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Página 1 de 7 U N ÍN T E S E [ Conceituando deficiência física e mobilidade reduzida ] Deficiência Física e Mobilidade Reduzida Página 2 de 7 [..Conceituando deficiência física e mobilidade reduzida ] U N ÍN T E S E EXPEDIENTE Uníntese | UnínteseVirtual Pedro Stieler Diretor Presidente Mara Regina Escobar Diretora Vice-Presidente Maria Bernardete Bechler Diretora Pedagógica Cristiane da Silva Evangelista Diretora de Administração e Finanças Carmem Regina dos Santos Ferreira Diretora de Marketing Deficiência Física e Mobilidade Reduzida - 2012 Diretos Autorais reservados à UNÍNTESE Pedro Stieler Coordenação Geral Maria Bernardete Bechler Coordenação Pedagógica Pedro Luiz Stieler Texto Vanessa Immich Design Instrucional Rosane Stieler Administrativo-Operacional Maria Denise Uggeri (Pedagógico) Marla Hilgert (Pedagógico) Tatiane da Silva Campos (Acessibilidade) Willian Dourado Teixeira (Tecnologia) Equipe Técnica | Produção Página 3 de 7 U N ÍN T E S E [ Conceituando deficiência física e mobilidade reduzida ] DDeeffiicciiêênncciiaa ffííssiiccaa ee mmoobbiilliiddaaddee rreedduuzziiddaa Pedro Stieler1 1. A mobilidade reduzida A mobilidade reduzida refere-se a pessoas que temporária ou permanentemente, tem limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-lo. Entende-se por pessoa com mobilidade reduzida, a pessoa com deficiência, idosa, obesa, gestante, entre outros. (ABNT, 2004, p.4). 1 Pedagogo e Mestre em Educação nas Ciências pela Unijuí. Doutorando em Epistemologia e História da Ciência pela Untref/Uníntese. Assim, quando nos referimos a uma pessoa com mobilidade reduzida, estamos tratando de pessoas com dificuldades de movimentação ou limitações em sua locomoção, podendo ser uma pessoa com uma deficiência física, como um cadeirante ou ainda uma pessoa idosa com simples problema de flexibilidade. Possibilitar que uma pessoa se mova com facilidade e independência é um princípio fundamental de acessibilidade, constituindo-se em fator determinante para a dignidade e qualidade de vida, tendo acesso à diferentes ambientes, locais e espaços. A acessibilidade espacial pressupõe a eliminação de barreiras que dificultam ou impedem às pessoas de se locomoverem, de transitarem por lugares de sua preferência ou necessidade, mas também, de se sentirem confortáveis, seguras e, acima de tudo, de se localizarem sem a necessidade da ajuda de outras pessoas. As barreiras físicas podem ser elementos naturais ou construídos, que dificultam ou impedem a realização de atividades desejadas de forma independente. A presença de árvores e postes numa calçada estreita reduz, por exemplo, a área de circulação para todos pedestres. Pode, inclusive, impedir o deslocamento de uma pessoa em cadeira de rodas e, assim, torna-se uma barreira para essa pessoa. O excesso de ruído pode ser uma barreira para uma pessoa que escuta mal, e também para uma pessoa cega que precisa reconhecer os sons das atividades para saber onde está. (BRASIL, 2009, p. 21-22) Página 4 de 7 [..Conceituando deficiência física e mobilidade reduzida ] U N ÍN T E S E Pensar, então, em mobilidade, é envolver todas as pessoas, contemplando as possibilidades e necessidades que possam apresentar. É simples e complexo ao mesmo tempo, pois podemos pensar em mobilidade tanto dentro de nossas casas, em espaços privados e restritos às pessoas com quem convivemos quanto em espaços externos, amplos e abertos ao público. Dependendo da situação da pessoa e das condições do ambiente, a mobilidade pode envolver apenas uma bengala ou elevador, ou ainda uma organização do ambiente com amplo espaço para circulação, no sentido de sempre possibilitar à pessoa com mobilidade reduzida, a autonomia, o menor esforço, melhor conforto físico e psíquico. Acessibilidade espacial significa bem mais do que apenas poder chegar ou entrar num lugar desejado. É, também, necessário que a pessoa possa situar-se, orientar-se no espaço e que compreenda o que acontece, a fim de encontrar os diversos lugares e ambientes com suas diferentes atividades, sem precisar fazer perguntas. Deve ser possível para qualquer pessoa deslocar-se ou movimentar-se com facilidade e sem impedimentos. Além disso, um lugar acessível deve permitir, através da maneira como está construído e das características de seu mobiliário, que todos possam participar das atividades existentes e que utilizem os espaços e equipamentos com igualdade e independência na medida de suas possibilidades. (BRASIL, 2009, p. 22-23) Para promover a acessibilidade espacial, o Ministério da Educação recomenda tomar como base quatro tipos de barreiras, dado ao grande número que podem ser encontradas. Assim, é necessário pensarmos nas condições de orientação espacial - compreendida como aspectos do ambiente que levam a pessoa a identificar e perceber as funções de cada espaço, possibilitando sua orientação, no sentido do uso e deslocamento; nas condições de deslocamento – entendida como a possibilidade de qualquer pessoa poder movimentar-se, seja no sentido horizontal como em corredores, seja no sentido vertical como em escadas, rampas e elevadores, independentemente de serem ambientes externos ou internos; nas condições efetivas de uso desses espaços, mobiliários e equipamentos por todas as pessoas, bem como nas condições de comunicação possibilitando o acesso às informações de uso comum através de suportes informativos, bem como a comunicação entre as pessoas, seja através de meios alternativos ou não. (BRASIL, 2009). 2. Deficiência física A conceituação de Deficiência Física remete-se à legislação brasileira, que no artigo 70, inciso I do Decreto nº 5.296 - de 2 de dezembro de 2004 a redefine como uma Página 5 de 7 U N ÍN T E S E [ Conceituando deficiência física e mobilidade reduzida ] alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções. • Amputação – perda total ou parcial de um determinado membro ou segmento de membro; • Paraplegia – perda total das funções motoras dos membros inferiores; • Paraparesia – perda parcial das funções motoras dos membros inferiores; • Monoplegia – perda total das funções motoras de um só membro (inferior ou superior); • Monoparesia – perda parcial das funções motoras de um só membro (inferior ou superior); • Tetraplegia – perda total das funções motoras dos membros inferiores e superiores; • Tetraparesia – perda parcial das funções motoras dos membros inferiores e superiores; • Triplegia – perda total das funções motoras em três membros; • Triparesia – perda parcial das funções motoras em três membros; • Hemiplegia – perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo); • Hemiparesia – perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo); • Ostomia – intervenção cirúrgica que cria um ostoma (abertura, ostio) na parede abdominal para adaptação de bolsa de fezes e/ou urina; processo cirúrgico que visa à construção de um caminho alternativo e novo na eliminação de fezes e urina para o exteriordo corpo humano (colostomia: ostoma intestinal; urostomia: desvio urinário); • Paralisia Cerebral – lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso central, tendo como conseqüência alterações psicomotoras, podendo ou não causar deficiência mental; • Nanismo – deficiência acentuada no crescimento. É importante ter em mente que o conceito de deficiência inclui a in capacidade relativa, parcial ou total, para o desempenho da atividade dentro do padrão considerado normal para o ser humano. Esclarecemos que a pessoa com deficiência pode desenvolver atividades laborais desde que tenha condições e apoios adequados às suas características. (BRASIL: MTE, 2007, p.23- 24). Página 6 de 7 [..Conceituando deficiência física e mobilidade reduzida ] U N ÍN T E S E A deficiência física compromete a função motora, envolvendo principalmente o sistema nervoso central e periférico, a partir de malformações, doenças degenerativas ou lesões no cérebro, na medula e ainda por distúrbios e doenças nos músculos, nas articulações e na coluna vertebral. Ainda há as deformidades ou malformações de membros do corpo de origem congênita ou adquirida. É comum percebermos deformidades e malformações nos dedos da mão e dos pés, do tornozelo e do pé, mão e pé em garra, desigualdade no comprimento dos membros, dentre muitos outros. As causas são as mais diversas: Paralisia cerebral: por prematuridade, anóxia perinatal, desnutrição materna, rubéola, toxoplasmose, trauma do parto, subnutrição. Hemiplegias: por acidente vascular cerebral, aneurisma cerebral, tumor cerebral. Lesão medular: por ferimento por arma de fogo, ferimento por arma branca, acidentes de trânsito, mergulho em águas rasas, traumatismos diretos, quedas, processos infecciosos, processos degenerativos. Malformações congênitas: por exposição à radiação, uso de drogas, causas desconhecidas. Artropatias: por processos inflamatórios, degenerativos, alterações biomecânicas, hemofilia, distúrbios metabólicos e outros. (BRASIL, 2005, p.11-12). Salienta-se aqui, que dentre todas as formas que a deficiência física (DF) pode se apresentar, a paralisia cerebral com suas diversas classificações e desordens associadas, constitui-se como um dos maiores desafios da escola em relação à deficiência física, exigindo dos professores, maior entendimento a respeito. Essa exigência decorre principalmente, quando apresenta comprometimento intelectual ou problemas no desenvolvimento cognitivo, acrescida por entendimentos preconceituosos, associadas ao senso comum e aos “receios de se trabalhar com um estudante com paralisia cerebral”. Página 7 de 7 U N ÍN T E S E [ Conceituando deficiência física e mobilidade reduzida ] Referências Bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 2ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. BRASIL. A inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. 2. ed. Brasília: MTE, 2007. BRASIL. Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Dá prioridade de atendimento e estabelece normas e critérios para a promoção da acessibilidade às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil. Acesso em 20/01/2012. BRASIL. Saberes e práticas da inclusão - dificuldades de comunicação e sinalização: deficiência física. 3. ed. Brasília: MEC/SEESP, 2005. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%205.296-2004?OpenDocument http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5296.htm#art70
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