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FEBRE TIFOIDE DISCENTES: ANDRESSA ALEXANDRE BEATRIZ FERREIRA FELIPE NATERCIO GIOVANNA MONTENEGRO LUCAS DE CARVALHO EPIDEMIOLOGIA DOCENTE: MS. MAYRA VIEIRA CONCEITO A Febre Tifoide é uma doença bacteriana aguda de distribuição mundial. É causada pela Salmonella enterica sorotipo Typhi. Está associada a baixos níveis socioeconômicos, relacionando-se, principalmente, com precárias condições de saneamento e de higiene pessoal e ambiental. O agente etiológico da Febre Tifoide é a Salmonella enterica sorotipo Typhi, da família Enterobacteriaceae. Trata-se de um bacilo gram-negativo não esporulado, móvel, de 2 a 5µ de diâmetro. Os bacilos são aeróbios, caracterizando-se, como os demais membros do gênero Salmonella, por fermentar o manitol e não fermentar a lactose. ETIOLOGIA Fonte: http://www.arches.uga.edu/~jhyoung/salmonella.html Salmonella entérica sorotipo Typhi ETIOLOGIA Devido às peculiaridades do agente etiológico, o seu tempo de sobrevida difere entre diferentes meios: Na Água Doce Varia consideravelmente com a temperatura (temperaturas mais baixas levam a uma maior sobrevida), com a quantidade de oxigênio disponível (as salmonelas sobrevivem melhor em meio rico em oxigênio). Em condições ótimas nunca ultrapassa de três a quatro semanas; No Esgoto e Água do Mar Em condições experimentais, é aproximadamente 40 dias, para haver encontro de salmonela na água do mar, é necessária uma altíssima contaminação; Em Alimentos Leite, creme e outros laticínios constituem excelentes meios, chegando a perdurar até dois meses na manteiga, por exemplo. MORBIDADE, MORTALIDADE E LETALIDADE A doença acomete com maior frequência a faixa etária entre 15 e 45 anos de idade em áreas endêmicas. A taxa de ataque diminui com a idade. Observando-se o comportamento da Febre Tifoide no Brasil, nas últimas décadas, constata-se uma tendência de declínio nos coeficientes de incidência e letalidade (gráfico 1). DISTRIBUIÇÃO HISTÓRICO- GEOGRÁFICO A doença não apresenta alterações cíclicas ou de sazonalidade que tenham importância prática. Não existe uma distribuição geográfica especial. A ocorrência da doença está diretamente relacionada às condições de saneamento existentes e aos hábitos individuais. Estão mais sujeitas à infecção as pessoas que habitam ou trabalham em ambientes com precárias condições de saneamento. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS INCIDÊNCIA E LETALIDADE DA FEBRE TIFOIDE NO BRASIL O gráfico 1 a seguir evidencia estatisticamente o número de casos de incidência e letalidade por Febre Tifoide no Brasil entre os anos de 1981 e 2009. TIPOS DE PORTADORES PORTADOR CRÔNICO Indivíduo que, por um ano, continua eliminando bactérias (5% dos doentes). PORTADOR SÃO Indivíduo que elimina bactérias, assintomaticamente, pelas fezes, após um ano do início da infecção aguda (identificado em busca ativa). PORTADOR CONVASLESCENTE Indivíduo que continua eliminando bactérias nos quatro meses seguintes à infecção aguda (30% dos doentes). Aproximademente 2% a 5% dos doentes passarão ao estado de portador e se dividem em três classes: RESERVATÓRIO E FONTES DE INFECÇÃO A Salmonella enterica sorotipo Typhi causa doença natural somente no homem, embora chimpanzés, camundongos e outros animais possam ser infectados experimentalmente . As principais fontes de infecção são os portadores e os indivíduos doentes . O contágio se dá por meio de excreções (fezes e urina) e, em algumas ocasiões, pelo vômito, expectoração e pus. • Portadores: os indivíduos que após a infecção aguda, mantêm el iminação de bacilos nas fezes e urina por tempo prolongado são denominados portadores . São importantes à medida que propiciam a manutenção das epidemias e podem originar novos surtos epidêmicos. TRANSMISSÃO DIRETA É estabelecida pelo contato direto com as mãos do doente ou portador. São possíveis duas formas de transmissão da febre tifoide: Direta e Indireta. TRANSMISSÃO INDIRETA Guarda estreita relação com a água (sua distribuição e utilização) e alimentos, que podem ser contaminados com fezes ou urina de doente ou portador. A contaminação dos alimentos é verificada, geralmente, pela manipulação feita por portadores ou oligossintomáticos , sendo a febre tifoide conhecida, por isso, como a "doença das mãos sujas". ALIMENTOS Os legumes irrigados com água contaminada, produtos do mar mal cozidos (moluscos e crustáceos), leite e derivados não pasteurizados, produtos congelados e enlatados podem veicular salmonela. MODOS DE TRANSMISSÃO FISIOPATOGENIA Após a ingestão da Salmonella enterica sorotipo Typhi , ocorre a penetração na mucosa do intestino delgado, invasão dos fagócitos mononucleares das placas i leais de Peyer e gânglios l infáticos mesentéricos . Decorrido um período de incubação de 7 a 21 dias , ocorre a disseminação para o sistema retículo endotel ial ( f ígado, baço e medula óssea) , onde as salmonelas penetram as células hist iocitárias . A febre e calafr ios refletem a bacteremia desde o início . A colonização da vesícula bi l iar propicia a el iminação de salmonelas a partir da terceira semana da doença. Há reação inflamatória em todos os locais onde existe a prol iferação bacteriana no interior dos macrófagos . A febre e outros sintomas parecem ser devido à l iberação de pirogênios endógenos ( interleucina 1 , por exemplo) , pelos macrófagos infectados, o que modifica o conceito que a Febre Tifoide é exclusivamente relacionada à endotoxina da bactéria . PERÍODO INVASIVO OU INICIAL Após um período de incubação de 7 a 21 dias, sintomas inespecíficos como febre, calafrios, cefaleia, astenia e tosse seca vão aumentado de intesidade progressivamente, acarretando febre alta, prostração e calafrios, mais contantes ao final da primeira semana. PERÍODO DE ESTADO Na segunda semana de doença, a febre atinge um platô e se faz acompanhar de astenia intensa, ou mesmo, torpor. O nível de consciência pode se alterar, havendo delírios e indiferença ao ambiente (typhus). Além de alteração do pulso, podendo haver diarreia, sobretudo em crianças, sendo frequente, entretanto, a constipação intestinal. PERÍODO DE DECLÍNIO Nos casos de evolução favorável, observa-se, durante e após a quarta semana de doença, uma melhora gradual dos sintomas e o desaparecimento da febre. Entretanto, deve-se estar atento a complicações como trombose femural, abscessos ósseos e recorrência da doença. PERÍODO DE CONVALESCENÇA Nessa fase, o doente mostra-se emagrecido e extremamente fraco, adinâmico, podendo haver descamação da pele e queda de cabelos. A S P E C T O S C L Í N I C O S DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O diagnóstico de laboratório da Febre Tifoide baseia-se, primordialmente, no isolamento e na identificação do agente etiológico, nas diferentes fases clínicas, a partir do sangue (hemocultura), fezes (coprocultura), aspirador medular (mielocultura) e urina (urocultura). Deve ser feito com todas as doenças entéricas de diversas etiologias, como, por exemplo, Salmonella enterica sorotipo Paratyphi A, B e C. Devido ao quadro inespecífico algumas doenças devem compor o diagnóstico diferencial como pneumonias, tuberculoses, toxoplasmose, entre outras. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DIAGNÓSTICO Assim que tiver o diagnóstico da Febre Tifoide, o tratamento deve ser iniciado omais rapidamente possível, de acordo com as prescrições e orientações médicas, que seguirão conforme cada caso. Normalmente o paciente é tratado em nível laboratorial, basicamente com o uso de antibióticos específicos e reidratação. Geralmente o tratamento dura em torno de 14 dias, mas o período pode ser maior ou menor, conforme a gravidade da doença. Repouso e hidratação constante são fundamentais e essenciais para a boa recuperação da Febre Tifoide. É importante que as pessoas em tratamento lavem bem as mãos com água e sabão depois de usar o banheiro e evitem preparar ou servir alimentos para outras pessoas, a fim de diminuir a chance de transmitir a infecção para outras pessoas. T R A T A M E N T O PROFILAXIA O saneamento básico, o preparo adequado de alimentos e a higiene pessoal são as principais medidas de prevenção da Febre Ti foide. A vacina atualmente disponível não possui um alto poder imunogênico e a imunidade é de curta duração, sendo indicada apenas em situações excepcionais , como trabalhadores que entram em contato com esgotos, ou pessoas que vivem em áreas de alta endemicidade. PRINCIPAIS FORMAS DE PREVENÇÃO • Consumir água tratada; • Consumir leite e derivados pasteurizados ; • Selecionar alimentos frescos com boa aparência e , antes do consumo, desinfetar e lavar esses alimentos; • Lavar e desinfetar todas as superfícies , utensí l ios e equipamentos usados na preparação de alimentos; • Lavar as mãos regularmente, durante e após a preparação dos alimentos e depois de ir ao banheiro. ORIENTAÇÕES A SEREM SEGUIDAS BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual Integrado de Vigilância e Controle da Febre Tifoide. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. p. 94. BRASIL. Ministério da Saúde. Febre Tifoide: causas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Brasília: Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: http://saude.gov.br/saude- de-a-z/febre-tifoide. Acesso em: 11 de Mai. 2020. FEBRE TIFOIDE DISCENTES: ANDRESSA ALEXANDRE BEATRIZ FERREIRA FELIPE NATERCIO GIOVANNA MONTENEGRO LUCAS DE CARVALHO EPIDEMIOLOGIA DOCENTE: MS. MAYRA VIEIRA
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