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Fundamentos de Expressão e Linguagem Bidimensional III

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LICENCIATURA EM
 ARTES VISUAIS 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E 
LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III
 
 
Semestre 5
Prof. Rubens de Souza
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III�
UNIMES VIRTUAL
L782c LOBO, Maurício Nunes
 Curso de Pedagogia: Atividades Curriculares Acadêmicas Adicionais (por)
 Prof. Maurício Nunes Lobo. Semestre 2. Santos:
 UNIMES VIRTUAL. UNIMES. 2006. 22p.
 
 1. Pedagogia 2. Atividades Curriculares Acadêmicas Adicionais.
 
 CDD 371
Universidade Metropolitana de Santos 
Campus II – UNIMES VIRTUAL
Av. Conselheiro Nébias, 536 - Bairro Encruzilhada, Santos - São Paulo
Tel: (13) 3228-3400 Fax: (13) 3228-3410
www.unimesvirtual.com.br
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
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FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III �
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Bairro Vila Nova, Santos - São Paulo - Tel.: (13) 3226-3400
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Site: www.unimes.br
Prof.ª Renata Garcia de Siqueira Viegas da Cruz
Reitora da UNIMES
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Secretária Geral
mailto:infounimes@unimes.br
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FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III�
UNIMES VIRTUAL
EQUIPE UNIMES VIRTUAL
Diretor Executivo
Prof. Eduardo Lobo
Supervisão de Projetos
Prof.ª Deborah Guimarães
Prof.ª Doroti Macedo
Prof.ª Maria Emilia Sardelich
Prof. Sérgio Leite
Grupo de Apoio Pedagógico - GAP
Prof.ª Elisabeth dos Santos Tavares - Supervisão
Prof.ª Denise Mattos Marino
Prof.ª Joice Firmino da Silva
Prof.ª Márcia Cristina Ferrete Rodriguez
Prof.ª Maria Luiza Miguel
Prof. Maurício Nunes Lobo
Prof.ª Neuza Maria de Souza Feitoza
Prof.ª Rita de Cássia Morais de Oliveira
Prof. Thiago Simão Gomes
Angélica Ramacciotti
Leandro César Martins Baron
Grupo de Tecnologia - GTEC
Luiz Felipe Silva dos Reis - Supervisão
André Luiz Velosco Martinho
Carlos Eduardo Lopes
Clécio Almeida Ribeiro
Grupo de Comunicação - GCOM
Ana Beatriz Tostes
Carolina Ferreira
Flávio Celino
Gabriele Pontes
Joice Siqueira
Leonardo Andrade
Lílian Queirós
Marcos Paulo da Silva
Nildo Ferreira
Ronaldo Andrade
Stênio Elias Losada
Tiago Macena
William Souza
Grupo de Design Multimídia - GDM
Alexandre Amparo Lopes da Silva - Supervisão
Francisco de Borja Cruz - Supervisão
Alexandre Luiz Salgado Prado
Lucas Thadeu Rios de Oliveira 
Marcelo da Silva Franco
Secretaria e Apoio Administrativo
Camila Souto
Carolina Faulin de Souza
Dalva Maria de Freitas Pereira
Danúsia da Silva Souza
Raphael Tavares
Sílvia Becinere da Silva Paiva
Solange Helena de Abreu Roque
Viviane Ferreira
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III �
UNIMES VIRTUAL
AULA INAUGURAL
 
Bem-vindo!
Neste módulo estudaremos os processos de gravura e impressão. Vale 
lembrar que, na impressão, podemos dividir os processos em duas cate-
gorias:
1) O processo de impressão direto, em que há contato direto entre a fôrma 
de impressão e o suporte a ser impresso. Assim, dentro dessa categoria 
teremos diferentes técnicas de impressão. 
2) O processo de impressão indireto, que se difere por ter um elemento 
intermediário que transfere o conteúdo a ser impresso para um suporte. 
Para essa categoria teremos várias técnicas de impressão que são execu-
tadas desta forma.
Há vários processos de impressão e a história registra processos em que 
as fôrmas apresentam características de encavo ou relevo. Assim, iden-
tificaremos alguns deles, bem como a própria gravura. Esta importante 
expressão artística nos oferece grandes possibilidades criativas e de ex-
ploração estética. 
Será importante que você estude cuidadosamente cada lição, e, princi-
palmente, vivencie cada exercício. Certamente, terá surpresa com os re-
sultados conquistados e novas técnicas serão somadas ao processo de 
aprendizagem.
 
Boa leitura e excelente aula!!!
Saudações,
Prof. Rubens de Souza
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III�
UNIMES VIRTUAL
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III �
UNIMES VIRTUAL
Índice
Unidade I - Gravura e xilogravura ...................................................................... 11
Aula: 01 - Gravura ....................................................................................................... 12
Aula: 02 - Xilogravura I ................................................................................................ 14
Aula: 03 - Xilogravura II ............................................................................................... 17
Aula: 04 - Xilogravura III .............................................................................................. 19
Aula: 05 - Xilogravura IV .............................................................................................. 21
Aula: 06 - Xilogravura V ............................................................................................... 23
Aula: 07 - Xilogravura VI .............................................................................................. 25
Resumo Unidade I ....................................................................................................... 27
Unidade II - Litografia, água-forte, impressão e serigrafia ................................. 31 
Aula: 08 - Litografia I ................................................................................................... 32
Aula: 09 - Litografia II .................................................................................................. 35
Aula: 10 - Água-forte I ................................................................................................. 38
Aula: 11 - Água-forte II ................................................................................................ 41
Aula: 12 - Impressão ................................................................................................... 44
Aula: 13 - Serigrafia..................................................................................................... 47
Resumo Unidade II ...................................................................................................... 50
Unidade III - Outros tipos de Desenho ............................................................... 53 
Aula: 14 - Serigrafia: ilustração – gravação da matriz – impressão serigráfica ........... 54
Aula: 15 - Serigrafia: tipos de encaixes ....................................................................... 56
Aula: 16 - Quadricromia .............................................................................................. 59
Aula: 17 - Impressão serigráfica .................................................................................. 63
Aula: 18 - Cologravura ................................................................................................. 66
Aula: 19 - Aerografia ................................................................................................... 67
Aula: 20 - Grafite: arte de rua ...................................................................................... 69
Aula: 21 - Arte de rua I ................................................................................................ 72
Aula: 22 - Arte de rua II ............................................................................................... 74
Resumo Unidade III ..................................................................................................... 76
Unidade IV - Fotografia e meios digitais ...........................................................79 
Aula: 23 - Fotografia I .................................................................................................. 80
Aula: 24 - Fotografia II ................................................................................................. 83
Aula: 25 - Fotografia III ................................................................................................ 86
Aula: 26 - O meio digital I ............................................................................................ 88
Aula: 27 - O meio digital II ........................................................................................... 90
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III10
UNIMES VIRTUAL
Aula: 28 - O meio digital III .......................................................................................... 92
Aula: 29 - Animação I .................................................................................................. 94
Aula: 30 - Animação II: o daguerreótipo ...................................................................... 97
Aula: 31 - História em quadrinhos ............................................................................... 99
Aula: 32 - História em quadrinhos II .......................................................................... 103
Resumo Unidade IV ................................................................................................... 105
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 11
UNIMES VIRTUAL
Unidade I
Gravura e Xilogravura
Objetivos
Tornar o aluno capaz de conhecer materiais, instrumentos e procedimentos va-
riados para técnicas expressivas (de gravura em encavo e relevo), de modo a 
utilizá-los nos trabalhos pessoais e articular tais conhecimentos com sua percep-
ção e imaginação, correlacionando com artistas e obras que utilizaram esse meio 
expressivo.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
Aula: 01 - Gravura
Aula: 02 - Xilogravura I
Aula: 03 - Xilogravura II
Aula: 0� - Xilogravura III
Aula: 0� - Xilogravura IV
Aula: 0� - Xilogravura V
Aula: 0� - Xilogravura VI
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III12
UNIMES VIRTUAL
Aula: 01
Temática: Gravura
Para iniciarmos o nosso curso, estudaremos alguns funda-
mentos sobre gravura (fôrma de impressão).
A necessidade do homem de registrar seus feitos vem de longa data, por 
exemplo, o povo sumério, que viveu ao norte do Golfo Pérsico, por volta de 
1700 a.C., criou uma diferente forma de escrita. Eles começaram usando 
pequenos desenhos traçados em almofadas de barro mole, as quais repre-
sentavam suas idéias. Então, como era difícil desenhar as imagens com 
detalhes, foram cada vez mais estilizando suas representações. Evidente-
mente, os desenhos feitos nunca saiam iguais, uns aos outros, porém, era 
uma técnica acessível e rápida, desde que seguissem uma determinada 
padronização, capaz de distinguir um desenho para determinado signifi-
cado. As representações, resultantes, em formato de cunha, são hoje de-
nominadas escrita cuneiforme. Alguns exemplares dessa forma de escrita 
sobreviveram por ser possível conservá-los cozinhando o barro e conver-
tendo-os em cerâmica.
A idéia de fazer uma impressão com um aparelho parecido com um rolo 
de pastel com símbolos gravados para imprimir uma imagem em barro 
mole (sinete) era antiga. Até o processo de imprimir uma página inteira de 
letras, pacientemente cavando-as em um bloco de madeira lisa com uma 
imagem invertida e, depois, passar tinta e apertar em cima de um papel ou 
de uma superfície lisa, já fora utilizada. Os chineses imprimiram o Sutra do 
Diamante, primeiro livro impresso, por volta de 800 d.C.
Vale dizer que as observações dizem respeito a uma utilização de técnicas 
de gravar para determinados objetivos.
Nesta unidade, estudaremos a utilização da impressão nas artes visuais.
Portanto, impressão é a reprodução mecânica ou manual, repetida de gra-
fismos sobre suportes, por meio de fôrma de impressão.
Há dois elementos distintos para análises: Fôrma de impressão e Supor-
tes, e, ainda, um terceiro elemento comum à prática de registrar represen-
tações gráficas é a Tinta.
Salientamos que há um diferencial para definir impressão, 
normalmente denominado processo de reprodução repro-
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 13
UNIMES VIRTUAL
gráfica (heliográfica, xerografia, fotocópias, impressora de computador 
etc.) é a presença da Fôrma de impressão, como principal elemento de 
transferência de conteúdos (imagens e textos) para o suporte.
O processo gráfico decorre dessa ancestralidade e o processo artístico uti-
liza alguns desses sistemas de impressão, que veremos nos próximos ca-
pítulos. Assim, para o meio gráfico, fica estabelecida a idéia de um original 
que será reproduzido graficamente a partir de diferentes processos e que 
exclui a utilização artística por ter tiragem limitada e objetivos específicos, 
ou seja, por agregar valor estético, artístico e cultural.
Para as artes podemos denominar de matrizes:
1. placa ou prancha original de uma gravura;
2. lugar onde algo é criado;
3. placa, (metal, madeira, pedra etc.) em que se realiza trabalho de gravura 
(a entalhe, em relevo, planográfica etc.) do qual se extraem cópias em 
papel ou material similar.
Assim, gravura é a arte de gravar, ou seja, trata-se de estampas ou ilustra-
ções obtidas por esses processos.
 
Visite: http://www.institutotomieohtake.org.br 
Acessado em 23/11/2007.
 
Estudamos a importância da fôrma de impressão. Muitas téc-
nicas são permeadas por fôrmas e métodos próprios para ob-
ter reprodução de originais sem alterar suas características.
 
Até a próxima aula!
http://www.institutotomieohtake.org.br
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III1�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 02
Temática: Xilogravura
É uma palavra composta pelos termos gregos Xylon e Graphein 
que significam, respectivamente, “madeira” e “escrever”.
A partir de um pedaço de madeira entalha-se nele uma imagem. Depois, 
entinta-se a face elaborada para, em seguida, ser prensada sobre uma 
folha de papel. Como um carimbo, a matriz imprime desenhos ou textos no 
papel, originando a gravura. Este processo denomina-se Xilogravura.
 
 
Francorli, Liberdade assistida, xilogravura de cordel.
A partir da matriz da xilografia podem ser produzidas inúmeras cópias que 
serão assinadas pelo artista. 
Por se um modo de reprodução em série, a xilografia se insere nos proces-
sos gráficos como técnica de produção em relevo.
Processo de impressão sobre fôrma em relevo
Esse é o processo mais antigo. Nele, as partes que imprimem estão em 
alto relevo e com a figura invertida.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 1�
UNIMES VIRTUAL
 
Tipo utilizado na impressão tipográfica que determina um processo de im-
pressão em relevo. Portanto, os processos de impressão caracterizam-se 
por suas fôrmas de impressão:
Relevo ou Relevográfica, Plana ou Planográfica e Permeável ou Per-
meográfica.
Ilustração esquemática de processo de impressão por relevo
Para entintar a matriz, normalmente é utilizada uma tinta viscosa para que 
não escorra para as partes baixas do entalhe da matriz. Assim, só rece-
bem a tinta os relevos, e estes, por sua vez, transferem para o papel os 
registros da matriz.
 
Processo direto e indireto
 
Vale dizer que há dois princípios que fundamentam os processos de im-
pressão:
Processo de impressão direto: existe um contato direto entre a fôrma 
de impressão e o suporte. Exemplo: Tipografia, Xilografia, Rotogravura, 
Serigrafia etc.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III1�
UNIMES VIRTUAL
Processo de impressão indireto: existe um elemento intermediário que 
transmite ou transfere a imagem da fôrma de impressão para o suporte 
impresso. Por exemplo, o offset ocorre assim.
 
Nesta aula abordamos a xilogravura, que é um processo de 
impressão que utiliza como fôrma um pedaço de madeira e 
que tem uma imagem entalhada. Depois de entintar,a face 
elaborada é prensada sobre uma folha de papel, como se fosse um ca-
rimbo. Estudamos ainda o processo de impressão direto e indireto. Até a 
próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 1�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 03
Temática: Xilogravura II
O original da xilogravura é considerado gravura quando é 
registrado pelo artista dentro de conceitos estabelecidos 
internacionalmente. O artista trabalha a matriz em madeira 
e imprime a imagem criada em tiragem de exemplares idênticos. A im-
pressão pode ser feita diretamente da matriz pelo artista ou por impressor 
especializado, mas sob sua orientação. Após aprovar uma gravura, o artis-
ta tira várias provas que são chamadas P. A. (prova do artista). Ao chegar 
ao resultado desejado, é feita uma cópia bonne à tirer (boa para imprimir 
B.P.I.). A tiragem final deve ser aprovada pelo artista, que, então, assina a 
lápis, coloca a data, o título da obra e numera a série. Terminada a edição, 
a matriz deve ser inutilizada. Ao exemplar de tiragem, que obedece a esses 
requisitos, dá-se o nome de Gravura Original. Cada imagem impressa é 
um exemplar original de gravura e o conjunto destes exemplares é deno-
minado tiragem ou edição. Em uma tiragem de 100 gravuras, as obras são 
numeradas em frações: 1/100, 2/100 etc.
A xilografia se divide em dois tipos: a xilografia ao fio e de topo.
Xilografia a fio (também chamada de madeira deitada): o xilógrafo utiliza 
um pedaço de madeira cujo corte se deu na mesma direção em que estão 
dispostas as fibras da árvore, isto é, no longitudinal de seu tronco.
 
 
Esse corte da árvore identifica xilografia ao Fio.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III1�
UNIMES VIRTUAL
Xilografia ao Topo: o xilógrafo entalha em um disco ou taco de madeira 
obtido com o corte transversal da árvore.
 
 
Ao cortar o tronco, a lâmina da serra opera em um 
plano perpendicular à direção das fibras da madeira.
As duas maneiras são distintas entre si e apresentam particularidades que 
as diferenciam, como materiais adequados e alguns procedimentos espe-
cíficos. Em alguns locais elas são chamadas distintamente, como na Espa-
nha que, para denominar xilogravura ao fio, diz Xilografia, e, para a técnica 
ao topo, diz: grabado em madera ou grabado em madera a contrafibra. 
Seu processo e técnica é relativamente barato, se comparado, principal-
mente, com outras técnicas que exigem materiais e equipamentos espe-
cíficos.
 
Nesta aula vimos os tipos de xilogravura e alguns termos 
técnicos. Foi identificado o corte da madeira para a xilogra-
fia e o método empregado para registrar as cópias geradas 
nesse processo. Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 1�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Xilogravura III
É possível desenvolver xilografia ao fio com qualquer tipo 
de madeira. No entanto, precisamos observar os resultados 
pretendidos. Normalmente, o artista pretende aproveitar os 
veios da madeira para compor efeitos na composição que será impressa. 
 
Lívio Abramo, xilografia s/ papel, 1953.
As madeiras mais adequadas para xilografia ao fio são aquelas menos 
resistentes ao corte, sem, entretanto, deformar na hora da prensagem.
Se for um trabalho que utilizará cores lisas e chapadas, as madeiras com 
menos veios serão as mais indicadas.
Madeiras:
Cedro
Mogno
Emburana
Cerejeira
Louro
Castanheira
Embuia
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III20
UNIMES VIRTUAL
Madeiras com fibras
Algumas madeiras apresentam suas fibras mais salientes e interferem no 
corte. Mesmo assim, podem oferecer um recurso a mais, quando o artista 
se apropria das fibras na composição.
Tanto os pinos quanto a araucária apresentam essas características.
As placas de compensado podem ser usadas para gravar a fio. Deve-se 
ficar atento, quando se trabalha com compensado, pois as camadas de 
madeira que formam o compensado são unidas com cola, que, por sua 
vez, podem danificar o corte das ferramentas.
Outra vantagem de trabalhar com as placas de compensado é que a madei-
ra é barata e os muitos trabalhos não possuem dimensões grandes, o que 
torna fácil conquistar um pedaço de madeira em qualquer marcenaria.
A preparação do compensado para gravar a fio é simples. Deve-se deter-
minar o formato que se pretende trabalhar e cortar a madeira. Com uma 
lixa de madeira é possível conquistar uma superfície lisa e uniforme.
Ferramentas:
As ferramentas básicas para a gravação em xilografia são a faca, o for-
mão, o boril e a goiva. 
 
Visite: http://www.mac.usp.br/ - Acessado em 23/11/2007.
 
Hoje verificamos os principais instrumentos utilizados na 
xilogravura, e, ainda, conhecemos as madeiras mais apro-
priadas para essa técnica. Até a próxima aula!
 http://www.mac.usp.br/
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 21
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Xilogravura IV
A madeira ideal para a xilografia de topo é um tanto mais 
dificultosa de se conquistar. As marcenarias, normalmente, 
trabalham com as tábuas e, em algumas serrarias, é pos-
sível encomendar discos de madeira cortada de topo. Freqüentemente, a 
madeira ideal para “xilo” de topo é dura, o que facilita o corte do buril sem 
lascar e sem formar rebarbas, formando um sulco liso e firme. A rigidez da 
madeira é ideal para a prensagem.
Buril
É uma ferramenta essencial para a xilografia. Constitui-se de uma fina bar-
ra de aço duro e corta em chanfro a 30 ou 45 graus. 
 
 
As incisões feitas por pequenas ferramentas de aço, pontiagudas e de 
diferentes tamanhos - buril, ponta-seca, berceau de roulette e punção. Co-
nhecidos como o processo mais antigo da calcografia, os primeiros traba-
lhos feitos dessa forma surgem, aproximadamente, em 1446.
 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III22
UNIMES VIRTUAL
As madeiras duras e pesadas possuem fibras compactas, ao contrário 
das madeiras leves que apresentam fibras mais largas. Nestas, os discos 
apresentam “poros” em superfície, originados pelo corte transversal das 
fibras e dos canais da malha. Esses poros interferem e desviam o curso 
do buril.
Deve-se tomar muita cautela, pois mínimos sinais marcados serão repro-
duzidos no momento da impressão. 
 
Tipos de madeira
 
São alguns tipos: a madeira da pereira (Pirus communis, a árvore frutífera 
que dá origem à pêra), a peroba, guatambu e suas variedades, pau marfim, 
a laranjeira, o jacarandá etc. 
A espessura indicada para os discos ou tacos pode ser de dois a quatro 
centímetros, dependendo das características da madeira e da extensão de 
sua superfície.
A superfície dos discos ou tacos deve ser muito bem lixada. Qualquer 
saliência ou imperfeição na superfície aparecerá como uma linha branca 
na gravura.
Para tanto, é indicado o uso de uma lixadeira de fita motorizada, dessas 
que são usadas em marcenarias. Após o desbaste inicial, deve-se aplicar 
a lixadeira elétrica manual para que o acabamento fique perfeito. 
 
Na seqüência da aula anterior, verificamos, nesta aula, como 
manipular a madeira e as especificidades dos instrumentos 
de corte, como o buril. Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 23
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Xilogravura V
A gravação da matriz requer alguns cuidados, pois não se 
pode esquecer que a imagem deve estar invertida, ao con-
trário. Assim, a forma mais fácil é elaborar o desenho no 
papel antes de transferi-lo para a madeira e a melhor forma de passar o 
desenho é utilizar o papel carbono. Com um lápis duro, o desenho vai de-
calcando para a madeira utilizando o papel carbono. 
Com o papel vegetal, também é possível transferir a imagem. Basta so-
brepor o papel vegetal sobre a imagem original e copiá-lo. Depois, com a 
face desenhada voltada para a madeira, repasse as linhas feitas, pois, ime-
diatamente, a imagem será decalcada e invertida. Para que os registros 
deixados pelo papel carbono ou vegetal não se apaguem com o manuseio, 
é possível repassar uma caneta hidrográfica.Ao iniciar o entalhe, é preciso ter cautela para que nenhum corte indeseja-
do aconteça, pois não há como recuperar, se houver erros graves. E, ain-
da, é possível, durante a fase de sua feitura, tirar provas em papel. Essas 
provas são chamadas prova de estado: o xilógrafo imprime e verifica a 
necessidade de mais detalhes.
No Brasil, a xilografia foi muito utilizada na literatura de Cordel.
Tal literatura popular é um tipo de poesia originalmente oral e, depois, im-
pressa em folhetos rústicos expostos para venda. Esses folhetos são pen-
durados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome. São escritos 
em forma rimada, e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III2�
UNIMES VIRTUAL
mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são 
as compostas por dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, 
recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados 
de viola.
Matriz de xilografia
 
Nesta aula analisamos a gravação da matriz da xilografia, 
bem como os cuidados com a imagem invertida a partir de 
técnicas simples, como a do carbono, e mencionamos a li-
teratura de cordel no Brasil. Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 2�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Xilogravura VI
Para desenvolver a impressão das gravuras são necessários alguns equi-
pamentos.
Os papéis de alta gramatura e mais texturados são ideais para as xilogra-
fias ao fio; os mais lisos são indicados para as xilografias de topo.
A tinta utilizada para a xilografia é a tinta tipográfica, pois é facilmente 
encontrada no mercado. Será muito mais prático adquirir uma tinta que 
contenha secante.
A tinta tipográfica é muito viscosa. Por isso, deve ser retirada da lata com 
uma espátula e deve ser transferida para uma superfície lisa. Pode-se uti-
lizar um vidro para elaborar essa operação.
Com um rolo de entintamento, a tinta será estendida sobre o vidro. Se 
houver necessidade, é possível acrescentar um pouco de óleo de linhaça 
para que a tinta fique menos densa.
Quando a tinta estiver bem uniforme sobre o vidro, ou a superfície escolhi-
da, é momento de passar sobre a matriz.
 
Matriz sendo entintada.
Passe uma vez o rolo e deixe que a madeira absorva a tinta. Para tanto, 
aguarde alguns minutos. Em seguida, passe novamente o rolo para entin-
tar a matriz.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III2�
UNIMES VIRTUAL
 
A impressão no papel
 
Após a matriz receber a tinta, adequadamente, coloque o papel sobre a 
matriz e, com uma colher de madeira bem lixada, friccione o verso do 
papel para que a tinta possa ser transferida.
Em muitos casos, os xilógrafos utilizam uma prensa de rosca. Este equipa-
mento é o mais indicado.
 
Matriz de xilografia
 
Visite:
Gravura:
http://www.iar.unicamp.br/cpgravura - acessado em 23/11/2007.
http://www.ablc.com.br/loja/loja.htm - acessado em 23/11/2007.
http://www.mac.usp.br - acessado em 23/11/2007.
 
Estudamos os papéis, e vimos que o de maior gramatura res-
ponderá melhor a esta técnica. Estudamos, ainda, a tinta utili-
zada na xilografia, a tinta tipográfica. Até a próxima aula!
http://www.iar.unicamp.br/cpgravura
http://www.ablc.com.br/loja/loja.htm
http://www.mac.usp.br/
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 2�
UNIMES VIRTUAL
 
Resumo - Unidade I
Estudamos a importância da fôrma de impressão. Muitas téc-
nicas são permeadas por fôrmas e métodos próprios para ob-
ter reprodução de originais sem alterar suas características.
Abordamos a xilogravura, que é um processo de impressão que utiliza 
como fôrma um pedaço de madeira e que tem uma imagem entalhada. 
Depois de entintar, a face elaborada é prensada sobre uma folha de papel, 
como se fosse um carimbo. Estudamos ainda o processo de impressão 
direto e indireto. 
Vimos os tipos de xilogravura e alguns termos técnicos. Foi identificado 
o corte da madeira para a xilografia e o método empregado para registrar 
as cópias geradas nesse processo. Verificamos os principais instrumentos 
utilizados na xilogravura, e, ainda, conhecemos as madeiras mais apro-
priadas para essa técnica. 
Estudamos alguns modos de como manipular a madeira e as especifici-
dades dos instrumentos de corte, como o buril. Analisamos a gravação 
da matriz da xilografia, bem como os cuidados com a imagem invertida a 
partir de técnicas simples, como a do carbono, e mencionamos a literatura 
de cordel no Brasil. 
Estudamos os papéis, e vimos que o de maior gramatura responderá me-
lhor a essa técnica. Estudamos, ainda, a tinta utilizada na xilografia, isto é, 
a tinta tipográfica. Até a próxima unidade!
 
Referências Bibliográficas
 
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual. 12. ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
COSTELA, Antônio. Xilogravura, manual prático. Campos do Jordão: Ed. 
Mantiqueira, 1987.
_________________.Introdução à gravura e história da xilogravura. 
Campos do Jordão: Ed. Mantiqueira. 1984.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III2�
UNIMES VIRTUAL
GUIMARÃES, L. A cor como informação. São Paulo: Annablueme, 2000.
MARTINS, Itajay. Gravura: arte e técnica. São Paulo: Fundação Nestlé de 
Cultura, 1987.
MAYER, Ralph. Manual do artista. São Paulo: Martins Fontes, 1999
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 2�
UNIMES VIRTUAL
Exercício de auto-avaliação I
 
1) Para as artes, podem-se denominar matrizes:
Placa (metal, madeira, pedra etc.) em que se realiza trabalho de gravura (a entalhe, em 
relevo, planográfica etc.) do qual se extraem cópias em papel ou material similar.
Impressão.
Cópia.
Placa (metal, madeira, pedra etc.) em que se realiza o trabalho artístico (a entalhe, relevo 
ou rebaixo).
2) A numeração: 1/100, 2/100 etc. diz respeito à: 
Escala de medida.
Xilografia de topo e de fio.
Espessura do buril.
Nenhuma das alternativas. 
3) Qual o papel mais indicado para a xilografia?
Qualquer papel serve.
Os papéis lisos de alta gramatura.
Os papéis de alta gramatura com textura.
Os papéis de gramatura média com muita textura.
�) Esta literatura popular é um tipo de poesia originalmente oral e, depois, impressa em 
folhetos rústicos expostos para venda. São escritos em forma rimada, e alguns poemas 
são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes 
mais comuns são as compostas por dez, oito ou seis versos.
Estamos falando da literatura brasileira.
Da poesia de décadas atrás, que, no entanto, já não existe mais.
Da poesia feita por xilogravuras.
Da literatura de cordel.
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III30
UNIMES VIRTUAL
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 31
UNIMES VIRTUAL
Unidade II
Litografia, água-forte, impressão e serigrafia
Objetivos
Tornar o aluno capaz de conhecer matérias, instrumentos e procedimentos va-
riados para as técnicas artísticas: litografia, água-forte, impressão e serigrafia. 
Assim, o aluno deverá apropriar-se de conhecimentos para a produção de obras, 
bem como perceber sua utilização no universo das artes plásticas.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
Aula: 0� - Litografia I
Aula: 0� - Litografia II
Aula: 10 - Água-forte I
Aula: 11 - Água-forte II
Aula: 12 - Impressão
Aula: 13 - Serigrafia
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III32
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Litografia I
A impressão litográfica utiliza como suporte uma pedra cal-
cária apropriada. Atualmente, faz-se litografia sobre pedra ou 
sobre zinco. Em ambos os casos o processo é o mesmo.
Aloys Senefelder, nascido em Praga em 1772, inventou a litografia no ano 
de 1796.
A litografia baseia-se, principalmente, na propriedade que tem a água de 
repelir a tinta grossa. Sobre uma pedra especial (pedra litográfica) passa-
se o desenho, invertido. O desenho é recoberto com o lápis graxoso (lito-
gráfico) ou com pena, mediante tinta graxa. Passa-se sobre a pedrauma 
solução aquosa de ácido nítrico e goma arábica; desta maneira, o desenho 
fica fixado na pedra.
O antagonismo existente entre a gordura e a água permite a cada parte 
desempenhar a sua função; a água impede a tinta de recobrir o que deve 
ficar em branco no papel; a tinta gordurosa faz obstáculo à água, que não 
pode se fixar sobre aquilo que deve ser impresso. Passa-se o rolo com 
tinta; a tinta fixa-se ao desenho, mas não nas áreas em branco. Põe-se o 
papel; dá-se a pressão e o desenho ficará impresso no papel.
No momento da impressão, passa-se sobre a pedra uma esponja embe-
bida em água para retirar a goma que está estendida sobre o desenho e 
o texto. Para retirar provas, utilizam-se prensas de pressão plana. Para 
tiragens, empregam-se máquinas litográficas, planas - cilíndricas e muito 
parecidas com as tipográficas de cilindro de parada e entintação plana. 
Nestas, o carro está substituído por uma plataforma regulável segundo a 
espessura da pedra.
Uma prensa litográfica imprime apenas um lado do papel; ela compreen-
de dois jogos de rolos molhadores, guarnecidos de tecidos de algodão, 
dispostos perto do cilindro de pressão e os rolos entintadores forrados 
com couro e situados, também perto do cilindro, opostamente aos rolos 
molhadores que umedecem as partes que não imprimirão. Depois, os rolos 
entintadores depositam a tinta sobre o desenho e o texto.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 33
UNIMES VIRTUAL
 
 
 
Desenho esquemático do funcionamento da impressão litográfica
A litografia (lithos = pedra e graphein = escrever). A multiplicação da 
imagem na litografia é conseguida por um processo químico. Sobre uma 
matriz de pedra porosa e de superfície rigorosamente polida, o artista re-
aliza seu trabalho com materiais gordurosos (lápis, bastão, pasta etc) que 
permitem diferentes texturas, graus de luminosidade e demais recursos 
gráficos. Na seqüência, o impressor, em conjunto com o artista, submete 
a pedra a uma solução de água, goma arábica e ácido nítrico, breu e talco 
que limpa a pedra e reforça as áreas gordurosas, permitindo a visualização 
do desenho e a realização dos testes de cor e registro para a obtenção da 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III3�
UNIMES VIRTUAL
primeira prova . A impressão é obtida pela pressão de uma rotora que des-
liza sobre o papel. A edição é iniciada somente quando todos os testes de 
cor, registro, pressão, qualidade de papel e densidade de tinta forem apro-
vados. O artista numera e assina cada prancha impressa de acordo com as 
convenções internacionais, garantindo a originalidade e autenticidade.
 
Nesta aula falamos sobre a litografia, que tem como proprie-
dade a conjugação da água e do óleo em se repelir. Verifica-
mos o desenvolvimento do desenho para a litografia.
 
Visite: 
 
Gravura:
http://www.ateliervillaolivia.com/servicos/lito/litonave.htm#
http://www.iar.unicamp.br/cpgravura/
http://www.ablc.com.br/loja/loja.htm
http://www.mac.usp.br/
 
Sites acessados em 26/11/2007.
 
Até a próxima aula!
http://www.ateliervillaolivia.com/servicos/lito/litonave.htm#
http://www.iar.unicamp.br/cpgravura/
http://www.ablc.com.br/loja/loja.htm
http://www.mac.usp.br/
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 3�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Litografia II
A pedra calcária de Solnhofen, na Bavária, é a melhor. Al-
gumas substitutas não adquirem a mesma qualidade. As 
pedras amareladas oferecem uma textura mais macia e po-
dem danificar mais facilmente durante o processo de gravação.
Em geral, as pedras que apresentam variações de cores ou fossilização 
são rejeitadas, pois as manchas em sua aparência podem interferir com 
a impressão. Uma pedra pequena, de 25 X 30 cm, tem cerca de 6 cm de 
espessura e pesa em média 13 kg. A espessura deve ser uniforme para 
que a impressão seja perfeita, e, assim, evitar que a pedra se quebre no 
momento da prensagem.
Antes da invenção da fotografia e dos métodos atuais e tecnológicos de 
impressão, os rótulos e marcas dos produtos eram feitos através da lito-
grafia. Trata-se de uma técnica de gravura em que o artista desenha sobre 
a pedra litográfica para que a imagem seja posteriormente impressa em 
papel. Essas pedras, pertencentes ao Atelier da Litografia da Escola de 
Belas Artes da UFMG, despertou na professora Maria do Carmo de Freitas 
Veneroso o desejo de resgatar a importância histórica da litografia comer-
cial em Minas Gerais da primeira metade do século XX através de um es-
tudo desses rótulos. “Os rótulos são registros históricos através dos quais 
se busca resgatar a visualidade de uma época, baseando-se na análise do 
design dessas marcas litográficas”, afirma a pesquisadora. 
Maria do Carmo de Freitas começou o trabalho de recuperação e registro 
da memória do Atelier de Litografia a partir de um levantamento das ori-
gens do equipamento e das pedras existentes no arquivo. Surgiu, então, a 
pesquisa Antigas marcas, novas mídias: a arte humanizando a tecnologia, 
que tem como objetivos preservar a memória do Atelier antes que ela 
se perca e formar nas pessoas a consciência da importância do material 
disponível na EBA. “Pode-se dizer que esse atelier é um ‘museu’, devido 
ao maquinário do século XIX e às pedras litográficas, raridades históricas 
gravadas em um mineral já extinto”, explica a professora.
Minas Gerais foi um dos principais centros de litografia comercial no Brasil 
devido à importância da indústria de laticínios mineira, sendo produzidos 
rótulos e marcas de manteiga, cachaça, fumo de rolo, banha, queijo, dentre 
outros. Os primeiros desenhistas litográficos vieram da Europa, trazendo 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III3�
UNIMES VIRTUAL
modelos de paisagens européias que eram seguidos fielmente no desenho 
dos rótulos. Num segundo momento surgiu um “design caipira”, quando 
os desenhistas começaram a incorporar elementos locais no desenho dos 
rótulos.
Assim, a mistura de paisagens e tipos físicos característicos de Minas deu 
origem a um estilo híbrido que incorporou uma visualidade nitidamente 
popular na criação dos rótulos e embalagens.
Com a descoberta da impressão em off-set, a utilização comercial da lito-
grafia deixou de se existir. Na década de 1960, os maquinários e as pedras 
das antigas estamparias chegaram às escolas de arte, despertando nos 
artistas da cidade o interesse pela técnica. Em Belo Horizonte, uma das 
precursoras da pesquisa sobre o tema foi a artista Lótus Lobo, da Escola 
Guinard. “Lótus desenvolveu um trabalho artístico baseado nas marcas 
litográficas e produziu álbuns de recuperação dos rótulos, que serviu como 
exemplo para o meu trabalho”, conta Maria do Carmo Freitas.
 
Registro
 
Antes do estudo da iconografia e hibridismo das marcas, a professora e 
uma equipe de bolsistas realizaram um processo de recuperação e registro 
dos 114 rótulos gravados nas pedras que foram adquiridas pelo Atelier. 
Essas marcas foram fotografadas com câmera digital e arquivadas em cd-
rom. “Selecionamos 10 rótulos mais representativos para serem impressos 
e comporem um álbum de litogravuras”, completa a professora. Os 10 ál-
buns produzidos serão doados a escolas de artes e museus. Para Maria do 
Carmo, além de resgatar a importância artística da litografia, essa é uma 
forma de preservar imagens que representam à estética de uma época que 
pode se perder. “As pedras litográficas podem ser polidas para a confecção 
de novos desenhos, e, assim, as marcas desaparecerão”, acrescenta. 
Para recuperar os desenhos, Maria do Carmo utilizou um novo método 
de impressão, a litografia off-set ou fotolitografia, que é pouco usada no 
Brasil, mas se apresenta como uma alternativa para a litografia tradicional 
em pedra. Para não perder a característica da gravura, usa-se o mesmo 
procedimento da litografia em pedra, a qual é substituída pela chapa de 
off-set, mais fácil de ser adquirida e manipulada.
Manteiga Real
Dentre as marcas da estamparia litográfica presentesno acervo do Atelier, 
destacam-se a “Manteiga Real”, que faz parte do álbum realizado durante 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 3�
UNIMES VIRTUAL
a pesquisa. Nas marcas e rótulos estudados estão presentes imagens li-
terais e simbólicas, sendo evidente uma vinculação entre as palavras e as 
imagens. “Cada marca tem uma história e foi isso que tentei buscar por 
meio do estudo iconográfico”, explica. 
Essa marca “Manteiga Real” procura atribuir uma qualidade ao produto. 
Segundo a pesquisadora, a mensagem “Real” não se restringe a informar 
o nome da manteiga, mas também abarca uma significação suplementar, 
que é o caráter nobre do produto, assim como o símbolo da coroa, pre-
sente no rótulo. “Logo, a coroa por ser ‘real’, alça o produto num plano 
superior como sendo digno de um rei, tornando-o capaz de elevar o status 
do consumidor”, deduz. 
A artista, durante a sua pesquisa, percebeu ainda que as relações entre 
texto e imagem nos rótulos estudados não se restringem ao simbólico. 
Num outro nível, pode-se pensar nas próprias palavras como imagens, já 
que as letras têm um importante papel no desenho dos rótulos, integran-
do-se às imagens. São letras derivadas de diferentes alfabetos e algumas 
delas são criadas pelo próprio desenhista, as letras “fantasia”, que enri-
quecem o design dos rótulos.
 
Desenho esquemático do funcionamento da impressão litográfica
 
Nesta aula vimos as propriedades da pedra litográfica e a 
utilização dessa técnica nas artes plásticas. Até a próxima 
aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III3�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 10
Temática: Água-forte I
A água-forte era o termo usado até o século XVII para definir 
o ácido que era diluído em água (atualmente chamado ácido 
nítrico). Por ser usado num dos processos da calcografia1 
em que a imagem obtida na impressão é fixada sobre uma chapa metálica 
após a corrosão dos traços do artista, pelo ácido nítrico, passou a desig-
nar, além do processo, a matriz usada para a impressão da gravura e a 
própria gravura já concluída. O processo se dá a partir do revestimento 
da chapa - que pode ser de ferro, cobre, zinco ou latão - com um verniz de 
proteção, seguido da incisão do desenho que se deseja obter com estilete 
ou outra ferramenta de ponta metálica. Dessa forma, o desenho aparece 
onde o verniz foi retirado sem arranhar o metal, permitindo a ação do ácido 
que forma os sulcos em que a tinta será colocada. O tempo do mergulho 
no ácido pode definir tonalidades diferentes e o processo pode ser repetido 
inúmeras vezes. O método da água-forte pode ser combinado com outros 
processos de gravura, em particular a ponta-seca, mas difere de todos os 
outros por ser o único em que a gravação é feita totalmente pela ação dos 
ácidos.
À precisão da técnica do buril, a água-forte contrapõe a espontaneidade da 
linha que traz para a imagem impressa o ar de desenho. Rembrandt (1606 
- 1669) é considerado um dos maiores água-fortistas da história da arte, 
associando freqüentemente a água-forte à ponta-seca. 
 
 
Rembrandt, auto-retrato: Desenhando na Janela, gravura em metal, 1��0.
1 Arte e técnica de gravar no oco, no cobre ou outro metal.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III 3�
UNIMES VIRTUAL
 
Rembrandt, Três cruzes, 1��3.
A impressão da água-forte é feita numa prensa de rolas. Depois de ser 
gravada, a chapa é limpa para ser entintada e impressa.
Normalmente, são tiradas edições de 30 a 100 exemplares, e, somente 
então a chapa é inutilizada. Vale dizer que as tiragens de impressão podem 
ser limitadas pela capacidade que o metal tem em suportar a pressão 
durante as reproduções.
 
Existe um processo denominado “aceragem” no qual se 
deposita, por um processo eletrolítico, uma camada finíssi-
ma de ferro sobre a chapa de cobre gravada; este processo 
permite que se façam edições de centenas de impressões sem que haja 
desgaste significativo.
O revestimento de verniz protege a chapa e confina a ação do mordente às 
linhas que foram traçadas, deixando à mostra a superfície do metal.
As chapas de cobre ou zinco são muito lisas por estarem bem polidas e de-
vem ter menos de um milímetro de espessura. As chapas são facilmente 
encontradas no mercado. Antes de aplicar o revestimento protetor, deve-
se limpar perfeitamente a superfície da chapa, esfregando-a com um pano 
limpo com qualquer solvente volátil e um pouco de carbono de cálcio. Se a 
chapa estiver manchada ou despolida, será necessário aplicar uma mistu-
ra de sal e vinagre. O metal deve apresentar uma superfície quimicamente 
pura para que o verniz mordente possa atuar.
Verniz: solução vedante, composta de uma resina diluída em um solvente 
volátil, usada para revestir pinturas, esculturas e outros objetos de madei-
ra, couro, cerâmica etc., e que, ao secar, forma uma película dura, trans-
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III�0
UNIMES VIRTUAL
parente e brilhante sobre a superfície em que foi aplicada. Na realização de 
gravuras em metal, o verniz atua como uma base protetora da prancha que 
será gravada, evitando a concentração do ácido usado na sua mordedura.
 
É necessário escurecer a transparência do revestimento, 
passando cautelosamente a face revestida, por alguns mo-
mentos, sobre a chama de uma vela.
Com a chapa preparada para a água-forte, será imersa em um banho de 
mordente que corrói quimicamente o metal. Deve-se observar atentamente 
para que a corrosão possa ir até a profundidade correta, capaz de produzir 
linhas mais finas e mais leves do trabalho. Em seguida é removida, enxa-
guada e seca e as porções que devem permanecer finamente gravadas 
são protegidas com o verniz aplicado com um pincel pequeno. Coloca-se a 
chapa novamente no ácido para gravar as linhas mais fortes, e assim por 
diante; a experiência irá determinar a profundidade em que vários tipos de 
linhas devem ser gravados.
Depois de te sido gravada até o ponto onde se quer chegar, todos os traços 
de verniz são removidos com solventes apropriados. Então, faz-se uma 
nova impressão para determinar se será necessário aplicar nova camada 
de verniz.
 
Falamos sobre a água-forte, uma técnica artística a partir 
de uma chapa metálica onde é registrada a informação que, 
depois, será revestida por verniz para que possa sofrer o 
processo de impressão. Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III �1
UNIMES VIRTUAL
Aula: 11
Temática: Água-forte II
Ponta-seca: tecnicamente, a gravação a ponta-seca ocupa 
a posição entre água-forte e o buril. Uma chapa de cobre, do 
mesmo tipo utilizado para água-forte, pode ser enegrecida 
com a fuligem da queima de uma vela, e o desenho é riscado diretamente 
sobre a superfície com uma agulha cuja ponta deve ser afiada e não arre-
dondada.
 
 
A linha da ponta-seca possui efeito mais aveludado, caracterizado pelas rebarbas 
da borda demonstrada em sua fenda.
Por sua fragilidade, a pressão exercida sobre a chapa no momento da 
impressão faz com que ela não resiste, bem como o número de tiragens 
tende a reduzir. Assim, os efeitos provocados pela ponta-seca são menos 
profundos e sutis.
Água-tinta: ainda deriva da calcografia em que o processo de produção 
das matrizes é químico, como o da água-forte, e se dá por meio da utiliza-
ção de alguns líquidos corrosivos. A placa utilizada pelo gravador é pulve-
rizada ou pintada com algum tipo de resina (damar, breu, copal, sandácara 
) ou por uma mistura de resina e outro componente (açucar, sal, areia) e 
aquecida de forma que a mistura se funda na placa, exercendo a mesma 
função protetora do verniz. Assim, quando a placa entra em contato com 
o ácido, os grãos de açúcar ou areia, por exemplo, produzem uma textura 
que é responsável pelo tom acinzentado da obra. Esse tipo de gravura ofe-
rece como resultado um desenho composto de áreas tonais e não linhas, 
como a gravação a entalhe. 
 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III�2
UNIMES VIRTUAL
 
 
HenriqueOSWALD, DUAS ÁRVORES, c. 1944/50
água-forte e água-tinta s/ papel, 34.0cm X 38.7cm (27.9cm X 30.5cm)
 
Henrique OSWALD, SOLO, c. 1945/52, água-forte s/ papel, 65.3cm X 53.2cm 
(59.6cm X 49.7cm)
Hoje aprendemos os recursos necessários para a gravação 
em metal. A ponta-seca (tecnicamente, a gravação à ponta-
seca) ocupa a posição entre água-forte e o buril. Uma chapa 
de cobre, do mesmo tipo utilizado para água-forte, pode ser enegrecida com 
a fuligem da queima de uma vela, e o desenho riscado diretamente sobre a 
superfície com uma agulha cuja ponta deve ser afiada e não arredondada.
 
Links 
www.rembrandthuis.nl – acessado em 26/11/2007.
Museu Rembrandt em Amsterdã. 
www.rembrandthuis.nl 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III �3
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www.a-ten.com/art/remb.htm - acessado em 26/11/2007.
Bibliografia e estudos publicados sobre Rembrandt. 
 
Até a próxima aula!
www.a-ten.com/art/remb.htm
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III��
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Aula: 12
Temática: Impressão
Imprimir é, para todos os efeitos, fixar um grafismo, preto ou 
colorido, sobre um suporte. Para tanto, faz-se a distinção en-
tre as tintas e técnicas utilizadas no processo de impressão. 
Em artes gráficas, um original é qualquer tipo de imagem que se pretende 
reproduzir por processos de pré-impressão e impressão. Portanto, os origi-
nais podem ser: desenhos, textos, fotografias etc.
Os originais podem se classificar em duas categorias, de acordo com seus 
suportes utilizados. São eles: originais opacos e transparentes.
Os originais opacos são aqueles em que suas imagens, quando transferi-
das ao suporte, não permitem que a luz atravesse. Exemplo: impressões 
feitas em papéis, papelões etc.
Existem também materiais translúcidos que se deixam atravessar pela luz 
e utilizam suportes em papel vegetal, manteiga e outros. 
 
Exercícios
 
1) Impressão dobrada
Materiais: Guache, pincéis, água e papel de alta gramatura.
Faça uma representação figurativa ou abstrata com o guache, relativamen-
te espesso, e, em seguida, dobre a folha imediatamente, exercendo certa 
pressão.
Ao desdobrá-lo teremos um desenho simétrico que poderá ser enriquecido 
se complementado o fundo.
 
2) Linha carbono
Materiais: papel carbono, pente, garfo e papel.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III ��
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Coloque o papel carbono cuidadosamente sobre a folha de papel branca 
e sobre ela faça movimentos com um pente ou garfo. As linhas serão 
impressas na folha de papel, formando uma composição bela. Ainda, adi-
cionando outra técnica, aguada ou lápis de cor, é possível complementar 
o trabalho.
 
 
Exemplo feito com garfo.
3) Desenho esfumado
Materiais: Carvão (pode ser até aquele utilizado em churrasco), lixa, papel, 
fixador para desenho (fosco ou brilhante) e tesoura.
Em uma folha recorta-se, ou mesmo rasga-se uma forma regular, irregu-
lar, figurativa ou abstrata. Esta será a matriz. Coloca-se sobre o papel em 
branco (suporte) e, com o dedo, passa-se o pó de carvão lixado. A borda 
da matriz ficará mais escura e seu centro escurece. Essa técnica permite 
matrizes em positivo ou negativo. Os resultados são surpreendentes.
 
Exemplo feito com pastel seco.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III��
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Abordamos as instâncias fundamentais sobre os processos 
de impressão e desenvolvemos atividades práticas. Até a 
próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III ��
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Aula: 13
Temática: Serigrafia
Foi a partir do século XIX que o Ocidente começou a in-
teressar-se por serigrafia. Seu emprego nas artes é relati-
vamente recente e suas vantagens atraíram vários artistas 
admirados por resultados diferentes dos obtidos pelas técnicas mais usu-
ais de impressão. Nos anos 1930, adquiriu popularidade entre os artistas 
americanos. No entanto, foi nos anos 1950 que os artistas aceitaram ple-
namente este meio como uma forma válida de comunicação. A Arte Pop, 
interessada nas imagens da cultura urbana, encontrou na serigrafia um 
meio muito adequado para a recriação dos seus temas. 
O processo de impressão de uma cor baseia-se na utilização de uma rede 
muito fina, esticada e aplicada sobre um quadro rígido retangular. A área 
do quadro, que não é para imprimir, bloqueia-se com material impermeável 
para que a tinta não passe. 
Esta tinta apenas passará, por pressão de um rodo ou puxador, por meio 
da zona da rede desbloqueada, correspondendo à mancha a imprimir sobre 
o papel colocado abaixo do quadro.
Serigrafia ou silk-screen é um processo de impressão no qual a tinta é 
vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através de uma tela pre-
parada. A tela, normalmente de seda, náilon ou poliéster, é esticada em 
um bastidor de madeira, alumínio ou aço.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III��
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A “gravação” da tela se dá pelo processo de fotossensibilidade, cuja matriz, 
preparada com uma emulsão fotossensível, é colocada sobre um fotolito, 
sendo este conjunto (matriz+fotolito) colocado, por sua vez, sobre uma 
mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que 
ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do teci-
do. Os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito, atingindo a emulsão) 
são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotossensível que 
foi exposta à luz. É utilizada na impressão em variados tipos de materiais 
(papel, plástico, borracha, madeira, vidro, tecido etc.), superfícies (cilíndri-
ca, esférica, irregular, clara, escura, opaca, brilhante etc.), espessuras ou 
tamanhos e com diversos tipos de tintas ou cores. Também pode ser feita 
de forma mecânica (por pessoas) ou automática (por máquinas).
A serigrafia caracteriza-se como um dos processos da gravura, denomina-
do gravura permeográfica.
A palavra permeográfica pretende enfatizar que não há realização de sulcos 
e cortes com retirada de matéria da matriz. O processo se dá no plano, ou 
seja, na superfície da tela serigráfica, que é sensibilizada por processos fo-
tossensibilizantes e químicos. O princípio básico da serigrafia é relacionado 
freqüentemente ao mesmo princípio do estêncil, uma espécie de máscara 
que veda áreas onde a tinta não deve atingir o substrato (suporte).
O termo serigrafia (serigraph, em inglês) é creditado a An-
thony Velonis que, influenciado por Carl Zigrosser, crítico, edi-
tor e, nos anos 1940, curador de gravuras do Philadelphia Mu-
seum of Art, propôs a palavra serigraph (em inglês), do grego sericos (seda), 
e graphos (escrever) para modificar os aspectos comerciais associados ao 
processo, distinguindo o trabalho de criação realizado por um artista dos tra-
balhos destinados ao uso comercial, industrial ou puramente reprodutivo.
Velonis também escreveu um livro, em 1939, intitulado Silk Screen Techni-
que (New York: Creative Crafts Press, 1939), que foi usado como how-to, 
manual de outras divisões de posters. Ele viajou extensivamente orientan-
do os artistas da FAP sobre a técnica da serigrafia.
 
Andy Warhol, polímero sintético e serigrafia sobre tela, 127,6 x 197,4 cm, 1973.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III ��
UNIMES VIRTUAL
Estudamos o processo serigráfico. O processo se dá no plano, ou seja, 
na superfície da tela serigráfica, que é sensibilizada por processos fotos-
sensibilizantes e químicos. O princípio básico da serigrafia é relacionado 
freqüentemente ao mesmo princípio do estêncil, uma espécie de máscara 
que veda áreas onde a tinta não deve atingir o substrato (suporte).
 
Lembrete:
 
Movimento principalmente americano e britânico, sua denominação foi 
empregada pela primeira vez em 1954, pelo crítico inglês Lawrence Allo-
way, para designar os produtos da cultura popular da civilização ocidental, 
sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos.
Com raízes no dadaísmo de Marcel Duchamp, o Pop Art começou a tomar 
forma no final da década de1950, quando alguns artistas, após estudar 
os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos Estados Unidos, 
passaram a transformá-los em tema de suas obras. 
Representavam, assim, os componentes mais ostensivos da cultura popu-
lar, de poderosa influência na vida cotidiana na segunda metade do século 
XX. Era a volta a uma arte figurativa que se opunha ao expressionismo 
abstrato que dominava a cena estética desde o final da Segunda Guerra. 
Sua iconografia era a da televisão, da fotografia, dos quadrinhos, do cine-
ma e da publicidade. 
 
Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III�0
UNIMES VIRTUAL
 
Resumo - Unidade II
Iniciamos a segunda unidade falando sobre a litografia, que 
tem como propriedade a conjugação da água e do óleo em 
se repelir. Verificamos o desenvolvimento do desenho para 
a litografia.
Em seguida, vimos as propriedades da pedra litográfica e a utilização des-
sa técnica nas artes plásticas.
Falamos sobre a água-forte, uma técnica artística a partir de uma chapa 
metálica onde é registrada a informação que, depois, será revestida por 
verniz para que possa sofrer o processo de impressão. 
Aprendemos os recursos necessários para a gravação em metal. A pon-
ta-seca (tecnicamente, a gravação à ponta-seca) ocupa a posição entre 
água-forte e o buril. Uma chapa de cobre, do mesmo tipo utilizado para 
água-forte, pode ser enegrecida com a fuligem da queima de uma vela, e 
o desenho riscado diretamente sobre a superfície com uma agulha cuja 
ponta deve ser afiada e não arredondada.
Abordamos as instâncias fundamentais sobre os processos de impressão 
e desenvolvemos atividades práticas.
Vimos que a serigrafia ou silk-screen é um processo de impressão no qual 
a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através de uma 
tela preparada. A tela, normalmente de seda, náilon ou poliéster, é estica-
da em um bastidor de madeira, alumínio ou aço.
A serigrafia caracteriza-se como um dos processos da gravura, denomina-
do gravura permeográfica.
Foram indicados alguns exemplos dessas técnicas, bem como os instru-
mentos a serem manipulados e seus resultados.
 
Referências Bibliográficas
 
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual. 12. ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III �1
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COSTELA, Antônio. Xilogravura, manual prático. Campos do Jordão: Ed. 
Mantiqueira, 1987.
_________________.Introdução à gravura e história da xilogravura. 
Campos do Jordão: Ed. Mantiqueira. 1984.
GUIMARÃES, L. A cor como informação. São Paulo: Annablueme, 2000.
MARTINS, Itajay. Gravura: arte e técnica. São Paulo: Fundação Nestlé de 
Cultura, 1987.
MAYER, Ralph. Manual do artista. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III�2
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Exercícios de auto-avaliação II
 
1) Utiliza como suporte uma pedra calcária:
Xilogravura.
Arte rupestre.
Impressão de superfície.
Litografia.
2) Arte e técnica de gravar no oco, no cobre ou outro metal:
Litografia.
Calcografia.
Xilogravura.
Cobregravura.
3) Técnica de gravação em metal:
Verniz.
Mordente.
Ponta-seca.
Nenhuma das alrternativas está correta. 
4) Método de fixar um grafismo, preto ou colorido, sobre um suporte:
Impressão.
Colorização.
Planificação.
Colagem.
�) Impressão no qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador:
Impressão.
Serigrafia.
Impressão por rodo ou puxador.
Impressão por buril.
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III �3
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Unidade III
Outros tipos de Desenho
Objetivos
Identificar os principais processos para o desenvolvimento das matrizes de im-
pressão para a serigrafia; perceber a importância das manifestações artísticas de 
rua e a transposição de suportes.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
Aula: 1� - Serigrafia: ilustração – gravação da matriz – impressão serigráfica
Aula: 1� - Serigrafia: tipos de encaixes
Aula: 1� - Quadricromia
Aula: 1� - Impressão serigráfica
Aula: 1� - Cologravura
Aula: 1� - Aerografia
Aula: 20 - Grafite: arte de rua
Aula: 21 - Arte de rua I
Aula: 22 - Arte de rua II
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III��
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Aula: 1�
Temática: Serigrafia: ilustração – gravação 
 da matriz – impressão serigráfica
 
Nesta aula falaremos sobre a serigrafia quanto à ilustração, 
gravação da matriz e impressão serigráfica. É importante 
lembrar que todas as etapas estão interligadas entre si, pois 
uma depende da outra. O desenho é a base de todo o processo. Se quiser-
mos ser bem-sucedidos na profissão, devemos entender que, se o dese-
nho estiver mal feito (arte-final), afetará todas as etapas seguintes, porque 
a gravação só copia para a matriz o desenho a ser impresso, e a impressão 
reproduz o que foi gravado.
Há duas maneiras de elaborar um desenho para serigrafia: desenho ma-
nual e desenho computadorizado.
Desenho manual
LAY-OUT: o lay-out é o esboço do desenho que se quer imprimir em algum 
lugar. É recomendável fazer um lay-out sempre antes de imprimir, definiti-
vamente, para que seja possível corrigir supostos erros. 
ARTE-FINAL: é o desenho de-
finitivo e sem erros que vai ser 
gravado para posterior impres-
são. Deve ser feito sob papel 
transparente com tinta preta. 
PAPEL VEGETAL (no mínimo 
90/95 gcm3): para desenhos 
de contorno e traços finos.
PAPEL POLIÉSTER - LEITOSO 
E CRISTAL: trata-se de um óti-
mo papel, pois é impermeável 
e reaproveitável (para isto lim-
pe o desenho indesejável com 
thiner e estopa com água /sa-
bão/bombril, com álcool/bom-
bril.). É usado para desenhos 
de precisão de encaixe (áreas 
chapadas).
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RÉGUAS AUXILIARES
Para fazer os desenhos, utilizam-se réguas para auxiliar os traços de con-
tornos, formas curvas, ovais etc. São elas: curvas francesas, gabarito de 
oval, gabarito de círculo, esquadros, gabarito de letras e régua de acrílico 
(60 cm).
CANETAS PARA TINTA NANQUIM
Utilizadas para fazer os contornos dos desenhos, são encontradas em vá-
rias espessuras: desde 0.1 até 2.0. Porém, aconselhamos comprar apenas 
04 tamanhos: 0.6 / 0.8/ 1.2 / 2.0.
LETRAS TRANSFERÍVEIS
São letras prontas para serem transferidas para o desenho de vários tama-
nhos e modelos.
FILME DE RECORTE
É um papel composto de uma camada de nitrocelulose com poliéster cris-
tal, usado para fazer desenhos geométricos com precisão e com o auxílio 
de um estilete.
DESENHO COMPUTADORIZADO
Outra maneira de fazer uma arte-final é por intermédio de um computador 
e uma Impressora Laser.
A fotocópia (xérox) também pode ser utilizada, mas o original a ser copia-
do deve ser na cor preta. Originais coloridos não oferecem boa qualidade. 
Esta cópia pode ser feita diretamente no vegetal ou no papel sulfite, deven-
do-se passar óleo neste para torná-lo transparente, observando-se o que 
foi dito no início do curso para que o desenho não perca a qualidade.
 
Identificamos, nesta aula, os principais processos para o 
desenvolvimento da matriz de impressão para a serigrafia. 
Percebemos que nesse processo, que parecia tão manual, já 
há interface com o computador. Observamos, ainda, diferentes materiais, 
como canetas, filmes de recortes, entre outros. Até o próximo encontro!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III��
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Aula: 1�
Temática: Serigrafia: tipos de encaixes
Nesta aula continuaremos com os estudos sobre serigrafia 
e abordaremos os tipos de encaixe. São eles:
• Espiga (ideal) 
• Meia esquadrilha (não recomendável) 
• Meia madeira (não recomendável)
 
Representação esquemática do quadro.
ESPÁTULA
Para emulsionar a matriz, utiliza-se uma espátula de acrílico chanfrada em um 
dos lados. Esta deve ser totalmente lisa e livre de imperfeições em sua quina.
Malha
Tipos de malha:
A malha é o tecido que se estica no quadro, formando o que chamamosde matriz.
Há dois tipos de malhas: nylon e poliéster
Há também dois tipos de formação destas malhas: monofilamento e mul-
tifilamento
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Monofilamento: é a malha cuja trama é feita com fios únicos, como fios 
de anzol, e, normalmente, é de origem importada. 
Multifilamento - é a malha cuja trama é formada por múltiplos fios tipo 
de cabo de aço, cordão, cordilha de varal, normalmente são de origem 
nacional. 
Como você pode perceber, esta constituição afetará a qualidade de grava-
ção do desenho e, conseqüentemente, a qualidade de impressão.
Nylon Monofilamento
Usados para impressão, desenhos reticulados e cromias em tecido:
• 77 fios
• 90 fios
• 100 fios
Usados para impressão com tintas à base de solvente para adesivo, car-
tazes, sacolas: 
• 120 fios
• 150 fios
• 180 fios
Estes são apenas alguns exemplos.
Poliéster Multifilamento
É usado apenas para impressão em tecido:
44 fios - para puff
55 fios - para desenhos em geral
Poliéster Momofilamento (a malha ideal)
Para Tecido:
32 fios - Puff
44 fios - Puff
55 fios - desenhos em geral
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III��
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Para desenhos reticulados em tecido:
77 fios - cromia com 15 Linhas
90 fios - cromia com 17 Linhas
100 fios - cromia com 20 Linhas
Para tintas à base de solventes:
120 fios
150 fios
180 fios
 
Nesta aula estudamos os principais tipos de nylon existentes 
e suas finalidades. A utilização do nylon adequado resulta na 
qualidade da impressão em decorrência do tipo de suporte 
que se pretende imprimir. Portanto, impressões para tecidos exigirão nylon 
com fios adequados, e assim por diante. Até a próxima aula!
 
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Aula: 1�
Temática: Quadricromia
Computador também é capaz de fazer uma arte-final que 
reproduza foto de pessoas, objetos, paisagens, animais, as-
sim como o off-set. 
Para isto, deve-se imprimir na impressora a laser, no modo separação 
de cores, ou mesmo solicitar um fotolito do original colorido no buraex, 
(fotolito eletrônico).
Cor primária gráfica: cyan, amarelo, magenta e preto. 
Obs: os fotolitos são compostos por pontos que vão formando linhas, o 
que determina a sua numeração. Para serigrafia, usam-se as seguintes:
15 linhas (usar malha 77 fios) 
17 linhas (usar malha 90 fios) 
20 linhas (usar malha 100 fios) 
Esta numeração significa quantos pontos se encontram em 1 cm do fo-
tolito. Então, quanto mais linhas, menores serão os pontos que formam a 
imagem, e mais definida ficará a imagem impressa.
Detalhe importante: na serigrafia cada cor deve ser feita em uma folha 
separada e com o respectivo registro para encaixe.
Se for desenho para ser impresso em tecido, as cores devem ser justapos-
tas apenas pela espessura da caneta de nanquim.
Se for desenho para adesivos, cartazes e brindes, as cores podem ser 
sobrepostas. 
Gravação
Para esta etapa utilizaremos os seguintes materiais:
Emulsão 
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Tipos de emulsão
Quadro/chassi 
Tipos de quadros 
Tipos de encaixe 
Espátula 
Malha 
Tipos de malhas 
Mesa de luz 
Tipos de lâmpadas 
Modelos de mesas 
Desgravação 
Removedores de emulsão 
Esticadores 
Grampeador 
Emulsão
TIPOS DE EMULSÃO
Emulsão à base de água: é utilizada para gravar matrizes em que se usam 
tintas à base de água. Exemplo: tecido.
Emulsão à base de solvente: é utilizada para gravar matrizes em que se 
usam tintas à base de solvente. Exemplo: vinícas, sintéticas etc.
FÓRMULA:
Toda emulsão é vendida acompanhada de um líquido, que é o sensibilizante.
Este produto deverá ser misturado à emulsão, seguindo os seguintes critérios:
• a proporção da mistura é de 01 parte de emulsão e 10% de sensibilizante; 
• misturar lentamente para não formar bolhas; 
• deixar descansar de 15 a 20 minutos; 
• trabalhar em ambiente limpo e livre de poeiras; 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III �1
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• antes de emulsionar a tela, esta deve ser desengordurada com água e 
sabão ou detergente, HB 10; 
• trabalhar em ambiente de penumbra; 
• sempre molhar toda a tela, frente e verso, após a revelação, desde que 
esta ocorra em lugar externo à revelação. 
Quadro/chassi
Tipos de quadros:
Madeira – pinho: pouco recomendável, servindo só quando o desenho for 
pequeno.
Mogno: recomendável para desenhos de tamanhos diversos, até 50 x 80 cm.
Metalon: para desenhos acima de 60 x 80 cm.
Alumínio: para desenhos grandes, por exemplo, para outdoors, cartazes, 
bandeiras. Medida acima de um metro.
Obs: para esticar a malha ao quadro, utiliza-se um grampeador quando 
este é feito de madeira. No entanto, quando é feito de metalon e alumínio, 
utiliza-se cola AMAZONAS. 
É preciso sempre molhar a malha antes e no momento da esticagem. 
 
Nesta aula estudamos o processo de gravação de matriz 
para serigrafia, com quadricromia. Salientamos o tipo de fio, 
correlacionando com o suporte desejado e a cores que com-
põem artes coloridas.
 
Lembrete
Movimento principalmente americano e britânico, sua denominação foi 
empregada pela primeira vez em 1954, pelo crítico inglês Lawrence Allo-
way, para designar os produtos da cultura popular da civilização ocidental, 
sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos.
Com raízes no dadaísmo de Marcel Duchamp, o pop art começou a tomar 
forma no final da década de 1950, quando alguns artistas, após estudarem 
os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos Estados Unidos, 
passaram a transformá-los em tema de suas obras. 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL III�2
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Representavam, assim, os componentes mais ostensivos da cultura popu-
lar, de poderosa influência na vida cotidiana na segunda metade do século 
XX. Era o retorno a uma arte figurativa, em oposição ao expressionismo 
abstrato que dominava a cena estética desde o final da Segunda Guerra. 
Sua iconografia era a da televisão, da fotografia, dos quadrinhos, do cine-
ma e da publicidade. Até a próxima aula!
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Aula: 1�
Temática: Impressão serigráfica
 
Nesta aula conheceremos algumas noções a respeito da 
mesa de luz e tipos de lâmpadas (comum de 500 w / mis-
ta de 500 w / halogênio metálica / xenon / luz negra). Para 
estas lâmpadas usar o modelo abaixo:
 
Obs: a lâmpada deve estar a 40 cm do vidro. 
Desgravação: para fazer uma desgravação, usam-se produtos auxiliares 
como:
• HB 50 
• Removedor de emulsão (Produscreen) 
• Tec-streep (Tec-Screen) 
• Álcool 
• Q-boa 
• Thinner 
• Estopa 
• Jato de água-forte 
Siga os seguintes passos:
• Maneira
Molhe a matriz a ser desgravada; passe o removedor de sua escolha e 
deixe agir por 05 minutos. Esfregue com a brocha e jateie água-forte para 
remover o restante. Desengordure com água e sabão. 
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• Impressão
Materiais utilizados:
- Tintas 
- Rodo 
- Removedor para emulsão fotográfica
- Removedor para emulsão fotográfica 3010 
- O removedor para emulsão fotográfica é usado para recuperação rápida 
de matrizes serigráficas feitas pelo processo direto ou direto-indireto. É um 
líquido incolor, inodoro e isento de cloro.
 
Forma de Uso:
Pelo processo de imersão ou aplicação com pincel ou trincha: com 
o uso de uma bandeja, deixe a matriz imersa no removedor de 10 a 15 
minutos. Com o uso de um pincel ou trincha, aplique o removedor nos dois 
lados da matriz e deixe-o atuando de 10 a 15 minutos. Em seguida, aplique 
jatos d’água, removendo completamente o filme de emulsão, não deixando 
resíduo algum.
Recomendações:
Para melhor atuação do produto, recomendamos que a matriz esteja isenta 
de resíduos de tinta. Matrizes muito antigas (endurecidas) apresentarão 
maior dificuldade na recuperação. Se necessário, repita a operação.
Para remoçãoda emulsão verde 5014, proceda da mesma forma, porém a 
remoção final do produto deverá ser com álcool.
Informações adicionais:
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• Desempenho do produto
As características do produto serão mantidas, desde que seja corretamen-
te conservado e utilizado de acordo com as instruções contidas no boletim 
técnico.
• Precauções
Manter o produto longe do alcance de crianças e animais.
Manter a embalagem bem fechada. 
Durante a utilização, manter o ambiente ventilado. Se necessário, usar 
ventilação forçada. 
Evitar inalação dos vapores, usando máscara protetora facial, bem como 
óculos de segurança e avental de polietileno, pois se trata de um produto 
oxidante.
• Armazenamento
Armazenar o produto em local coberto, fresco, seco e ventilado, longe de 
fontes de calor. A embalagem não deve ser incinerada, perfurada ou reu-
tilizada para outros fins. Em caso de derramamento, enxaguar abundante-
mente. Validade do produto: 12 meses.
 
Hoje estudamos o processo de impressão com a serigrafia. 
Mostramos um processo simples e todo o aparato neces-
sário para impressão. Naturalmente, há recursos bastante 
sofisticados para larga escala, porém, é possível você desenvolver uma 
mesa de gravação para projetos de grande qualidade, mas em pequena 
escala de produção.
Até a próxima aula!
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Aula: 1�
Temática: Cologravura
Nesta aula, falaremos sobre a cologravura. Feita a partir da 
colagem, é uma impressão feita de uma prancha ou bloco 
onde elementos tridimensionais são colados. 
Esta técnica é preparada do mesmo modo que a impressão de bloco em 
relevo, ou seja, são freqüentemente impressas à mão (fixa-se o bloco com 
a face para cima sobre uma mesa e, após a entintagem, coloca-se uma 
folha de papel sobre o bloco e esfrega-se o verso do papel com uma ferra-
menta conveniente. Um dos instrumentos bastante utilizados é a concha 
de uma colher grande de pau ou metal. 
Esta é uma gravura de entalhe e não uma gravura de relevo. Após sua 
superfície ser selada com goma-laca diluída, ou outro revestimento de pro-
teção adequado, a placa é entintada a fim de preencher suas reentrâncias. 
A seguir, a superfície é limpa (assim como é feito com as chapas de metal) 
e impressa em papel umedecido, passando-se a placa entintada e o papel 
por uma prensagem. 
Procure pesquisar em sites alguns exemplos dessa técnica. Você encontra-
rá trabalhos belíssimos, pois é possível desenvolver toda a criatividade.
Estudamos a calcogravura em que são feitas, a partir da 
colagem, as impressões. São freqüentemente impressas à 
mão, isto é, fixa-se o bloco com a face para cima sobre uma 
mesa e, após a entintagem, coloca-se uma folha de papel sobre o bloco 
e esfrega-se o verso do papel com a ferramenta conveniente. Não se es-
queça de enviar suas dúvidas e comentários para o nosso ambiente virtual 
de aprendizagem. Envie também suas experiências, bem como as buscas 
que fizer em sites. Comente suas impressões e pense sobre as inovações 
dessa arte. Até o próximo encontro!
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Aula: 1�
Temática: Aerografia
Aerografia é uma técnica de pintura em que se utiliza uma 
pequena pistola ligada a um compressor de ar para soltar 
jatos de tinta. 
 
 
Aerógrafo.
Essa técnica foi vastamente utilizada na publicidade e, principalmente, 
para retoques fotográficos.
Consta que sua primeira aparição se deu em retoques fotográficos, e logo 
o instrumento foi relacionado à arte comercial. Com o florescimento da 
cultura de massa, principalmente seu auge na publicidade, o equipamento 
foi introduzido no campo das belas artes. 
Atualmente, existem trabalhos feitos com aerógrafo em todas as galerias 
do mundo e seus preços são comparados aos de trabalhos feitos com 
pincel, mas nem sempre foi assim... 
Sua aceitação em certos círculos de artistas foi muito lenta, pois era con-
siderada uma arte mecânica. As objeções não se referiam tanto à qualida-
de alcançada em seus trabalhos, mas a razões mais teóricas. O artista não 
estabelece contato direto com a superfície de trabalho no ato da pintura... 
Suas origens na arte comercial não se perdoam facilmente. 
Existem muitas variações nas proporções de tinta e ar, assim como na dis-
tância entre a pistola e a superfície de trabalho, cujo domínio exige bastan-
te técnica, independe do talento para desenho. Recortar as máscaras para 
então produzir o trabalho final pode ser considerado uma arte por si só.
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Trabalho publicitário em aerografia feito por Philip Castle.
 
Nesta aula vimos a aerografia. Apresentamos os materiais 
necessários e o aerógrafo. Os resultados apresentados por 
esse equipamento são de qualidade excelente. Sua utiliza-
ção destina-se a vários objetivos. Apesar de ser um equipamento relati-
vamente caro, ainda é muito útil e de grande durabilidade. Pesquise mais 
sobre o assunto e estabeça uma discussão sobre as novas tendências 
artísticas. Para isso, elabore seus argumentos a partir de muita leitura tex-
tual e visual. Até a próxima aula!!!
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Aula: 20
Temática: Grafite: arte de rua
 
O grafite ou graffiti significa “marca ou inscrição feita em um 
muro”, e é o nome dado às inscrições feitas em paredes.
Amplamente feito nos grandes centros urbanos, é considerado por muitos 
um ato de vandalismo, uma vez que causa poluição visual nos muros e 
construções das cidades. Muitas vezes, o grafite é confundido com “pixa-
ções” (neste caso é comum utilizar o “X” para designar esta manifestação 
popular), que só têm a intenção de danificar muros, “marcar territórios” 
de grupos de jovens que protestam. O grafite tem como objetivo expor 
desenhos como se fossem pinturas cujos quadros são as paredes. Essa 
manifestação está fortemente ligada ao movimento hip-hop. 
 
Grafite de rua.
Vale dizer que Basquiat, nascido em 1960, viveu em Nova Iorque e se 
tornou um grande artista das vanguardas na década de 1980, a partir dos 
grafites que fazia nos muros e metrôs de Manhattan. Os primeiros traba-
lhos foram assinados como Samo, seu pseudônimo.
 
 
Basquiat. Tabac, 1984. Acrílica e pastel oleoso s/ tela, 219x173 cm.
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Outro artista que contribuiu para que o grafite ocupasse espaço nas artes 
foi Keith Haring, pois conquistou notoriedade ao desenhar a giz nas es-
tações de metrô de Nova Iorque e organizou suas primeiras exposições 
formais em 1980 no Clube 57.
Na mesma década, participou de diversas bienais e pintou 
diversos murais, de Sidney a Amsterdã e mesmo no Muro 
de Berlim. Amigo de Grace Jones, foi ele quem lhe pintou o 
corpo para o videoclipe em “Im not perfect”.
Morreu em 16 de fevereiro de 1990 com 31 anos e vítima de AIDS, doença 
contra a qual foi um forte ativista, abordando o tema nas suas pinturas.
 
Pintura de Keith Haring, 1��2.
Na década de 1980, no Brasil, alguns grafiteiros ainda utilizavam a técnica 
de grafitagem com máscara. As máscaras eram feitas com papel carto-
nado de alta gramatura ou chapa usada de radiografia. Com esse suporte, 
eles vazavam os desenhos, criando, assim, um molde que era pintado com 
o spray. Havia um molde para cada cor, bem como para o contorno do de-
senho. Com o passar do tempo, essa técnica foi superada e os desenhos 
aconteciam de forma livre e espontânea.
 
Veja
 
http://www.lost.art.br/daniel_melim.htm - acessado em 26/11/2007.
http://www.lost.art.br/daniel_melim.htm
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Nesta aula observamos as manifestações ocorridas na rua: 
o grafite, seus precursores e a consagração dessas mani-
festações enquanto arte. Atualmente, muitos trabalhos são 
desenvolvidos e novos artistas são descobertos com a

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