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Fundamentos de Expressão e Linguagem Tridimensional II

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LICENCIATURA EM
 ARTES VISUAIS 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E 
LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II
 
 
Semestre 6
Prof. Rubens de Souza
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II�
UNIMES VIRTUAL
L782c LOBO, Maurício Nunes
 Curso de Pedagogia: Atividades Curriculares Acadêmicas Adicionais (por)
 Prof. Maurício Nunes Lobo. Semestre 2. Santos:
 UNIMES VIRTUAL. UNIMES. 2006. 22p.
 
 1. Pedagogia 2. Atividades Curriculares Acadêmicas Adicionais.
 
 CDD 371
Universidade Metropolitana de Santos 
Campus II – UNIMES VIRTUAL
Av. Conselheiro Nébias, 536 - Bairro Encruzilhada, Santos - São Paulo
Tel: (13) 3228-3400 Fax: (13) 3228-3410
www.unimesvirtual.com.br
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
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FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II �
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UNIMES – Universidade Metropolitana de Santos - Campus I e III
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Bairro Vila Nova, Santos - São Paulo - Tel.: (13) 3226-3400
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Prof.ª Renata Garcia de Siqueira Viegas da Cruz
Reitora da UNIMES
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Secretária Geral
mailto:infounimes@unimes.br
www.unimes.br
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II�
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EQUIPE UNIMES VIRTUAL
Diretor Executivo
Prof. Eduardo Lobo
Supervisão de Projetos
Prof.ª Deborah Guimarães
Prof.ª Doroti Macedo
Prof.ª Maria Emilia Sardelich
Prof. Sérgio Leite
Grupo de Apoio Pedagógico - GAP
Prof.ª Elisabeth dos Santos Tavares - Supervisão
Prof.ª Denise Mattos Marino
Prof.ª Joice Firmino da Silva
Prof.ª Márcia Cristina Ferrete Rodriguez
Prof.ª Maria Luiza Miguel
Prof. Maurício Nunes Lobo
Prof.ª Neuza Maria de Souza Feitoza
Prof.ª Rita de Cássia Morais de Oliveira
Prof. Thiago Simão Gomes
Angélica Ramacciotti
Leandro César Martins Baron
Grupo de Tecnologia - GTEC
Luiz Felipe Silva dos Reis - Supervisão
André Luiz Velosco Martinho
Carlos Eduardo Lopes
Clécio Almeida Ribeiro
Grupo de Comunicação - GCOM
Ana Beatriz Tostes
Carolina Ferreira
Flávio Celino
Gabriele Pontes
Joice Siqueira
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Marcos Paulo da Silva
Nildo Ferreira
Ronaldo Andrade
Stênio Elias Losada
Tiago Macena
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Grupo de Design Multimídia - GDM
Alexandre Amparo Lopes da Silva - Supervisão
Francisco de Borja Cruz - Supervisão
Alexandre Luiz Salgado Prado
Lucas Thadeu Rios de Oliveira 
Marcelo da Silva Franco
Secretaria e Apoio Administrativo
Camila Souto
Carolina Faulin de Souza
Dalva Maria de Freitas Pereira
Danúsia da Silva Souza
Raphael Tavares
Sílvia Becinere da Silva Paiva
Solange Helena de Abreu Roque
Viviane Ferreira
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II �
UNIMES VIRTUAL
AULA INAUGURAL
Bem-vindo!
Escultura é a arte de representar imagens plásticas em relevo total ou par-
cial. Há uma diversidade de técnicas e materias, mas as mais conhecidas 
são a fundição e a modelagem para criar objetos tridimensionais. 
Verificamos na história das artes que os materiais duráveis, como pedra, 
mármore, granito, bronze, ouro e outros foram os mais utilizados pelos 
artistas. No entanto, há registros de esculturas com materiais menos con-
vencionais, como manteiga, gelo, areia, cera etc.
No decorrer de nossas aulas analisaremos algumas técnicas e materiais, 
sobretudo que, no período da modernidade, os artistas escultores viven-
ciaram uma época de grande conflito no que diz respeito às investigações 
estéticas, espaço e tempo. Assim, a arte escultórica abre diversas possi-
bilidades para apropriação de espaços públicos, percepção da tridimensio-
nalidade e novas experiências na manipulação de massas e blocos. 
Vale lembrar que as obras de Rodin anunciam a escultura moderna, assim 
como Cézanne precursionou a “nova pintura”. Verificamos que a escultura 
discutirá, entre outras coisas, o subjetivismo.
Analisaremos alguns fundamentos relacionados à tridimensionalidade, 
seguindo as sintaxes da escultura. Será fundamental estudarmos e viven-
ciarmos algumas técnicas escultóricas, e, para tanto, identificaremos al-
guns materiais e técnicas. Assim, você terá condições de correlacionar as 
manifestações escultóricas na trajetória da história da arte.
Saudações cordiais,
Prof. Rubens de Souza
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II�
UNIMES VIRTUAL
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II �
UNIMES VIRTUAL
Índice
Unidade I - Representação tridimensional ......................................................... 11
Aula: 01 - Representação bidimensional ..................................................................... 12
Aula: 02 - Representação tridimensional ..................................................................... 19
Aula: 03 - Representação tridimensional com sólidos geométricos – Parte I .............. 22
Aula: 04 - Representação tridimensional com sólidos geométricos – Parte II ............. 25
Aula: 05 - Representação tridimensional: sobreposição / justaposição e tipos de 
 formas ........................................................................................................ 29
Aula: 06 - Volume ........................................................................................................ 33
Aula: 07 - Escultura ..................................................................................................... 35
Aula: 08 - Relevo - Rebaixo ......................................................................................... 40
Resumo Unidade I ....................................................................................................... 43
 
Unidade II - Sintaxe para escultura ................................................................... 47 
Aula: 09 - Espaço negativo e positivo ......................................................................... 48
Aula: 10 - Espaço ........................................................................................................ 51
Aula: 11 - Estrutura tridimensional – Parte I ................................................................ 54
Aula: 12 - Estrutura tridimensional – Parte II ............................................................... 57
Aula: 13 - Estrutura tridimensional – Parte III .............................................................. 62
Aula: 14 - Estrutura tridimensional – Parte IV .............................................................. 66
Aula: 15 - Estrutura tridimensional – Parte V ............................................................... 70
Aula: 16 - Estrutura tridimensional – Parte VI .............................................................. 74
Resumo Unidade II ...................................................................................................... 78
 
Unidade III - Materiais e técnicas ...................................................................... 83 
Aula: 17 - Materiais e técnicas – Parte I ..................................................................... 84
Aula: 18 - Materiais e técnicas – Parte II .................................................................... 88
Aula: 19 - Materiais e técnicas – Parte III ................................................................... 92
Aula: 20 - Materiais e técnicas – Parte IV ................................................................... 96
Aula: 21 - Materiais e técnicas – Parte V .................................................................... 99
Aula: 22 - Materiais e técnicas – Parte VI .................................................................103
Aula: 23 - Materiais e técnicas – Parte VII ................................................................ 105
Aula: 24 - Materiais e técnicas – Parte VIII ............................................................... 108
Resumo Unidade III ................................................................................................... 110
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II10
UNIMES VIRTUAL
Unidade IV - Escultura, objetos e outros ........................................................ 113 
Aula: 25 – Escultura, objetos e outros – Parte I......................................................... 114
Aula: 26 – Escultura, objetos e outros – Parte II ........................................................ 115
Aula: 27 – Escultura, objetos e outros – Parte III ....................................................... 118
Aula: 28 – Escultura, objetos e outros – Parte IV ...................................................... 120
Aula: 29 – Escultura, objetos e outros – Parte V ....................................................... 123
Aula: 30 – Escultura, objetos e outros – Parte VI ...................................................... 126
Aula: 31 – Escultura, objetos e outros – Parte VII ..................................................... 128
Aula: 32 – Escultura, objetos e outros – Parte VIII .................................................... 130
Resumo Unidade IV ................................................................................................... 132
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 11
UNIMES VIRTUAL
Unidade I
Representação tridimensional
Objetivos
Identificar as principais questões da escultura e identificar procedimentos de 
preparação e execução de uma obra escultórica a partir de experimentações e 
técnicas dessa expressão artística.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
Aula: 01 - Representação bidimensional
Aula: 02 - Representação tridimensional
Aula: 03 - Representação tridimensional com sólidos geométricos – Parte I
Aula: 0� - Representação tridimensional com sólidos geométricos – Parte II
Aula: 0� - Representação tridimensional: sobreposição / justaposição e tipos de 
 formas
Aula: 0� - Volume
Aula: 0� - Escultura
Aula: 0� - Relevo - Rebaixo
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II12
UNIMES VIRTUAL
Aula: 01
Temática: Representação bidimensional
Nesta nossa primeira aula estudaremos os principais ele-
mentos da representação bidimensional e que serão relacio-
nados aos elementos tridimensionais! Boa aula!
Como já foi visto na disciplina de arte bidimensional, destacamos os elemen-
tos do desenho em: elementos conceituais, visuais, relacionais e práticos.
Vale lembrar que os elementos conceituais só existem na teoria, ou seja, 
não são visíveis e são denominados por: PONTO, LINHA e PLANO.
PONTO 
Um ponto determina posição. Ele não tem comprimento nem largura. Não 
ocupa nenhuma área ou espaço. É o início e o fim de uma linha; onde há 
duas ou mais alinhas que se cruzam, formará um ponto. Identificamos o 
Ponto com letras maiúsculas do nosso alfabeto. 
Figura 1 – Representação do ponto
LINHA 
À medida que um ponto se movimenta, sua trajetória se torna uma linha. 
A linha não tem largura. Tem posição e direção. É limitado por pontos, e 
forma o contorno do plano. A linha é identificada por letras minúsculas do 
nosso alfabeto. 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 13
UNIMES VIRTUAL
 
Figura 2 – Representação de linha
PLANO 
A trajetória de uma linha em movimento diferente de sua direção intrínse-
ca se torna um plano. Um plano tem comprimento e largura, mas não tem 
espessura. Tem posição e direção. É limitado por linhas. Define os limites 
externos de um volume. 
Figura 3 – Representação de plano
VOLUME 
A trajetória de um plano se torna volume. Tem posição no espaço e é limi-
tado por planos. No desenho bidimensional o volume é ilusório. 
Figura � – Representação de volume
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II1�
UNIMES VIRTUAL
Assim, nas representações bidimensionais, obtemos basicamente o com-
primento e a largura dos formatos criados, que podem ser figurativos ou 
abstratos. Observamos que esta conjugação estabelece uma superfície 
plana.
Observe os exemplos abaixo: 
 
Figura � – Exemplo de representação bidimensional
No entanto, a relação tridimensional é identificada nos objetos, na natureza, 
nos desenhos e em quase tudo que observamos. Em alguns desenhos, a ima-
gem plana adquire três dimensões: comprimento, largura e altura, ou, em de-
terminados casos, volume, profundidade e diferentes relações espaciais.
 
Figura � – Representação tridimensional
 
Evidentemente, a representação tridimensional se torna mais complexa 
por estabelecer diferentes relações espaciais.
Os fundamentos dessa relação propiciam a criação escultórica e a pictóri-
ca. Desta forma, evidenciam-se possibilidades tri e bidimensionais, a par-
tir da relação de profundidade e fluxo do espaço em diferentes materiais 
e técnicas.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 1�
UNIMES VIRTUAL
Ao imaginar uma relação tridimensional, inferimos, basicamente, três 
dimensões: o comprimento, a largura e profundidade que, por sua vez, 
estabelecem direções distintas entre si, horizontalidade, verticalidade e 
transversalidade, ou seja, direções que partem de cima para baixo, da es-
querda para a direita e para frente e para trás. Assim, identificamos planos 
distintos: o plano horizontal, vertical e transversal.
 
 
 
Figura � – Representação de planos
A tridimensionalidade irá configurar uma forma, onde será possível, em 
suas faces (lados), apresentar diferentes formatos.
A linha determina um plano. Vários planos determinam o volume e cada 
plano é uma seção transversal de um volume. Eis a relação volumétrica.
Ficará mais fácil visualizarmos, inicialmente, os sólidos geométricos para 
as análises e identificação dos elementos construtivos, que são:
VÉRTICE
Identifica-se pelo encontro de vários planos, interna ou externamente, a 
partir de um ponto conceitual. 
 
 
 
Figura 8 – Identificação de vértice
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II1�
UNIMES VIRTUAL
ARESTA
Quando dois planos não paralelos são unidos ao longo de uma reta concei-
tual, interna ou externamente. 
 
 
Figura 9 – Identificação de aresta.
FACE
Quando um plano está fisicamente presente e se torna uma superfície, o 
que determina um volume. 
 
Figura 10 – Identificação de face.
No exemplo acima identificamos oito vértices, doze arestas e seis faces, 
mas há sólidos geométricos com graus de complexidade maiores e formas 
geométricas diferentes que estabelecem novas relações. Estudaremos nas 
próximas aulas outras possibilidades.
 
Exercício
Neste exercício verificaremos, na prática, como é possível migrar de uma 
relação bidimensional para a tridimensional.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 1�
UNIMES VIRTUAL
Desenvolva uma caixa a partir de sua planificação. Veja o exemplo:
 
 
 
Exercício 
 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II1�
UNIMES VIRTUAL
Verificamos, nesta aula, os principais elementos que com-
põem sólidos geométricos. Com isso, constatamos planos 
distintos: vertical, horizontal e transversal. Vale lembrar que 
o formato tridimensional propicia ao observador olhares de diferentes la-
dos. Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 1�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 02
Temática: Representação tridimensional
Nesta aula estudaremos os elementos bidimensionais que 
criam relevos e formas tridimensionais. Boa aula!
Como foi mencionado na aula anterior, Forma é um termo próximo do termo 
formato, assim como nas figuras planas há diversos formatos na tridimen-
sionalidade e os identificamos por pertencerem à forma. Há uma estrutura 
que rege os formatos e podemos denominá-las unidades. Tais unidades 
podem ser empregadasem repetição ou em gradação. A repetição signifi-
ca que as unidades de forma são idênticas em formato, tamanho, textura e 
cor. O formato é o elemento visual importante das unidades da forma.
Repetição de unidades 
No exemplo ao lado, observamos a seqüência de formatos que se repetem. 
É possível obter mudanças gradativas nos formatos, como a alternância 
de tamanho, posição, cor, textura etc. 
 
Figura 1 – Representação de formatos que se repetem
 
 
Figura 2 – Representação de linha
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II20
UNIMES VIRTUAL
Desse modo, podemos pensar em formas bidimensionais que vão adqui-
rindo relevos e saliências até chegar às formas volumétricas.
Podemos desenvolver várias possibilidades de relevos em 
papel cartonado aplicando diferentes formatos. Verifique o 
exemplo abaixo:
 
Figura 3 – Com um pedaço de papel cartonado do tipo cartolina, papel du-
plex e outros, foi traçado o formato desejado. Em seguida, deve-se recor-
tar, com a ajuda de um estilete, e levantar o formato para gerar o relevo.
 
Figura � – Exemplo de relevos criados em papel cartonado.
 
Os resultados obtidos são impressionantes e podem ser aplicados em ma-
teriais mais sofisticados, como ferro, madeira, acrílico etc.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 21
UNIMES VIRTUAL
 
Visite os sites e veja um exemplo 
(sites acessados em 26/02/2008):
http://www.mac.usp.br/exposicoes/01/acolecao/galeria4.html
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.
cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=914&cd_item=2&cd_
idioma=28555
http://www.comartevirtual.com.br/ac-de14.htm
http://www.lygiaclark.org.br/
A artista Lygia Clark, gradualmente, abandona a pintura pela experiência 
com objetos tridimensionais, e passa para proposições que prescindem 
da materialidade da obra. Entre 1960 e 1964, passou a produzir as séries 
Não-Objetos e Os Bichos – constituindo-se de diferentes materiais e cha-
pas metálicas geométricas que se articulam por meio de dobradiças e 
requerem a co-participação do espectador.
 
Exercício
 
• Com uma folha de papel cartonado, no formato A 4, desenvolva relevos 
conforme o exemplo apresentado nesta aula.
 
Verificamos nesta aula as diferenças entre forma e formato, 
bem como é possível projetar relevos e saliências a partir de 
recortes em diferentes materiais, cujos resultados apresen-
tados são de grande expressão artística. 
http://www.mac.usp.br/exposicoes/01/acolecao/galeria4.html
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=914&cd_item=2&cd_idioma=28555
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=914&cd_item=2&cd_idioma=28555
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=914&cd_item=2&cd_idioma=28555
http://www.comartevirtual.com.br/ac-de14.htm
http://www.lygiaclark.org.br/
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II22
UNIMES VIRTUAL
Aula: 03
Temática: Representação tridimensional 
 com sólidos geométricos – Parte I
 
Nesta aula estudaremos os recursos da planificação de só-
lidos geométricos que contribuem para a tridimensionalida-
de. Boa aula!
Os sólidos geométricos podem ser obtidos a partir da re-
presentação no plano, ou seja, é a porção finita do espaço 
limitada por superfícies planas ou curvas. Esta representa-
ção permite a visualização e a compreensão de suas características. Suas 
superfícies são formadas por figuras planas: triângulos, quadriláteros etc. 
No entanto, há sólidos que apresentam outros aspectos, como cilindros, 
cones, esferas etc. No primeiro caso denominamos poliedros e os que não 
seguem esta relação chamamos, simplesmente, de não poliedros. 
Os poliedros podem ser classificados em regulares e irregulares. Os po-
liedros regulares possuem: vértice, aresta e lados ou faces. O não po-
liedro é todo sólido geométrico limitado por superfícies curvas ou mesmo 
por superfície curvas e planas.
Verifique o exemplo abaixo:
 
 
Figura 1 – Planificação de cilindro.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 23
UNIMES VIRTUAL
 
Planificação de cilindro.
Verifique este outro exemplo:
 
 
 
 
 
Figura 2 – Planificação de cilindro de base não paralela
Para esta planificação foi feito da seguinte forma: acha-se o diâmetro médio 
e desenha-se inicialmente a frente do cilindro. A seguir, traça-se o semicír-
culo na base inferior dividindo-o em partes iguais, “1,2,3,4,5,6,7”. A partir 
desses pontos serão encontrados os pontos “1´, 2´, 3´, 4´, 5´, 6´, 7´” 
com perpendiculares na base inclinada. Multiplica-se o diâmetro por 3,142 
e sobre uma reta deverá ser traçada, ao lado, para marcar o comprimento 
encontrado. Divide-se a reta em partes iguais, que estão denominadas por 
letras. Por estas divisões serão levantadas perpendiculares que cruzarão 
com as linhas verticais que saem dos pontos da base inclinada do cilindro. 
Finalmente, unem-se estes pontos com o auxílio de uma régua flexível.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II2�
UNIMES VIRTUAL
Evidentemente, não necessitaremos aprofundar esses estudos de plani-
ficação. No entanto, eles são úteis para que, cada vez mais, possamos 
ampliar nossa visão espacial. Iniciar com os sólidos geométricos torna 
muito mais fácil a apreensão de alguns critérios que serão debatidos nos 
próximos encontros.
 
Exercício
 
• Desenvolva a planificação de um cilindro de base não paralela, sabendo 
que seu diâmetro mede 5,0 cm, sua altura 6,0 cm e sua base superior 
estão inclinadas a 30 graus.
 
Nesta aula analisamos a planificação de sólidos geométri-
cos e estudamos poliedros e não poliedros. Até a próxima 
aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 2�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Representação tridimensional 
 com sólidos geométricos – Parte II
 
Na continuidade de nossas análises verificaremos alguns 
aspectos da escultura moderna, sobretudo como manifes-
tação artística espacial diferenciando-se das outras expres-
sões da arte. Boa aula!
Observamos nas aulas anteriores que as relações bidimensionais são for-
temente permeadas por linhas e prenunciam a incursão na tridimensiona-
lidade, ou seja, a geometria propicia o corte geométrico, a justaposição à 
sobreposição, entre outros. Com isso, há um sentido construtivo. Essas 
linhas são frestas, sulcos, vincos e articulam a superfície modulada para a 
planificação e os princípios da tridimensionalidade.
Verifique um exemplo:
 
Figura 1 – O Quirigame estabelece a relação tridimensional
Ori = dobra em japonês; Kiri = corte em japonês; game = papel.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II2�
UNIMES VIRTUAL
No exemplo sugerido do quirigame podemos explorar a tridimensionalida-
de de maneira criativa e chegar a resultados ainda não explorados. Obser-
ve outro exemplo:
 
 
Figura 2 – Dobradura em papel. Barquinho
Muitas crianças brincam com dobraduras de papel e constroem barco, 
avião etc., o que parece fazer parte de seu universo lúdico. No entanto, se 
observarmos atentamente os significados de uma simples dobradura em 
papel, poderemos nos surpreender com resultados mais complexos e, até 
mesmo poéticos. Veja:
 
Figura 3 - Dobradura em papel color set.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 2�
UNIMES VIRTUAL
As possibilidades são muitas e, quando pensamos que esse pedaço de pa-
pel dobrado na figura acima poderia estar em uma chapa de metal, acrílico, 
madeira ou mesmo em ferro, somos capazes de imaginar que esse estudo 
poderia ser uma obra de arte que deveria estar dentro de um museu. Você 
achou exagero de minha parte? Então eu o convido a visitar o site de Franz 
Weissmann: http://fw.art.br/index.htm (acesso em 28/02/2008).
O efeito plástico que uma simples tira de papel é capaz de produzir é im-
pressionante. Com ele podemosproduzir diferentes estudos para, em se-
guida, aplicá-los em materiais nobres e duráveis, capazes de resistir à 
ação do tempo.
 
Figura � – Estudo feito com papel cartão.
 
Figura 5 – Escultura Parcerias, Autor desconhecido. Bahia.
http://fw.art.br/index.htm
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II2�
UNIMES VIRTUAL
Portanto, toda arte representada por relevo total ou parcial 
denominamos escultura artística, e pode ser trabalhada em 
vários materiais e em diferentes processos, como: 
• Cinzelar: a partir de instrumento manual que possui em sua extremida-
de lâmina de metal resistente e aguçada, capaz de entalhar, esculpir, cortar 
ou gravar materiais duros (madeira, ferro, pedra etc.). 
• Fundir: dissolver metais, para moldar ou vazar peças escultóricas.
• Moldar: confeccionar fôrmas para reprodução ou criar peças escultóri-
cas dando formas e contornos.
 
Exercício
 
• A partir da técnica de dobradura, ou mesmo quirigame, desenvolva es-
tudos tridimensionais.
 
Se achar conveniente visite o site, você encontrará alguns 
exemplos de dobraduras: http://sti.br.inter.net/cvricas/class/
Origami.htm - acesso em 28/02/2008.
Lembre-se de que pretendemos investigar possibilidades tridimensionais a 
partir de estudos com dobraduras em papel.
 
Nesta aula analisamos o desenvolvimento de estudos com 
dobraduras em papel para conquistar espacialidade e tridi-
mensionalidade. Até a próxima aula! 
http://sti.br.inter.net/cvricas/class/Origami.htm
http://sti.br.inter.net/cvricas/class/Origami.htm
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 2�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Representação tridimensional: 
sobreposição / justaposição e tipos de formas
 
Na continuidade de nossas análises verificaremos alguns 
aspectos da escultura moderna, sobretudo como manifes-
tação artística espacial diferenciando-se das outras expres-
sões da arte. Boa aula!
A história da escultura moderna é incompleta sem a dis-
cussão das conseqüências temporais da própria história da 
arte. Torna-se difícil entender o caráter nômade da escultura 
moderna. A escultura é um meio situado de modo particular que permeia 
quietude e movimento, tempo parado e tempo que transcorre. Essa tensão 
redefine a real condição da escultura e deriva seu poder expressivo.
Vale relembrar Auguste Rodin em sua obra Porta do Inferno (1880-1887), 
que determina em certa medida os princípios da escultura moderna, na 
medida em que problematiza o fluxo do tempo, ao estabelecer parâmetros 
diferentes em termos de materiais, formas e proporções. Certamente, Ro-
din não é o único artista que aponta para o futuro das artes, embora traga 
alguns elementos novos para a sua visão escultórica. Sua modernidade 
oscila entre elementos tradicionais e inovadores, entre a concepção hu-
manista e monumental da escultura e o interesse por formas tensionadas, 
sensíveis à luz e à poética do fragmento inacabado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – A porta do Inferno de A. Rodin
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II30
UNIMES VIRTUAL
Veja como alguns elementos podem ser identificados: Podemos encontrar 
resíduos neoclássicos e românticos, bem como elementos acadêmicos 
que convivem com o incompleto (o caráter impressionista).
Vale dizer que a escultura clássica representa o antropomorfismo – es-
culturas de formas humanas – em que se adquiriu algo que ia além do 
equilíbrio e da perfeição das formas, como no período arcaico os gregos 
começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de homens. Primei-
ramente, apareceram esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal, 
com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse 
tipo de estátua é chamado Kouros (do grego Kóros: jovem guerreiro). 
 
Figura 2 – A porta do Inferno de Rodin.
Verificamos no exemplo de A porta do inferno de Rodin que esses ele-
mentos já não fazem parte dos valores estéticos de sua época. Ainda, é 
possível ver:
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 31
UNIMES VIRTUAL
• sobreposição: ato ou efeito de sobrepor;
• justaposição: ato ou efeito de justapor, encontro de dois ou mais obje-
tos sem que nada os separe;
• volume: espaço tridimensional fechado por planos;
• formato geométrico: é um formato composto por linhas retas e/ou ar-
cos circulares;
• formato orgânico: um formato composto por linhas curvas que fluem 
suavemente;
• forma figurativa: é uma forma que representa algo existente em nosso 
ambiente cotidiano.
Quando olhamos atentamente a escultura de Rodin observamos os ele-
mentos mencionados. No entanto, vamos atentar para outro exemplo:
 
 
 
 
Figura 3 – Análise de estudo tridimensional.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II32
UNIMES VIRTUAL
Nesta aula analisamos alguns elementos pertencentes à es-
cultura de Rodin, utilizados na escultura moderna. Assim, 
tais elementos devem ser apreciados durante o processo de 
criação. Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 33
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Volume
 
Nesta aula discutiremos algumas categorias de volume.
 
Volume é o preenchimento de uma porção limitada do espaço tridimen-
sional. Essa limitação é que dá ao volume seu caráter, ou seja, sua forma. 
Como já foi dito, a forma é a limitação específica de um corpo. Assim, cada 
corpo preenche uma porção dentro de determinados limites, o que vale 
dizer que cada corpo tem seu volume específico. Esta configuração não é 
apenas utilitária, mas possui características psicoemocionais e estéticas. 
Isso explica a importância do volume nas artes. Na música, o volume se 
apresenta como a intensidade da voz ou do som emitido por instrumento 
ou aparelho acústico. Na escultura será o espaço tridimensional fechado 
por planos.
Figura 1 – Davi, Michelangelo, (1501-1504)
Nesta famosa escultura percebemos a FIGURA, ou seja, o formato ou for-
ma positiva que ocupa o espaço.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II3�
UNIMES VIRTUAL
 
Figura 2 – Volume de sólidos geométricos.
O volume também pertence aos sólidos geométricos e é delimitado por 
planos, arestas e vértices.
 
 
 
Figura 3 – escultura de Constantin Brancusi - 1���-1���.
Nesta belíssima escultura de Brancusi vemos perfeitamente o espaço po-
sitivo, ou seja, o espaço ocupado por um formato totalmente preenchido.
Volume é a grandeza física que indica a quantidade de maté-
ria presente em um corpo. Devemos lembrar que, na relação 
bidimensional, desenho, gravura e pintura são os efeitos ob-
tidos com a quantidade de luz ou linhas na apresentação de massas, dando 
a ilusão de tridimensionalidade a uma composição em duas dimensões.
Lembre-se de que o volume é o preenchimento de uma porção 
limitada do espaço tridimensional. Assim, observamos que a 
forma é a limitação específica do corpo ou objeto artístico. 
Cada corpo preenche uma porção dentro de determinados limites, precisa-
mente, por terem formas diferentes. Isso explica o fato de seus pares se 
avolumarem de acordo com as características da forma. Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 3�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Escultura
Nesta aula falaremos sobre escultura, porém, sob o olhar 
cauteloso e apreciativo dos fundamentos que permeiam a 
tridimensionalidade. Certamente, quanto mais atentos esti-
vermos, as possibilidades de nossa crítica e criatividade se ampliarão ao 
vivenciarmos algumas atividades propostas. Boa aula!
A escultura se faz, fundamentalmente, por ser constituída de materiais 
sólidos e por ter três dimensões. Sua percepção não é somente visual, 
pois ela pode ser tocada e vista de vários ângulos, muito embora e em 
muitos locais haja proibição do tocar. A palavra escultura vem de scul-
pere, entalhar, embora o segundo método preferido em escultura não re-
corra ao entalhe, mas a um processo de construção que utiliza materiais 
maleáveis, como argila, cera, entre outros. Há também materiais como 
plástico, madeira,ferro, metais e ligas metálicas, bronze etc. Os diferentes 
tipos de pedras, mármore, em muitos casos, são materiais quebradiços e 
necessitam de técnicas precisas. Vale dizer que, ao projetar uma escultura 
em qualquer material possível e disponível, será ideal projetá-lo antes de 
sua execução.
Projetar uma obra tridimensional requer esboços bidimen-
sionais que permitam uma reflexão de diferentes ângulos da 
obra que será criada.
Portanto, ao pensar numa escultura em argila, devemos esboçar a idéia 
pretendida. Isso valerá para qualquer material e a segunda etapa será o 
desenvolvimento de todo o processo escultórico. Devemos pensar no ma-
terial, recursos necessários para cada material utilizado, critérios técnicos, 
entre outros aspectos que serão abordados durante o módulo. Verifique o 
exemplo na página a seguir:
 
 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II3�
UNIMES VIRTUAL
Figura 1 – Esboço de escultura em pedra-sabão.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 3�
UNIMES VIRTUAL
 
Figura 2 - Escultura: Pedra-sabão. Autor: Rubens de Souza – Em processo.
Verifique que neste trabalho o esboço foi elaborado. Certamente, duran-
te o processo de execução, algumas modificações são inevitáveis. Tentei 
mostrar de vários ângulos a cabeça que se encontra em processo de exe-
cução. É possível perceber partes brutas e sem nenhum tratamento na 
pedra-sabão.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Suporte em acrílico. Em processo.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II3�
UNIMES VIRTUAL
Pretendo, com esse trabalho, associar acrílico, pedra-sabão e projeção de 
imagens. O suporte em acrílico deverá suportar a escultura que mede 40 
centímetros de altura por 20 centímetros, aproximadamente, de diâmetro. O 
suporte será permeado por uma mídia para projeção de imagens. Ainda há 
etapas que serão testadas antes de sua finalização. Mas o importante até 
aqui é justamente perceber que há um projeto inicial. Este projeto pode até 
ser descrito, relatado, por meio de fotografias dos processos, enfim, o regis-
tro de cada etapa ajudará na crítica e na criação das próximas esculturas.
Ao iniciar sua pesquisa, pense primeiramente no problema. 
O problema não se resolve por si só. No entanto, contém já 
todos os elementos para sua solução, pois é necessário co-
nhecê-los e utilizá-los no projeto durante sua execução. Assim, devemos 
sintetizar os elementos que compõem o início do método escolhido.
 
Exercício
 
Valorização da linha e de relevos
Material: madeira, giz de cera, massa corrida, espátula.
Técnica: 
• primeiramente, escolha um pedaço de madeira de aproximadamente: 
0,5 centímetro de espessura e 30 centímetros de comprimento por 20 
centímetros de largura;
• pinte aleatoriamente com o giz de cera uma face da madeira. Faça-o de 
maneira que a cera colorida fique bastante impregnada;
• cubra completamente a face colorida com massa corrida (aquela utiliza-
da em paredes). Forme uma camada espessa.
• Antes que a massa corrida seque por completo, faça um belo desenho, 
que pode ser abstrato ou figurativo. Elabore texturas no relevo, com a aju-
da de uma espátula, de maneira que ele possa ser um complemento à 
imagem desenhada.
Trabalharemos técnicas que saem do bidimensional e conquistam relevos 
até chegarmos ao tridimensional. 
Importante: lembre-se de que, se não houver planejamento prévio neste 
trabalho, você pode considerar uma técnica simplória e, na realidade, é 
possível desenvolver um belo trabalho.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 3�
UNIMES VIRTUAL
Verifique um exemplo feito por um jovem de 15 anos de idade. 
 
 
Daniel de Andrade - Desenho figurativo
Giz de cera e massa corrida s/ madeira – 1� X 3� cm. 200�.
O trabalho ganha um efeito fantástico, pois valoriza a linha colorida e o 
relevo extremamente branco.
 
Daniel de Andrade - Desenho figurativo
Giz de cera e massa corrida s/ madeira – 20 X 30 cm. 200�.
Lembre-se de que a maioria das pessoas procura encontrar imediatamente 
uma idéia para resolver o problema de criação. O adolescente resolveu de 
maneira simples e imediata. Tente fazer esta atividade e busque resultados 
mais complexos e com níveis de execução mais ousados.
Criatividade não significa improvisação sem método. Do con-
trário, as chances de não conquistar seu objetivo são muito 
maiores. A série de operações do método é feita de valores 
que se tornam instrumentos de trabalho nas mãos do artista criativo. Evi-
dentemente, o método não é absoluto nem definitivo; é algo que se pode 
modificar, quando encontramos novos objetivos durante um processo. Esse 
costume ocorre constantemente no processo de criatividade. Ficará um tanto 
mais fácil quando iniciarmos por ações que conhecemos, como foi no meu 
caso: iniciei uma escultura por seu desenho (esboço). Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II�0
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Relevo - Rebaixo
Nesta aula falaremos sobre escultura, porém sob o olhar 
cauteloso, apreciativo dos fundamentos que permeiam a 
tridimensionalidade. Certamente, quanto mais atentos esti-
vermos, as possibilidades de nossa crítica e criatividade se ampliarão ao 
vivenciarmos algumas atividades propostas. Boa aula!
Vamos relembrar o Cubismo?
Situa-se no início da fase final da destruição da figura, que começou no 
Impressionismo. Tinha por objetivo atomizar o objeto, destruindo-o e in-
troduzindo no quadro a noção de tempo. No cubismo, não se tratava mais 
de imitar a natureza, mas de inventar a partir de certos emblemas, de 
conceitos. O Cubismo rejeita tudo o que é movimento atmosférico, pro-
curando a cristalização do objeto (sua cubização), as suas propriedades 
permanentes. Caracteriza-se por utilizar objetos simples, desprovidos de 
conotação literária ou dramática, como casas, garrafas, copos, frutas e 
tudo é geometricamente reduzível e de fácil identificação.
 
Pablo Picasso. Guitarra, 1924.
O período do Cubismo parece oferecer fortes elementos para a produção de 
trabalhos. No texto inicial, identificamos aspectos elementares do cubis-
mo, como a fragmentação de um corpo em unidades menores. Quando ob-
servamos alguns artistas e suas obras, percebemos várias possibilidades 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II �1
UNIMES VIRTUAL
tridimensionais. Podemos imaginar sólidos geométricos, como cilindros, 
cubos, pirâmides, entre outros, e até mesmo sobreposições de superfícies 
planas. Notamos, ainda, vários relevos que fazem parte de um conjunto de 
saliências e reentrâncias de uma superfície.
Lembre-se de que identificamos novos componentes de um 
problema, ou seja, de que tentaremos estabelecer a relação 
tridimensional a partir de relevos que serão criados. Assim, 
devemos observar atentamente quais são os critérios mínimos que identi-
ficam formas e formatos em situação diferente da relação bidimensional.
Nesse momento, devemos conhecer os componentes pertencentes a esta 
relação: bi e tridimensional. Quando conhecemos tais elementos, dificil-
mente surge uma idéia genial, justamente, porque não coletamos os dados 
que se apresentam.
A essência do processo criativo é a produção do novo e do original. Assim, 
a bissociação estabelece a conexão de vários níveis para o problema que 
se apresenta - em nosso caso, o problema da criação de tridimensionais. 
Para tanto, teremos o arranjo coerente de elementos que se relacionam e 
determinam o que é tridimensionalidade, bem como outros elementos que 
determinam o belo (beleza esteticamente aceita) e critérios técnicos. Fre-
qüentemente, necessitamos de referências (referência estética, referência 
de técnicas e outros) para que todo o contexto contribua para a associa-
ção de dados. Por fim, há criação.
 
Visite os sites abaixo (acesso em 28/02/2008):
 
http://br.youtube.com/watch?v=wYgAKJVNuAc
http://br.youtube.com/watch?v=Ag7szgLVIYs
 
Exercício
 
• Relevo e rebaixo
Material: estilete e sabão de coco.
Técnica: explorarrecortes no sabão de coco, que propiciem relevos e 
rebaixos. 
http://br.youtube.com/watch?v=wYgAKJVNuAc
http://br.youtube.com/watch?v=Ag7szgLVIYs
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II�2
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Importante: lembre-se de que, se não houver planejamento prévio neste 
trabalho, os resultados podem parecer aquém de seus propósitos.
 
 
 
Rubens de Souza
Estudo de relevos e rebaixos
Sabão de coco – 3,0 X 7,0 X 9,0 cm. 2007.
 
Nesta aula relembramos aspectos importantes do Cubismo e 
as vantagens na aparência estética, quando aplicamos sali-
ências na superfície, bem como os rebaixamentos a partir da 
diminuição de alturas que provocam níveis diferentes de profundidades.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II �3
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Resumo – Unidade I
Verificamos, inicialmente, os principais elementos que com-
põem sólidos geométricos. Com isso, constatamos planos 
distintos: vertical, horizontal e transversal. Vale lembrar que o 
formato tridimensional propicia, ao observador, olhares de diferentes lados.
Verificamos as diferenças entre forma e formato, bem como é possível 
projetar relevos e saliências a partir de recortes em diferentes materiais, 
cujos resultados apresentados são de grande expressão artística. Anali-
samos a planificação de sólidos geométricos e falamos sobre poliedros e 
não poliedros.
Foi analisado o desenvolvimento de estudos com dobraduras em papel 
para conquistar espacialidade e tridimensionalidade. Observamos alguns 
elementos pertencentes à escultura de Rodin e utilizados na escultura mo-
derna. Assim, tais elementos devem ser apreciados durante o processo 
de criação.
Lembre-se de que o volume é o preenchimento de uma porção limitada 
do espaço tridimensional. Assim, observamos que a forma é a limitação 
específica do corpo ou objeto artístico. Cada corpo preenche uma porção 
dentro de determinados limites, precisamente, por terem formas diferen-
tes, o que explica o fato de seus pares se avolumar de acordo com as 
características da forma.
Criatividade não significa improvisação sem método. Do contrário, as chan-
ces de não conquistar seu objetivo são muito maiores. A série de opera-
ções do método é feita de valores que se tornam instrumentos de trabalho 
nas mãos do artista criativo. Evidentemente, o método não é absoluto 
nem definitivo; é algo que se pode modificar, quando encontramos novos 
objetivos durante um processo. Esse costume ocorre constantemente no 
processo de criatividade. Ficará um tanto mais fácil quando iniciarmos por 
ações que conhecemos, como foi no meu caso: iniciei uma escultura por 
seu desenho (esboço).
Relembramos aspectos importantes do Cubismo e as vantagens na apa-
rência estética, quando aplicamos saliências na superfície, bem como os 
rebaixamentos a partir da diminuição de alturas que provocam níveis dife-
rentes de profundidades.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II��
UNIMES VIRTUAL
 
Referências Bibliográficas
 
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual. 12. ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 
2000.
HALLAWELL, Philip. À mão livre: a linguagem do desenho. Vol. I e II. São 
Paulo: Ed. Melhoramentos, 1994.
MOLINA, J. J. G. Lãs Lecciones del Dibujo. Madrid: Cátedra, 1995.
SOBRINO, Manzanares L. Escultura contemporanea en el espacio urba-
no. Espanha: Electa España, 1999.
 
Referências Bibliográficas complementares
 
HAYES, C. Guia completa de pintura e dibujo: técnicas y materiales. 
Madrid: H. Blume, 1981. 
MAYER, R. Manual do artista de técnicas e materiais. São Paulo: Mar-
tins Fontes, 1996.
OSTROWER, F. Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes, 
1997.
SHEEHAN, S. Manual do artista: de técnicas e materiais. 2. ed. São 
Paulo: Martins Fontes, 1999. 
SCOTT, R. G. Fundamentos del diseño. México: Linusa, 1999.
TUCKER, D.W. A linguagem da escultura. São Paulo: Cosac & Naif, 
1999.
WONG, W. Fundamentos Del Diseño bi y tridemensional. Barcelona: 
Gustavo Gilli, 1998.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II ��
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Exercício de auto-avaliação I
 
1) Podemos, então, destacar os elementos do desenho e agrupá-los da seguinte forma:
elementos conceituais, visuais, relacionais e práticos.
linha, ponto e plano.
linha, volume e perspectiva.
técnicas artísticas.
2) Quando as representações adquirem três dimensões, ou seja, comprimento, largura e 
altura, estabelecem:
relação métrica.
relação bidimensional.
elementos conceituais, visuais, relacionais e práticos.
relação tridimensional.
3) Conquistamos alterações nos formatos a partir de:
tamanho, posição, cor, textura, etc.
tamanho.
cortes tridimensionais.
tridimensionalidade.
4) Os poliedros regulares possuem:
perspectiva.
vértices.
vértices, arestas e lados ou faces. 
todos os poliedros são representações gráficas.
5) O não poliedro é:
todo sólido geométrico é limitado por superfícies curvas, ou mesmo superfície curvas e 
planas.
vértice, aresta e lados ou faces.
forma orgânica.
errado, toda forma geométrica tridimensional é um poliedro.
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
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FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II ��
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Unidade II
Sintaxe para escultura
Objetivos
Desenvolver teorias e a representação escultórica; identificar os fundamentos dos 
conhecimentos da geometria Euclidiana tridimensional sobre planos, diedro e trie-
dros para, assim, ampliar os conhecimentos sobre sólidos e corpos redondos.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
Aula: 0� - Espaço negativo e positivo
Aula: 10 - Espaço
Aula: 11 - Estrutura tridimensional – Parte I
Aula: 12 - Estrutura tridimensional – Parte II
Aula: 13 - Estrutura tridimensional – Parte III
Aula: 1� - Estrutura tridimensional – Parte IV
Aula: 1� - Estrutura tridimensional – Parte V
Aula: 1� - Estrutura tridimensional – Parte VI
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II��
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Aula: 0�
Temática: Espaço negativo e positivo
Nesta aula falaremos sobre algumas sintaxes importantes 
na composição estética da escultura. Boa aula!
Espaço: a extensão limitada em uma, duas ou três dimensões; distância, 
área ou volume determinado.
Em 1950, David Smith construiu seu Tanktotem I (acesse: http://www.
artagogo.com/News/davidsmith/davidsmith1.htm - acessado em 
28/02/2008). A composição da escultura, semelhante a uma lâmina, exibe 
um achatamento quase agressivo, contrapondo o volume à preocupação. 
Naquele momento, isso causou estranhamento de muitos.
O espaço positivo: espaço que é ocupado por um formato preenchido ou 
por uma forma positiva. Verifique:
 
 
Figura 1 – Rubens de Souza: Movimento 1, 1992. Concreto, 30 X 233,0 X 710,0. 
Estádio de Futebol de Diadema (Taperinha) SP.
Nessa escultura observamos o espaço positivo precisamente no volume 
pintado de vermelho, ao mesmo tempo em que observamos seu espaço 
negativo vazado.
http://www.artagogo.com/News/davidsmith/davidsmith1.htm
http://www.artagogo.com/News/davidsmith/davidsmith1.htm
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II ��
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Figura 2 - Rubens de Souza: Movimento 1, 1992. Concreto, 30 X 233,0 X 710,0. 
Estádio de Futebol de Diadema (Taperinha) SP.
Espaço negativo: Espaço que não é preenchido ou ocupado.
Nessa escultura observamos, também, a superfície que cobre o espaço 
definido pelo contorno de um formato. O plano também define os limites 
externos de seu volume.
Vale dizer que, além de o exemplo apresentar espaço ne-
gativo e positivo, é também uma estrutura poliédrica, ou 
seja, uma estrutura tridimensional com disposição regular 
de vértices, arestas e faces.
 
Exercício
 
• Relevo e rebaixo
 
Material: estilete e sabão de coco.
Técnica: explorar recortes no sabão de coco que propiciem espaços po-
sitivos e negativos.
 
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Figura 3 - Rubens de Souza, Estudo: positivo e negativo Sabão de coco – 
3,0 X 7,0 X 9,0 cm, 2007.
 
Figura � - Estudo de elementos: Positivo e negativo
 
Visite 
 
http://www.youtube.com/watch?v=Pl1LPXMHP68&mode=rela
ted&search=brancusi%20scoala%20privi%20sculptor%20roman 
acesso em 28/02/2008.
Nesta aula verificamos o espaço, ou seja, vazios que circun-
dam e se situam entre as formas. Entretanto, pode-se referir 
às formas como espaço ocupado, sendo os vazios espaços 
não ocupados. Até a próxima aula!
http://www.youtube.com/watch?v=Pl1LPXMHP68&mode=related&search=brancusi%20scoala%20privi%20sculptor%20roman
http://www.youtube.com/watch?v=Pl1LPXMHP68&mode=related&search=brancusi%20scoala%20privi%20sculptor%20roman
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Aula: 10
Temática: Espaço
Nesta aula falaremos sobre algumas sintaxes importantes 
na composição estética da escultura. Boa aula!
Como já havia observado, a escultura começou a modernizar-se paulati-
namente na última década do século XIX, quando houve mudanças fun-
damentais em sua inserção tradicional no espaço, e, conseqüentemente, 
em sua função social. Há certo distanciamento da lógica do monumento, 
nas representações (mimese), em que sua função estava na consagração 
comemorativa. Sem essa lógica, novos rumos surgiriam, porém, a escul-
tura estava acorrentada à tridimensionalidade. Isso explica o fato de que 
o espaço que a envolvia parece ser um forte elemento conceitual para as 
criações que surgiriam. 
Verificamos que, na obra de Brancusi, ainda não houve a exploração de 
formas abertas e a relação entre cheios e vazios. No entanto, ele abre esta 
possibilidade para a escultura moderna. Vale dizer que sua obra é diferente 
das esculturas tradicionais, em que volume e massa são contínuos das 
formas miméticas, observadas nas representações de figuras humanas 
e animais. Assim, a busca pela (re)organização do espaço radicalmente 
discutiria formas e volumes. Desta maneira, o bloco tradicional, explorado 
por Brancusi, é substituído por formas abertas, planos e curvas estrutural-
mente organizadas.
O período do Construtivismo teve papel fundamental nessas alterações e 
que mais tarde desembocou no concretismo e neoconcretismo. No Brasil, 
podemos citar alguns artistas como: Mavignier, Abraham Palatinik, Hélio 
Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Haroldo e Augusto de Campos, Amílcar 
de Castro e outros.
Ainda no Brasil, o manifesto neoconcreto dizia, entre outras coisas que 
expressão neoconcreto indica tomada de posição em face de arte não 
– figurativa “geométrica” (neoplasticismo, construtivismo, suprematismo, 
Escola de Ulm) e particularmente em face da arte concreta levada a uma 
perigosa exacerbação racionalista. O neoconcretismo, nascido da neces-
sidade de exprimir a complexa realidade do homem moderno dentro da lin-
guagem estrutural da nova plástica, nega a validez das atitudes cientificis-
tas e positivistas em arte e repõe o problema da expressão, incorporando 
as novas dimensões “verbais” criadas pela arte não-figurativa construtiva. 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II�2
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O racionalismo rouba à arte toda a autonomia transferindo-a para a objeti-
vidade científica. Assim, os conceitos de forma, espaço, tempo e estrutura 
que na arte estão ligados ao insólito são confundidos com a aplicação de 
teorias. Assim, a obra de arte não é máquina nem tão pouco “objeto”, mas 
um quase corpus, isto é, um ser cuja realidade não se esgota nas relações 
exteriores de seus elementos e que oferece abordagem fenomenológica.
 
 
 
Figura 1 - Rubens de Souza. Estudo nº �. 200�.
Visite
 
http://www.pitoresco.com/brasil/oiticica/oiticica.htm
http://www.artbr.com.br/casa/biografias/clark/
http://br.youtube.com/watch?v=XlGTPmhSpwA
http://br.youtube.com/watch?v=ldUQkXVWz4s
http://br.youtube.com/watch?v=TYRcKaXw6EQ
http://www.pitoresco.com/brasil/oiticica/oiticica.htm
http://www.artbr.com.br/casa/biografias/clark/
http://br.youtube.com/watch?v=XlGTPmhSpwA
http://br.youtube.com/watch?v=ldUQkXVWz4s
http://br.youtube.com/watch?v=TYRcKaXw6EQ
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II �3
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Vale dizer que a escultura abstrata no país nasceu das idéias 
concretistas, as quais amadureceram na experiência Neocon-
creta, quando pintura e escultura se contaminaram a tal ponto 
que é quase impossível pensar nelas separadamente. Até a próxima aula!
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Aula: 11
Temática: Estrutura tridimensional – Parte I
Nesta aula estudaremos os elementos construtivos elabora-
dos a partir de sólidos geométricos. Boa aula!
Com já vimos, o poliedro oferece recursos interessantes para a construção 
de objetos tridimensionais.
 
 
Figura 1 – Poliedro: octaedro possui oito faces, seis vértices e doze arestas, 
e sua base surge a partir de um triângulo eqüilátero.
 
 
 
Figura 2 – Dodecaedro - doze faces e icosaedro de vinte faces.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II ��
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Se o poliedro foi construído de modo a ser oco, o tratamento de face mais 
simples propicia formatos negativos em algumas de suas faces ou mesmo 
em todas. Veja o exemplo:
 
 
Figura 3 – Escultura em formato dodecaedro localizada no Memorial JK, Brasília.
 
Figura � – Construção simples do dodecaedro.
 
 
 
 
Figura 5 – Construção de dodecaedro e duas faces com perfil em negativo.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II��
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Evidentemente, para a construção de poliedro com detalhe em positivo, 
deverá ser acrescentado um elemento em sua face, ao contrário do espa-
ço vazio da figura 5.
 
Figura 4 – Exemplo de dodecaedro com espaços vazios (negativo) e faces planas.
Será possível também elaborar tratamentos nas arestas, conforme exem-
plo da figura 3.
 
Visite
 
http://www.moma.org/ - (acesso em 28/02/2008).
 
Exercício
 
Materiais: cartolina, lápis, compasso, estilete e cola.
Técnica: a partir do modelo dado, tente construir um dodecaedro.
 
Nesta aula estudamos a conjugação de poliedro e espaço 
positivo e negativo. Até a próxima aula!
http://www.moma.org/
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Aula: 12
Temática: Estrutura tridimensional – Parte II
Nesta aula estudaremos os elementos construtivos elabora-
dos a partir de sólidos geométricos. Boa aula!
O período expressionista foi rico na pintura e menos expressivo na escul-
tura. No entanto, Constantin Brancusi, um romeno que chegou a Paris em 
1904, estava interessado na simplicidade formal das esculturas primitivas. 
Isto é verificado em O Beijo.
 
Figura 1 – Constantin Brancusi. O Beijo. 1�0�. 
O primevalismo de Brancusi foi o ponto de partida de uma tradição escul-
tórica, o que atraiu vários escultores, particularmente artistas escultores 
ingleses, como nas obras de Henry Moore. 
Henry Moore tem interesse por arte e apreciou as obras de Michelangelo. 
Começou a esculpir em madeira e a modelar em argila. Não se adaptou 
aos ensinos acadêmicos e passou a desenvolver seus estudos a partir da 
observação direta da natureza. Influenciado pela escultura de Brancusi e 
Epstein, passou a esculpir em pedra. Seu trabalho notável destaca Moore 
no cenário mundial das artes como consagrado escultor.
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Figura 2 – Henry Moore. Mulher sentada, 1956/57.
Vale lembrar que na obra O Beijo pode-se observar a simplicidade dos 
cubos e seu rústico nos remete à escultura primitiva.
 
Figura 3 – Constantin Brancusi. O Beijo. 1�0�. 
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Verifique um estudo elaborado com massa de modelar:
 
Figura � - Rubens de Souza. Estudo com sólido. Massa de modelar
Na figura 4 observamos um cilindro feito com massa de modelar.
 
Figura � – Rubens de Souza. Estudo com sólido.
Na figura5 observamos o mesmo cilindro, porém, há um rebaixo transversal 
e outro lateral, em que um novo elemento foi acrescentado acima: a esfera.
Certamente, o estudo se apresenta simples e com pouca inventividade, mas 
notamos que ele nos oferece alguns parâmetros para o processo de criação.
 
Visite 
 
http://www.britishcouncil.org/br/brasil-arts-visual-electronic-arts-henry-
moore-biography.htm
http://www.britishcouncil.org/br/brasil-arts-visual-electronic-arts-henry-moore-biography.htm
http://www.britishcouncil.org/br/brasil-arts-visual-electronic-arts-henry-moore-biography.htm
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Exercício
 
Materiais: massa de modelar.
Técnica: a partir da massa de modelar, tente desenvolver relevos e rebai-
xos, vazados, positivos e negativos.
 
Nesta aula observamos que as estruturas poliédricas estão 
presentes em muitas obras. Evidentemente, o processo de 
criação do artista esculpirá detalhes poéticos que trans-
formam a matéria. A gestualidade impetuosa imprimirá dinamicamente 
o jogo do instável/estável, superfícies e vazios, cenas esculpidas. Até a 
próxima aula!
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Aula: 13
Temática: Estrutura tridimensional – Parte III
Na aula anterior verificamos que muitos artistas elaboram 
sua arte a partir dos sólidos geométricos. Em alguns momen-
tos, há manipulação dos sólidos de diferentes formas, e, em 
outras siatuações, eles se apresentam naturalmente, como é o caso de:
 
Visite
 
• Carlos Fajardo: seu trabalho oscila entre a racionalidade e a construção 
de peças, pois há sempre a presença de elementos e materiais que refor-
çam a idéia do construtivo:
http://www.eca.usp.br/nucleos/cms/F%C3%93LIO%20CARLOS%20FAJA
RDO.htm
• Regina Silveira nos leva a discutir a linguagem visual, de forma poética, 
ao se apropriar de objetos tão simples de nosso cotidiano e transformá-
los, por meio da luz e da sombra, desenho e fotografia, em novas e delica-
das poesias.
http://reginasilveira.uol.com.br/
• José Rezende apropria-se de sólidos geométricos e, com a mistura de 
diferentes materiais, rompe os segmentos teóricos sem perder o caráter 
construtivista, o que proporciona estranhamento e fascínio.
http ://www.galeriabergamin.com.br/rezende/artista.htm
 
 
 
Figura 1 – Rubens de Souza. Estudo com sólidos. 
http://www.eca.usp.br/nucleos/cms/F%C3%93LIO%20CARLOS%20FAJARDO.htm
http://www.eca.usp.br/nucleos/cms/F%C3%93LIO%20CARLOS%20FAJARDO.htm
http://reginasilveira.uol.com.br/
http ://www.galeriabergamin.com.br/rezende/artista.htm
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Será possível, então, analisarmos alguns aspectos.
Sobreposição de formas: quando há objetos repetidos ou não podem ser 
sobrepostos, alinhados ou não.
 
 
Figura 2 – Exemplo de sobreposição de formas.
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Adição de formas: Permite que qualquer formato seja acrescentado a outro.
 
Figura 3 – Estudo de adição de forma.
Subtração de formas: Pode ser conquistado por formato negativo que 
não crie partes soltas ou enfraqueça a estrutura.
 
Figura � – Estudo de subtração de forma.
 
Exercícios
 
• Materiais: massa de modelar.
• Técnica: a partir da massa de modelar tente desenvolver sobreposição, 
adição e subtração de formas.
• Materiais: papel cartonado de alta gramatura, estilete e cola.
• Técnica: com a geometrização de formas é possível fazer a releitura da 
obra de Lygia Clark, como Os Bichos. 
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Se houver dificuldades, será possível utilizar os esquemas geométricos do 
Trangam para obter resultados impressionantes.
 
Figura 5 – Rubens de Souza, Estudo a partir de bichos de Lygia Clark, 2007.
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Leia
 
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12. ed. São Paulo: EDUSP, 1998. 
Capítulo 3 – Formas.
 
Até a próxima aula!
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Aula: 1�
Temática: Estrutura tridimensional – Parte IV
Nesta aula estudaremos e apreciaremos um artista notável, 
que desenvolve esculturas a partir da linearidade. Verifique:
Ascânio Maria Martins Monteiro nasceu em 16 de setembro de 1941, em 
Fão, província do Minho, ao norte de Portugal. Ainda criança, familiarizou-
se com madeiras e ferramentas na oficina do tio-avô José Linhares, ex-
proprietário de estaleiro naval na foz do rio Cávado. 
Já no Brasil, em 1963, viu a primeira exposição de artes plásticas, no 
Museu Nacional de Belas Artes. No mesmo ano, ingressou no curso de 
pintura da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA), na Universidade do 
Brasil. O objetivo era adquirir habilidade em desenho e se preparar para 
os exames de arquitetura. Seu interesse crescia de forma definitiva, no 
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, com mostra individual de Ivan 
Serpa, em 1965. A Fase negra do pintor, de figuração deliberadamente 
expressionista, surpreendeu-o. Conheceu, no mesmo museu, os bronzes 
do inglês Henry Moore, marcados pela tensão entre o compacto e o vazio. 
Ainda em 1965, matriculou-se na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 
(FAU) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na ilha da Cida-
de Universitária, iniciando observação sistemática de maquetes de planos 
urbanísticos. Recolheu, então, material em marcenarias com o objetivo de 
fazer os primeiros trabalhos com madeira. Em 1966, impressionou-se com 
a exposição do inglês Victor Pasmore, que desenvolveu, simultaneamente, 
abstração geométrica e morfologias orgânicas em pintura, relevos e gravu-
ras. Manteve, com Antonio Manuel e alunos da ENBA, ateliê no bairro da 
Tijuca. Em 1967, foi apresentado ao crítico Mário Pedrosa.
No final de março de 1968, assistiu a todas as decisões tomadas para os 
funerais do estudante secundarista Edson Luís Lima Souto, assassinado 
pela Polícia Militar. Envolvido com política estudantil desde o ano anterior, 
Ascânio colaborou para a produção do jornal do Diretório Acadêmico Atílio 
Correia Lima, da FAU/UFRJ. O último número, com artigos contra o governo 
militar, saiu poucos dias antes da decretação do Ato Institucional n. 5, pelo 
marechal Arthur da Costa e Silva, em 13 de dezembro de 1968. O regime 
de exceção foi instalado. Também em 1968, passou a freqüentar a casa de 
Ivan Serpa. Integrante da chamada geração AI-5, imediatamente posterior 
à da nova figuração, e mesmo tendo como foco de interesse a forma e a 
construção, Ascânio se formou ao lado de Antonio Manuel, Cláudio Paiva, 
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Manuel Messias, Raymundo Colares, Vera Roitman e Wanda Pimentel, e 
de artistas de vertentes conceituais, como Artur Barrio, Cildo Meireles, 
Luiz Alphonsus e Odyla Ferraz, que elegeram o Museu de Arte Moderna 
como centro nervoso das artes plásticas no Rio de Janeiro. 
Após deixar o Centro de Turismo de Portugal, fez estágios de arquitetura 
até graduar-se em 11 de março de 1970, pela FAU/UFRJ. Em abril, natu-
ralizou-se brasileiro. Recém-formado, atuou em escritórios de engenharia 
no Rio de Janeiro e em Vitória (ES). De 1971 a 1973, passou a integrar a 
equipe que implantou o sistema automático de sinalização e duplicação da 
estrada de ferro Vitória-Minas. Não obstante, manteve ateliê no Rio de Ja-
neiro. Casou-se com a professora de história da UFRJ Ana Maria Ferreira 
da Costa em 12 de janeiro de 1974, na capela de Santa Teresinha, bairro 
de Laranjeiras. No mesmo ano, visitou a Europa pela primeira vez desde 
a imigração. Em 22 de janeiro de 1976, nasceu Laura, sua primeira filha. 
É também o último ano em que, paralelamente às atividades de escultor, 
desenvolveu projetos arquitetônicos. Em 4 de outubro de 1978, nasceu 
Joana, a segunda filha.
Foi breve sua passagem pela Fundação Nacional de Arte, a cargo do pla-
nejamento, coordenação e montagem do IIISalão Nacional de Artes Plás-
ticas: exatos nove meses, entre 1979 e 1980. Em 1981, foi convidado por 
Rui Rocha Veloso, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, Depar-
tamento do Rio de Janeiro (IAB-RJ), a dirigir a galeria de arte sem fins 
comerciais, visando ao debate sobre as relações entre arte e arquitetura. 
Para dividir os trabalhos de direção e curadoria, convidou o pintor Ronaldo 
Macedo e os arquitetos Ana Maria Pires Ribeiro e Antônio José Pedral. A 
Galeria de Arte do IAB-RJ, situada no bairro de Botafogo, foi inaugurada 
em 18 de maio do mesmo ano, com exposição retrospectiva da obra do 
escultor Franz Weissmann. Depois de mostras individuais de Maria Le-
ontina, Joaquim Tenreiro, Abraham Palatnik, Ione Saldanha, para citar al-
gumas, sempre com o caráter de síntese de um percurso, as atividades 
da galeria foram encerradas sumariamente, sem qualquer justificativa ou 
consulta prévia aos seus curadores. Em carta à imprensa, datada de fins 
de novembro de 1982, eles comunicaram o desinteresse da nova direção 
daquele instituto em prosseguir com os trabalhos, apesar da excelente 
recepção por parte de arquitetos, artistas plásticos, crítica especializada 
e público em geral. 
Atento observador das políticas culturais do governo nos âmbitos muni-
cipal, estadual e federal, Ascânio era consultado, com regularidade, pelos 
principais jornais do Rio de Janeiro e assinou, entre 1985 e 1996, os arti-
gos: O artista deve participar, em que reclamava o engajamento dos seus 
pares na crítica das agendas institucionais; Exposição de um abandono, 
em que nota a falta de apoio político e financeiro às artes plásticas como 
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algo contrário à forte tradição cultural do Rio de Janeiro, propondo, inclu-
sive, a reutilização dos armazéns no porto para grandes mostras de arte; O 
Rio precisa de referências, em que critica os gastos absurdos com postes 
de iluminação do Rio-Cidade, programa de reurbanização da Prefeitura do 
Rio de Janeiro, em detrimento da aquisição de esculturas para marcar os 
espaços públicos.
Em 1986, terminou a ampliação do ateliê, com três andares, no mesmo 
endereço em que morava com a família desde 1972: Rua Aureliano Portu-
gal, 165, bairro do Rio Comprido. Em 1989, exatos trinta anos depois da 
chegada ao Brasil, fez sua primeira exposição individual em Lisboa, com 
caráter parcialmente retrospectivo. Em fins de 1991, foi convidado a dirigir 
galeria de arte projetada para o edifício RB1, na avenida Rio Branco, centro 
do Rio. Para responder à iniciativa empresarial, convocou o pintor Ronal-
do Macedo, parceiro de longa data. O Espaço RB1 Arte Contemporânea, 
inaugurado em janeiro de 1992 com Escultura 92/Sete expressões, reuniu 
obras de Amílcar de Castro, Ângelo Venosa, Cristina Salgado, Frans Krajc-
berg, Franz Weissmann, Lygia Pape e Tunga. Por motivos não esclarecidos, 
foi fechado após a mostra.
Em maio de 1997, Módulo 6.5 (1970-97, alumínio pintado, 300 X 900 X 
450cm) é instalada como Monumento à Integração das Américas, na ave-
nida Presidente Vargas, em frente ao Centro Administrativo São Sebastião, 
sede da Prefeitura do Rio de Janeiro. Na ocasião, Ascânio sugeriu ao pre-
feito Luiz Paulo Conde o empréstimo, por tempo determinado, de casas 
abandonadas no bairro do Estácio, há anos sem pagamento de impostos 
urbanos. Em contrapartida à montagem de ateliês e realização de mos-
tras, os artistas beneficiados deveriam proceder à conservação interna 
dos imóveis e à restauração de fachadas, com preservação de estilos. Em 
setembro do mesmo ano, foi condecorado pelo presidente de Portugal, 
Jorge Sampaio, com a Ordem do Mérito, grau de comendador, no Palácio 
São Clemente, no Rio de Janeiro. Dois anos depois, Piramidal 12.5 (1993-
99, alumínio anodizado, 620 X 286 X 128cm) tornou-se a primeira obra do 
artista a ocupar uma praça pública em seu país de origem, com instalação 
no largo do Cortinhal, em Fão.
Após quase três décadas, resolveu transferir o ateliê do Rio Comprido para 
a rua Corrêa Vasques, na Cidade Nova. Vive no Rio de Janeiro, bairro do 
Humaitá, rua Mário de Andrade. O número da casa também é emblemático 
do Modernismo brasileiro.
 
Visite 
http://www.ascaniommm.com/
http://www.ascaniommm.com/
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http://www.galeria111.pt/index.php?article=568&visual=17
 
Nesta aula observamos outras formas esculturais desenvol-
vidas por Ascânio. Assim, identificamos que elementos simi-
lares, de igual espessura, são capazes de construir formas 
geométricas a partir de variedades de agrupamentos. Até a próxima aula!
http://www.galeria111.pt/index.php?article=568&visual=17 
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Aula: 1�
Temática: Estrutura tridimensional – Parte V
Na aula anterior conhecemos o trabalho do artista escultor 
Ascânio. Iremos agora decifrar sua construção.
Será possível desenvolver esculturas a partir do estudo e apropriação das 
arestas e dos vértices de sólidos geométricos. 
 
Figura 1 – Estudo de arestas e vértices.
Em qualquer forma geométrica há mais arestas do que faces. Por esta 
razão a construção com linhas tende a ser um pouco mais complexa.
Assim, é possível desenvolver a “moldura” dos sólidos geométricos.
 
Figura 2 – Estudo de aresta feito com arame.
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Figura 3 – Neste estudo, a moldura de um retângulo se apresenta em gradação, 
uma dentro da outra (concêntrica) ou em trajetória.
 
Visite novamente o site e verifique atentamente as obras de 
Ascânio:
http://www.ascaniommm.com
 
 
 Figura � – estudo para escultura inspirado nas obras de Ascânio.
http://www.ascaniommm.com
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Verifique que será possível desenvolver estudos com variações de tama-
nhos de madeira.
O movimento de gradação explora várias possibilidades de formato. No 
exemplo acima, colocamos gradação em ascensão, em que as varinhas 
de tamanhos diferentes se unem em delicados ângulos. Do mesmo modo, 
foi feito no sentido transversal em que as últimas formam um “X”, e tem 
como suporte inferior uma esfera de madeira.
O exemplo faz parte de olhares, tanto das obras de Ascênio, quanto das 
características didáticas dessa aula. Verdadeiramente, serão necessários 
mais estudos para conquistar os resultados almejados. 
 
Exercício
 
• Material: palitos de sorvete, estilete e cola branca ou para madeira.
• Técnica: colar os palitos de sorvete para conquistar efeitos de gradação 
em construção de camadas.
 
Exemplo
 
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Figura � – Estudo de construção de camadas.
 
Até a próxima aula!
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Aula: 1�
Temática: Estrutura tridimensional – Parte VI
 
Nesta aula estudaremos a apropriação de objetos na escultura.
 
Dadá não foi movimento, estilo ou escola. Nem sequer foi um agrupamen-
to, pois se desenvolveu em vários pontos da Europa e nos Estados Unidos 
simultaneamente. Foi a primeira manifestação anti-arte: “onde aparece a 
arte, a vida desaparece. A pintura é para dentista e a arte é produto farma-
cêutico para imbecis”, afirmou Picabia. 
O próprio nome Dadá foi descoberto ocasionalmente quando Tzara folhe-
ava um dicionário, da mesma maneira como a palavra merx (= detrito: 
merzbild, merzbau) foi retirada por Schwitters de um pedaço rasgado de 
jornal. O Ready-made (feito, pronto) criado por Marcel Duchamp é uma 
apropriação de objetos, de referência àqueles produzidos pela indústria, 
que são transformados ou aproximados uns dos outros, visando novos 
significados. Arte dos períodos de saturação cultural. O Dadá reflete um 
estado de espírito de insatisfação, de tédio ou de nojo. 
 
Figura 1 – Marcel Duchamp. Fonte, 1917. Ready-made, urinol invertido, altura 60 cm.FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II ��
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Man Ray. Ferro de engomar com pregos, 1921. 15,24 cm X 8,89cm 
Meret Oppenheim. Xícara revestida de pele, 1936.
 
 
Figura 2 – Rubens de Souza. Série: Livros, 2001.
Observamos que as obras apresentadas têm um forte apelo analítico, e, 
assim, percebemos a importante função dos propósitos da escultura, ou 
seja, de comunicar-se criticamente com seu expectador. Mesmo quando 
objetos assumem valores estéticos, a partir de configurações inusitadas 
diferenciando sua forma e sua função, o ideal da tridimensionalidade resi-
de em seu âmago. 
Na figura 2 A percebemos um livro, cujas páginas foram rebaixadas para 
acrescentar uma informação escrita. Na figura 2 B, com a mesma técnica, 
porém em formato de cruz onde há no centro a imagem da estátua da 
liberdade, folheada em ouro 18 k e com as seguintes inscrições: 
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Detalhe inserido no livro. Figura 2 B.
 
“Sud y Centro América solo podrén romper com el 
atraso y la esclavitud uniendo a todos sus estados em 
uma poderosa federacion. Pero no será la retrasada 
burguesia sudamericana, esa sucursal del imperialis-
mo extranjero, la lhamada a resolver esta tarea, sino 
el joven proletariado sudamericano, quien dirigira a 
las massas oprimidas...” 
Discurso de Che Guevara, em 12 de dezembro de 1964, na Assembléia 
Geral das Nações Unidas.
Por fim, na figura 2 C, apropriei-me de um exemplar da Barsa e, com a téc-
nica de recortar as páginas rebaixando-as, inseri várias moedas em reais 
e desatualizadas, todas do dinheiro brasileiro.
 
Exercício
 
• Material: livro usado, estilete, cola.
• Técnica: com a ajuda de um estilete, cavar as páginas do livro a fim de 
formar um rebaixo. Em seguida, será possível inserir diferentes elementos 
capazes de traduzir uma idéia. A proposta fica mais fácil quando pensamos 
em temáticas. Por exemplo: saúde; eu leio; drogas; violência e outros.
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Visite
 
http://www.artbr.com.br/casa/biografias/clark/
 
Nesta aula falamos sobre ready-made. Vale lembrar que, no 
universo da tridimensionalidade, há objetos e não objetos 
artísticos. Até a próxima aula!
http://www.artbr.com.br/casa/biografias/clark/
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Resumo – Unidade II
Iniciamos a segunda unidade verificado o espaço, ou seja, 
vazios que circundam e se situam entre as formas. Entretan-
to, pode-se referir às formas como espaço ocupado e aos 
vazios como espaços não ocupados. Estudamos a conjugação de poliedro 
e espaço positivo e negativo.
Observamos que as estruturas poliédricas estão presentes em muitas 
obras. Evidentemente, o processo de criação do artista esculpirá detalhes 
poéticos com a finalidade de transformar a matéria. A gestualidade impe-
tuosa imprimirá dinamicamente (o jogo do instável/estável) superfícies e 
vazios, cenas esculpidas.
Observamos outras formas esculturais desenvolvidas por Ascânio. Assim, 
identificamos que elementos similares, de igual espessura, são capazes de 
construir formas geométricas a partir de variedades de agrupamentos.
Falamos sobre ready-made. Vale lembrar que, no universo da tridimensio-
nalidade, há objetos e não-objetos artísticos.
 
Referências Bibliográficas
 
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual. 12. ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 
2000.
HALLAWELL, Philip. À mão livre: a linguagem do desenho. Vol. I e II. 
São Paulo: Ed. Melhoramentos, 1994.
MOLINA, J. J. G. Lãs Lecciones del Dibujo. Madrid: Cátedra, 1995.
SOBRINO, Manzanares L. Escultura contemporanea en el espacio urba-
no. Espanha: Electa España, 1999.
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Referências Bibliográficas Complementares
 
HAYES, C. Guia completa de pintura e dibujo: técnicas y materiales. 
Madrid: H. Blume, 1981. 
MAYER, R. Manual do artista de técnicas e materiais. São Paulo: Mar-
tins Fontes, 1996.
OSTROWER, F. Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes, 
1997.
SHEEHAN, S. Manual do artista: de técnicas e materiais. 2. ed. São 
Paulo: Martins Fontes, 1999. 
SCOTT, R. G. Fundamentos del diseño. México: Linusa, 1999.
TUCKER, D.W. A linguagem da escultura. São Paulo: Cosac & Naif, 
1999.
WONG, W. Fundamentos Del Diseño bi y tridemensional. Barcelona: 
Gustavo Gilli, 1998.
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Exercícios de auto-avaliação II
 
1) É uma apropriação de objetos, de referência àqueles produzidos pela indústria que 
são transformados ou aproximados uns dos outros, visando novos significados. Estamos 
falando de:
tridimensionalidade.
linha, ponto e plano.
protótipo.
Ready-made.
2) Espaço que é ocupado por um formato:
Relação métrica.
Relação bidimensional.
Positividade.
Positivo.
3) Espaço negativo:
Espaço que não é preenchido ou ocupado
Vazão
Cortes tridimensionais
Ausência da forma;
4) Observe a imagem e assinale a alternativa correta:
 
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
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A escultura apresenta perspectiva.
A escultura apresenta todos os vértices irregulares.
A escultura apresenta subtração de formas.
A escultura é um poliedro regular.
5) Ainda sobre a mesma imagem: em qualquer forma geométrica, mesmo nessa escultu-
ra, há mais arestas do que faces:
Afirmativa falsa, pois todo sólido geométrico é limitado por superfícies planas.
Afirmativa verdadeira, pois a quantidade de vértices e arestas é igual.
Afirmativa falsa, pois, diferente de poliedro, teremos a forma orgânica.
Afirmativa verdadeira.
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
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Unidade III
Materiais e técnicas
Objetivos
Propiciar ao estudante conhecimentos necessários para modelagem, manipulação 
com materiais duros e apropriação de objetos inusitados para criação de modelos 
tridimensionais; desenvolver dos processos da criatividade, da estética e da pes-
quisa, através da experimentação dos recursos dos materiais expressivos.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
Aula: 1� - Materiais e técnicas – Parte I
Aula: 1� - Materiais e técnicas – Parte II
Aula: 1� - Materiais e técnicas – Parte III
Aula: 20 - Materiais e técnicas – Parte IV
Aula: 21 - Materiais e técnicas – Parte V
Aula: 22 - Materiais e técnicas – Parte VI
Aula: 23 - Materiais e técnicas – Parte VII
Aula: 2� - Materiais e técnicas – Parte VIII
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Aula: 1�
Temática: Materiais e técnicas – Parte I
Nesta aula estudaremos algumas técnicas utilizadas na 
escultura.
 
Modelagem
Trabalhar com modelagem consiste em elaborar esculturas a partir de ma-
teriais macios e flexíveis. Os materiais mais conhecidos são: argila, cera, 
gesso e massa específica para modelagem, porém, há outros materiais.
A modelagem propicia a confecção de esculturas com técnicas mais arro-
jadas, como a fundição.
 
A técnica com argila
A argila é facilmente encontrada nas encostas de rios, manguezais etc. É 
possível comprar em lojas de materiais escolares. De fácil manipulação, 
a argila oferece bons resultados na confecção de esculturas. A argila foi 
e é vastamente usada para compor diferentes objetos, desde utensílios 
domésticos até objetos artísticos.
De maneira geral, a argila é um barro que contém composto 
de fragmentos de silicato de alumínio hidratado. Chamamos 
de cerâmica os artefatos produzidos com argila.
Freqüentemente, os objetos confeccionados em argila são queimados ou 
assados ao fogo ou em fornos com determinada temperatura.
Por oferecer grande maleabilidade, é possível utilizar a argila mesmo quan-
do ressecada. Para tanto, basta

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