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Aula_25_09_09_2017_Processo_CIVIL

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Processo Civil I
Atos Processuais
Art. 188.  Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
Art. 189.  Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
Processo Civil I
Atos Processuais
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
§ 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
Processo Civil I
Atos Processuais e segredo de justiça
Pode qualquer pessoa ter acesso aos autos?
De acordo com o princípio da publicidade dos atos processuais, é permitida a vista dos autos do processo em cartório por qualquer pessoa, desde que não tramite em segredo de justiça” (STJ-3ª T., REsp 660.284, Min. Nancy Andrighi, j. 10.11.05, DJU 19.12.05). Ou seja, não é preciso ser advogado para ter acesso ao processo; mesmo a imprensa tem assegurado o direito de consultar os autos.
Pode o procurador sem OAB ter acesso ao processo com segredo de justiça?
O procurador da parte, não inscrito na OAB, não tem direito de vista dos autos, nos casos de segredo de justiça (STJ-2ª T., RMS 14.697, Min. Paulo Medina, j. 7.11.02, DJU 16.12.02).
Processo Civil I
Processo Civil I
Processo Civil I
Negócio Jurídico Processual – regra geral
Objeto: posições processuais (ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo) ou procedimentos.
 Negócios Jurídicos processuais – Espécies
Cláusula de eleição de foro (Art. 63)
escolha do mediador ou conciliador (art. 168)
Art. 168. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.
 suspensão do processo por convenção das partes (art. 313, II)
Art. 313. Suspende-se o processo:
II - pela convenção das partes;
Alterações no Novo Código de Processo Civil
Negócios Jurídicos processuais – Espécies
- Convenção de arbitragem (art. 3º, Lei nº 9.307)
Art. 3º As partes interessadas podem submeter a solução de seus litígios ao juízo arbitral mediante convenção de arbitragem, assim entendida a cláusula compromissória e o compromisso arbitral.
- Saneamento consensual (art. 357, § 2º)
§ 2º As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual das questões de fato e de direito a que se referem os incisos II e IV, a qual, se homologada, vincula as partes e o juiz.
Alterações no Novo Código de Processo Civil
Negócios Jurídicos processuais – Espécies
Acordo para o adiamento da audiência de instrução e julgamento (art. 362, I)
Art. 362.  A audiência poderá ser adiada:
I - por convenção das partes;
Convenção entre os litisconsortes para dividir entre si o tempo das alegações finais orais em audiência (art. 364, § 1º)
§ 1º Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo, que formará com o da prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de modo diverso.
Convenção sobre a redistribuição do ônus da prova (art. 373, § 3º)
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
Negócios Jurídicos processuais – Espécies
Acordo para retirar dos autos o documento cuja falsidade foi arguida (art. 432, parágrafo único)
Art. 432. Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15 (quinze) dias, será realizado o exame pericial.
Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo.; e
Escolha consensual do perito (art. 471).
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimento, desde que:
I - sejam plenamente capazes;
II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.
Alterações no Novo Código de Processo Civil
Negócios Jurídicos processuais – Limitações: 
1)a boa-fé processual (art. 5º );
2) o dever de decidir com fundamento na legalidade (art. 8º);
3) o dever de fundamentação de suas decisões (art. 489, § 1º);
4) o dever de decidir conforme as súmulas e precedentes com eficácia vinculante (art. 927) etc. 
5) as normas fundamentais do processo; garantias mínimas; garantias constitucionais do processo; devido processo legal. 
Momento do negócio jurídico: pode ser produzido antes ou depois do processo
Enunciado 06 do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC): “ O negócio jurídico processual não pode afastar os deveres inerentes à boa-fé e à cooperação.”
Alterações no Novo Código de Processo Civil
Alterações no Novo Código de Processo Civil
Exercício
1) Duas empresas de grande porte firmam contrato de fornecimento de bens e prestação de serviços. No contrato ficou estabelecido um foro para eventuais conflito oriundos do citado contrato. Tem fundamento jurídico, a arguição do abuso de direito na cláusula de eleição de foro, postulando o direito do art. 63 do NCPC por uma das constratantes?
R. “Nas relações entre empresas de porte, capazes financeiramente de sustentar uma causa em qualquer foro, prevalece o de eleição” (STJ-3ª T., REsp 279.687, Min. Castro Filho, j. 12.3.02, DJU 5.8.02). “O elevado porte dos negócios realizados entre as partes, no exercício de sua atividade mercantil típica, o conteúdo econômico da demanda e a ausência de exclusividade para a prestação dos serviços contratados não tornam razoável supor a falta de intelecção da cláusula de eleição do foro, ou mesmo a dificuldade de acesso ao Judiciário, sendo de admitir-se como válido o foro eleito contratualmente” (STJ-4ª T., REsp 379.949, Min. Sálvio de Figueiredo, j. 26.2.02, DJU)
Alterações no Novo Código de Processo Civil
Exercício
	Aline ingressa com demanda contra Felipe, mas, pelo fato de conhecer a reputação de Felipe, pede a sua citação por oficial de justiça, acreditando que o carteiro não conseguirá realizar o ato citatório. Segundo o art. 247, V, do Novo CPC, sempre que o autor justificadamente pedir a citação por oficial de justiça, será essa a forma legal para o ato citatório. O juiz, entretanto, determina a citação por correio, o que nitidamente não é a forma legal adequada para aquele caso concreto. Apesar das impressões de Aline, Felipe é devidamente citado por carta com aviso de recebimento. É nula a citação descrita?
R. Não, pois a finalidade do ato foi atingida e não houve prejuízo para a parte.

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