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DESAFIO PROFISSIONAL II - 2º BIMESTRE - 2015

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Relações Sindicais e Negociações Trabalhistas
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Projeto Interdisciplinar Aplicado 
ao Curso Superior de
Tecnologia em Gestão de Pessoas
(PROINTER)
Relatório Final
Projeto Interdisciplinar Aplicado aos 
Cursos Superiores de Tecnologia III (PROINTER III)
Guarulhos / São Paulo
2014
Miriã Lourenço Dourado
Relatório Final
Relatório Final apresentado no Projeto Interdisciplinar do Curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos na Faculdade Anhanguera, sob a orientação da Tutora EaD Joyce Huber. 
Cidade / SP
2014
RESUMO
Com o objetivo de expor, analisar, sincronizar e por consequência, resolver os problemas, desenvolvidos na empresa Lopes e Lopes, viemos através deste, uma vez que nos foi incumbida a obrigação de solucionar os mesmos.
A Lopes e Lopes, é uma empresa de médio porte, tendo sua base localizada no bairro do Restinga em Porto Alegre capital do Rio Grande do Sul, contando com um quadro total de 200 funcionários, trabalhando na construção civil.
Após ser aprovada na licitação do Viaduto Martelli Videira, percebeu a necessidade da terceirização de mais 300 funcionários, já que dispõe de um período de apenas 18 meses para finalização e entrega total da obra.
Porém, não foram necessários muitos meses, para que os primeiros problemas fossem visualizados. Relações Sindicais e Negociações Trabalhistas
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A diretoria da empresa optou por manter no canteiro de obras um de seus colaboradores de recursos humanos, para assim manter um forma de comunicação entre os funcionários e a diretoria da empresa, tendo em vista que o funcionário de recursos humanos é conhecedor da área administrativa da empresa, bem como seus líderes e superiores, assim como um contato próximo com os colaboradores a quem é capaz de ouvir, entender e auxiliar além de aconselhar e servir como intercessor das duas partes, o que pode tornar-se de grande valia para a empresa, por encurtar e facilitar as decisões da empresa em relação aos funcionários.
Após a queda de um de seus pedreiros de um andaime a uma altura de 1.80m, o e ocasionou graves lesões ao funcionário, que teve todo o atendimento necessário, houve uma grande manifestação por parte dos outros funcionários, contrária a gestão da empresa que criou fortes exigências, para que se pudesse continuar a obra, assim como as mesmas não foram atendidas de imediato, iniciou-se um greve com paralização total dos trabalhos.
Introdução
Faremos aqui uma análise dos problemas apresentados pela empresa Lopes & Lopes, empresa do segmento da construção civil que foi aprovada no processo de licitação tornando-se responsável pelo canteiro de obras do viaduto Marterlli Videira no interior do Rio Grande do Sul.
Após um Relações Sindicais e Negociações Trabalhistas
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acidente ocorrido com um de seus funcionários, houve uma paralisação seguida de greve, por parte dos funcionários, que exigem melhores condições de trabalho, e justa divisão de horários, principalmente no caso do mestre de obras, portanto, será necessário que empresa e profissionais exponham suas necessidades, e a empresa caberá enquadrar-se nas normas.
I. Corpo do Ensaio
Por tratar-se de um projeto de grandes proporções como o viaduto Martelli Videira, fez-se necessária a contratação de 200 profissionais de diversas áreas, além de 300 profissionais terceirizados, para a realização desta obra que tem um prazo de dezoito meses para ser finalizada, porém, a empresa Lopes & Lopes tem visto seu quadro de funcionários diminuir dia após dia, o que tem prejudicado aos profissionais que ainda permanecem na obra, por acumular funções que seriam destinadas a outros, além de seres obrigados a trabalhar em períodos maiores que o permitido e suportados por um ser humano, em funções de tão alta responsabilidade, que cobram além de força extrema atenção, prejudicando a todos pelos excessos, e por consequência pondo em risco o bom andamento e entrega da obra.
Após um dos pedreiros ter escorregado de um andaime improvisado de uma altura de um metro e oitenta de altura, e batido costas e cabaça, pelo fato de não estar usando cabos de segurança e nem mesmo Relações Sindicais e Negociações Trabalhistas
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capacete, houve grande manifestação por parte dos outros profissionais, que decidiram junto ao sindicato responsável iniciar uma greve, exigindo carga horário de trabalho de oito horas diárias, introdução e reposição garantida de materiais de trabalho e proteção, como luvas, capacetes, mascaras, botas, cabos de segurança, andaimes mais seguros, além de aumento de sanitários e um local fechado para descanso no horário da pausa intrajornada, assim como a contratação de ao menos 5% a mais do quadro de funcionários já que muitos profissionais, deixaram a obra exatamente por estarem insatisfeitos com as condições de trabalho, e exigem também o aumento de no mínimo 08% de salário, para reiniciar com o trabalho.
Neste caso o que deve ser feito pela empresa, no que corresponde ao recrutamento e a seleção de novos profissionais, para que haja acerto nas contratações diminuindo assim erros futuros? Selecionar pessoas não é uma tarefa fácil. Selecionar pessoas é comparar seres completamente desiguais. Para tal, o profissional de recursos humanos deve cercar-se de cuidados, para diminuir a subjetividade na hora da comparação. 
Para tal, o profissional de recursos humanos deve dispor de um conjunto de elementos a fim de tornar este processo menos subjetivo e mais pragmático. Estes cuidados passam por:
Ter a descrição do cargo da vaga em aberto;
Conhecer os Relações Sindicais e Negociações Trabalhistas
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pré-requisitos da vaga em aberto;
Conhecer os principais desafios esperados pela área solicitante;
Ter a percepção correta do perfil comportamental esperado/desejado;
Conhecer a cultura, os valores e os princípios, não só da empresa, mas da área, bem como da equipe da vaga em aberto;
Conhecer (e entender) a missão, a visão, os objetivos estratégicos, os princípios da empresa para não contratar “um estranho no ninho”; e
Buscar sempre a participação do solicitante da vaga. Sem esta participação o processo seletivo ficará comprometido.
É de suma importância que a empresa preocupe-se com a saúde e a segurança de seu funcionário, sendo necessária a distribuição e reposição de uniformes, luvas especificas para cada função, capacetes, botas, óculos de proteção ocular, bem como sinalizadores, cabos, andaimes, iluminação, ambiente para alimentação, local para descanso e sanitários, seguindo assim as normas de saúde e segurança do trabalho bem como a lei 3514, que especifica,
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (NR–9)
Exigido pela Lei 6514/77 e regulamentado pela Portaria 3214/78 – NR-9. O objetivo é identificar os riscos à saúde dos trabalhadores e propor medidas técnicas ou administrativas para reduzir a exposição ou neutralização dos riscos físicos, químicos e biológicos.
Exemplos: Riscos Físicos: ruídos, vibração, calor, radiações. Riscos Relações Sindicais e Negociações Trabalhistas
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Químicos: solventes, poeiras, tintas, gases, névoas. Riscos Biológicos: bactérias, fungos, etc.
PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário
Instituído pela Instrução Normativa nº 100 do INSS. É necessário para todos os trabalhadores expostos aos riscos ocupacionais no momento da solicitação de aposentadoria especial ou auxílio doença e também na homologação da rescisão de contrato de trabalho.
LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho 
Este laudo contempla as avaliações das condições do ambiente de trabalho, através de medições com aparelhos e realizado porprofissionais habilitados para identificar e quantificar os agentes agressivos do ambiente.
PCMAT – Programa de Condições e meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil (NR-18) 
Exigido pela Portaria 3214/78 com redação dada pela portaria nº4 de 04 de julho de 1995 e visa a preservação da segurança e saúde dos trabalhadores da construção civil.
PPRPS – Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similares 
Exigido em Acordo Coletivo Tripartite, assinado em dezembro de 2002, válido para todo o Estado de São Paulo.
O acordo coletivo contempla também as empresas que trabalham com processos galvânicos e para as injetoras de plásticos.
PPR –Programa de Prevenção Respiratória Exigido pela Instrução Normativa n° 1 de 14 de abril de 1994.
Ele tem como objetivo a preservação Relações Sindicais e Negociações Trabalhistas
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da saúde dos trabalhadores expostos a riscos respiratórios.
Exemplos: solventes, poeiras minerais, vapores ácidos ou alcalinos.
Laudo Ergonômico (NR-17)
Exigido pela Lei 6514/77 e regulamentado pela Portaria 3214/78 – NR17 e alterado pela Portaria 3751 de 23 -11-1990.
Orienta formas de trabalho para evitar lesões musculoesqueléticas nos trabalhos em atividades repetitivas ou esforços com movimentação de cargas.
SIPAT 
A Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho é Exigida pela Lei 6514/72 e regulamentado pela Portaria 3214/78 – NR5.
É um ciclo de palestras e discussões para orientar aos trabalhadores dos riscos de acidentes do trabalho e formas de prevenção, riscos com doenças sexualmente transmissíveis – DST e dependência química. Duração de aproximadamente 05 dias.
Laudos:
Laudo de Instalações Elétricas (NR-10)
Laudo de Pára-raios (NR-10)
LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho
Laudo de Atividades e Operações Insalubres (NR-15)
Laudo de Atividades e Operações Perigosas (NR-16)
Laudo de Caldeiras e Vasos de Pressão (NR-13
Para que o processo seja bem sucedido, é de suma importância que haja boa relação entre empresas e profissionais, e para tanto é de suma importância que haja um mediador que por muitas vezes pode ser um profissional da área de Recursos Humanos, mantendo assim uma negociação justa e Relações Sindicais e Negociações Trabalhistas
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homogênea, ouvindo e buscando entender as posições tanto da empresa, como de seus colaboradores que muitas vezes são representados por grupos sindicalistas, e afinal, quais os benefícios de uma boa relação sindical e de boas relações trabalhistas para a organização?
O processo de renovação de acordos sindicais é normalmente tenso por natureza, afinal estão em jogo, de um lado, a expectativa de conquistas econômicas e sociais por parte dos trabalhadores e, de outro, a possibilidade da empresa, ou grupo patronal, de atender as demandas, total ou parcialmente, preservando sua capacidade de gestão, investimento e retorno para os acionistas sem colocar em risco a sua participação no mercado e o relacionamento com os seus clientes. Do lado dos trabalhadores, também não se pode desprezar o componente político-sindical que acaba afetando o processo. Não raras vezes o endurecimento de uma das partes, ou mesmo de ambas, tem objetivos que transcendem a mera negociação coletiva. –
A negociação com o sindicato é episódico, mas a convivência com os colaboradores ocorre todos os dias. Nenhum empregado espera receber informação de todos os detalhes do que acontece na negociação, mas quer ter certeza que será informado do que for relevante para ele. Objetividade e tempestividade são importantes nessa hora.
a falta da confiança entre as partes costuma ser fatal para o processo. Relações Sindicais e Negociações Trabalhistas
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Igualmente relevantes são
- Falta de sensibilidade na formulação das reivindicações. É bom sonhar, mas temos que nos pautar pelo senso do razoável e não achar que é possível conquistar tudo de uma única vez, nem de outro lado, negar tudo e a qualquer título na hora de oferecer contrapropostas.
- Utilizar a negociação como mero instrumento de ação político-partidária e ambições pessoais. Nesse caso o que se busca não é o acordo e a composição entre as partes, mas aproveitar o momento e a exposição na mídia para outras finalidades estranhas ao processo.
- Criar expectativas não realistas. Tanto o sindicato dos trabalhadores como o das empresas pode complicar um processo aparentemente simples ao estabelecer objetivos irreais e inatingíveis.
- Compor equipes de negociação com comportamento agressivo. Em ambos os casos a falta de interesse em se colocar no lugar do outro será meio caminho andado para o fracasso.
- Falta de noção de oportunidade. Saber o momento certo de "endurecer o jogo", mas também saber o momento de ser flexível e buscar a composição.
- Falta de disposição para o "ganha-ganha". As partes condicionarem as suas conquistas à sucumbência do oponente.
 O profissional de Recursos Humanos é o especialista que convive diariamente com os dirigentes sindicais e deve liderar a bancada da empresa, até para preservar as Relações Sindicais e Negociações Trabalhistas
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figuras do presidente ou do diretor de Operações.
A negociação com o sindicato é episódico, mas a convivência com os colaboradores ocorre todos os dias. Nenhum empregado espera receber informação de todos os detalhes do que acontece na negociação, mas quer ter certeza que será informado do que for relevante para ele. Objetividade e tempestividade são importantes nessa hora.
Assim podemos entender, que é extremamente importante haver diálogo entre as partes, onde cada lado possa expor de forma clara suas necessidades diante de seu cargo e destinação.
Na Lopes & Lopes é possível conceber as reinvindicações feitas, no que se refere a saúde e a segurança do trabalho já que as condições são insatisfatórias, é possível observar a necessidade da contratação de um maior número de funcionários já que o quadro da empresa está defasado, assim como uma remuneração mais justa, apesar de não ser exatamente a data correta para esse reajuste a empresa pode levar em consideração a necessidade de manter os colaboradores satisfeitos em questão de remuneração. 
II. Conclusão
Após análise dos pontos em questão, podemos entender melhor a importância do recrutamento e seleção do profissional para o preenchimento da vaga na empresa, pois, o mesmo deve enquadrar-se de forma perfeita no perfil esperado, tendo em vista suas qualificações, características, Relações Sindicais e Negociações Trabalhistas
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experiência profissional e metas, além de ser necessário que o profissional executa a escolha conheça perfeitamente a vaga que está sendo oferecida, o que é indispensável pela empresa, sua visão, missão e valores.
Também é possível compreender como o não enquadramento da organização as normas e regras de saúde e segurança do trabalho impostas por lei pode causar, grandes interferências no decorrer do tempo, assim como veio a ocorrer com a Lopes e Lopes, que viu as obras do Viaduto Martelli Videira serem totalmente paralisadas após a queda de um de seus funcionários, que acabou por sofrer graves fraturas, e assim levar seus colaboradores a entrar em greve, reivindicando, melhorias ao que se refere a equipamentos de segurança, local apropriado para descanso, ajuste salarial e de jornada de trabalho e aumento de número de funcionários, todo esse contratempo poderia ter sido evitado pela empresa caso a mesma ouve-se desde de o princípio, feito um levantamento das quantidades de equipamentos de segurança e duração dos mesmos necessários para todos seus colaboradores do início ao fim da obra, assim como a exigência de seu uso, e entrado em acordo em relação a remuneração e carga horária e remuneração.
Porém como empasse foi necessária a intervenção do sindicatos responsável, nestes casos é muito interessante que haja um profissional de Recursos Humanos, para Relações Sindicais e Negociações Trabalhistas
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intermediar as negociações de forma clara, justa e coerente, por tratar-se de alguém que tem trato direto com a diretoria conhecendo as necessidades da empresa e ao mesmo tempo, sendo capaz de lidar com os ânimos dos funcionários por de certa forma ser capaz de entender seus anseios e indignações, assim sendo um ´´tradutor´´ dos dois lados, entendendo a situação por uma visão homogênea.
IV- Referências
BOHLANDER, G. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2003.
CHIAVENATO, I. Planejamento, recrutamento e seleção de pessoal: Como agregar talentos à Empresa. São Paulo: Atlas, 1999.
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
CHIAVENATO, I. Recursos Humanos: o capital humano das organizações. São Paulo: Atlas, 2004.
DUTRA, J.S. Administração de carreiras. São Paulo: Atlas, 2006.
DUTRA, J.S. Gestão de Pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002.
MAXIMIANO, A.C.A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 5ª Ed. São Paulo: Atlas, 2005.
MILKOVICH, G. T. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 2000.

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