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Ao longo da vida estamos em uma aprendizagem contínua de alfabetização, este processo tem início na escola que é a principal agencia de letramento na sociedade, contudo o que vai consolidar e desenvolver essas habilidades, são as atividades posteriores à escola, como o trabalho e na vida social, isso torna o alfabetismo e letramento como um processo continuo da vida. O que chama atenção ao longo dos anos nas pesquisas referente a alfabetização do país (INAF)1 é, uma permanência no alfabetismo funcional, ou seja, há uma estabilidade de resultados negativos, comparados ao que se espera com o investimento em uma certa educação no país, em que os resultados sejam avançar, mas o que acontece é o contrário. Os dados sobre o analfabetismo funcional demonstram a gravidade do problema no Brasil e nos levam a refletir que não basta apenas garantir matricula para todas as crianças em idade escolar, pois a escola está fabricando analfabetos. De fato, o número de pessoas em escolas não equivale a qualidade no ensino. Existe uma produção de analfabetismo mediado pela escola, que são as escolas de baixa qualidade, na qual as pessoas concluem sem terem adquiridos as habilidades e capacidades que se esperava, é um problema que ainda existe nas escolas, que não garante aos alunos uma qualidade para todos. Toda a história da leitura prevê, a liberdade do leitor para se deslocar e ir além do que o livro pretende impor, porém essa liberdade se limita pela capacidade e hábitos que caracterizam diferenças nas práticas de leitura. É necessário nas escolas, transformar o ledor em um leitor critico, capaz de entrar em confronto com o texto, a fim de, construir ou reconstruir seus pensamentos. Sendo assim, é necessário elaborar um projeto de alfabetização que compreenda a leitura enquanto processo de ressignificação do objeto lido, que amplie a noção de leitura e a visão de mundo. Mas só os fatores internos não explicam toda a realidade: as desigualdades econômicas e sociais, as diferenças regionais, assim como as diferenças produzidas nas relações étnico-raciais, mostram que a história do desenvolvimento do nosso país está marcada pela desigualdade e exclusão social que limitam à realização do direito humano à educação para todas as pessoas. Ainda que o direito esteja reconhecido, o histórico das políticas para a sua implementação, unido aos fatores de natureza econômica, social e cultural da nossa sociedade não o garantem. “O importante do ponto de vista de uma educação libertadora, e não bancária, é que, em qualquer dos casos, os homens se sintam sujeitos de seu pensar, discutindo o seu pensar, sua própria visão do mundo, manifestada implícita ou explicitamente, nas suas sugestões e nas de seus companheiros.” (Freire,1987, p. 120).2 Referências Bibliográficas 1 INAF BRASIL 2018 – Resultados preliminares http://acaoeducativa.org.br/wp-content/uploads/2018/08/Inaf2018_Relat%C3%B3rio-Resultados-Preliminares_v08Ago2018.pdf, acessado em 17 de maio de 2.019. 2 FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987
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