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02 IA em éguas

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FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO II
Inseminação Artificial em Éguas
Algumas raças não permitiam a inseminação ou transferência de embrião, pois havia muita clandestinidade, diferentemente da IA em bovinos que existem centros de inseminação. Hoje em dia, toda égua que for inseminada e tiver um potro, o DNA deve ser coletado para fazer o teste de paternidade, assim como para registrar um cavalo.
Principais vantagens de inseminação artificial: reduz o risco de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (quando compra o sêmen, diminui ainda mais o risco, pois os cavalos são muito selecionados e geralmente, campeões); 
Aumento dos índices de fertilidade, devido a um maior controle sobre a qualidade do sêmen utilizado e também sobre a sanidade reprodutiva das éguas, resultando no acréscimo da eficiência reprodutiva (característica específica de equinos, sendo que em bovinos isso não ocorre tanto); 
Acelerar o processo de melhoramento genético das raças (é discutível, pois um animal campeão cruzado com animal campeão pode nascer um potro não tão bom assim, da mesma forma que cruzar animais que não são campeões podem ter um potro campeão. Isso se deve ao fato de que atividade física não vem somente da genética, depende do ambiente, criação, treinamento, momento do animal – lesionado, não-lesionado); 
Reduz a possibilidade de injurias para égua e garanhão (a monta natural é muito agressiva. A égua pode machucar o garanhão, mesmo estando no estro. Da mesma forma que o garanhão pode machucá-la, ainda mais animais que tem libido alta); 
Permite o uso de garanhões que tenham desenvolvido hábitos de deficientes de cobertura ou que apresentem lesões limitantes, como claudicações (existe uma técnica de coleta de sêmen de cavalo em estação, em cavalos que não conseguem montar na égua ou manequim. Éguas que tem problema na garupa, logo o garanhão não pode montar, pode ser feito desta maneira também); 
Permite a identificação de problemas reprodutivos (éguas que são inseminadas e não emprenham podem ser identificadas e descobrir o problema);
Permite o uso de éguas impossibilitadas para monta natural;
Permite o uso de garanhões que apresentem sêmen de qualidade inferior (pode centrifugar, selecionar os espermatozoides viáveis descartando os ruins para que tenha uma eficiência reprodutiva que em monta natural não teria);
Desvantagens da inseminação artificial: aumento dos custos nos trabalhos relacionados ao manejo reprodutivo do haras (é uma técnica específica do médico veterinário, logo peão não pode realizar); 
Obrigatoriedade de realização por médico veterinário (pagar honorários do médico na inseminação e acompanhamento folicular). 
Deve-se atentar à anatomia do animal, entender a fisiologia equina e ter conhecimento sobre endocrinologia. Mas se o haras não tiver o manejo adequado, o sucesso não será o mesmo (condição corporal, condição de alimentação, ração apropriada ou não etc). 
Ex: transferência de embriões de doadoras para receptoras. Normalmente é uma doadora para 3 receptoras. É preciso entender que as receptoras devem ser bem tratadas e terem o mesmo manejo que as doadoras. Receptoras magras, maltratadas e em estresse não vão emprenhar e os índices reprodutivos vão cair. 
O volume/ejaculado varia um pouco dependendo do fotoperíodo. Pode coletar sêmen o ano todo, independente se as éguas estão em anestro, e o cavalo sofre um pouco com a influência da luz e produz menos sêmen (pois, o GnRH está sendo liberado em menor quantidade, a melatonina está fazendo efeito pequeno. O GnRH libera LH e FSH, sendo que o LH estimula as células de leydig para produção de testosterona. Logo, se tem menos GnRH, tem menos LH e consequentemente menos produção de testosterona, assim como terá menos estímulos nas glândulas acessórias gerando um volume menor de ejaculado). Nesta época do ano, agosto-setembro, os haras costumam coletar sêmen e congelar para quando chegar na estação de monta já terem as doses inseminantes prontas. 
Acima de 2 bilhões de espermatozoides já é considerado um garanhão bom para reprodução. Mas geralmente os cavalos produzem entre 8 a 10 bilhões de espermatozoides totais. 
Produção espermática: é influenciada pela estação (por conta da luminosidade), tamanho do testículo, idade (o animal tem uma crescente da produção espermática, atinge um platô quanto chega a maturidade sexual. Animais mais velhos tendem a diminuir a produção), frequência de ejaculado (um garanhão muito requisitado deve sofrer um descanso, logo não pode coletar todos os dias. Deve dar um intervalo de pelo menos 3 dias, pois na 3° coleta já tem uma redução da produção espermática), comportamento (relacionado à égua. Se estiver no cio, o garanhão terá um comportamento afoito e acaba produzindo um bom ejaculado. Se a égua não estiver no cio, a produção espermática acaba diminuindo, por mais que consiga ejacular). 
Número de espermatozoides depende de: fotoperíodo, volume ejaculado, número de espermatozoides, total de espermatozoides/ejaculado, libido, ejaculações antes da estação, tamanho do testículo e testosterona. Apesar de toda essa influência, o garanhão produz sêmen o ano inteiro. São considerados bons ou aptos, os garanhões que possuem 1.8 bilhões de espermatozoides, motilidade maior que 50% e mais de 60% morfologicamente normais. 
Na compra de um garanhão: deve fazer o andrológico e o macho deve ter essas características reprodutivas, caso não tenha pode ser devolvido. 
FISIOLOGIA DAS ÉGUAS: tem um período de anestro (não apresenta atividade sexual). O proestro e metaestro são períodos pouco caracterizados na égua, portanto o estro e diestro são períodos mais importantes. A fase de diestro é caracterizada por não estar receptiva ao macho (é a fase luteal, ou seja, com P4 alta. Tem duração de 15 a 18 dias). A fase de estro é a fase em que a fêmea está receptiva ao macho, tem duração de 7 dias. 
Quando está no estro é chamada de poliestrica estacional, ou seja, dá cio varias vezes. 
Efeito do fotoperíodo: a atividade reprodutiva na primavera é influenciada pelo aumento do fotoperíodo. As horas-luz aumentam e começa a liberar GnRH e consequentemente LH e FSH entrando na atividade reprodutiva. Entra em estação por volta de outubro e novembro. O período de agosto-setembro é chamado de transição. Com o aumento da luz, haverá alteração da secreção dos hormônios da pineal (melatonina) e hipotálamo (GnRH). 
Foi um trabalho realizado fora do país. É importante lembrar que no hemisfério norte as estações são invertidas. Enquanto no hemisfério sul é inverno, no norte é verão. No período de primavera e verão tem mais horas-luz por dia e as éguas responderam à isso entrando no cio. 
Período de transição: é o momento em que a égua sai do anestro para entrar no estro. O aumento do fotoperíodo estimula o hipotálamo e hipófise. Os hormônios da hipófise, especialmente o FSH, induzem o crescimento folicular. No período de transição, os folículos crescem, mas não ovulam, logo pode administrar indutores de ovulação, portanto o período de transição é utilizado para estender a estação de monta. 
É um período de crescimento folicular e regressão dos mesmos. Tem E2 produzido pelos folículos em crescimento, mas muitas vezes o estro é irregular e mais longo (o intervalo não é a cada 21 dias. O estro pode durar 10, 12, 13 dias, sendo que o normal seria até 7 dias. Pode dar cio e não ovula, pode crescer folículo sem estar no cio etc.). Um folículo eventualmente ovula. 
Égua cruzando, mas não emprenhando: quando der cio, cobre o animal, aplica GnRH e depois cobre de novo. Em éguas não consegue fazer IATF, apenas manipula o ciclo estral. 
Em vermelho são éguas ovulando e em azul são éguas no estro. Foi um estudo para demonstrar que as éguas podem dar cio, mas não necessariamente vão ovular. 
No período de transição pode trabalhar o animal de 2 formas: dando o indutor de ovulação ou complementando as horas de luz com iluminação artificial uniforme. 
O mecanismo de dominância dos equinos é idêntico dos bovinos. Mas quando os folículos atingem 20-25 mm(cerca em media de 22,5mm) vira dominante. Tem crescimento de folículos primários e secundários, logo tem uma onda de crescimento primaria e uma onda secundaria. Pode ter uma ou duas ondas, mas a maioria tem apenas uma. Geralmente, ter duas ondas está mais ligado ao inicio da estação de monta. Como tem uma onda primaria e uma outra secundaria, há um aumento de FSH no meio das ondas que não é comum à outras espécies, e isso ocorre porque nas éguas quando tem um folículo dominante, outro folículo se torna dominante junto (devido à onda secundaria. Pode atingir o tamanho do folículo pré-ovulatório). O folículo para ovular, nas éguas, precisa ter 35mm. Logo em éguas, é comum ter dupla ovulação, mas não é comum ter dupla gestação, porque um embrião não deixa o outro se implantar. 
Pelo fato de ter a dupla ovulação, é bom quando for coletar embriões que pode coletar dois. 
A onda primaria começa no diestro e a onda secundaria começa no inicio do estro. A onda que começa no diestro terá um folículo pré-ovulatório e, portanto, vai ovular. O folículo da secunda onda pode ou não atingir o tamanho necessário para ovular. 
Estimativa da ovulação: depende do número de dias do estro (pois, normalmente a ovulação é 48-24h antes de terminar o cio, logo 2 ou 1 dia antes. Se o estro dura 9 dias, vai ovular no 7° ou 8° dia. Mas isso varia de individuo para individuo). O crescimento do folículo varia de 3 a 5 mm por dia, pois ao passar o ultrassom hoje e observa que o folículo ainda não está pronto, no dia seguinte pode estar pronto. O tamanho do maior folículo varia de 22 a 23mm, sendo que já se torna dominante neste tamanho (um estudo demonstrou que 22,5mm é o que ocorre na maioria das fêmeas). A circunferência do maior folículo que o fará se tornar dominante. Fisiologicamente, o folículo ovula quando atinge uma média de 40-42mm (na reprodução, trabalha-se o animal quando o folículo atingir 35-36mm, pois é quando começa a ser responsivo ao indutor de ovulação. Antes disso não adianta tentar fazer ovular, pois não vai responder. Ex: se passar o ultrassom e verificar um folículo de 33mm, pode ligar pro haras do garanhão e pedir o sêmen, pois no dia seguinte a égua estará pronta. Se no dia seguinte ficar nublado e/ou muito escuro, o folículo não crescerá, portanto deve-se lembrar que a luminosidade ainda interfere bastante). 
A capacidade de prever ovulação tem muita vantagens para o medico veterinário de equinos: redução do número de coberturas necessárias, principalmente de garanhões disputados; aumento na precisão do cronograma para inseminação quando se utiliza sêmen importado congelado ou garanhões cujo sêmen fresco fica viável por pouco tempo (quando está usando sêmen congelado precisa passar ultrassom de hora em hora, pois a fertilidade cai demais devido processo de crioconservação. Por isso que veterinários de reprodução equina costumam inseminar em horas diversas, inclusive de madrugada, dado a esse acompanhamento intenso. As vezes quando passa o ultrassom consegue ver o folículo ovulando, de uma estrutura ovalada se torna estrutura murcha, sendo este o melhor momento para inseminar); Redução do número de coberturas ou inseminações em éguas problemáticas ou difíceis; Otimização nas utilizações de garanhões bons, mas de baixa fertilidade.;
Estro pós-parto: é o “cio do potro”. É um cio muito fértil, tem menos fertilidade do que o animal dando cio normalmente, mas mesmo assim continua sendo muito fértil. Normalmente acontece 9 dias após o parto, sendo um mecanismo não tão elucidade, mas pode ser uma evolução da espécie para sua manutenção em períodos curtos (principalmente na Europa onde tem períodos escuros por muito tempo), mas alguns autores afirmam que isso ocorre pra “limpar” o útero da égua. 9 dias após o parto o útero já está pronto pra receber um novo embrião. 
Os veterinários aproveitam muito o cio do potro, pois depois dele as éguas entram em um período de anestro lactacional, que é bem longo. 
Sinais de cio: levanta a cauda, urina, abaixa o traseiro, winkin (contrações da vulva), fica parada, aceita o macho (nem todas, já que algumas ficam agressivas).
DIESTRO: é a fase progesteronica (em que o corpo lúteo está secretando progesterona). A P4 do corpo lúteo mantém a gestação até 100-120 dias, a partir disso a placenta começa a produzir (importante na reprodução equina. Se for usar prostaglandina no diestro, deve ser usada antes dos 4 meses de idade, pois a partir dai não vai precisar mais do corpo lúteo então a prostaglandina não teria efeito de abaixar P4).
Ex: égua está no cio, mas não consegue inseminar pois o sêmen não chegou a tempo, o garanhão está muito requisitado etc. Quando acabar o estro, terá o corpo lúteo, então pode dar uma dose de prostaglandina e o corpo lúteo será lisado e a égua voltará ao cio com mais rapidez. 
Deve-se ter muito cuidado com o uso de prostaglandina, pois algumas éguas podem ter reação adversa, como sudorese intensa, cólicas abdominais, hipertemia, prostrada, ataxia. Da mesma forma, isso se aplica à uma médica veterinária que estiver aplicando o fármaco na égua, qualquer contato direto pode ocasionar estes sinais. Lembrar que mulheres gestantes não podem manipular prostaglandina, pois é abortiva. 
Métodos de manipular o ciclo estral: luz artificial (é muito utilizada, principalmente nos países afastados da linha do Equador. Deve ser uma luz branca, uniforme e específica, não pode ter sombras etc), induzir ovulação, sincronização do estro e sincronização do estro e indução da ovulação. Não faz IATF em éguas. 
Estímulos de luz: sempre utilizar luz incandescente, a distribuição deve ser uniforme, sem pontos de sombra. Duração ao longo do dia deve ser, pelo menos, 16h de luz/dia e 8h de escuro. Inicia-se geralmente em 15 de junho e o tratamento dura 60 dias. 
Estrógeno: não é tão comum sua utilização, pois não é tão responsivo como em vacas. Não vai ovular com E2. Pode usar em doses baixas em éguas em anestro pra que facilite a coleta de sêmen, já que a égua pode apresentar os sinais de estro cerca de 3 a 6 horas após a aplicação, então o garanhão perceberá e facilitará a coleta. É usado também nas receptoras em protocolos de transferência de embriões para que provoque edema uterino nas éguas receptoras em anestro (o edema tem classificações de 1 a 4 ou 0 a 5, dependendo do modelo consultado. O edema é simplesmente as glândulas endometriais crescendo. Depois da dose de E2, aplica-se uma dose de P4 para que as glândulas comecem a secretar o leite uterino, e depois coloca o embrião. Deve-se ficar suplementando com P4 até os 120 dias, pois depois disso a placenta assume a produção). 
Progesterona: sincroniza o estro, suprime o estro (não quer que tenha cio do potro), atrasa o cio do potro e faz a manutenção da prenhez. O altrenogest® é a única P4 oral que existe e é utilizada em éguas, mas a injetável é a mais utilizada (de longa e curta duração). Estão usando também um implante de P4, e é bom pois caso a égua esteja vazia, é só retirar o implante e os níveis de P4 vão cair, mas caso tenha feito a P4 injetável de longa ação terá que esperar a P4 abaixar para retomar novamente com o protocolo. 
Sincroniza-se 3 receptoras para 1 doadora e mesmo que as receptoras não estejam no estro, pode colocar os embriões e suplementar a P4 até os 120 dias. 
Protocolos em éguas sem ovário: aplica E2, depois P4, coloca o embrião e continua suplementando P4. 
Trabalho que mostrou que a taxa de prenhez foi maior em éguas que não estavam ciclando e foram inseminadas. Isso ocorreu, pois as que não estavam ciclando tem-se um controle endócrino maior.
Ex: hoje a doadora e receptora deram cio. Insemina a doadora, porém tem outra receptora que não deu cio ainda. Se essa receptora atrasar 2 a 3 dias de cio não tem problema, pode pegar o embrião de 8 dias e colocar na receptora com 4 dias após o cio. Isso funciona bem em éguas, mas em vacas e outras espécies não funciona. Deve-se ter uma assincronia de no máximo 24h. Se a doadora está no D7, a receptora deve estar no D6 até D8, no máximo. Em éguas,isso pode ser de até 4 dias. Com o uso da p4, pode ser de até 6 dias de assincronia. 
Receptora no D2 sem P4 longa ação e o embrião no D8 com taxa de prenhez de 20%. Receptora no D2 com P4 longa ação teve taxa de prenhez de 70%. A assincronia, com a ação da P4, pode aumentar 2 dias ou mais. 
A P4 deve ser administrada a cada 7 dias mantendo as concentrações séricas para manter a gestação até os 120 dias. 
É muito trabalhoso pro haras, é melhor sincronizar a doadora com as receptoras. 
Prostaglandina: diminui o intervalo entre estros (se der cio, se 5 ou 6 dias depois faz PFG2a fará luteólise dando cio novamente). Trata corpo lúteo persistente. Existem 2 nomes comerciais, com bases diferentes: (Cloprostenol - Ciosin®) e (Dinoprost - Lutalyse®), sendo que o Cloprostenol é sintético e o Dinoprost é semissintético sendo mais indicado para equinos. Caso tenha perdido o cio do potro, pode aplicar PFG2a e pode retomar o cio ou não, pois entrará no anestro lactacional. Sincroniza o estro aplicando 2 doses a cada 14 dias. Éguas podem ter reação adversa com PFG2a, então para que faça a aplicação é preciso fazer acompanhamento clínico. 
Indução de ovulação: ocorre quando o folículo atingir 36 a 38mm, mas com 35mm já é responsivo. Usa o hCG ou GnRH. O hCG (Chorulon®) é feito com 16 a 25UI IM ou IV (a ovulação ocorre 48h após aplicação; alguns estudos falam que melhora as taxas de prenhez quando compara com GnRH, mas alguns dizem que não há diferença; alguns estudos afirmam que como é uma molécula exógena – gonadotrofina coriônica humana – pode ter uma reação imunológica levando anticorpos de forma crônica diminuindo a responsividade com o uso prolongado). Com o GnRH isso não ocorre, pois é análogo (a ovulação ocorre com 36 a 48h. É mais barato do que o hCG). 
Estudos mostram que a associação do hCG ou GnRH pode estimar melhor o dia da ovulação. 
O eCG jamais pode ser usado em égua, pois pode ter reação imunológica e culminar em choque anafilático. 
Acompanhamento do folículo: é a maior dificuldade da inseminação em éguas. Deve ser feito para saber quando é o melhor momento para aplicar o indutor de ovulação.
Quando usa sêmen fresco ou refrigerado, o acompanhamento folicular tem que ser feito diariamente quando o folículo atinge 30mm. Ex: passou o ultrassom e viu o folículo com 30 mm, deve passar ultrassom diariamente para acompanhar o crescimento folicular. Quando atingir 35-36mm pode dar o indutor de ovulação. 
Quando usa sêmen congelado, após a aplicação do indutor de ovulação (quando atingir 35-36mm), o acompanhamento deve ser feito de 6 em 6 horas, pois após ovulado, o oócito terá 6 horas para que seja fecundado, totalizando 12 horas de viabilidade (6h do trânsito até a tuba uterina e 6h de viabilidade). A inseminação artificial deve ser feita o mais próximo possível da ovulação. 
Sêmen caro de garanhões campeões = geralmente chegam congelados, logo neste caso o melhor momento para inseminar é o mais próximo possível da ovulação, e por isso há veterinários que não fazem o acompanhamento de 6h em 6h e sim a cada 1h, pois não podem perder a ovulação e correr o risco de não emprenhar a fêmea. 
Com o uso do indutor de ovulação, normalmente espera-se pelo menos 24h para poder começar o acompanhamento, pois demora 24-48h para ovular. 
No ultrassom, além de observar o desenvolvimento folicular, também deve-se avaliar o edema uterino característico de cio. O E2 quando sobe estimula o aparecimento das glândulas endometriais, sendo possível ver no ultrassom (nas vacas não é possível). O edema uterino, quanto maior, melhor. Quando no ultrassom, o edema uterino, se assemelha muito com o aspecto de “laranja cortada”. 
Éguas em anestro, que quando vão colocar embrião, precisa fazer uma dose de E2 para que estimule o aparecimento das glândulas endometriais e o edema uterino. Se fez uma dose e não apareceu o edema, precisa aumentar a dose. 
Os espaços entre a “laranja” são as glândulas endometriais. 
Pode ver no ultrassom o folículo ovulando (“murchando”). 
Se passar o ultrassom e o folículo estiver com seu formato redondo normal e depois de um tempo passar o ultrassom e não encontrar folículo, significa que houve uma ovulação, então a égua pode ser inseminada. 
Sêmen congelado = inseminar no corno uterino que está ovulando, pois tem pouca qualidade devido ao processo de crioconservação.
Sêmen fresco = pode inseminar no corpo do útero. 
Métodos de reprodução: monta natural (no pasto), monta natural (acompanhado) e inseminação artificial. 
Monta natural (no pasto): não é o mais recomendado, pois podem se machucar. 
Monta natural (acompanhada): garanhões muito afoitos podem introduzir o pênis no reto da égua, rompendo e levando à morte. Deve acompanhar a monta e direcionar o pênis para a vagina da égua. Se o garanhão estiver muito agressivo, deve controlar o animal antes de tentar a monta. 
Inseminação artificial: pode ser feita com sêmen fresco, resfriado ou congelado. Isso é importante, pois a durabilidade é diferente. O sêmen congelado tem uma durabilidade maior, pois fica condicionado no nitrogênio líquido. O sêmen resfriado, se diluído, pode durar 48h (podendo ser vendido e enviado via avião para outros estados). O sêmen fresco tem durabilidade de 15 minutos, mas se diluído, pode durar 6 horas. 
Sêmen congelado e resfriado = pode comprar de animais de outros lugares, geralmente campeões famosos.
Sêmen fresco = se limita a ter sêmen de animais de haras próximos. 
Sêmen resfriado = tem sido uma das formas mais usadas, pois é uma garantia. Caso ocorra um imprevisto, o sêmen tem viabilidade por 48h, após diluição.
Antes da estação de monta: deve-se avaliar o histórico reprodutivo da égua (se teve problemas na ultima gestação, se conseguiu emprenhar da ultima vez que foi inseminada, como é seu comportamento etc), determinar o período de inseminação e diagnosticar possíveis problemas. 
Antes que a estação de monta comece, deve-se coletar 3x seguidas sêmen do garanhão e descartar. Deve-se fazer um intervalo de pelo menos 48h a 72h entre as coletas. Depois disso, pode fazer o andrológico do garanhão. Quando o animal fica muito tempo parado, o sêmen fica com muitos defeitos espermáticos, por isso realiza-se o descarte de 3 ejaculados para “limpar” o sêmen. 
A dose inseminante é 500 milhões de espermatozoides, não importa o volume. 
 Sêmen com 10 bilhões de espermatozoides, com 80% de motilidade e 10% de patologias, logo 90% normal.
10bi x 0,8 (80%) = 8bi
8bi x 0,9 (90%) = 7,2bi 
7,2bi dividido por 500mi = 14 doses.
Na palheta de sêmen deve ter 100 milhões de espermatozoides viáveis. Se for usar sêmen congelado, normalmente colocariam 5 palhetas para completar 500 milhões, mas como o congelamento diminui viabilidade dos espermatozoides, colocam até 10 palhetas. 
Particularidades do sêmen: o tempo de viabilidade varia com o condicionamento pelo qual o sêmen será colocado. 
Fresco sem diluição = 15 minutos
Fresco com diluição = 6 horas
Refrigerado em caixa térmica à 4-5°C = 48h
Congelado = tempo indeterminado
Coleta de sêmen: 
 
Caixa de resfriamento = coloca o sêmen no meio dentro de um recipiente e coloca uma barra de gelo para resfriar. Deve abaixar a temperatura de forma gradual. Depois quando for envazar a caixa, tira a barra de gelo que estava e coloca 2 barras novas, que vai chegar à temperatura de 4°C. 
Preparação da égua: no momento da IA, deve-se realizar o acompanhamento ultrassonográfico do folículo e fazer a avaliação. Neste momento já é feito o esvaziamento do reto do animal. Deve lavar a vulva do animal com água e sabão, enxuga com papel toalha e coloca uma faixa na cauda para evitar contaminações. 
Inseminação artificial: é intravaginal. Coloca a mão e a pipeta com sêmen na vagina do animal, até que identifique a cérvix fibroelastica (coloca o dedo e direciona a entrada da cérvix, para que ajude a entrada da pipeta). Passando a cérvix, pode introduzir o sêmen. 
São usados 40-60mL de sêmen, se for uma égua apenas. Mas se forem muitas éguas, pode ser uma quantidade menor. Se for usar sêmen congelado, a pipetadeve ser mais longa, pois o ideal é que seja colocado no corno uterino que ovulou ou vai ovular, já que a qualidade do sêmen equino congelado é péssima. 
Melhor momento para IA: o mais próximo da ovulação. O ideal é que seja 24h antes até 6h depois. 
Ex: chega no haras e o dono afirma que a égua está no cio, mas não sabe informar há quanto tempo. Deve passar o US, caso a égua tenha um folículo dominante de 36mm deve inseminar, dar o indutor de ovulação e inseminar novamente no dia seguinte (pois, a égua ovula de 24-48h antes de acabar o estro, não sabe se ela vai ovular 1h depois que passou o ultrassom. Então insemina a 1x para garantir que tenha espermatozoide, dá o indutor de ovulação para que ovule o mais rápido possível e depois insemina novamente). 
Situação 1: passa US e encontra folículo com 30mm, não deve fazer nada, pois ainda não é responsivo ao indutor. No dia seguinte, passa US e encontra folículo com 36mm então deve dar o indutor (GnRH). Deve-se fazer a IA 24h depois, com o GnRH vai ovular 36-48h, então terá sêmen disponível quando ovular. 
Situação 2: égua no estro, não sabe a quanto tempo, passa US e encontra folículo com 42mm, deve fazer a IA e aplicar indutor (GnRH). Deve fazer a IA, pois ela pode ovular a qualquer momento, inclusive no momento em que tirar a probe do ultrassom. Pode voltar 24h depois, passa US, caso tenha ovulado já não precisa inseminar de novo, mas caso não tenha ovulado ainda, pode ovular mediante a ação do GnRH aplicado, então insemina a égua novamente (pois, o sêmen da 1° inseminação já não está mais viável).
Se chegar no haras, a égua está no cio, mas não tem folículo pré-ovulatorio (já ovulou), não adianta dar GnRH, pois a égua ovula até 2 dias antes de terminar o estro. Não pode inseminar, pois já passou a viabilidade do oócito. Deve esperar acabar o estro, aplicar prostaglandina, lisa o corpo lúteo e entraria no estro mais rápido novamente. 
Avaliação da prenhez: passa ultrassom e com 18 dias pode realizar o diagnostico de gestação (muitas vezes com 12 dias já consegue). Verá vesículas (o embrião equino encapsula e cresce. Em torno de 20 dias, a capsula se rompe e está pronto para implantar). 
Pode ter dupla gestação, mas um não deixa o outro se desenvolver. Se a dupla gestação for adiante, pode ter abortamento e causar problemas sérios para a égua. É bom para coletar, pois pode pegar 2 embriões ao invés de apenas 1. 
 
Deve-se reavaliar os embriões com 40 dias, normalmente fica observando até os 4 meses. Com 40 a 120 dias, terá produção de eCG. 
Coleta de embrião: com uma sonda de foley, infla o cuff, aplica soro fisiologico aquecido, pressiona forte pra gerar pressao para que consiga mexer o embrião, depois o embrião vem quando abre a mangueira. 
A cervix estará fechada, mas consegue passar a sonda de foley.
Pode coletar embrião de 6, 7 ou 8 dias.

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