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ESTUDO DIRIGIDO APL - ECONOMIA APLICADA

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ 
 
GABRIEL COVALSKI DA MOTA 
MARCO ANTONIO FERREIRA MACHADO 
MARIANA RAMOS DOS SANTOS PAZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2020 
1 
 
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ 
 
GABRIEL COVALSKI DA MOTA 
MARCO ANTONIO FERREIRA MACHADO 
MARIANA RAMOS DOS SANTOS PAZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL 
Estudo Dirigido apresentado ao curso de Ciências 
Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná, como 
requisito avaliativo do 1º bimestre da disciplina de 
Economia Aplicada. 
 
Profº.: Osni José Jugler 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2020 
2 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 
1. CONCEITO DE APL ............................................................................................ 4 
2. CONCEPÇÃO ...................................................................................................... 5 
3. TIPOS DE APL..................................................................................................... 6 
3.1. ARRANJOS INCIPIENTES ........................................................................... 6 
3.2. ARRANJOS EM DESENVOLVIMENTO ..................................................... 7 
3.3. ARRANJOS DESENVOLVIDOS (SISTEMAS PRODUTIVOS E 
INOVATIVOS LOCAIS) ......................................................................................... 7 
4. VANTAGENS E DESVANTAGENS NOS APLS ................................................ 9 
5. A IMPORTÂNCIA DOS APLS NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL ....... 11 
5.1. PARCERIAS ................................................................................................ 12 
5.2. CONFIANÇA E COOPERAÇÃO ................................................................ 12 
6. APLS BUSCAM PARCERIAS EM PEQUENAS E MÉDIAS CIDADES .......... 14 
7. CONTABILIDADE DE CUSTOS APLs ............................................................ 15 
7.1. OBJETIVO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS ...................................... 16 
7.2. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL ................................................................... 17 
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 19 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
A cooperação entre empresas destaca-se com um meio de gerar 
competitividade. Fortalecendo o poder de compra, partilhando recursos, colaborando 
com investimentos em novas tecnologias, estabelecendo competências, capaz de gerar 
renda e empregabilidade pra o local, entre outras. Empresas que buscam alcançar 
vantagens competitivas encontram através da inserção em redes de Arranjo Produtivo 
Local (APL). 
Segundo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), 
nos anos 50 e 60 ainda não havia incentivos políticos específicos com a intenção de 
desenvolver os centros industriais e comercias no Brasil. Foi apenas a partir dos anos 
70 que iniciaram as primeiras aglomerações voltadas as políticas externas em 
determinados setores industriais, mas foi nos anos 80 que começaram a tratar as 
aglomerações como Arranjo Produtivo Local. 
No Estado do Paraná, por exemplo, podemos citar Arranjos produtivos Locais 
fixados nas cidades de Apucarana, polo dos bonés; Campo Largo, polo da cerâmica; 
Cianorte, polo dos jeans; Umuarama, polo dos estofados, entre outras cidades. Isso 
ocorre também entre estados ou então entre países, dependendo dos recursos ou 
interesses que podem oferecer ao outro. 
O presente trabalha irá abordar a constituição do APL, como o mesmo é 
planejado, qual o objetivo das empresas ao adotar esta política, de uma forma prática e 
de simples entendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. CONCEITO DE APL 
 
Surgiram no Brasil as aglomerações produtivas das PME (pequenas e 
médias empresa), nas décadas de 1980-1990. O surgimento das PME se deu por 
fatores de esgotamento do crescimento econômico sobre orientação do Estado e 
de grandes empresas como multinacionais. a crise no mercado de trabalho com 
demissões das indústrias e o crescimento da cultura empreendedora. 
Dentro deste contexto das PME, trabalha o conceito das APLs (Arranjos 
Produtivos Locais). Segundo Cardoso. 
 
O Arranjo Produtivo Local é uma aglomeração de empresas, localizadas em 
um território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos 
de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros 
locais, tais como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, 
ensino e pesquisa'. (CARDOSO, 2014, p. 7). 
 
Apresenta-se a formação de economias de aglomeração, por possuírem 
benefícios como, proximidade dos agentes, sendo elas matéria prima, 
equipamentos, mão de obra etc. Essas aglomerações de empresas ampliam suas 
oportunidades de sobrevivência e ampliação da instituição, constituindo-se uma 
essencial fonte indutora de vantagens competitivas. Dessa maneira, Conforme 
Costa (2010, p. 127) “um APL pode ser entendida como um grupo de agentes 
“orquestrados” por um grau de institucionalização explícito ou implícito ao 
aglomerado que buscam como finalidade, harmonia, interação e cooperação”. 
 Vale ressaltar o termo APL refere-se à aglomeração de quaisquer 
atividades podendo pertencer ao setor primário, secundário e terciário no 
espaço, não importando o tamanho das empresas, variando desde estruturas 
artesanais com pequeno dinamismo, até arranjos que comportem grande divisão 
do trabalho entre as empresas e produtos com elevado conteúdo tecnológico. 
 
 
 
 
5 
 
2. CONCEPÇÃO 
 
A instalação de arranjos produtivos locais teve início nas décadas de 1960 e 
1970 na Alemanha e na Itália. O sucesso destas instalações levou à proliferação desse 
tipo de organização. O fenômeno já havia sido descrito pelo economista Marshall no 
início do século XX, mas seu incremento se deu somente no período pós-guerra. Sua 
formação encontra-se geralmente associada a trajetórias históricas de construção de 
identidades e de formação de vínculos territoriais (regionais e locais), a partir de uma 
base social, cultural, política e econômica comum. 
Pressupõem-se, nos arranjos produtivos locais, ambientes favoráveis à 
interação, cooperação e confiança entre os atores, além de potencial para crescimento e 
desenvolvimento. 
 
No caso do Brasil, a Promulgação da Constituição Brasileira de 1988 
aumentou o poder local na determinação dos rumos do seu desenvolvimento, 
objetivando melhorar a qualidade de vida como também as condições de 
moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene e 
principalmente transporte. (SANT ANNA. RIO DE JANEIRO, 2013) 
 
 Devido à globalização, a incorporação da abordagem de APL na esfera 
das políticas públicas e privadas ocorreu rápida nos países desenvolvidos. No Brasil, 
segundo a Dra. Helena Lastres. 
 
Tal incorporação de modo concreto, ocorreu a partir de 1999 no âmbito do 
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Em parceria com os estados da 
federação, foram identificados APL nos quais foram apoiados projetos de 
cooperação entre institutos de pesquisa e empresas, visando aprimorar 
produtos e processos. Foi também incluída pela primeira vez uma ação em 
APL no Plano Plurianual de governo (PPA 2000-2003), de responsabilidade 
do MCT. 
 
 
 
 
 
 
6 
 
3. TIPOS DE APL 
 
Cada arranjo apresenta suas próprias características com relação às origens, 
contexto econômico, ambiente sociocultural, nível de complexidade da cadeia 
produtiva entre outras. Com relação ao grau ou estágio de desenvolvimento, os 
arranjos podem ser classificados em três níveis:Arranjo Incipiente, Arranjo em 
Desenvolvimento e Arranjo Desenvolvido. 
 
3.1. ARRANJOS INCIPIENTES 
 
São os arranjos desarticulados, carentes de lideranças legitimadas. Falta 
integração entre as empresas, o poder público e a iniciativa privada e uma visão 
mais ampla para o empresariado. Não há centros de pesquisa ou de 
profissionalização que poderiam contribuir para elaborar/implementar novos 
processos produtivos. São determinados por: 
 
• Baixo desempenho empresarial; 
• Foco individual; 
• Isolamento entre empresas; 
• Ausência de interação do poder público; 
• Ausência de apoio/presença de entidade de classe; 
• Mercado local (mercado de atuação restrito); e 
• Base produtiva mais simples. 
 
Este nível engloba aqueles arranjos incipientes, bastante desarticulados, 
carentes de governança, cooperação, entidades de classe estruturadas, 
investimentos em ciência e tecnologia. 
 
 
 
 
7 
 
3.2. ARRANJOS EM DESENVOLVIMENTO 
 
São importantes para o desenvolvimento local, pois atraem novas empresas e 
incentivam os empreendedores a investirem em competitividade, como condição para 
sua sobrevivência. Preocupam-se com os demais elos da cadeia produtiva, com 
impacto direto sobre a qualidade de seus produtos. 
As lideranças são mais capacitadas e legitimadas, organizando-se em entidades 
de classe, defendendo interesses regionais em vez de particulares. Apresentam uma 
incipiente integração entre o poder público e o empresarial. São reconhecidos por: 
 
• Foco setorial; 
• Possíveis estrangulamentos nos elos da cadeia produtiva; 
• Dificuldade no acesso a serviços especializados (tecnologia/design/ 
logística/crédito); 
• Interação com entidade de classe; e 
• Mercado local/estadual/nacional. 
 
Seu processo de desenvolvimento é reconhecido, possibilitando a atração de 
novas empresas e incentivando os empreendedores locais a também participarem da 
geração de renda do novo movimento empresarial. 
 
3.3. ARRANJOS DESENVOLVIDOS (SISTEMAS PRODUTIVOS E 
INOVATIVOS LOCAIS) 
 
São aqueles arranjos produtivos cuja interdependência, articulação e vínculos 
consistentes resultam em interação, cooperação e aprendizagem, possibilitando 
inovações de produtos, processos e formatos organizacionais e gerando maior 
competitividade empresarial e capacitação social. 
As empresas e provedores de serviços formam um conjunto integrado, atuando 
com objetivos e estratégias comuns, exercendo forte impacto sobre o território em 
geral e sendo por este influenciado. São determinados por: 
8 
 
• Foco territorial; 
• Estrangulamento nas demandas comerciais coletivas; 
• Interação com a comunidade; 
• Mercado estadual/nacional/internacional; 
• Finanças de proximidade (relacionamento comercial estreito entre bancos e 
empresas) mais avançadas; 
• Base institucional local diversificada e abrangente; e 
• Estrutura produtiva ampla e complexa. 
 
 Os arranjos classificados como de terceiro nível apresentam-se mais bem 
articulados, de importância para o desenvolvimento local, pela capacidade de atrair 
novas empresas, fornecedores, prestadores de serviços, bancos etc. Suas lideranças 
atuam, principalmente, em entidades de classe, com relacionamentos formais. 
Outros níveis de mercado (regional, nacional e internacional). Há, também, 
implementação de iniciativas de marketing territorial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
4. VANTAGENS E DESVANTAGENS NOS APLS 
 
Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES, 
2004), “um conceito só é útil quando lhe permite apontar tanto situações em que é 
válido quanto as situações em que não é válido”. E buscando essa utilidade para o 
conceito de APL, é necessária a apresentação tanto de suas vantagens quanto 
desvantagens. 
Serrano (2011) comparou a atuação das empresas organizadas em um APL com 
as forças de Porter, o que permitiu concluir que as vantagens competitivas das 
empresas em APLs se formam por fatores relacionados principalmente aos clientes, 
por meio da qualidade, preço e serviços de pós-venda oferecidos pelas empresas dos 
arranjos, o que reduz o poder de negociação dos clientes. Aos sistemas de logística, no 
que diz respeito ao acesso fácil à distribuição e logística, curva de aprendizagem, e o 
acesso a insumos necessários para a produção, e política governamental favorável, 
classificou as vantagens como: 
 
• Clientes; 
• Fornecedores; 
• Sistema de Logística; 
• Desenvolvimento de novos produtos e manutenção de margens e rentabilidade; 
• Facilidade de acesso à pesquisa e tecnologia e facilidade de acesso a novos 
mercados; e 
• Proteção contra novos concorrentes e ajuda de órgãos de fomento e 
desenvolvimento. 
 
Cezarino e Campomar (2005) apresentam vantagens, que foram unidas com o 
propósito de simplificar a explicação. 
 
• Infraestrutura de apoio especializada; 
• Fornecedores especializados e de bens substitutos; 
• Fortalecimento do poder de compra; 
10 
 
• Compartilhamento de ônus, recursos e riscos; 
• P&D (Pesquisa e Desenvolvimento); 
• Linhas de produtos com qualidade superior; 
• Renda de reinvestimento na atividade; 
• Pressão no mercado; e 
• Força para atuação em mercados internacionais. 
 
Os autores concluem que estas são provenientes de vantagens de poder de 
competição e de competitividade interna. No que diz respeito principalmente ao fluxo 
de informação, a especialização, aos bens substitutos, a P&D, observa-se convergência 
com os demais autores citados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
5. A IMPORTÂNCIA DOS APLS NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL 
 
O desenvolvimento regional está focado na importância dos movimentos dos 
agentes locais e assim, na valorização dos ativos territoriais. Com isso os APL são uma 
forte ferramenta para o desenvolvimento econômico e regional. 
A relação dos arranjos produtivos locais com o desenvolvimento regional 
implica em uma análise das atividades econômicas desenvolvidas em uma determinada 
região, sendo necessário adotar uma visão mais ampla do conjunto das atividades 
instaladas no território. 
Com tudo a própria terminologia arranjo produtivo local, demonstra que esse 
arranjo caracteriza-se pela sua localização geográfica, ou seja, sua base territorial. 
Portanto, retoma-se o conceito de território como o espaço apropriado por um ator, 
sendo definido e delimitado por e a partir de relações de poder, em suas múltiplas 
dimensões. Cada território é produto da intervenção e do trabalho de um ou mais 
atores sobre determinado espaço (ALBAGLI, 2004). 
Ao se estabelecer um APL, percebe-se que um arranjo produtivo local bem 
consolidado se estabelece como um importante instrumento de politica econômica, 
visando o desenvolvimento regional através do desenvolvimento das vocações 
microrregionais, agregando valores aos produtos e verticalização da produção; 
diversificação da base produtiva e da pauta de exportação; avanço no indicador de 
inclusão social através da melhoria da qualidade do emprego, melhoria salarial, 
melhoria da qualificação técnica da mão de obra (COSTA, 2010). Revista Brasileira de 
Gestão e Desenvolvimento Regional 
O APL é um forte instrumento de desenvolvimento Sócio produtivo e ao 
mesmo tempo, como resultado de politicas adequadas para o desenvolvimento 
regional. As justificativas para essas afirmações é o fato dos processos implicar numa 
valorização territorial. 
 
 
 
 
12 
 
5.1. PARCERIAS 
 
A presença de fornecedores, instituições e empresas cria o ambiente propício ao 
desenvolvimento dos Arranjos, mas não assegura o seu alcance, que é potencializado 
pelas interações sócio–econômicas e as constantes negociações e interlocuções 
lideradas pelos agentes locais. 
Ao se pensar no papel da liderança exercida pelos atores locais nos APLs, é 
imprescindível que se discuta também aspectos de confiança, cooperação egovernança, temas intimamente relacionados. Apenas a confiança permite a realização 
de ações cooperadas, que estimulam o aumento gradativo de confiança entre os atores. 
A governança, por sua vez, é a forma pela qual os protagonistas do Arranjo resolvem 
seus problemas no exercício dessa relação de confiança. Determina, também, o grau de 
maturidade da localidade para planejar, coordenar e executar as ações coletivas. 
 
5.2. CONFIANÇA E COOPERAÇÃO 
 
As delimitações territoriais nas quais os APL estão inseridos contam com 
diferentes atores que trabalham cada qual, buscando objetivos próprios. No entanto, 
como já mencionado, o incremento da competitividade e o desenvolvimento do 
Arranjo só serão alcançados se os atores agirem de forma conjunta em prol de 
objetivos comuns, utilizando da melhor forma possível os recursos materiais, humanos 
e institucionais existentes na aglomeração. 
A necessidade da ação cooperada se apresenta quando surgem demandas que 
dificilmente poderiam ser satisfeitas com os agentes trabalhando isoladamente. A 
combinação de competências com escala de produção e a divisão de custos e riscos, 
possibilita o atendimento a demandas diversificadas. No entanto, as ações cooperadas 
carecem de um pré-requisito, a confiança. 
As pessoas são inclinadas a cooperar com quem já conhecem e com quem têm 
histórico de interação, de forma que, incentivar o protagonismo dos atores locais, no 
apoio ao incremento da competitividade das PMEs inseridas em APLs, passa pela 
construção e consolidação de um ambiente permeado pela confiança. 
13 
 
Esse processo envolve um conjunto de ações específicas no APL, em cinco 
níveis de indução: 
 
• Autoconfiança dos empresários; 
• Confiança nas instituições; 
• Confiança intra-empresas; 
• Confiança entre as instituições locais; e 
• Confiança entre as empresas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
6. APLS BUSCAM PARCERIAS EM PEQUENAS E MÉDIAS CIDADES 
 
O Governo Federal vem desde 2004 incentivando os APL, com o objetivo de 
melhorar o desempenho produtivo dessas empresas, e a economia regional. Em 
levantamento realizado em 2016 realizado pela Secretaria de Desenvolvimento da 
Produção (SDP) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 
(MDIC) do 677 APLS presente em 2175 municípios, são responsável por gerar mais 
de 3 milhões de empregos diretos em 59 setores da economia brasileira. 
O governo Federal estimula e atua para que empresas do mesmo setor ou que 
fazem parte da mesma cadeia produtiva organizem, juntas, práticas de cooperação, 
interação e treinamento. 
Por ora, as barreiras para o uso de soluções que melhoram o atendimento ao 
cidadão, a gestão e o uso dos recursos, vão muito além da dificuldade em 
investimento; “O diálogo com os municípios e gestores precisam ser ampliados para 
que os resultados e os processos burocráticos tenham andamento”, disse Carlos Frees, 
líder de projeto da Agencia Brasileira de Desenvolvimento Industrial. 
O caminho é que seja elaborado um termo geral para que startups e APLs 
apresentem ao poder público, com foco em pequenos e médios munícipios, as 
vantagens e inovações tecnológicas. 
As empresas que fazem parte de APLs têm ganhado tanto em competitividade 
quanto em escala. Algumas dessas estruturas, por exemplo, dividem maquinários, 
outras organizam capacitação e também buscam, em conjunto, suprir as necessidades 
de mercado. Além disso, a organização traz outras vantagens, como mais facilidade 
em organizar treinamento e capacitação de mão de obra e os custos podem ser 
divididos. 
Para fazer parte de um APL, a empresa precisa estar situada na área de atuação 
do arranjo produtivo. A integração ao grupo é feita mediante análise por instituições 
públicas ou privadas que são as gestoras regionais dos APLs. 
 
 
15 
 
7. CONTABILIDADE DE CUSTOS APLs 
 
Com o surgimento da Revolução Industrial, e o constante crescimento das 
empresas industriais, a contabilidade deparou-se com a necessidade de adaptar os 
procedimentos de apuração do resultado em empresas comerciais para as empresas 
industriais, pois as mesmas adquiriam matéria-prima e através da produção, 
transformavam os insumos em produtos destinados a venda. 
A contabilidade de custos, com o passar das décadas evoluíam de simples 
avaliações de estoque – como acontecia na simples compra e revenda - para um 
procedimento mais complexo, pois envolve outros fatores, como, salário, energia, 
aquisição e utilizam dos insumos, entre outros. Visto isso, ao encerramento do balanço 
haverá três tipos de estoque: insumos ou matéria-prima, produtos em elaboração e 
produtos acabados ou produtos para venda. 
Dentro dos custos, podemos subdividir em dois grandes grupos: Custos direitos 
e custos indiretos. Os custos diretos são aqueles que estão diretamente ligados aos 
produtos fabricados, pois há uma medida exata sobre o consumo na fabricação, como 
por exemplo, matéria-prima, mão de obra direta, embalagem, energia elétrica, entre 
outros. Já os custos indiretos são aqueles que estão indiretamente ligados à produção, 
que necessitam de cálculo para chegar a uma medida, como os rateios e estimativas, 
como por exemplo, depreciação de equipamentos, salários dos chefes, aluguel, 
serviços gerais, entre outros. 
Paulo Viceconti e Silvério das Neves, em seu livro Contabilidade de Custos, diz 
que: 
 
Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e 
serviços; abrange todos os gastos relativos à atividade de produção. Os 
custos são ativados e integram o estoque de produtos em elaboração e o de 
produtos. No momento da venda, os custos se transformam em despesas, em 
obediência ao Princípio da Competência (as despesas devem ser 
reconhecidas simultaneamente com as receitas que ajudaram a gerar). 
(VICECONTI; NEVES, 2018) 
 
Ainda é possível classificar entre outros dois grupos, como custos fixos que são 
aqueles que têm o mesmo valor, que independe do volume de produção, como aluguel 
16 
 
da fábrica, impostos, entre outros. E os custos variáveis, são aqueles que irão oscilar 
com o nível da produção ou se não houver produção, o custo será nulo, como materiais 
indiretos consumidos, gastos com hora extra, etc. 
 
7.1. OBJETIVO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
A escrituração na Contabilidade de Custos é capaz de controlar melhor as 
despesas de produção e colaborar nas tomadas de decisões. Os custos devem sempre 
estar sob controle e sendo monitorados para que através da gestão em equipe da 
entidade, possa alcançar determinados objetivos e fortalecer a economia, são eles: 
 
• Estabelecer os custos para um determinado período; 
• Ter maior controle sobre as quantidades físicas produzidas, por meio do custo 
médio; 
• Estabelecer sistemas de controle de custo que permitam análises, comparações, 
redução ou melhoria do custo; 
• Fornecer dados de custo com relação a determinadas alternativas, a fim de que a 
administração possa tomar decisões quanto à escolha; e 
• Determinar o melhor índice (Markup) e sobre ele o melhor preço de venda. 
 
Primeiramente, o objetivo de uma empresa é gerar lucro. A contabilidade de 
custos determinará o que será preciso investir para se produzir algo, por quanto o 
produto poderá ser vendido para se obter algum lucro e qual será esse lucro. Para 
iniciar a contabilização dos custos é necessário transcrever as informações pertinentes, 
sejam eles no Excel ou sistema utilizado pela empresa, como os gastos com matéria-
prima, com pessoal, água, energia, entre outros. É importante frisar que o processo de 
registro é o mesmo para produtos e serviços. 
 
 
 
 
17 
 
7.2. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 
 
Compreende as vendas de produtos e serviços da entidade, e outras receitas 
operacionais, pelo valor da Nota Fiscal, ou seja, está incluso no valor de venda o valor 
dos impostos, como ICMS, IPI, PIS, COFINS e ISS. Na Demonstraçãodo Resultado 
do Exercício (DRE), os custos correspondem às receitas e ganhos – junto às despesas, 
encargos e perdas pagos ou incorridos – e deverá ser reconhecida mesmo sem o 
desembolso (Lei 11.638/07). 
O custo se transformará em despesa quando o bem ou serviço for consumido, 
ou seja, o custo do produto ou serviço que incialmente estava estocado deixa de ser 
custo e vira despesa a partir do momento que é entregue ao cliente. Por tanto esta saída 
é uma perda, resultando a diminuição do Patrimônio Líquido. 
 
A matéria-prima adquirida pela indústria, enquanto não utilizada no processo 
produtivo, representa um investimento e estará registrada numa conta de 
Ativo Circulante (Estoque); no momento em que é requisitada pelo setor de 
produção, é efetuada baixa na conta de ativo e ela passa a ser considerada 
um custo, pois será utilizada para produzir outros bens ou serviços. No 
momento em que o produto acabado é vendido, o custo se transforma em 
despesa e passa a integrar o resultado da empresa. (NEVES; VICECONTI. 
P. 14, 2018) 
 
Abaixo, os custos mais comuns encontrados em empresas comerciais e 
industriais: 
 
• Custo das Vendas: Os custo da venda é semelhante a avaliação de estoque de 
mercadorias ou produtos. Os mesmos elementos que formam o Ativo formam também 
os Custos das Vendas; 
• Custo das Mercadorias Vendidas (CMV): Refere-se exclusivamente às 
empresas comerciais, pois revendem as mercadorias que adquirem de seus 
fornecedores, sem alterar sua constituição. Portanto o único valor é o do custo da 
mercadoria, líquido dos impostos se recuperáveis; 
• Custo de Produtos Vendidos: Refere-se exclusivamente às empresas industriais, 
pois recebem a matéria-prima, adicionam insumos e fabricam um novo produto. A 
18 
 
apuração deste tipo de custo é bastante complexa, tendo em vista que a mensuração de 
determinados componentes é difícil; e 
• Custo dos Serviços Vendidos: Serviços administrativos ou comerciais, não há 
estoque de serviços. Porém, se forem serviços industriais, poderá haver a formação de 
estoque de serviços em elaboração, antes da conclusão final do serviço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
CONCLUSÃO 
 
Portanto, pode-se concluir que há vários conceitos sobre o tema, porém de 
modo geral os autores, afirmam que os APLs são aglomerações de empresas, que são 
constituídas em um mesmo território geográfico, partindo das necessidades da 
população, da demanda de atividades na região. Além dos diversos benefícios já 
mencionados, ainda é possível entender que a implantação desta política, conquista a 
especialização de determinado produto ou processo para uma região, permitindo o 
reconhecimento para uma cidade ou estado. 
No estudo realizado, observou que existem vantagens e desvantagens na 
implementação de um arranjo produtivo local. As vantagens acabam se tornando 
primordial no crescimento da empresa diante de um mercado agressivo e competitivo, 
onde as empresas unem seus esforços em busca de vantagem competitiva. 
As desvantagens por sua vez, não podem ser desconsideradas, mas podem ser 
evitadas, fazendo analise de riscos, das culturas que envolvem num aglomerado, no 
desenvolvimento de um sistema flexível e dinâmico que são formados nos APL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
REFERÊNCIAS 
 
CAMPOS, Ana J. de Melo; FEITOR, Carlos D. Cequeira; MARTINS, D. de Araújo; 
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https://sitefiespstorage.blob.core.windows.net/uploads/2014/06/manual_apl.pdf > 
Acesso em: 14 abr. 2020 
 
LASTRES, Helena M. Martins. Avaliação das Políticas de Promoção de Arranjos 
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PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de Contabilidade Básica: Contabilidade 
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502202092/cfi/0 > Acesso em: 
17 abr. 2020. 
 
SEBRAE – Serviço Brasileira de Apoio às Micro e Pequenas Empresas . Termos de 
Referência para atuação do Sistema SEBRAE em arranjos produtivos locais. Brasília: 
SEBRAE, 2003. Disponível em: < 
http://intranet.df.sebrae.com.br/download/Backup/termo_referencia_apl.pdf > Acesso 
em: 13 abr 2020. 
 
VICECONTI, Paulo; NEVES, Silvério. Contabilidade de Custos: Um enfoque direto e 
objetivo. 12 Ed. São Paulo: Saraiva, 2018. Disponível em: < 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547220808/cfi/22!/4/4@0.00:4
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