinado campo elétrico (IAL, 1995). A condutividade elétrica é mensurada a partir de um condutívimetro. 1.1.5 Cor A presença de cor na água pode ser justificada de inúmeras maneiras, seja pelo seu conteúdo de íons metálicos (geralmente ferro e manganês), por plâncton, resíduo industrial, húmus entre outros materiais orgânicos e poderá ser expressa como “aparente” ou como “verdadeira” (IAL, 1985). 1.1.6 Dureza temporária, permanente e total A dureza indica a concentração de cátion multivalente em solução na água, sobretudo de cálcio (Ca+2) e magnésio (Mg+2), em menor magnitude alumínio (Al+3), ferro (Fe+2), manganês (Mn+2) e estrôncio (Sr+2). A dureza é reconhecida pela resistência à reação de saponificação, ou seja, não a formação de espuma como sabão. Além disso, produz incrustações nos sistemas de água quente (RICHTER E NETTO, 1991). Esta característica química acaba por refletir a natureza geológica da bacia hidrográfica, sendo mais evidente nas regiões de formação calcárea e menos significativa em zonas de terrenos arenoso ou argilosos. A água de chuva em contato com o solo tem sua concentração de gás carbônico elevada e por conseguinte seu poder de dissolução das formações calcáreas (LIBÂNIO, 2010). A dureza pode ser classificada como dureza carbonato ou dureza não carbonato, dependendo do ânion com o qual está associada. A primeira é sensível ao calor, precipitando o carbonato ao aumento significativo de temperatura – usual de ocorrer quando a água atravessa, por exemplo, a resistência dos chuveiros domiciliares – e por esta razão recebe a denominação de dureza não permanente ou temporária. Semelhante mecanismo verifica-se no abrandamento de águas duras por meio do emprego de cal visando a favorecer a precipitação do carbonato de cálcio, conforme enunciam as reações 1 e 2. (1) 8 (2) A dureza carbonato corresponde à alcalinidade, estando portanto em condições de indicar a capacidade de tamponamento da água natura. Em contrapartida, a dureza não carbonato, também denominada permanente, não pode ser reduzida por ebulição e resulta da presença de íons metálicos divalentes ligados a sulfatos, cloretos ou nitratos, podendo ser determinada pela diferença entre a dureza total e a alcalinidade da água (LIBÂNIO,2010). A dureza é expressa em mg.L-1 de equivalente em carbonato de cálcio (CaCo3) e, ainda que com alguma imprecisão em virtude de perceptibilidade variável da população abastecida, em função deste parâmetro a água pode ser classificada em: • Mole ou branda :< 50 mg.L-1 ; • Dureza moderada: entre 50 e 150 mg.L-1; • Dura: entre 150 e 300mg.L-1; • Muito dura: > 300mg.L-1. A equação 4 é para adquirir a concentração da dureza total em mg.L-1 (4) Onde: Dt = Dureza Total; Vgasto = Volume gasto na titulação (mL); Fc = Fator de correção da solução de EDTA. Para a o cálculo da quantidade de Dureza temporária e permanente, deve-se compara com o valor de alcalinidade, quando esta for maior e ou igual que a dureza total, a dureza temporária será o mesmo valor que dureza total e portanto dureza permanente igual a zero (equação 5 e 6). (5) (6) 9 Se a alcalinidade for menor que dureza total, a dureza permanente será diferença entre alcalinidade total e dureza total, e a dureza temporária igual a diferença entre dureza total e permanente, como expressa a equação 7. (7) onde: At = Alcalinidade Total; Dt = Dureza Total; DTemp. = Dureza Temporária; DP = Dureza Permanente; AT < DT, temos que : DP = DT - AT e D Temp. = DT – D 1.1.7 Oxigênio consumido O método baseia-se na reação de oxidação a partir do permanganato de potássio (KmnO4) em meio ácido, utilizando o ácido sulfúrico (H2SO4), em função do íon sulfato não ser afetado pelo permanganato, que não o consome. O objetivo desta análise é oxidar quantitativamente substâncias oxidáveis no meio, por esse motivo faz-se necessário adição de permanganato em excesso e trabalhar a quente. 1.1.8 pH O monitoramento do pH visa avaliar a concentração de íons hidrogênio dispersos na solução. O controle deste fator é de excepcional importância, principalmente nas etapas de tratamento, produção e processamento de alimentos. Os resultados consistem em uma escala de 0 a 14, abaixo de 7 a água e considerada ácida, acima de 7 a água é considerada alcalina, e pH 7 é considerado neutro. O equipamento utilizado para mensurar o pH, denomina-se pHmetro; pode ser encontrado na forma portátil / de bolso e de bancada. O equipamento apresenta especificidades relacionadas com o tipo de amostra que se pretende mensurar o pH, desta forma é importante se atentar com relação a este detalhe. 10 1.1.9 Sólidos Totais Dissolvidos (TDS) A determinação dos níveis de concentração das diversas frações de sólidos em águas naturais são utilizadas em estudos relacionados a controle de poluição, caracterização de esgotos sanitários, efluentes industriais e no controle de sistemas de tratamento de esgotos, vida mensurar a presença e e o grau de distribuição dessas partículas no meio, com relação ao tamanho (sólidos em suspensão e dissolvidos) e com relação à natureza química (fixos ou minerais e voláteis ou orgânicos). (TRENTIN & BOSTELMANN, 2012) Nas águas de abastecimento, os altos teores de sais minerais, principalmente sulfato e cloreto, está associado à tendência de corrosão em sistemas de distribuição, além de conferir sabor às águas. Com o objetivo de classificar, proteger os corpos d´água, bem como prevenir problemas relacionados a saúde da população, o CONAMA por meio das Resoluções nº 357 de 2005 e nº 396 de 2008, estabeleceu como padrão de qualidade, limites máximos permitidos aos sólidos dissolvidos totais (SDT), sendo: a) águas doces, classes 1, 2 e 3, 500 mg/L; b) águas subterrâneas, classes 1 e 2, 1000 mg/L. O Ministério da Saúde, pormeio da Portaria nº 518 de 2004 estabelece o limite máximo permitido de 1000 mg/L de sólidos dissolvidos totais em águas para consumo humano (BRASIL, 2004). 1.1.10 Temperatura A temperatura da água está relacionada com o aumento do seu consumo, com as etapas de tratamento fluoretação, solubilidade e ionização das substâncias coagulantes, com a mudança do pH, com a desinfecção, etc. 11 1.1.11 Turbidez Este parâmetro fundamenta-se, em avaliar a presença de materiais sólidos em suspensão, que reduzem a sua transparência. Existem equipamentos específicos para determinação da turbidez na água este equipamento denomina-se turbidimetro, medido em (NTU) Unidades Nefelomericas de Turbidez (BRASIL, 2006). 1.2 OBJETIVO Ante o exposto o objetivo da prática foi avaliar os parâmetros físico- químicos da água, coletada no laboratório de IFMT – Campus Bela Vista. 2. PARTE EXPERIMENTAL O procedimento experimental for realizado conforme normas estabelecidas no roteiro, para análise de água de torneira. 2.1 Determinação de acidez Inicialmente homogeneizou-se a amostra, para obter uniformidade. Preparamos o branco com 100 mL de água destilada, 3 gotas de fenolftaleína e titulamos, em seguida realizamos a titulação da amostra em triplicata. Utilizou- se 100 mL da amostra, 3 gostas do indicador.Fez-se o ambiente da bureta e Encheu-se com a solução de hidróxido de sódio 0,02 N, aferiu-se o menisco e posteriormente procedeu-se a titulação. Anotou-se os resultados e realizou-se os cálculos. 2.2 Determinação da alcalinidade Inicialmente homogeneizou-se a amostra, para obter uniformidade. Posteriormente retirou-se uma alíquota de 100 mL da amostra, transferindo-se para o erlenmeyer de 250 mL, adicionou-se 3 gotas da solução indicadora de alaranjado de metila, e titulou-se com ácido sulfúrico. Anotando o volume gasto e realizamos a analise em triplicata. 12 2.3 Determinação de Cloretos Inicialmente homogeneizou-se a amostra, para obter uniformidade. Retirou-se 100 mL da amostra, e transferiu-se com uma proveta para um erlenmeyer de 250 mL. Adicionou-se 1 mL da solução de cromato de potássio, em seguida titulou-se utilizando a solução de nitrato de prata 0,00141 N, ate visualização da mudança da coloração para cor alaranjado , anotou-se o volume gasto. Este processo foi realizado em triplicata. 2.4 Determinação de condutividade Inicialmente homogeneizou-se a amostra, para obter uniformidade. Posteriormente calibrou-se o equipamento, conforme normas do fabricante. Seguidamente procedeu-se a leitura da amostra, em triplicata. 2.5 Determinação de cor Inicialmente homogeneizou-se a amostra, para obter uniformidade, a analise foi realizada pela técnica de tubos múltiplos –TTM, no equipamento Nesslerquant 2000, consiste em colocar um tubo com água destilada, usada como grau de comparação, e um outro tubo com a amostra, sendo tampadas com o mergulhador, sem que haja a formação de bolhas. Colocou-se a água destilada do lado esquerdo e a amostra no lado direito. Fechou o equipamento, ligou-se a luz e verificou-se através do visor qual o valor fornecido pelo disco padrão em cor a amostra se aproxima mais da água destilada. 2.6 Determinação de dureza temporária, permanente e total Inicialmente homogeneizou-se a amostra, para obter uniformidade. Retirou-se com auxilio de proveta 100 mL da amostra e transferiu-se para erlenmeyer. Adicionou-se 2 mL da solução tampão, aproximadamente 0,2 g de cianeto de sódio e aproximadamente 0,1 g do indicador de eriocromo. Em seguida titulou-se com solução de EDTA 0,01 N, ate a visualização do ponto de viragem (azul). Anotou-se o volume gasto para realizar os cálculos, o processo foi realizado em triplicata 13 2.7 Determinação de oxigênio consumido Inicialmente homogeneizou-se a amostra, para obter uniformidade. Posteriormente retirou-se 100 mL da amostra com auxilio de proveta para um balão de fundo chato. Adicionou-se ao balão, 10 mL da solução de ácido sulfúrico 1:3 e 10 mL da solução de permanganato de potássio. Aqueceu-se na chapa aquecedora, mantendo a solução em ebulição por 10 minutos. Em seguida adicionou-se 10 mL da solução de oxalato de amônio, titulou-se utlizando permanganato de potássio e realizou-se os cálculos. 2.8 Determinação de pH Inicialmente homogeneizou-se a amostra, para obter uniformidade. Posteriormente calibrou-se o pHmetro na faixa esperada para a amostra e efetuou-se a leitura em triplicata. 2.9 Determinação de sólidos totais dissolvidos (TDS) Inicialmente homogeneizou-se a amostra, para obter uniformidade. Posteriormente realizou-se a leitura em triplicata. 2.10 Determinação de temperatura Inicialmente homogeneizou-se a amostra, para obter uniformidade. Posteriormente realizou-se a leitura em triplicata. 2.11 Determinação de turbidez Inicialmente homogeneizou-se a amostra, para obter uniformidade. Para a leitura de turbidez, primeiramente o turbidimetro foi calibrado conforme orientação do fabricante, em seguida realizou-se as leituras em triplicata. 14 3. RESULTADOS Os parâmetros determinados para os parâmetros físico-químicos avaliados na água de torneira, estão ilustrados na tabela 1 e 2. Tabela 1. Determinação dos parâmetros da água e comparação com dados dos grupos. Grup 1 2 3 4 5 Legislação vigente - - 250 500 NOTAS: (1) Portaria MS, nº 2914/.2011 dita Padrões de Potabilidade para água. Tabela 2. Determinação dos parâmetros da água e comparação com dados dos grupos. Condutividade Cor pH TDS Temperatura Turbidez ez Grupo (µS) (UH) (ppm) (°C) (UNT) Média 177 10 7,0 108 23,6 0,55 1 Média 209 0 7,8 104 22,0 0,56 2 Média 219 0 7,82 110 22,0 0,1 3 Média 208 10 7,5 103 22,1 0,18 4 Média 204 -10 7,7 102 20,33 -0,05 5 Legislação vigente¹ - 0 a 15 6 a 9 1000 - 0 a 5 NOTAS: (1) Portaria MS, nº 2914/.2011 dita Padrões de Potabilidade para água, 4. DISCUSSÕES DOS RESULTADOS Para discussão dos resultados temos análises de 3 amostras coletadas em torneiras do Campus IFMT- bela vista. Onde uma amostra se foi coletada no laboratório de monitoramento, outra no filtro próximo do laboratório do lado de fora e a ultima no filtro da cantina. O Ministério da Saúde na Portaria MS, nº 2914/2011 em seu anexo X, estabelece que o valor máximo permitido é de 5,0 uT para turbidez como padrão de aceitação para consumo humano e de 15 uH para cor aparente, na qual se Acidez Alcalinidade Cloretos Dureza o (mg/L CO2) (mg/L) (mg/L) (mg/L CaCO3) Média 5,23 91,00 0,0420 60,79 DP 0,06 1,00 0,0005 2,96 Média 5,47 93,00 0,0430 66,61 DP 0,55 1,73 0,0009 1,12 Média 2,60 92,33 0,0098 67,90 DP 0,44 0,58 0,0003 0,00 Média 3,93 99,00 0,0460 72,43 DP 0,15 1,00 0,0005 2,24 Média 3,13 71,33 0,0322 59,49 DP 0,12 0,58 0,0003 1,12 15 consideram as partículas suspensa. As amostras analisadas apresentaram turbidez dentro do seu padrão, atendendo ao regulamento de potabilidade de água estabelecida pela legislação para turbidez. A desinfecção da água, principalmente a inativação de vírus, é tanto mais eficaz quanto menor é a turbidez da água, explica Richter e Netto, 2005. Embora teores mais significativos de cor concorram para dificultar a manutenção da concentração residual do cloro nas redes de distribuição, e favorecendo a formação de subprodutos, motivos estéticos justificam o limite de 15 uH estabelecido pela legislaçãoe a qual todas as amostras analisadas estão em conformidade; pois valores acima deste são facilmente perceptíveis ao olho humano concorrendo para rejeição da água fornecida pela concessionária (LIBANÎO, 2010). A variação ocorrida em amostras coletadas em um mesmo local pode ser pelo fato de a análise depender da percepção do olho humano. A análise potencial hidrogeniônico (pH) é usado para expressar a concentração de íons hidrogênio ou sua atividade, importante em cada fase do tratamento da água (Richter; Netto, 2005). Estes hidrogênios são resultantes da dissociação de ácidos orgânicos naturais ou inorgânicos presentes em efluentes industriais (Piveli; Kato, 2006). É fundamental que o pH seja monitorado; seu controle efetivo facilita a ocorrência das etapas de tratamento e evita que equipamentos estejam danificados, quando o pH não atinge a faixa desejada a etapa não é realizada de maneira eficaz. Para este parâmetro todos os resultados das amostras analisadas apresentam-se valores de pH 7,0 e aproximado de 8,0; atendendo a legislação estabelecida pela Portaria 2914 de 12/2011 do Ministério da Saúde que é de 6,0 – 9,5. A amostra 1 coletada no laboratório de monitoramento foi a que alcançou o valor mais aproximado, pH 7,0. A maior diferença para mesmo local de coleta está nas amostras 2 e 4 que foi de 7,8 e 7.5 (tabela 1), podendo ter sido ocasionada pela temperatura da água ou até mesmo erro de leitura do analista. Com relação a condutividade elétrica os principais sais que contribuem para a condutividade da água natural são os sais de potássio, sódio, cálcio, magnésio na forma de sulfatos, cloretos, carbonatos e bicarbonatos. Feitosa e Manoel Filho (2000), afirmam também que a condutividade elétrica tende a aumentar por diversos fatores, dentre eles, elevação da temperatura e maior concentração de íons dissolvidos. Confrontando os resultados obtidos para todos os grupos, quanto ao parâmetro de cor observamos que não apresentaram nenhuma variação, e obedecem os limites estabelecidos pela legislação vigente. A turbidez parâmetro que fundamenta-se pela presença de materiais em 16 suspensão na água, que quando em maior ou menor quantidade interferem na cor. Para a água coletada da torneira e filtro analisada pelos grupos 1, 2, 3, 4 e 5 os resultados foram: 0,55 UNT, 0,56 UNT, 0,1 UNT, 0,81 UNT e -0,05 UNT respectivamente, a Portaria 2914 do Ministério da Saúde preconiza para turbidez unidades nefelomericas que vão de 0 a 5 (Brasil, 2011), com isso os valores encontrados obedecem a esses limites. A medição da temperatura para os quatros grupos foram: 23,6 ºC, 22 ºC, 22,1 ºC e 20,33 ºC respectivamente, ilustrando uma ligeira variação. O aumento da temperatura interfere na quantidade de oxigênio dissolvido e nos sólidos voláteis. Desta forma, do ponto de vista físico-químico, segundo os parâmetros de potabilidade está água é própria para o consumo, contudo existe a necessidade de realização do perfil microbiológico da mesma, para assim realmente atestar sua sanidade. 5. CONCLUSÃO A realização da prática reforça o quão importante é garantir a qualidade da água. Por ser uma substância que apresenta, impurezas nocivas como: vírus, agentes tóxicos e até mesmo elementos radioativos faz-se necessário que os parâmetros físico-químicos e microbiológicos estejam em acordo com as condições ideais segundo a legislação atual, em vigência, que dita os parâmetros de potabilidade, para utilização e também ingestão da água. Por se tratar de uma água advinda de fonte subterrânea, não é indicado que está seja ingerida sem antes passar por algum processo de tratamento ou caracterização quanto aos parâmetros de (pH, dureza, SST, acidez, alcalinidade e análises microbiológica, dentre outros), se nada disso for possível é indicado o tratamento desta água com algum agente químico que apresente poder residual, e poder bactericida. Indica-se o cloro (economicamente viável), a sua dosagem deve ser preferencialmente proporcional a quantidade de água existente ou a ser utilizada. É importante ressaltar que, a realização com domínio de cada uma dessas técnicas, assegura o resultado das análises, e auxilia nos momentos em que se faz necessário a aplicação de medidas corretivas. Pois, como futuros profissionais atuantes sabemos, que o domínio dessas técnicas e processos está diretamente relacionado com bem estar e saúde daqueles irão usufruir desta água, além de outros produtos onde está água será incorporada. 6. BIBLIOGRAFIA 17 APOSTILA DE TRATAMENTO DE ÁGUA. Disponível em: <http://www.cesan.com.br/wp- content/uploads/2013/08/APOSTILA_DE_TRATAMENTO_DE_AGUA-.pdf> acesso em 24 de maio de 2016. BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual prático de análise de água. 1ª ed. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2004. 146 p BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria MS, nº 518/2004. Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle evigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências.Brasilia, DF, 2005. 21p. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. CONAMA. Resolução nº 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília DF 18 de março. 2005. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. CONAMA. Resolução nº 396, de 03 de abril de 2008. Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento de águas subterrâneas. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília DF 07 de abril. 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.914, De 12 De Dezembro De 2011. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Brasília, DF, 2011. CETESB. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Série Relatórios. Significado Ambiental e Sanitário das Variáveis de Qualidade das Águas e dos Sedimentos e Metodologias Analíticas e de Amostragem. São Paulo, 2008. CAMPOS, J.C.V.; MORAIS, P.R.C.; ESCANDOLARA, J.E.; Diagnóstico preliminar da qualidade da água subterrânea através da condutividade elétrica e ph – municípios de Campo Novo e Buritis, estado de Rondônia, Brasil. Disponível https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/download/24094/161 23 acesso em 31 de maio de 2016. LIBÂNIO, M. Fundamentos de qualidade e tratamento de água. Campinas: 18 Átomo. 3º ed., p.44-47, 2010. FEITOSA, Fernando A. C. ; MANOEL FILHO, João. Hidrologia: conceitos e aplicações.2. ed. Fortaleza: CPRM: REFO, LABHID-UFPE, 2000. PIVELI, R.P. Curso: “qualidade das Águas e poluição: Aspectos físico- químicos”. Disponível em: <http://www.leb.esalq.usp.br/disciplinas/Fernando/leb360/Fasciculo%206%20- %20Alcalinidade%20e%20Acidez.pdf>. Acesso em: 20 Abr. 2015. RICHTER, C.A. AZEVEDO NETTO, J. M. Tratamento de água: tecnologia atualizada. São Paulo : Edgard Blucher , p.30-32, 1991. SPERLING, M. V. Princípios do tratamento biológico de águas residuárias. 3° edição. Belo Horizonte. Editora UFMG – 2005. SPINELLI, V. A; SENS, M.L; MAURICIO, L. F. V. T. Quitosana, polieletrólitro natural para o tratamento de água potável. ABES Rio de Janeiro, 2001. TRENTIN, Patricia S.; BOSTELMANN, Eleine. Programa interlaboratorial: para sólidos totais, dissolvidos e em suspensão em amostras de água. 2012 Disponível em: <http://banasmetrologia.com.br/wp- content/uploads/2012/01/Programa-Interlaboratorial.pdf> Acessado 17 de Out. 2017. http://www.leb.esalq.usp.br/disciplinas/Fernando/leb360/Fasciculo%206%20-%20Alcalinidade%20e%20Acidez.pdf http://www.leb.esalq.usp.br/disciplinas/Fernando/leb360/Fasciculo%206%20-%20Alcalinidade%20e%20Acidez.pdf http://banasmetrologia.com.br/wp-
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