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Atividade Reflexiva - Unidade 1

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Unidade: Unidade 1 
Nome: Regiane Tamires Damasceno Guimarães 
RGM: 22418024 
Título: O Aluno “Docente”: Possibilidades e Desafios do Estágio 
 
Texto resposta: 
Segundo Paulo Freire (1996, p. 12): 
“A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da 
relação teoria/prática sem a qual a teoria pode ir virando 
blábláblá e a prática, ativismo". 
A prática e a teoria devem andar juntas de maneira em que possam se 
complementar. A prática de ensino em ciências traz informações teóricas 
importantes como: as leis e diretrizes implantadas, a parte teórica de como o 
licenciando deve se portar e etc., e o estágio proporciona então o ambiente para 
que tudo isso seja colocado enfim em prática. No momento em que você passa 
a frequentar a sala de aula e observar o professor, já é possível comparar a 
teoria aprendida na prática de ensino com a didática do professor em sala, além 
de ser o momento específico para confrontar a si mesmo como licenciando, de 
modo a se questionar se sua postura como professor futuramente será como a 
do professor assistido em sala, como é colocado por Bolzan: 
“O objetivo primeiro da formação de professores não deve ser 
apenas o de ensinar os alunos e professoras a ensinar, e sim 
ensinar-lhes a continuar aprendendo em contextos escolares 
diversos. Isso inclui refletir sobre a prática pedagógica, 
compreender os problemas de ensino, analisar os currículos 
escolares, reconhecer a influência dos materiais didáticos nas 
escolhas pedagógicas, socializar as construções e trocas de 
experiências de modo a avançar em direção a novas 
aprendizagens, num constante exercício de uma prática 
reflexiva, colaborativa e coletiva (BOLZAN, 2007, p. 112).” 
 De fato, o ensino em ciências tem muitos desafios e pode ser talvez 
considerada como uma atividade difícil de ser realizada diante de vários 
contextos. A ciência em si ainda encontra muitos obstáculos a serem quebrados, 
como por exemplo a dificuldade do professor em criar e explicar o conteúdo 
levando em consideração a interdisciplinaridade que o ensino de ciências 
apresenta. Ou seja, não é possível por exemplo que o professor explique sobre 
poluição se ele não se dispuser em entender um pouco de química para 
relacionar os conteúdos e oferecer aos alunos algo completo. E ainda pensando 
nesse ponto, uma relação acabara “puxando” a outra. Em vários conteúdos é 
necessário que o professor tente relacionar com física, matemática, geografia, 
e, no entanto, se tal ato não for feito, para o aluno o ensino acaba por ficar 
entediante e “exato” demais. 
 Outro obstáculo que podemos citar é a prática caminhando junto com a 
teoria. Muitas vezes os alunos esperam que o professor possa utilizar-se de 
exemplos práticos (experimentos) para fixar ainda mais a teoria ensinada. Sobre 
isso, muitos professores ainda encontram dificuldade em atualizar sua didática 
para lecionar dessa maneira ou até mesmo encontram desafios em questão de 
espaço hábil na escola para que essas atividades práticas sejam realizadas, 
como por exemplo a ausência de laboratórios de ciência. 
 Bizzo (2009) e Carvalho (2004), apontam a importância de o Ensino de 
Ciências ser repensado, de forma que os alunos possam relacionar a formação 
de uma cultura cientifica com fenômenos da vida cotidiana. Segundo Carvalho 
(2004, p.3): 
“Um ensino que vise à aculturação científica deve ser tal que 
leve os estudantes a construir o seu conteúdo conceitual 
participando do processo de construção e dando oportunidade 
de aprenderem a argumentar e exercitar a razão, em vez de 
fornecer-lhes respostas definitivas ou impor-lhes seus próprios 
pontos de vista transmitindo uma visão fechada das ciências.” 
 A prática de ensino e o estágio atuam com papel fundamental para isso, 
oferecendo ao licenciando a oportunidade de repensar práticas aprendidas na 
teoria ou observadas na regência do professor supervisor e relacionar isso a 
necessidade atual dos alunos para atuar da melhor forma possível como 
docente. 
Bibliografia 
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários a pratica educativa. 
25°ed. Paz e Terra, São Paulo, 1996. 
BOLZAN, D. P. V. A construção do conhecimento pedagógico compartilhado na 
formação de professores. In FREITAS, Deisi S. (org.). Ações educativas e 
estágios curriculares supervisionados. Santa Maria: Ed. UFSM, 2007. 
BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Biruta, 2009. 
CARVALHO, A. M. P. de (org.). Ensino de Ciências: Unindo a Pesquisa e a 
Prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

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