Reflexões sobre a Educação de Jovens e Adultos e a Formação Docente

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Reflexões sobre a Educação de Jovens e Adultos e a Formação Docente
Marcélia Amorim Cardoso
Docente (Fabel), mestre em educação (UERJ), doutoranda em Educação (UFRRJ)
Gisele de Andrade Louvem dos Passos
Graduanda em Pedagogia (Fabel), docente da rede particular de ensino
Resenha Crítica
O texto é dividido em cinco capítulos que de um modo geral apresentam reflexões e a importância da Educação de Jovens e Adultos e a formação Docente.
O texto trata de questões sociais vivenciadas pelas pessoas que não tiveram por algum motivo, acesso ao ensino regular na idade apropriada. A modalidade EJA tem o amparo da lei garantindo a educação de jovens e adultos , tendo um dos objetivos, passar conhecimento e diminuir a exclusão e marginalização dessas pessoas na sociedade. O curso de Pedagogia exige que o aluno realize o estágio supervisionado, a fim de proporcionar ao estagiário uma reflexão contextualizada na educação de Jovens e Adultos, possibilitando a articulação da sua metodologia de ensino e pesquisa vivenciadas em situações reais de trabalho.
O educador, filosofo e pedagogo brasileiro Paulo Freire, está diretamente ligado a história do EJA no Brasil, para ele, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno, principalmente aqueles que estão entre a população menos favorecidas a vencer primeiro, o analfabetismo político, para o mesmo tempo ler o seu mundo a partir da sua experiência, de sua cultura de suas histórias. 
Para Paulo Freire, é necessário que a educação seja uma prática da liberdade, quanto mais complexificar os educandos como seres no mundo, mais se sentirão desafiados e responderão de forma positiva, ao contrário de uma educação “tradicional” , para Freire não há saber mais ou menos, há saberes diferentes (2013, p.49)
Diante de reivindicações de grupos e movimentos sociais que viram a necessidade de resgatar um compromisso histórico da sociedade brasileira, a atual política do EJA vem para contribuir para a igualdade de oportunidade, inclusão e prática social, fundamentando sua construção nas exigências legais e definidas pela constituição Federal de 1988.Assim, a EJA esforça-se em prol da igualdade de acesso à educação como bem social. 
Para Paulo Freire o papel do professor na Educação de Jovens e Adultos, no seu processo de alfabetização demanda , entre educadores e educando, uma relação de autêntico diálogo. O professor que destaca a curiosidade, utiliza a realidade do seu aluno como ferramenta de ensino , como qualquer aspecto do social, torna mais compreensivo o conhecimento do seu aluno. Para isso é necessário que ele conheça o seu aluno, o seu cotidiano, o mundo social e cultural em que ele está inserido, a sua especificidade socioeconômica , a questão geracional, diversidade cultural, étnico-racial, as diferentes perspectivas dos alunos em relação a escola para assim desenvolver com muita criatividade, responsabilidade e dedicação metodologia que venham motivá-los a permanecer na escola , pois muitos tem um dia cansativo de trabalho e anos sem freqüentar a escola.
 É necessário que o processo de aprendizagem voltado aos discentes de EJA , seja através da contextualização da sua realidade, todo material didático e estratégia de ensino, seja de interesse real do seu aluno, para que esse momento seja interessante e motivador, que eles possam esta questionando a sua forma de ser e esta no mundo e possibilitando uma visão mais crítica sobre as questões vivenciadas por eles. A aprendizagem dependerá muito da maneira em que esses assuntos serão passados, o professor deve orientar o seu aluno e ser o facilitador nesse processo.
Enfim, o texto perpassa a importância da modalidade EJA, não somente em buscar certificado e diploma, mas sim em utilizar o conhecimento para sua formação crítica e social , visando a escola como uma oportunidade de um futuro melhor, a importância de boas condições de trabalho e formação continuada dos docentes são responsáveis pela qualidade da educação, onde o professor se torna o mediador entre aluno e conhecimento e é o responsável por sua construção, como defende Paulo Freire.