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MUDE SUA VIDA! 
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SUMÁRIO 
CADERNO TJ/RJ 2020 - ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO ........................................................................................ 2 
GABARITO .................................................................................................................................................... 40 
 
 
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CADERNO TJ/RJ 2020 - ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO 
1. Banca: CESPE Ano: 2019 Órgão: MPC-PA Cargo: Analista Ministerial Assunto: Ética e 
Moral 
 A respeito de ética, moral, princípios e valores, julgue os itens a seguir. 
I. A ética tem como objeto uma reflexão crítica da dimensão moral do comportamento 
social e busca o fundamento do valor que o norteia. 
II. A moral é atemporal e universal e, por isso, independe de valores locais de determinada 
sociedade. 
III. Os princípios éticos são normas que determinam o comportamento social em função de 
valores com dimensões existentes no indivíduo, no grupo ou na classe social, no povo ou 
na própria humanidade. 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas o item I está certo. 
b) Apenas o item II está certo. 
c) Apenas os itens I e III estão certos. 
d) Apenas os itens II e III estão certos. 
e) Todos os itens estão certos. 
GABARITO: C 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
I. A ética tem como objeto uma reflexão crítica da dimensão moral do 
comportamento social e busca o fundamento do valor que o norteia. (CERTA) 
Entende-se ética como a ciência que ESTUDA a moral, observando seus 
resultados práticos e identificando seu benefício ou prejuízo ao coletivo. 
II. A moral é atemporal e universal e, por isso, independe de valores 
locais de determinada sociedade. (ERRADA) 
A ética é atemporal e universal, a moral é temporal e cultural (ou regional). 
III. Os princípios éticos são normas que determinam o comportamento 
social em função de valores com dimensões existentes no indivíduo, no 
grupo ou na classe social, no povo ou na própria humanidade. (CERTA) 
Princípios éticos são o fundamento da ação de determinados grupos em suas 
relações sociais que se incorporam aos valores para correto direcionamento de como 
agir “certo” ou “errado.” 
SOLUÇÃO COMPLETA 
I. A ética tem como objeto uma reflexão crítica da dimensão moral do 
comportamento social e busca o fundamento do valor que o norteia. (CERTA) 
Define-se a ética como um tipo de postura e que se refere a um modo de ser, 
à natureza da ação humana. Trata-se de uma maneira de lidar com as situações da 
vida e do modo como estabelecemos relações com outra pessoa. 
A palavra “ética” pode ser definida como um conjunto de conhecimentos 
extraídos da investigação do comportamento humano na tentativa de explicar as 
regras morais de forma racional e fundamentada. Neste sentido, trata-se de uma 
reflexão sobre a moral. 
II. A moral é atemporal e universal e, por isso, independe de valores 
locais de determinada sociedade. (ERRADA) 
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Sendo suas principais características, podemos entender: Ética como um 
componente de PRINCÍPIO, UNIVERSAL, PERMANENTE (ATEMPORAL) E TEÓRICO. 
Moral se identifica pelas características de ser CONDUTA, CULTURAL (REGIONAL), 
TEMPORAL (TEMPORÁRIA) E PRÁTICA. 
III. Os princípios éticos são normas que determinam o comportamento 
social em função de valores com dimensões existentes no indivíduo, no 
grupo ou na classe social, no povo ou na própria humanidade. (CERTA) 
Princípios éticos são o fundamento da ação de determinados grupos em suas 
relações sociais que se incorporam aos valores para correto direcionamento de como 
agir “certo” ou “errado.” 
2. Banca: CESPE Ano: 2019 Órgão: MPC-PA Cargo: Cargos de Nível Médio Assunto: Ética 
e Moral 
Todas as posturas éticas, sejam quais forem suas orientações, suas premissas, seus 
engajamentos e suas preocupações, sempre elegem “o melhor” como a finalidade do 
comportamento humano e para o direcionamento da ação humana. 
Considerando o fragmento de texto apresentado como referência inicial, é correto 
afirmar que a ética e a moral 
a) subordinam a validade da lei na busca do que é ‘o melhor’. 
b) exteriorizam as melhores normas de conduta dos seres humanos que convivem em 
sociedade. 
c) são normas jurídicas ideais à evolução da sociedade. 
d) têm por atributo serem cogentes e heterônomas. 
e) são subordinadas entre si, com prevalência da moral sobre a ética, de modo que o que 
for moralmente aceitável será ético. 
GABARITO: B 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
A) subordinam a validade da lei na busca do que é ‘o melhor’. (ERRADA) 
A lei não se subordina a uma análise da ética e da moral para ter validade. 
B) exteriorizam as melhores normas de conduta dos seres humanos 
que convivem em sociedade. (CERTA) 
O comportamento adequado resulta dos estudos éticos e das condutas morais 
determinadas. 
C) são normas jurídicas ideais à evolução da sociedade. (ERRADA) 
A ética é a teoria e não a norma jurídica em si. 
D) têm por atributo serem cogentes e heterônomas. (ERRADA) 
Não há uma vinculação ou uma relação de dependência entre ética e moral. 
E) são subordinadas entre si, com prevalência da moral sobre a ética, 
de modo que o que for moralmente aceitável será ético. (ERRADA) 
Não existe prevalência da moral sobre a ética, e sim o contrário. 
 
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SOLUÇÃO COMPLETA 
A) subordinam a validade da lei na busca do que é ‘o melhor’. 
(ERRADA) 
As leis resultam dos estudos éticos e das determinações morais que 
permeiam a sociedade. Não há do que se falar em validar lei através da ética e da 
moral, pois a lei decorreu da aplicação prévia desses institutos. 
B) exteriorizam as melhores normas de conduta dos seres humanos 
que convivem em sociedade. (CERTA) 
A ética busca entender quais comportamentos podem oferecer um retorno 
positivo à sociedade em geral, tornando assim aquela conduta um padrão moral a 
ser atingido pela coletividade. Logo, a consequência do estudo ético e da aplicação 
da moral é a determinação da melhor conduta humana a ser observada na vida em 
sociedade. 
C) são normas jurídicas ideais à evolução da sociedade. (ERRADA) 
Norma jurídica é uma regra de cumprimento obrigatório e aplicável à 
totalidade da sociedade. No caso das normas éticas, as condutas morais resultantes 
dela são de aplicação local, não existe o caráter universal em sua existência. 
D) têm por atributo serem cogentes e heterônomas. (ERRADA) 
Cogente é aquilo que deve ser racionalmente necessário e deve ser 
observado dentro da sociedade. Moral é cogente, ética não. 
Heterônoma significa submissão, obediência. No caso da ética heterônoma, 
teríamos a aceitação de normas que não são nossas dentro do nosso ordenamento. 
Porém, a ética também pode ser autônoma, assim como a moral. 
E) são subordinadas entre si, com prevalência da moral sobre a ética, 
de modo que o que for moralmente aceitável será ético. (ERRADA) 
Do estudo ético se depreende a conduta moral que se espera do indivíduo em 
sociedade. Por isso, fica claro que há uma prevalência da ÉTICA sobre a MORAL e 
não o contrário. 
3. Banca: CESPE Ano: 2019 Órgão: CGE - CE Cargo: Auditor de Controle Interno Assunto: 
Ética e Moral 
Assinale a opção que indica fator que favorece a incidência de corrupção. 
a) participação cidadã na política 
b) falta de transparência 
c) graus elevados de liberdade de imprensa 
d) processos coletivos de tomada de decisão 
e) existência de órgãos de controle interno e externo 
 
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GABARITO: B 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
(A) participação cidadã na política. (ERRADA) 
Representa forma de controle das ações, o que importa fiscalização na 
corrupção. 
(B) falta de transparência. (CERTA) 
Um dos principais fatores de corrupção do Estado, pois nãohá conhecimento 
público das ações internas realizadas. 
(C) graus elevados de liberdade de imprensa. (ERRADA) 
Liberdade de imprensa permite uma maior fiscalização e cobrança das ações 
dos administradores. 
(D) processos coletivos de tomada de decisão. (ERRADA) 
Quando há participação coletiva, se afasta o fator “interesse individual” das 
decisões importantes. 
(E) existência de órgãos de controle interno e externo. (ERRADA) 
A principal função dos órgãos de controle é garantir a equidade da norma e 
ação. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
(A) participação cidadã na política. (ERRADA) 
Participação cidadã é a participação ativa dos cidadãos na sociedade, o que 
inclui e abrange todas as formas de participação, política, social, cultural ou 
econômica, bem como a combinação entre elas, como por exemplo: socioeconômica 
ou sociocultural. 
(B) falta de transparência. (CERTA) 
A falta de transparência, a exclusão da maioria da população das decisões 
políticas mais importantes, a baixa participação política da sociedade civil e a 
impunidade com relação à corrupção são as consequências do sistema político 
brasileiro, constituindo um ciclo vicioso que facilita ações corruptas. (ANDRIOLI, 
2006) 
(C) graus elevados de liberdade de imprensa. (ERRADA) 
Liberdade de imprensa é a capacidade de um indivíduo de publicar e dispor de 
acesso à informação, através de meios de comunicação em massa, sem interferência 
do estado. 
(D) processos coletivos de tomada de decisão. (ERRADA) 
A tomada de decisão fazendo uso do processo coletivo tem como um dos pontos 
positivos a capacidade de gerar informações e explorar conhecimentos mais 
completos, oferecendo uma maior diversidade de pontos de vista. 
(E) existência de órgãos de controle interno e externo. (ERRADA) 
Controle é uma forma de manter o equilíbrio na relação existente entre Estado 
e Sociedade, fazendo surgir daquele as funções que lhe são próprias, exercidas por 
meio dos seus órgãos, sejam estes ligados ao Executivo, legislativo ou Judiciário. 
 
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4. Banca: CESPE Ano: 2019 Órgão: SEFAZ-RS Cargo: Assistente Administrativo 
Fazendário Assunto: Decreto 1.171/94 
Determinado servidor público, apesar de devidamente capacitado por sua chefia 
imediata, tem cometido repetidos erros na execução de suas tarefas, demonstrando uma 
conduta de difícil correção. 
Sob o ponto de vista da ética no serviço público, é correto associar o desempenho 
insatisfatório desse servidor a 
a) imprudência. 
b) imperícia. 
c) desonestidade. 
d) desvio de finalidade. 
e) ato atentatório à dignidade. 
GABARITO: A 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
(A) imprudência. (CERTA) 
Decreto 1.171/94 - XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens 
legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, 
evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios 
tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no 
desempenho da função pública. 
(B) imperícia. (ERRADA) 
Imperícia refere-se a falta de conhecimento na realização de determinada ação. 
(C) desonestidade. (ERRADA) 
Repetições de erros não provoca desonestidade, e sim a má-fé. 
(D) desvio de finalidade. (ERRADA) 
Desviar finalidade significa realizar uma ação colocando interesse próprio acima 
do interesse coletivo. 
(E) ato atentatório à dignidade. (ERRADA) 
 
Atentado contra dignidade ocorre sempre que a ação do agente público afasta 
o acesso aos direitos essenciais de uma pessoa. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
(A) imprudência. (CERTA) 
Falta de reflexão ou precipitação em tomar atitudes diferentes daquelas 
aprendidas ou esperadas. Perceba que o enunciado deixa evidente que o servidor 
“apesar de devidamente capacitado” cometeu repetidos erros. A imprudência exige 
um conhecimento prévio do trabalho a ser realizado para sua caracterização. 
Decreto 1.171/94 - XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens 
legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, 
evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios 
tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no 
desempenho da função pública. 
 
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(B) imperícia. (ERRADA) 
Falta de conhecimento ou habilidade específica para o desenvolvimento de uma 
atividade científica ou técnica. Como a questão firmava que o servidor estava 
capacitado para o trabalho não há porque se falar em imperícia. 
A imprudência também caracteriza uma falta de cuidado, mas antes disso, uma 
forma de precipitação. É desrespeitar uma conduta já aprendida anteriormente e 
atuar sem precauções. Isto pode trazer riscos para a situação em que o indivíduo 
imprudente se encontra, bem como para terceiros envolvidos. 
(C) desonestidade. (ERRADA) 
Desonestidade é o ato de agir sem honestidade. Ela é usada para descrever o 
enganar, mentir ou ser deliberadamente enganoso. A conduta pretende ludibriar 
alguém para seu benefício. 
(D) desvio de finalidade. (ERRADA) 
A finalidade é a preservação dos interesses da coletividade. Toda vez que nos 
deparamos com um ato editado pela administração ou produzido por um agente 
público que não alcança esta finalidade única tem-se um desvio de finalidade, que é 
uma forma de ilegalidade. 
(E) ato atentatório à dignidade. (ERRADA) 
Dignidade da pessoa humana é um conjunto de princípios e valores que tem a 
função de garantir que cada cidadão tenha seus direitos respeitados pelo Estado. O 
principal objetivo é garantir o bem-estar de todos os cidadãos. Ações de agentes 
públicos que desrespeitam direitos ou mesmo não permitem o seu acesso ou fruição 
pelo indivíduo são atentatórias à dignidade. 
5. Banca: CESPE Ano: 2019 Órgão: SEFAZ-RS Cargo: Assistente Administrativo 
Fazendário Assunto: Decreto 1.171/94 
Servidor público que, no exercício do cargo, tratar mal um contribuinte, sob o ponto 
de vista das regras atinentes à ética no serviço público, praticará 
a) ato ilegal. 
b) ato injusto. 
c) ato gerador de dano moral. 
d) conduta de má-fé. 
e) conduta atentatória à cidadania. 
GABARITO: C 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
(A) ato ilegal. (ERRADA) 
Apesar da “agressão” ao contribuinte resultar do tratamento errado oferecido 
pelo servidor, não há ilegalidade no seu agir, pois ilegalidade enseja ação sem seguir 
procedimento legal. 
(B) ato injusto. (ERRADA) 
Considera-se ato injusto aquele produzido sem observância dos parâmetros 
legais. 
 
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(C) ato gerador de dano moral. (CERTA) 
Decreto 1.171/94 - IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo 
dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma 
pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano 
moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio 
público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma 
ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de 
boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus 
esforços para construí-los. 
(D) conduta de má-fé. (ERRADA) 
Má-fé é um conceito associado à ideia de fraude ou intenção dolosa. 
(E) conduta atentatória à cidadania. (ERRADA) 
Atentar contra a cidadania significa restringir direitos civis, políticos e sociais 
de uma pessoa. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
(A) ato ilegal. (ERRADA) 
Ato ilícito é uma ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência que 
contraria a lei, viola o direito e causa dano a outrem, ainda que o dano seja 
exclusivamente moral. 
(B) ato injusto. (ERRADA) 
Justiça é um conceito abstrato que se refere a um estado ideal de interação 
social em que há um equilíbrio, que por si só, deve ser razoávele imparcial entre os 
interesses, riquezas e oportunidades entre as pessoas envolvidas em determinado 
grupo social. Se entendermos que a justiça é a busca do bem comum e do bem-estar 
conjunto, a injustiça será o benefício de alguns em prol do prejuízo de outros. 
(C) ato gerador de dano moral. (CERTA) 
O código de ética da Administração pretende proteger constantemente os 
usuários dos serviços dos rompantes desrespeitosos cometidos por alguns agentes 
públicos. Há diversas passagens no Decreto 1.171/94 que estabelecem o dano moral 
como consequência da ação errada de um agente público. Observe: 
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público 
caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus 
tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma 
forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-
o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e 
às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram 
sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los. 
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que 
compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, 
ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas 
atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano 
moral aos usuários dos serviços públicos. 
 
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XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo 
fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, 
principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação 
dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano 
moral ao usuário; 
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a 
capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem 
qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, 
religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-
lhes dano moral; 
XV - E vedado ao servidor público; 
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de 
direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; 
(D) conduta de má-fé. (ERRADA) 
A expressão "má-fé" deriva do latim malefatius (mau destino, ou má-sorte), e 
é utilizada pelos juristas para exprimir tudo que se faz com maldade, com o total 
conhecimento do mal contido no ato executado ou do vício que pretende esconder. 
(E) conduta atentatória à cidadania. (ERRADA) 
Cidadania é a prática dos direitos e deveres de um indivíduo em um Estado. 
Conjunto de direitos, meios, recursos e práticas que dá à pessoa a possibilidade de 
participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Atentar contra esses direitos 
significa atentar contra a cidadania. 
6. Banca: CESPE Ano: 2018 Órgão: IFF Cargo: Cargos de Nível Médio Assunto: Decreto 
1.171/94 
Para apurar a prática de infração ética imputada a agente público, poderá(ão) 
suscitar a atuação da comissão de ética pública qualquer 
I - cidadão. 
II - estrangeiro em passagem pelo país. 
III - agente público. 
IV - associação de classe. 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas o item I está certo. 
b) Apenas os itens I e III estão certos. 
c) Apenas os itens II, III e IV estão certos. 
d) Apenas os itens I, III e IV estão certos. 
e) Todos os itens estão certos. 
 
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GABARITO: D 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
I - cidadão. (CERTA) 
Qualquer cidadão poderá representar à comissão de ética para que se proceda 
a apuração de uma infração ética cometida por um agente público. 
II - estrangeiro em passagem pelo país. (ERRADA) 
Não há previsão legal de legitimidade de representação ao estrangeiro em 
passagem pelo país. 
III - agente público. (CERTA) 
É dever do agente público suscitar ação da comissão de ética ao detectar 
infração ética em outro agente público. 
IV - associação de classe. (CERTA) 
Assim como as entidades de classe, as associações de classe podem buscar a 
comissão de ética para verificarem a ocorrência de eventual ação de infração ética 
de agente público. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
I - cidadão. (CERTA) 
Art. 11. Decreto 6.029/07 - Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica 
de direito privado, associação ou entidade de classe poderá provocar a atuação da 
CEP ou de Comissão de Ética, visando à apuração de infração ética imputada a agente 
público, órgão ou setor específico de ente estatal. 
II - estrangeiro em passagem pelo país. (ERRADA) 
No rol de legitimados apresentado pelo art. 11 do Decreto 6.029/07 não há 
previsão de legitimidade de representação ao estrangeiro, seja em passagem pelo 
país, seja morador do país. Seria até ilógico cogitar a possibilidade de um estrangeiro 
em passagem pelo país, ou seja, sem animus de se manter no país por muito tempo, 
poder representar ação de uma comissão sem mesmo apresentar interesse na causa. 
III - agente público. (CERTA) 
Art. 11. Decreto 6.029/07 - Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica 
de direito privado, associação ou entidade de classe poderá provocar a atuação da 
CEP ou de Comissão de Ética, visando à apuração de infração ética imputada a agente 
público, órgão ou setor específico de ente estatal. 
IV - associação de classe. (CERTA) 
Art. 11. Decreto 6.029/07 - Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica 
de direito privado, associação ou entidade de classe poderá provocar a atuação da 
CEP ou de Comissão de Ética, visando à apuração de infração ética imputada a agente 
público, órgão ou setor específico de ente estatal. 
7. Banca: CESPE Ano: 2018 Órgão: IFF Cargo: Cargos de Nível Médio Assunto: Decreto 6.029/07 
A Comissão de Ética Pública (CEP) integra o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo 
Federal e, segundo o Decreto n.º 6.029/2007, 
a) ela é a instância deliberativa do presidente da República e dos ministros de Estado. 
b) o presidente da comissão tem voto de qualidade nas deliberações da CEP. 
c) o mandato de seus integrantes é de três anos, sem direito à recondução. 
d) seus integrantes são designados pelo chefe da Casa Civil da Presidência da República. 
e) os mandatos de seus integrantes devem ser coincidentes. 
 
GABARITO: B 
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SOLUÇÃO RÁPIDA 
(A) ela é a instância deliberativa do presidente da República e dos 
ministros de Estado. (ERRADA) 
A comissão de ética pública (CEP) é a instância consultiva do Presidente da 
República. 
(B) o presidente da comissão tem voto de qualidade nas deliberações 
da CEP. (CERTA) 
Nas votações dentro da CEP, o presidente votará sempre que houver empate, 
definindo através do voto de qualidade. 
(C) o mandato de seus integrantes é de três anos, sem direito à 
recondução. (ERRADA) 
Apesar do mandato realmente ser de três anos, existe a possibilidade de ocorrer 
uma recondução dentro da CEP. 
(D) seus integrantes são designados pelo chefe da Casa Civil da 
Presidência da República. (ERRADA) 
A CEP é formada por sete brasileiros designados pelo Presidente da República. 
(E) os mandatos de seus integrantes devem ser coincidentes. 
(ERRADA) 
A regra na formação das Comissões de Ética em geral é que os mandatos de 
seus integrantes sejam não coincidentes. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
(A) ela é a instância deliberativa do presidente da República e dos 
ministros de Estado. (ERRADA) 
Art. 4° A CEP compete: 
I - atuar como instância consultiva do Presidente da República e Ministros de 
Estado em matéria de ética pública; 
A CEP exercerá juntoao Presidente da República e aos Ministros de Estado a 
função de instância consultiva em matéria de ética pública, ou seja, em caso de 
dúvida sobre se determinada ação ou procedimento configuraria uma infração ética 
o órgão poderá esclarecer essa dúvida. 
(B) o presidente da comissão tem voto de qualidade nas deliberações 
da CEP. (CERTA) 
Art. 3o § 2° O Presidente terá o voto de qualidade nas deliberações da 
Comissão. 
(C) o mandato de seus integrantes é de três anos, sem direito à 
recondução. (ERRADA) 
Art. 3º A CEP será integrada por sete brasileiros que preencham os requisitos 
de idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em administração 
pública, designados pelo Presidente da República, para mandatos de três anos, não 
coincidentes, permitida uma única recondução. 
 
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No caso da Comissão de Ética Pública, a legislação prevê a possibilidade de uma 
única recondução dos seus integrantes. Muito cuidado quando a questão tratar da 
Comissão de Ética do Decreto 1.171/94, pois no caso dessa não há previsão de 
recondução, observe: 
Art. 5º Cada Comissão de Ética de que trata o Decreto no 1171, de 1994, será 
integrada por três membros titulares e três suplentes, escolhidos entre servidores e 
empregados do seu quadro permanente, e designados pelo dirigente máximo da 
respectiva entidade ou órgão, para mandatos não coincidentes de três anos. 
Veja que o texto é omisso quanto à possibilidade de recondução, logo, se aplica 
a regra de que não havendo previsão tratamos como uma proibição. 
(D) seus integrantes são designados pelo chefe da Casa Civil da 
Presidência da República. (ERRADA) 
Art. 3° A CEP será integrada por sete brasileiros que preencham os requisitos 
de idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em administração 
pública, designados pelo Presidente da República, para mandatos de três anos, 
não coincidentes, permitida uma única recondução. 
Vale ressaltar que a CEP é formada por brasileiros que atendam aos requisitos 
citados na lei. No caso das Comissões de Ética do Decreto 1.171/94, a previsão é de 
que sejam formadas por servidores ou empregados que componham o quadro 
permanente do órgão ou entidade. Veja: 
Art. 5º Cada Comissão de Ética de que trata o Decreto no 1171, de 1994, será 
integrada por três membros titulares e três suplentes, escolhidos entre 
servidores e empregados do seu quadro permanente, e designados pelo 
dirigente máximo da respectiva entidade ou órgão, para mandatos não coincidentes 
de três anos. 
(E) os mandatos de seus integrantes devem ser coincidentes. 
(ERRADA) 
Art. 3° A CEP será integrada por sete brasileiros que preencham os requisitos 
de idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em administração 
pública, designados pelo Presidente da República, para mandatos de três anos, não 
coincidentes, permitida uma única recondução. 
A intenção do dispositivo legal é evitar que se forme uma “relação indevida” 
entre os integrantes da Comissão e, também, evitar que se “quebre” a continuidade 
do trabalho com a troca total de seus integrantes. 
8. Banca: CESPE Ano: 2018 Órgão: IFF Cargo: Cargos de Nível Médio Assunto: Decreto 
1.171/94 
Caso o chefe de um órgão público federal desvie um servidor público a ele 
subordinado para atender a interesse particular, ele poderá responder por esse ato na 
Comissão de Ética, que, de acordo com o Decreto n.º 1.171/1994, poderá aplicar-lhe a pena 
de 
a) suspensão por quinze dias. 
b) suspensão por trinta dias. 
c) advertência. 
d) demissão. 
e) censura. 
 
GABARITO: E 
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MUDE SUA VIDA! 
13 
 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
(A) suspensão por quinze dias. (ERRADA) 
Não há previsão de sanção de suspensão decorrente do procedimento de 
apuração de infração ética nas Comissões de Ética. 
(B) suspensão por trinta dias. (ERRADA) 
Não há previsão de sanção de suspensão decorrente do procedimento de 
apuração de infração ética nas Comissões de Ética. 
(C) advertência. (ERRADA) 
Não há previsão de sanção de advertência decorrente do procedimento de 
apuração de infração ética nas Comissões de Ética. 
(D) demissão. (ERRADA) 
Não há previsão de sanção de demissão decorrente do procedimento de 
apuração de infração ética nas Comissões de Ética. 
(E) censura. (CERTA) 
O Decreto 1.171/94 estabelece como única infração possível de aplicação direta 
pela Comissão de Ética a censura. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
(A) suspensão por quinze dias. (ERRADA) 
A aplicação da penalidade de suspensão a um agente público exige um 
Procedimento Administrativo Disciplinar nos moldes da Lei 8.112/90, não sendo 
possível sua aplicação apenas após um Procedimento Administrativo realizado pela 
Comissão de Ética. 
(B) suspensão por trinta dias. (ERRADA) 
A aplicação da penalidade de suspensão a um agente público exige um 
Procedimento Administrativo Disciplinar nos moldes da Lei 8.112/90, não sendo 
possível sua aplicação apenas após um Procedimento Administrativo realizado pela 
Comissão de Ética. 
(C) advertência. (ERRADA) 
A aplicação da penalidade de advertência a um agente público exige um 
Procedimento Administrativo Disciplinar nos moldes da Lei 8.112/90, não sendo 
possível sua aplicação apenas após um Procedimento Administrativo realizado pela 
Comissão de Ética. 
(D) demissão. (ERRADA) 
A aplicação da penalidade de demissão a um agente público exige um 
Procedimento Administrativo Disciplinar nos moldes da Lei 8.112/90, não sendo 
possível sua aplicação apenas após um Procedimento Administrativo realizado pela 
Comissão de Ética. 
(E) censura. (CERTA) 
Conforme previsão do Decreto 1.171/94, após a apuração de uma denúncia de 
infração ética cometida por um agente público, compete à Comissão de Ética a 
aplicação da penalidade de censura. 
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a 
de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos 
os seus integrantes, com ciência do faltoso. 
Observe que a penalidade de censura, apesar de não parecer, pode causar 
prejuízos importantes ao desenvolvimento profissional do agente público dentro da 
composição administrativa que ele participa. 
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MUDE SUA VIDA! 
14 
 
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos 
encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre 
sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para 
todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público. 
9. Banca: CESPE Ano: 2017 Órgão: TRT-CE Cargo: Cargos de Nível Médio Assunto: Ética 
e Moral 
Considerando-se que o exercício da cidadania deve basear-se na adoção da conduta que 
de melhor forma promova o bem comum, estará exercitando sua cidadania a pessoa que 
a) conduzir seu carro na cidade, por motivos familiares, nos dias em que, em razão de 
rodízio, estiver proibida de fazê-lo. 
b) lavar as calçadas da vizinhança, utilizando água encanada, durante período de 
racionamento. 
c) cuidar, habitualmente, da conservação da área de lazer e esportes de seu bairro, bem 
como de parques e jardins públicos. 
d) votar em candidato que prometa realizar, em troca do voto, reparos no asfalto da rua 
onde ela reside. 
e) promover manifestação violentas para garantir a preservação de seus interesses. 
GABARITO: C 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
(A) conduzir seu carro na cidade, por motivos familiares, nos dias em 
que, em razão de rodízio, estiver proibida de fazê-lo. (ERRADA) 
Desrespeitar norma coletiva para atendimento de interesses pessoais não 
configura uma conduta justificável de exercício de cidadania. 
(B) lavar as calçadas da vizinhança, utilizando água encanada, durante 
período de racionamento. (ERRADA) 
A não atenção às necessidades coletivas por um indivíduo dentroda sociedade 
configura um atentado aos direitos gerais. 
(C) cuidar, habitualmente, da conservação da área de lazer e esportes 
de seu bairro, bem como de parques e jardins públicos. (CERTA) 
Apesar de serem instrumentos de manutenção e conservação obrigatória pelo 
Estado ou pela pessoa jurídica detentora do bem disponibilizado ao público, é 
essencial que o indivíduo tenha a consciência de que sua participação na manutenção 
e conservação do bem trará ao coletivo benefício. 
(D) votar em candidato que prometa realizar, em troca do voto, reparos 
no asfalto da rua onde ela reside. (ERRADA) 
Agir mediante interesses particulares no exercício de cidadania configura 
corrupção na finalidade dos direitos. 
(E) promover manifestação violentas para garantir a preservação de 
seus interesses. (ERRADA) 
Promover manifestação é um direito legítimo do povo, desde que dela não 
decorram ações violentas ou que coloquem em risco a integridade física das pessoas. 
 
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MUDE SUA VIDA! 
15 
 
SOLUÇÃO COMPLETA 
(A) conduzir seu carro na cidade, por motivos familiares, nos dias em 
que, em razão de rodízio, estiver proibida de fazê-lo. (ERRADA) 
Uma das acepções utilizadas para a definição do termo cidadania é a social, 
que prevê o cidadão como um indivíduo que vive de acordo com um conjunto de 
estatutos pertencentes a uma comunidade política e socialmente articulada. 
(B) lavar as calçadas da vizinhança, utilizando água encanada, durante 
período de racionamento. (ERRADA) 
Uma boa cidadania implica que os direitos e deveres estão interligados, e o 
respeito e cumprimento de ambos contribuem para uma sociedade mais equilibrada 
e justa. 
(C) cuidar, habitualmente, da conservação da área de lazer e esportes 
de seu bairro, bem como de parques e jardins públicos. (CERTA) 
Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais 
estabelecidos na Constituição de um país. Exercer a cidadania é ter consciência de 
seus direitos e obrigações, garantindo que estes sejam colocados em prática. 
(D) votar em candidato que prometa realizar, em troca do voto, reparos 
no asfalto da rua onde ela reside. (ERRADA) 
Utilizar-se dos direitos concedidos ao cidadão para lograr conquistas individuais 
em detrimento da atenção aos interesses da coletividade configura um afastamento 
irregular da condição de cidadão. 
(E) promover manifestação violenta para garantir a preservação de 
seus interesses. (ERRADA) 
Conforme estabelece a Constituição Federal, a todos é concedida a liberdade 
de reunião, inclusive para exercício de manifestações, desde que cumpridas regras 
anteriores que garantam a proteção ao coletivo. 
Art. 5º XVI CF/88 - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em 
locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não 
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas 
exigido prévio aviso à autoridade competente; 
10. Banca: CESPE Ano: 2018 Órgão: PC-MA Cargo: Investigador de Polícia Assunto: 
Decreto 1.171/94 
Do ponto de vista atitudinal, o servidor público, no desempenho das suas atribuições, 
a) deve respeitar a hierarquia, tomando cuidado ao representar contra determinados 
comprometimentos indevidos da estrutura em que se funda o poder estatal. 
b) poderá, usando a própria faculdade, exercer as prerrogativas funcionais que lhe sejam 
atribuídas, desde que sua atuação tenha foco no objetivo no bem comum. 
c) poderá exercer sua função com finalidade estranha ao interesse público, desde que sua 
atuação satisfaça interesse legítimo do destinatário da prestação de serviço. 
d) deve comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato contrário ao 
interesse público e exigir as providências cabíveis. 
e) deve escolher sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais 
vantajosa para a administração pública. 
 
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16 
 
GABARITO: D 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
(A) deve respeitar a hierarquia, tomando cuidado ao representar 
contra determinados comprometimentos indevidos da estrutura em que se 
funda o poder estatal. (ERRADA) 
O servidor público deverá sempre apontar irregularidades cometidas por seus 
pares, mesmo que superiores, para garantir o respeito ao Código de Ética da 
instituição. 
(B) poderá, usando a própria faculdade, exercer as prerrogativas 
funcionais que lhe sejam atribuídas, desde que sua atuação tenha foco no 
objetivo no bem comum. (ERRADA) 
As prerrogativas funcionais concedidas ao servidor público são de execução 
obrigatória. 
(C) poderá exercer sua função com finalidade estranha ao interesse 
público, desde que sua atuação satisfaça interesse legítimo do destinatário 
da prestação de serviço. (ERRADA) 
Servidor Público deverá agir sempre atentando ao legal e ao impessoal da 
Administração Pública, não podendo optar por seguir um ou outro princípio ao qual 
se submete. 
(D) deve comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer 
ato contrário ao interesse público e exigir as providências cabíveis. (CERTA) 
Compete ao servidor público levar ao conhecimento das autoridades 
competentes a ocorrência de ação contrária ao Código de Ética e exigir que alguma 
ação seja tomada para solução da irregularidade. 
(E) deve escolher sempre, quando estiver diante de duas opções, a 
melhor e a mais vantajosa para a administração pública. (ERRADA) 
Caberá ao servidor público sempre agir com impessoalidade. Assim, deverá 
sempre optar por agir em conformidade com o interesse coletivo. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
(A) deve respeitar a hierarquia, tomando cuidado ao representar 
contra determinados comprometimentos indevidos da estrutura em que se 
funda o poder estatal. (ERRADA) 
O Servidor Público, antes de tudo, sempre deverá respeitar a hierarquia 
instituída dentro do órgão que se vincula. Isso não significa aceitar todas as ações 
feitas por seus superiores como se legais fossem, muito menos significa temer 
represálias em sua ação ao denunciar superior incorrendo em infração ética. 
XIV Decreto 1.171/94 - São deveres fundamentais do servidor público: 
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra 
qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal; 
(B) poderá, usando a própria faculdade, exercer as prerrogativas 
funcionais que lhe sejam atribuídas, desde que sua atuação tenha foco no 
objetivo no bem comum. (ERRADA) 
 
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MUDE SUA VIDA! 
17 
 
Ao servidor público não compete optar ou não pelo exercício de sua prerrogativa 
funcional. Tal prerrogativa é uma obrigação imposta ao servidor público ao assumir 
o cargo. A margem de ação permitida ao servidor se refere aos princípios da 
Razoabilidade e da Proporcionalidade em sua ação, sendo essencial que o servidor 
sempre esteja em atuação com os interesses da coletividade. 
XIV Decreto 1.171/94 - São deveres fundamentais do servidor público: 
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam 
atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos 
usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos; 
(C) poderá exercer sua função com finalidade estranha ao interesse 
público, desde que sua atuação satisfaça interesse legítimo do destinatário 
da prestação de serviço. (ERRADA) 
As ações de um servidor público sempre deverão ser pautadas pelos princípios 
da Legalidade e da Impessoalidade, resultando assim no respeito ao princípio da 
Moralidade Administrativa. Todo seu agir deve ser observado conforme as regras 
legais e o interesse público, não se podendo optar por uma ou outra ação de acordo 
com o caso em contrato. 
XIV Decreto 1.171/94 - São deveres fundamentais do servidor público: 
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função,poder ou 
autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que 
observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação 
expressa à lei; 
(D) deve comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer 
ato contrário ao interesse público e exigir as providências cabíveis. (CERTA) 
Ao servidor público também compete a proteção dos interesses coletivos dentro 
de sua repartição de atuação, sendo essencial que qualquer desvio ou conduta 
incompatível com o Código de Ética ou com o interesse público seja imediamente 
comunicado aos superiores para que providências reais e efetivas sejam tomadas. 
XIV Decreto 1.171/94 - São deveres fundamentais do servidor público: 
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou 
fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis; 
(E) deve escolher sempre, quando estiver diante de duas opções, a 
melhor e a mais vantajosa para a administração pública. (ERRADA) 
O servidor público não é um guardião ou defensor dos interesses da 
Administração. Sempre que algo estiver em desconformidade com o interesse 
coletivo deverá agir para atendê-lo. Mesmo diante de duas opções lícitas e 
legalmente previstas, deverá optar por agir sempre de acordo com o resultado mais 
interessante para o bem comum. 
XIV Decreto 1.171/94 - São deveres fundamentais do servidor público: 
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, 
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais 
vantajosa para o bem comum; 
 
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18 
 
11. Banca: CESPE Ano: 2020 Órgão: MPE-CE Cargo: Promotor de Justiça de Entrância 
Inicial Assunto: Lei 8.429/92 
Servidor público estadual que, no exercício da função pública, concorrer para que 
terceiro enriqueça ilicitamente estará sujeito a responder por ato de improbidade 
administrativa que 
a) importa enriquecimento ilícito, ainda que sua conduta seja culposa. 
b) causa prejuízo ao erário, ainda que sua conduta seja culposa. 
c) atenta contra os princípios da administração pública, se sua conduta for dolosa. 
d) atenta contra os princípios da administração pública, ainda que sua conduta seja 
culposa. 
e) importa enriquecimento ilícito, se sua conduta for dolosa. 
GABARITO: B 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
(A) importa enriquecimento ilícito, ainda que sua conduta seja culposa. 
(ERRADA) 
Ações que permitem benefícios a terceiros configuram prejuízo ao erário, e não 
enriquecimento ilícito. 
(B) causa prejuízo ao erário, ainda que sua conduta seja culposa. 
(CERTA) 
Beneficiar terceiros configura ato que causa prejuízo ao erário, que poderá ser 
punido tanto na modalidade culposa quanto na modalidade dolosa. 
(C) atenta contra os princípios da administração pública, se sua 
conduta for dolosa. (ERRADA) 
Atentar contra princípios da administração pública não configura ações do 
agente público que beneficiam a terceiros. 
(D) atenta contra os princípios da administração pública, ainda que sua 
conduta seja culposa. (ERRADA) 
Atos praticados por agentes públicos que contrariam princípios da 
administração pública só são puníveis nos casos de conduta dolosa. 
(E) importa enriquecimento ilícito, se sua conduta for dolosa. 
(ERRADA) 
Atos praticados por agentes públicos que importam enriquecimento ilícito são 
identificados por serem auto que trazem benefício ao próprio agente e não a 
terceiros. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
(A) importa enriquecimento ilícito, ainda que sua conduta seja culposa. 
(ERRADA) 
 
Para que se possa configurar um ato que importa enriquecimento ilícito do 
agente público passível de punição pela Lei 8.429/92, é essencial que a conduta do 
agente seja comprovadamente dolosa, não se aplicando a lei nos casos de conduta 
culposa. 
Art. 9° Lei 8.429/92 - Constitui ato de improbidade administrativa importando 
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em 
razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades 
mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: 
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19 
 
 
Observe que a norma não aponta para a configuração do ilícito nos casos de 
conduta culposa, o que deve estar explícito, como vemos no artigo seguinte. 
Art. 10. Lei 8.429/92 - Constitui ato de improbidade administrativa que causa 
lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda 
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou 
haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: 
 
Por tal motivo devemos entender que somente as condutas que resultem em 
prejuízo ao erário previstas no art. 10 da Lei 8.429/92 podem ser qualificadas como 
ato de improbidade administrativa no caso de serem culposas ou dolosas. Nos 
outros casos, somente se configurará tal ato de improbidade se a conduta for dolosa. 
 
(B) causa prejuízo ao erário, ainda que sua conduta seja culposa. (CERTA) 
 
Previstos no art. 10 da Lei 8.429/92, todos os atos dos agentes públicos que 
resultam em prejuízo ao erário podem ser identificados por ofertarem a um terceiro 
(ou a terceiros) benefícios resultantes dessa ação irregular. Veja um exemplo: 
Art. 10 II Lei 8.429/92 - permitir ou concorrer para que pessoa física ou 
jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo 
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das 
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
 
Também cabe destacar que outra forma de identificação de atos que causam 
prejuízo ao erário é o fato da existência de termos específicos como “sem a 
observância” ou “sem observar” ou “sem a estrita observância” de normas ou 
formalidades legais. Observe: 
Art. 10 XVIII Lei 8.429/92 - celebrar parcerias da administração pública com 
entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares 
aplicáveis à espécie; 
 
Art. 10 XXI Lei 8.429/92 - XI - liberar recursos de parcerias firmadas pela 
administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das 
normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. 
 
(C) atenta contra os princípios da administração pública, se sua conduta for 
dolosa. (ERRADA) 
 
Previstos no art. 11 da Lei 8.429/92, atos que atentam contra princípios são 
específicos e apontam para uma ação que não necessariamente resultará em um 
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20 
 
benefício para o agente ou para terceiro, mas para uma ação que não atende ao 
mínimo exigido pelos princípios administrativos. Veja: 
Art. 11 IV Lei 8.429/92 - negar publicidade aos atos oficiais; 
 
(D) atenta contra os princípios da administração pública, ainda que sua 
conduta seja culposa. (ERRADA) 
 
Atos que atentam contra os princípios da administração pública só poderão 
ser devidamente apurados e, caso confirmados, resultar em punição ao agente 
público quando cometidos dolosamente pelo agente, não havendo sua punição no 
caso de conduta culposa. 
Art. 11. Lei 8.429/92 - Constitui ato de improbidade administrativa que atenta 
contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole 
os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e 
notadamente: 
 
Não há na lei previsão para aplicação da norma nos casos de condutas 
culposas, logo, não é possível sua utilização nesses casos. 
(E) importa enriquecimento ilícito, se sua conduta for dolosa. (ERRADA) 
 
Previstos no art. 9º da Lei 8.429/92, todos os atos dos agentes públicos que 
importam em enriquecimento ilícito são facilmente identificáveis pois os verbos que 
apontam para o ato ilícito demonstram um benefício próprio resultante da ação. 
Veja um exemplo:Art. 9º V Lei 8.429/92 - receber vantagem econômica de qualquer natureza, 
direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de 
lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade 
ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; 
Observe que o verbo receber destaca que o agente público que cometeu o 
ilícito foi o beneficiário direto pela ação irregular, e não um terceiro. 
 
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21 
 
12. Banca: CESPE Ano: 2020 Órgão: MPE-CE Cargo: Promotor de Justiça de Entrância 
Inicial Assunto: Lei 8.429/92 
Lúcio, conselheiro de tribunal de contas estadual, Pierre, prefeito de município, e 
Mário, desembargador de tribunal de justiça estadual, cometeram ato de improbidade 
administrativa, previsto na Lei n.º 8.429/1992. 
Nessa situação hipotética, no âmbito do Poder Judiciário, deverá ocorrer o 
processamento e julgamento em 1.ª instância de 
a) Lúcio e Mário, somente. 
b) Pierre e Mário, somente. 
c) Pierre, somente. 
d) Lúcio, Pierre e Mário. 
e) Lúcio e Pierre, somente. 
GABARITO: D 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
A Lei de Improbidade Administrativa é plenamente aplicável a todos os agentes 
públicos, com exceção do Presidente da República. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
No dia 10 de maio de 2018, ao julgar o agravo de regimento na Pet 3240, o 
STF firmou posicionamentos importantes quanto a aplicação da lei de improbidade 
administrativa, sendo: 
I - os agentes políticos, com exceção do presidente da República, 
encontram-se sujeitos a um duplo regime sancionatório, e se submetem 
tanto à responsabilização civil pelos atos de improbidade administrativa 
quanto à responsabilização político-administrativa por crimes de 
responsabilidade; 
II - compete à Justiça de primeiro grau o julgamento das ações de 
improbidade, logo não há foro por prerrogativa de função em relação a este 
tipo de ação. 
Com esse entendimento, é fácil identificar que todos os agentes apresentados 
na questão são classificados como agentes políticos e, não sendo nenhum deles o 
Presidente da República, todos serão julgados na forma da lei de improbidade e em 
primeira instância, sem foro de prerrogativa de função. 
 
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22 
 
13. Banca: CESPE Ano: 2020 Órgão: TJ-PA Cargo: Analista Judiciário - Programador 
Assunto: Lei 8.429/92 
A Lei n.º 8.429/1992 
I. aplica-se apenas aos servidores públicos da administração pública direta e fundacional. 
II. estabelece a necessidade de observância dos princípios da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade e da publicidade. 
III. prevê a indisponibilidade de bens como medida para assegurar o integral ressarcimento 
do dano causado ao erário. 
IV. excetua os atos omissivos como possíveis caracterizadores do ato de improbidade. 
Estão certos apenas os itens 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) I, III e IV. 
e) II, III e IV. 
GABARITO: C 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
I. aplica-se apenas aos servidores públicos da administração pública 
direta e fundacional. (ERRADA) 
A Lei de Improbidade Administrativa instaurada com a edição da Lei 8.429/92 
se aplica a todos os agentes públicos da Administração Pública Direta ou Indireta e 
também às Pessoas Físicas ou Jurídicas de Direito Privado que tenham qualquer 
vínculo com a Administração Pública. 
II. estabelece a necessidade de observância dos princípios da 
legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade. (CERTA) 
Como previsto no art. 37 da CF, qualquer agente público deve permear todos 
os seus atos nos princípios da legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e 
Eficiência. 
III. prevê a indisponibilidade de bens como medida para assegurar o 
integral ressarcimento do dano causado ao erário. (CERTA) 
Para garantir a efetividade da medida de ressarcimento ao erário aplicável nas 
punições dos atos que configuram improbidade administrativa, a lei 8.429/92 prevê 
a possibilidade da decretação de indisponibilidade de bens. 
IV. excetua os atos omissivos como possíveis caracterizadores do ato 
de improbidade. (ERRADA) 
Tanto os atos comissivos (ação) como omissivos (omissão) podem caracterizar 
atos de improbidade administrativa na forma da Lei 8.429/92. 
 
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SOLUÇÃO COMPLETA 
I. aplica-se apenas aos servidores públicos da administração pública 
direta e fundacional. (ERRADA) 
Conforme explicitado na Lei 8.429/92, todas as pessoas que se caracterizarem 
como agentes públicos conforme definição legal e doutrinária estão submetidas a 
aplicação dessa norma. Observe: 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que 
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, 
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, 
cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. 
Fica claro que a aplicação da lei de improbidade administrativa não é restrita a 
apenas um grupo de agentes públicos, mas a todos aqueles que se caracterizam 
como tal, não importando o tipo de vínculo que exista, o fato de ser ou não 
remunerado, muito menos se há previsão de fim do vínculo (transitório) ou não. 
Inclusive, existe a possibilidade de que até mesmo o particular venha a responder na 
forma da lei em estudo, conforme se depreendo do art. 3º: 
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, 
mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de 
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. 
Mesmo sendo um particular, sem nenhum vínculo ou relação com a 
atividade administrativa, caso seja beneficiado, induza ou concorra para a 
prática de ato configurado como improbidade haverá a aplicação da lei no que couber 
à sua realidade. 
II. estabelece a necessidade de observância dos princípios da 
legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade. (CERTA) 
Em conformidade com a previsão constitucional de que toda a Administração 
Pública deverá se submeter a determinados princípios explícitos, a lei de improbidade 
administrativa elencou tais princípios no artigo a seguir: 
Art. 4° Lei 8.429/92 - Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são 
obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. 
Vale ressaltar que, por ter sido editada em 1992, a lei em estudo não prevê 
explicitamente a submissão ao Princípio da Eficiência, instituto acrescentado na 
Constituição Federal somente em 1998 através da Emenda Constitucional nº 19. 
Apesar disso, devemos entender que tal princípio está implicitamente elencado no 
dispositivo reproduzido acima. 
III. prevê a indisponibilidade de bens como medida para assegurar o 
integral ressarcimento do dano causado ao erário. (CERTA) 
Nos casos de atos de improbidade administrativa que causem prejuízo ao erário 
ou importem enriquecimento ilícito, por resultarem em danos aos cofres públicos, 
será essencial conseguir a reparação integral desse dano. Uma das formas de garantir 
que a execução dessa reparação se efetive plenamente é a determinação judicial de 
indisponibilização dos bens. 
 
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24 
 
Art. 7° Lei 8.429/92 - Quando o ato de improbidade causar lesão ao 
patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade 
administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a 
indisponibilidade dos bens do indiciado. 
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo 
recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre 
o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. 
IV.excetua os atos omissivos como possíveis caracterizadores do ato 
de improbidade. (ERRADA) 
Os atos que caracterizam improbidade administrativa serão sempre 
considerados mesmo que resultantes de uma conduta omissiva do agente, como 
podemos observar nos enunciados dos artigos referentes a tais atos. Observe 
dispositivos da Lei 8.429/92: 
Art. 9° I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou 
qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, 
percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, 
que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das 
atribuições do agente público; 
Art. 10. - Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário 
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, 
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das 
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: 
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou 
omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário 
ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de 
julho de 2003. 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os 
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres 
de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e 
notadamente: 
14. Banca: CESPE Ano: 2020 Órgão: TJ-PA Cargo: Analista Judiciário - Área Administração Assunto: 
Lei 8.429/92 
Julgue os itens a seguir, considerando as disposições da Lei n.º 8.429/1992. 
I - A lei aplica-se a terceiro que, mesmo não sendo servidor público, induza ou concorra para a 
prática de ato de improbidade ou dele se beneficie. 
II - Atos omissivos podem ser considerados para a configuração de lesão ao patrimônio público. 
III - O Ministério Público deverá ser cientificado pela autoridade administrativa sobre os atos 
que ensejarem enriquecimento ilícito ou lesão ao patrimônio público. 
IV - Constitui ato de improbidade administrativa revelar fato ou circunstância de que tem 
ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo. 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas os itens I, II e III estão certos. 
b) Apenas os itens I, II e IV estão certos. 
c) Apenas os itens I, III e IV estão certos. 
d) Apenas os itens II, III e IV estão certos. 
e) Todos os itens estão certos. 
 
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GABARITO: E 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
I - A lei aplica-se a terceiro que, mesmo não sendo servidor público, 
induza ou concorra para a prática de ato de improbidade ou dele se 
beneficie. (CERTA) 
Particular que induz, concorre ou se beneficia de atos de improbidade 
administrativa cometidos por agentes públicos também responderá, no que couber, 
pela lei de improbidade administrativa. 
II - Atos omissivos podem ser considerados para a configuração de 
lesão ao patrimônio público. (CERTA) 
A ação ou omissão que resulta em prejuízo ao erário cometida pelo agente 
público será punida na forma da lei de improbidade administrativa. 
III - O Ministério Público deverá ser cientificado pela autoridade 
administrativa sobre os atos que ensejarem enriquecimento ilícito ou lesão 
ao patrimônio público. (CERTA) 
Os atos que caracterizam improbidade administrativa na forma da Lei 8.429/92 
resultam em uma ação civil. Por isso, deverá ser informado ao Ministério Público a 
ocorrência de tais atos. 
IV - Constitui ato de improbidade administrativa revelar fato ou 
circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva 
permanecer em segredo. (CERTA) 
A quebra de sigilo referente a informações sigilosas adquiridas em razão de 
atribuição ou cargo configura um ato de improbidade por atentar contra os princípios 
da administração Pública. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
I - A lei aplica-se a terceiro que, mesmo não sendo servidor público, 
induza ou concorra para a prática de ato de improbidade ou dele se 
beneficie. (CERTA) 
Apesar de sabermos que a Lei de Improbidade Administrativa só será aplicada 
aos agentes públicos, há uma previsão específica na norma que permite o 
ajuizamento da ação de improbidade contra particular. O essencial é que esse 
particular nunca esteja agindo sozinho pois, nessa situação, não haverá a 
configuração de ato de improbidade. A ação do particular deverá ser em um conluio 
específico com o agente público. 
Art. 3° Lei 8.429/92 - As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, 
àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do 
ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. 
II - Atos omissivos podem ser considerados para a configuração de 
lesão ao patrimônio público. (CERTA) 
Para caracterização de um ato que configura lesão ao erário não importa ser 
ele uma ação ou omissão, o que nos importa é o resultado danoso causado ao 
patrimônio público. Por que razão, a lei abrangeu todas as possibilidades de conduta, 
quais sejam dolosa ou culposa e comissiva ou omissiva. 
 
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 Art. 10. - Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário 
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, 
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades 
referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: 
III - O Ministério Público deverá ser cientificado pela autoridade 
administrativa sobre os atos que ensejarem enriquecimento ilícito ou lesão 
ao patrimônio público. (CERTA) 
O Ministério Público possui um papel extremamente importante na aplicação da 
Lei de Improbidade Administrativa, visto que tal lei viabiliza a propositura de uma 
ação de caráter civil contra o agente público. Por sua função precípua de fiscal da lei 
e também ser responsável por agir nos casos de interesse coletivo, o MP deverá 
sempre tomar ciência da ocorrência de uma infração de improbidade, seja para agir 
como proponente da ação principal, seja para agir como fiscal da ação proposta pela 
Pessoa Jurídica interessada. Observe os dispositivos a seguir extraídos da Lei 
8.429/92: 
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou 
ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo 
inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do 
indiciado. 
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério 
Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da 
medida cautelar. 
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará 
obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. 
IV - Constitui ato de improbidade administrativa revelar fato ou 
circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva 
permanecer em segredo. (CERTA) 
Elencados no art. 11 da Lei 8.429/92, os atos que contrariam princípios da 
administração pública caracterizam atos de improbidade administrativa. Quebra de 
sigilo é uma das situações previstas, conforme se depreende do texto a seguir: 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os 
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os 
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e 
notadamente: 
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das 
atribuições e que deva permanecer em segredo; 
 
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15. Banca: CESPE Ano: 2019 Órgão: TJ-PA Cargo: Juiz de Direito Substituto 
Assunto: Lei 8.429/92 
À luz da Lei n.º 8.429/1992, assinale a opção correta, a respeito de improbidadeadministrativa. 
a) Se a lesão ao patrimônio público decorrer de ato comissivo, o ressarcimento será devido 
independentemente da existência de dolo; se decorrer de ato omissivo, o ressarcimento 
somente será devido se o ato tiver sido doloso. 
b) A representação para instauração de investigação destinada a apurar a prática de ato de 
improbidade pode ser apresentada por qualquer cidadão, desde que se comprove estar 
em gozo dos direitos políticos. 
c) Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, seja ele servidor 
público ou não, sujeitam-se à referida lei. 
d) Os empregados de entidade cuja receita anual seja total ou parcialmente custeada pelo 
erário sujeitam-se à referida lei, desde que exerçam função remunerada. 
e) O Ministério Público deve obrigatoriamente figurar no polo ativo dos processos de 
improbidade administrativa, sob pena de nulidade. 
GABARITO: C 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
(A) Se a lesão ao patrimônio público decorrer de ato comissivo, o 
ressarcimento será devido independentemente da existência de dolo; se 
decorrer de ato omissivo, o ressarcimento somente será devido se o ato tiver 
sido doloso. (ERRADA) 
Em se tratando de ato de improbidade que atente contra o patrimônio público, 
seja ele comissivo ou omissivo, não há necessidade de demonstração do dolo do 
agente, basta a existência de culpa. 
(B) A representação para instauração de investigação destinada a 
apurar a prática de ato de improbidade pode ser apresentada por qualquer 
cidadão, desde que se comprove estar em gozo dos direitos políticos. 
(ERRADA) 
Não existe exigência na lei da condição de plenitude de gozo dos direitos 
políticos para exercício do direito de representação para instauração de investigação 
para apuração de infração de improbidade. 
(C) Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, 
seja ele servidor público ou não, sujeitam-se à referida lei. (CERTA) 
A Lei de Improbidade deixa claro que qualquer agente público, seja ele servidor, 
empregado ou qualquer outra classificação, estará sujeito a ela. 
(D) Os empregados de entidade cuja receita anual seja total ou 
parcialmente custeada pelo erário sujeitam-se à referida lei, desde que 
exerçam função remunerada. (ERRADA) 
O exercício ou não de função remunerada não é um requisito necessário para 
submissão do agente público ao disposto na Lei de Improbidade Administrativa. 
(E) O Ministério Público deve obrigatoriamente figurar no polo ativo 
dos processos de improbidade administrativa, sob pena de nulidade. 
(ERRADA) 
Ministério Público poderá figurar no polo ativo ou apenas funcionar como um 
fiscal da lei no processo. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
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28 
 
(A) Se a lesão ao patrimônio público decorrer de ato comissivo, o 
ressarcimento será devido independentemente da existência de dolo; se 
decorrer de ato omissivo, o ressarcimento somente será devido se o ato tiver 
sido doloso. (ERRADA) 
No caso de ato de improbidade que causa lesão ao patrimônio público (prejuízo 
ao erário) não há distinção se o prejuízo decorrer de ato omissivo ou comissivo, 
culposo ou doloso. Em qualquer situação, uma vez configurada a lesão, deverá se 
requerer o ressarcimento. 
Art. 5º Lei 8.429/92 - Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou 
omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiros, dar-se-á o integral 
ressarcimento do dano. 
(B) A representação para instauração de investigação destinada a 
apurar a prática de ato de improbidade pode ser apresentada por qualquer 
cidadão, desde que se comprove estar em gozo dos direitos políticos. 
(ERRADA) 
O direito de representação à autoridade administrativa para instauração de 
procedimento investigativo com base em possível ato de improbidade administrativa 
cometido pelo agente público é amplo, sem necessidade de condição especial, 
podendo ser usufruído por qualquer pessoa, na forma da lei. Com isso, o gozo ou não 
efetivo de direitos políticos não pode ser exigido para que a representação seja 
possível. 
Art. 14. Lei 8.429/92 - Qualquer pessoa poderá representar à autoridade 
administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar 
a prática de ato de improbidade. 
(C) Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, 
seja ele servidor público ou não, sujeitam-se à referida lei. (CERTA) 
A Lei 8.429/92 traz em seu interior o reconhecimento do conceito mais amplo 
possível de agente público, na forma da doutrina moderna. Não importa a forma de 
acesso ao cargo (concurso público, nomeação livre...), a forma de vinculação (eleito, 
designado, contratado...), nem mesmo a condição remuneratório (remunerado ou 
sem remuneração), bastando o exercício de função administrativa para que a pessoa 
sujeite-se ao determinado na lei. 
Art. 1º Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, 
servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, 
de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou 
custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do 
patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta Lei. 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele 
que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou 
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no 
artigo anterior. 
(D) Os empregados de entidade cuja receita anual seja total ou 
parcialmente custeada pelo erário sujeitam-se à referida lei, desde que 
exerçam função remunerada. (ERRADA) 
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Não há previsão na lei da necessidade da função exercida pelo empregado ser 
remunerada ou não. É bastante para a aplicação da lei sobre o infrator o fato da 
entidade receber qualquer tipo de custeio público reconhecido em sua receita anual. 
Art. 1º Lei 8.429/92 - Os atos de improbidade praticados por qualquer agente 
público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de 
Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja 
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 
cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma 
desta Lei. 
Art. 1º Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta Lei os 
atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba 
subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem 
como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou 
concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita 
anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre 
a contribuição dos cofres públicos. 
(E) O Ministério Público deve obrigatoriamente figurar no polo ativo 
dos processos de improbidade administrativa, sob pena de nulidade. 
(ERRADA) 
Poderá figurar no polo ativo da ação de improbidade administrativa o Ministério 
Público ou a Pessoa Jurídica interessada. Assim, nem sempre o MP figurará no polo 
ativo, agindo apenas como fiscal da aplicação da lei no processo. 
Art. 17. Lei 8.429/92 - A ação principal, que terá o rito ordinário, será 
proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro 
de trinta dias da efetivação da medida cautelar. 
§ 4º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará 
obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. 
16. Banca: CESPE Ano: 2020 Órgão: MPC-CE Cargo: Promotor de Justiça de Entrância Inicial 
Assunto: Lei12.846/2013 
De acordo com a Lei Anticorrupção (Lei n.º 12.846/2013), acordo de leniência 
celebrado na esfera administrativa entre a administração pública e pessoa jurídica de 
direito privado, em razão da identificação de conduta ilícita prevista na referida norma, 
a) isenta integralmente a multa aplicável pela conduta que for objeto do acordo e deve 
obrigatoriamente ser mantido em sigilo até o término de seu cumprimento integral. 
b) suspende o prazo prescricional para responsabilização dos atos ilícitos previstos na Lei 
Anticorrupção, desde que seja ratificado pelo Ministério Público. 
c) não tem o condão de eximir a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o 
dano causado na esfera cível. 
d) é legítimo somente se houver comprovação de conduta culposa da pessoa jurídica 
envolvida em ato de corrupção contra a administração pública. 
e) é nulo de pleno direito, porque somente pode ser feito em sede de processo judicial. 
 
GABARITO: C 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
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30 
 
(A) isenta integralmente a multa aplicável pela conduta que for objeto 
do acordo e deve obrigatoriamente ser mantido em sigilo até o término de 
seu cumprimento integral. (ERRADA) 
A lei anticorrupção prevê a possibilidade de redução da multa em até 2/3 do 
valor, mas nunca a isenção integral. 
(B) suspende o prazo prescricional para responsabilização dos atos 
ilícitos previstos na Lei Anticorrupção, desde que seja ratificado pelo 
Ministério Público. (ERRADA) 
A celebração do acordo de leniência enseja interrompe o prazo prescricional, 
e não suspende. 
(C) não tem o condão de eximir a pessoa jurídica da obrigação de 
reparar integralmente o dano causado na esfera cível. (CERTA) 
A intenção do acordo de leniência é oferecer algumas vantagens efetivas para 
que a Pessoa Jurídica tenha interesse em ajudar a desmantelar eventual grupo de 
ilicitude. Isso não significa eximir a completa responsabilidade da PJ que firmar o 
acordo. 
(D) é legítimo somente se houver comprovação de conduta culposa da 
pessoa jurídica envolvida em ato de corrupção contra a administração 
pública. (ERRADA) 
Como a responsabilidade prevista na lei anticorrupção é objetiva, não sendo 
essencial demonstração de dolo ou culpa do infrator. 
(E) é nulo de pleno direito, porque somente pode ser feito em sede de 
processo judicial. (ERRADA) 
O acordo de leniência pode ser celebrado tanto em âmbito de processo judicial 
quanto de processo administrativo. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
(A) isenta integralmente a multa aplicável pela conduta que for objeto 
do acordo e deve obrigatoriamente ser mantido em sigilo até o término de 
seu cumprimento integral. (ERRADA) 
Um dos benefícios resultantes do acordo de leniência devida firmado e 
respeitado é a possibilidade de redução em até 2/3 do valor da multa aplicável. 
Art. 16. 2º Lei 12.846/13 - A celebração do acordo de leniência isentará a 
pessoa jurídica das sanções previstas no inciso II do art. 6º e no inciso IV do art. 19 
e reduzirá em até 2/3 (dois terços) o valor da multa aplicável. 
(B) suspende o prazo prescricional para responsabilização dos atos 
ilícitos previstos na Lei Anticorrupção, desde que seja ratificado pelo 
Ministério Público. (ERRADA) 
O prazo para responsabilização dos atos ilícitos será interrompido após a 
celebração do acordo de leniência. 
Art. 16. § 9º Lei 12.846/13 - A celebração do acordo de leniência interrompe 
o prazo prescricional dos atos ilícitos previstos nesta Lei. 
 
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31 
 
Importante fazermos a devida observação dos institutos: 
Quando se fala em suspensão de um prazo, os dias contados até o momento 
da suspensão são mantidos e, ao final da suspensão do prazo, voltam a correr a 
partir do dia em que estava parado. 
Quando se fala em interrupção de um prazo, os dias contados até o momento 
da interrupção são desconsiderados e, ao final da interrupção do prazo, esse será 
contado a partir do início, será zerado. 
(C) não tem o condão de eximir a pessoa jurídica da obrigação de 
reparar integralmente o dano causado na esfera cível. (CERTA) 
A possibilidade de formalização do acordo de leniência tem como objetivo 
permitir que a empresa infratora colabore com as investigações e, 
consequentemente, receba alguns benefícios quanto às possíveis penalidades 
aplicáveis a ele. Tais benefícios são de atenuação e não de isenção total de 
obrigações. 
Art. 16. § 3º Lei 12.846/13 - O acordo de leniência não exime a pessoa 
jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano causado. 
(D) é legítimo somente se houver comprovação de conduta culposa da 
pessoa jurídica envolvida em ato de corrupção contra a administração 
pública. (ERRADA) 
A lei anticorrupção estabelece que a responsabilidade administrativa e civil das 
pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública é objetiva. 
Assim, não há necessidade de comprovação da ocorrência de dolo ou culpa da 
entidade infratora, mas apenas a demonstração de conduta, dano e nexo causal. 
 Art. 2º Lei 12.846/13 - As pessoas jurídicas serão responsabilizadas 
objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta 
Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não. 
(E) é nulo de pleno direito, porque somente pode ser feito em sede de 
processo judicial. (ERRADA) 
Não há essa limitação prevista na lei anticorrupção, já que ela permite a 
celebração do acordo de leniência pelas autoridades públicas também nos processos 
administrativos. 
Art. 16. Lei 12.846/13 - A autoridade máxima de cada órgão ou entidade 
pública poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas 
responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei que colaborem efetivamente 
com as investigações e o processo administrativo, sendo que dessa colaboração 
resulte: 
 
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17. Banca: CESPE Ano: 2020 Órgão: TJ-PA Cargo: Auxiliar Judiciário 
Assunto: Lei 12.846/2013 
Considerando o disposto na Lei n.º 12.846/2013, assinale a opção correta. 
a) As regras da referida lei são inaplicáveis às fundações privadas. 
b) A responsabilização das pessoas jurídicas é subjetiva. 
c) Na hipótese de fusão, a sucessora poderá ser responsabilizada por ressarcir valores 
superiores ao montante total do patrimônio transferido. 
d) O limite para a sanção de multa será de 40% do faturamento líquido do ano anterior à 
instauração do processo administrativo sancionador. 
e) Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos ilícitos na 
medida da sua culpabilidade. 
GABARITO: E 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
(A) As regras da referida lei são inaplicáveis às fundações privadas. 
(ERRADA) 
A lei é aplicável a qualquer associação, fundação ou sociedade constituída. 
(B) A responsabilização das pessoas jurídicas é subjetiva. (ERRADA) 
A responsabilização prevista na lei anticorrupção é objetiva. 
(C) Na hipótese de fusão, a sucessora poderá ser responsabilizada por 
ressarcir valores superiores ao montante total do patrimônio transferido. 
(ERRADA) 
Na hipótese de fusão, a responsabilidade da sucessora será limitada ao valor 
do patrimônio transferido. 
(D) O limite para a sanção de multa será de 40% do faturamento 
líquido do ano anterior à instauração do processo administrativo 
sancionador. (ERRADA) 
O limite para sanção de multa é de 20%. 
(E) Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados 
por atos ilícitos na medida da sua culpabilidade. (CERTA) 
Dirigentes ou administradores responderão na medida de sua culpabilidade. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
(A) As regras da referida lei são inaplicáveis às fundações privadas. 
(ERRADA) 
A lei anticorrupção possui uma abrangência ampla, sendo aplicada inclusive a 
fundações privadas ou sociedades estrangeiras.

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