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A VIOLENCIA SOCIAL / SERVIÇO SOCIAL - UNOPAR

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18
	Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social
	
	
A VIOLENCIA SOCIAL 
CIDADE
2020
A VIOLENCIA SOCIAL 
Trabalho interdisciplinar apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção do grau no curso de Serviço Social.
Professores: Elias Barreiros, Altair Ferraz Neto, Mariana de Oliveira Lopes Vieira, Rosane Ap. Belieiro Malvezzi, Patrícia Campos
CIDADE
2020
SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO....................................................................................................4
2-DESENVOLVIMENTO........................................................................................5
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................15
4-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................17
	
1-INTRODUÇÃO
 O presente trabalho é sobre o tema Violência Social. Veremos sua definição, as implicações na vida social urbana, e os diferentes aspectos onde ela se manifesta. Veremos que a Violência Social é um fato social e que ocorre em toda organização social. Ela também reflete o tipo de sociedade e qual os significados da violência dentro dela. Enfim a violência social depende dos estímulos que recebe dentro de cada sociedade. Refletimos também sobre qual seria o papel do serviço social juntamente com a sociologia nas análises da violência social e o que interessa a ambos no seu estudo. Percebemos então que cada sociedade estabelece até que ponto há de tolerar a violência. A manipulação de poder, a corrupção e o uso da força são aceitos, tolerados e mesmo valorizados, tendo papel fundamental na manutenção do sistema social. A pobreza não é causa da violência, mas quando não recebe um olhar maduro para as necessidades é fonte para a criminalidade e ilegalidade. Surge então um grande problema, chamado violência urbana, caracterizada pelas questões sociais, econômicas, valores culturais, políticos e morais de uma sociedade. Consequentemente junto a essa violência aparecem as violações dos direitos humanos. 
 A metodologia utilizada no primeiro momento do trabalho foi uma breve pesquisa objetiva abordando a trajetória histórica do serviço social e o papel do estado. O segundo momento foi baseada em critérios e padrões qualitativos ligados a uma situação geradora de aprendizagem (SGA). 
 
	
2. DESENVOLVIMENTO
 
 Através do que foi estudado é importante destacar os aspectos interdisciplinares das ações do estado frente à população, podemos citar diante a multiplicação de problemas sociais originários da pobreza, pressões populares e do aumento da desigualdade social juntamente com uma violência extrema. O Estado enquanto núcleo do poder burguês assume a função de administrar ou reduzir as mazelas impostas às classes subalternas pela alternativa de desenvolvimento econômico perverso e excludente. Sabemos que grandes foram os aspectos históricos, filosóficos e psicossociais ocorridos no período de 1940 a 1960 no Brasil, dentre os mais importantes à trajetória histórica do serviço social, rumo a sua real institucionalização.
 Esta pesquisa objetiva por meio da abordagem histórica, verificar se houve um avanço de políticas sociais no Brasil e se até o momento presente houve conquistas relevantes na área especifica da Assistência Social enquanto política pública. Para tanto se abordam as leis que garantiram e efetivaram a Assistência Social como direito social para todos aqueles que dela necessitarem, sem necessidade de contribuição. Neste contexto para a compressão das relações sociais, ao sistema capitalista e as constituições relacionadas à questão social, as origens e o desenvolvimento no Brasil; podendo rever um pouco da trajetória histórica das ações voltadas ao atendimento da população na sociedade brasileira. Efetivamente, faz-se necessário deixar evidente que as ações governamentais que se programam neste período, estavam focalizadas muito mais em reduzir e comprimir as manifestações não solidárias ao novo padrão de dominação, do que propriamente de administração, do sofrimento desumano da classe proletária. A esta administração do subproduto do capitalismo (questão social) chamamos política social compreendida como estratégia do Estado de intervenção nas relações sociais.
 De acordo com Raichelis (1988, p. 8): O perfil da intervenção estatal no tratamento da questão social vem sendo historicamente marcado pela ideologia paternalista/autoritária, onde a benevolência da ajuda e o clientelismo visam ocultar sua subordinação, de um lado ao processo de reprodução do capital e, de outro, contraditoriamente, as pressões da sociedade. Mas afinal qual é o papel do Estado neste cenário de modernização que se insinua contraditório a partir do desenvolvimento econômico e aumento da pobreza e da violência social?
Aos desavisados, esse papel pode caracterizar o Estado árbitro neutro de conflitos entre as classes sociais ou identificá-lo com agente fundamentado em valores ético-morais, criterioso na operacionalidade de ações equilibradas pautando-se na verdade e na razão! Esta concepção de Estado faz sentido para muitos, porque foi transformada a partir da década de 1930, na noção ideologizada do Estado perante a sociedade brasileira como encarnação dos interesses gerais e voltada para o bem de todos. Nesta perspectiva, o Estado se tornaria responsável pela busca da harmonia e do consenso ideal entre os cidadãos. Vejamos as palavras de Raichelis (1989, p. 29) sobre esta interpretação tão importante:
O atendimento a estas demandas constitui, também, uma forma de o Estado legitimar-se frente a estas classes, aparecendo sob a capa da neutralidade e defesa do bem-estar social de todos os membros da sociedade. 
O Estado teve também um papel político e fundamental na organização da ideologia que legitima a violência e contribui para organizar um consenso entre as classes, tendo em vista a adequação do poder às necessidades da acumulação, de modo a fortalecer a grande unidade de produção. O mesmo, em relação às classes dominantes, tem papel fundamental de organizador dos seus interesses enquanto classe. Embora no interior destas classes os interesses não sejam totalmente ligados e se compõem, por vezes, em partes distintas, se relacionam em prol do objetivo principal de manutenção das relações capitalistas.
Diante dos aspectos importantes, é de suma importância levando em consideração a assistência social em seu percurso, mencionarmos a chegada das escolas de serviço social nas capitais dos estados em 1940, a implantação das mesmas obedecerá a processo semelhante ao de suas antecessoras de São Paulo e do Rio de Janeiro, contando agora, com o apoio financeiro da Legião Brasileira de Assistência. Diante desse processo, podemos citar os grandes acontecimentos marcantes ocorridos nesse período que vai de 1940 a 1960.
*Em Abril de 1944, o Estado brasileiro possibilitou a inclusão do Serviço Social na Previdência, através da Portaria n° 25, de 8 de abril de 1944, do Conselho Nacional de Trabalho (CNT), constituindo-se como uma das primeiras áreas de atuação desse profissional, no âmbito federal. Assim, gradativamente, foi alocada em todos os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs).
*Em Agosto de 1946, foi fundada a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e regulamentada através do Decreto Lei n° 9.632, de 1946, incorporando a Escola de Serviço Social de São Paulo.
*Em Setembro de 1947, foi aprovado, em assembleia geral da Associação Brasileira de Assistentes Sociais (ABAS), o 1° Código de Ética do Assistente Social.
Nesse mesmo ano, ocorreu em São Paulo o I Congresso Brasileiro de Serviço Social, promovido pelo CEAS, constituindo-se em condição para preparação do II Congresso Pan-Americano de Serviço Social, realizado no Rio de Janeiro, em 1949. O eventonão privilegiou uma temática em especifico, sendo que suas conclusões e recomendações reuniram-se em seis categorias: Serviço Social em família; menores; educação popular; lazer; medico, e na indústria, agricultura e comercio.
*Ainda em dezembro de 1948, foi promulgada, pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, como proposta para a reconstrução política e social do mundo no segundo pós-guerra mundial.
*Em 1949 foi realizada no Rio de Janeiro, o II Congresso Pan-Americano de serviço social, com o tema “Serviço Social e a Família”.
Dessa forma a demanda por assistentes sociais nessa década, excedia em muito ao número de profissionais disponíveis.
Ao relacionar a trajetória do serviço social e colocar em controvérsia a denominada questão social, o trabalho e o capital surgem como elemento de destaque. Para entender melhor esse conjunto de problema, considera-se, o trabalho humano como um sistema produtivo nas relações sociais, focalizando o núcleo da questão social, como: a exploração do trabalho pelo capital, com toda sua consequência para a vida do trabalhador.
Em 1940, foi determinado, o imposto sindical, o salário mínimo e o serviço de alimentação da previdência social. No decorrer dos anos foi criado a legião brasileira assistencial (LBA), essa legião servia como órgão de colaboração junto ao estado, para cuidar do serviço de assistência social, também foi criado o serviço nacional de aprendizagem industrial e comercial.
Já em 1951, foi construída a casa popular, para melhorar as condições de moradia das classes trabalhadoras, criando o abono família, para aquelas famílias que recebia uma renda menor que o dobro do salário mínimo, e tivesse pelo menos oito filhos, menor de 18 anos.
E entre essas constituições está também a jornada de 8 horas de trabalho, as férias remunerada, as estabilidades no emprego, a indenização por dispensa por justa causa, a convenção coletiva de trabalho, a proteção ao trabalho da mulher e ao menor, a assistência à saúde, a maternidade, a infância e uma série de outros serviços assistenciais e educacionais.
Na década passada os assistentes sociais atuavam principalmente na igreja católica, e eram fortemente ligadas, as origens da profissão. Mas a partir de 1945, começou a atuar a escola de serviço social na cidade de Porto Alegre. E com o decorrer das décadas foram fundadas muitas outras escolas de serviço social, podendo aprimorar e reforça a profissão.
Durante todo esse tempo ocorreu um profundo processo de renovação da profissão, acumulando experiência, defendendo e diferenciando, e hoje apresenta como profissão reconhecida academicamente e legitimada socialmente.
O objetivo da reconstituição histórica do serviço social na sociedade brasileira foi o de contribuir para os debates atuais da profissão e de buscar respostas aos seus questionamentos em mudanças projetadas para o novo milênio.
Nos marcos principal das políticas sociais no Brasil e toda trajetória histórica na pratica do Assistente Social como profissão nos períodos 1940-1960, estendendo-se após a Constituição de 1988, expressam institucionalmente a articulação (nem sempre pacifica) entre Estado e sociedade. Portanto, a rigor a assistência, só existe porque as políticas sociais e econômicas (saúde, educação, previdência, habitação, trabalho e renda) mostra o quanto o Estado com suas ações cuidaram da população. O surgimento da política social aconteceu de forma gradual e diferente, dando prioridade à classe trabalhadora em busca dos seus direitos, política social então, entendida como intervenção do governo nas relações sociais, considerada a partir do capitalismo.
Como o capitalismo ingressava cada vez mais e cresce a cada dia com bases históricas, houve a necessidade de um Estado regulador das relações sociais em razão dos antagonismos gerados entre capital e trabalho, por este motivo, o Estado e vários outros mecanismos, sindicatos, instituições assistenciais – reproduz a força de trabalho. Eclodindo a questão social, necessitando, portanto, da intervenção do Estado via políticas sociais, neste sentido como forma de garantir o objetivo de maximização dos lucros, ocorreu à funcionalização e redimensionamento do Estado onde este deixou de atuar apenas como garantidor da propriedade privada em situações e passou a atuar continuamente na organização da economia (Netto, 2001).
No entanto, política social este padrão subjugada à política econômica, atravessou o governo e a ditadura Vargas (1930/1945), o período populista (1946/1963), a longa ditadura militar (1964/1984) e modificado após a CF88. Constituição Federal Brasileira 1988 (SUAS) Lei Orgânica da Assistência Social 1993 (LOAS) Revisão da Política Nacional da Assistência Social 2004 (PNAS) Sistema Único de Assistência Social 2005 (SUAS) avanço da Politica Assistência Social no Brasil.
A trajetória das políticas sociais no Brasil, a partir da Constituição de 1988, na qual as conquistas mais importantes foram a reafirmação da Assistência Social através da LOAS, a instituição da PNAS, bem como a criação do SUAS, é de fato, um avanço para nosso pais. Figutti 2006 observa que a Assistência Social se configura como um avanço nas políticas sociais brasileiras, voltadas para a garantia de direitos e de condições dignas de vida. 
 
3. SITUAÇÃO GERADORA DE PROBLEMA:
 Extraído de: https://www.brasildefato.com.br/2016/12/10/10-de-dezembro-or-dia-internacional-dos-direitos-humanos/ em 04/08/2018.
1. CRIMINALIDADE E VIOLÊNCIA:
Seu estudo parte de um foco sociológico, considerando-os em relação com o todo, estruturas sociais e culturais e não como fatos isolados.
Transcende o senso comum, sobretudo porque são temas cotidianos que expressam opinião e pensamento.
Violência e criminalidade são fenômenos distintos. Existem numa sociedade crimes não violentos, e atos violentos não criminosos, dependendo do “Olhar da lei ESTATAL”. Um exemplo disso são a guerra ou a revolução e a violência socialmente aceita (esporte).
Logo violência e criminalidade, embora estejam associadas são fatos diferentes.
Segundo GULLO, Álvaro (1998) a violência social: 
1. A violência é um fenômeno social inerente a qualquer tipo de sociedade; 2. A forma sob a qual se manifesta reflete o tipo de sociedade e mostra o seu significado nessa sociedade; 3. A violência depende, portanto, de estímulos provenientes da própria sociedade. 
Max Weber afirmou “Coerção é legitimo pelo estado a fim de manter a ordem social” e Durkheim considera “A existência do crime é fato social normal. ”
Como já vimos a violência e a criminalidade estão associadas, porém distintas enquanto fenômeno.
O que interessa ao social juntamente usando uma abordagem sociológica então? 
Interessa a ela estudar os fenômenos de vandalismo, homicídios, suicídios, teorias do Direito, de criminologia, guerras e conflitos sociais. Numa análise científica (isenta). Dando a eles um Olhar sociológico, que percebe a violência como fenômenos da exclusão, preconceito e pobreza.
VIOLÊNCIA é como uma célula doente que é contida pela defesa orgânica, a taxa dessas unidades mórbidas é alta e precisam individualmente ser tratadas. Segundo AMARAL (Obras e Ensaios Jurídicos) cada sociedade estabelece até que ponto há de tolerar a violência. O limite à violência é legal e, sobretudo social. Dir-se-ia que a violência quando guiada por valores ético-sociais, não pode ser descartada, mas é um mal necessário para a evolução.
De acordo com VOGT (IN) VELHO (antropólogo) a manipulação de poder, a corrupção e o uso da força é aceitos, tolerados e mesmo valorizados, tendo papel fundamental na manutenção do sistema social.
A violência foi legitimada historicamente na sociedade brasileira. Isso nos coloca em pé de igualdade com países em guerra civil.
A Chacina Candelária e Vigário Geral (1993) é um exemplo.
Devidos a esses acontecimentos uma ONG acusou a polícia do Rio de Janeiro de criminalizar a pobreza. Em entrevista à BBC Brasil, o diretor-executivo da ONG Viva Rio, Rubem César Fernandes, afirmaque, desde o final da década de 80, o Rio vive picos de violência "em um padrão que se repete", mas que, apesar disso, o número de homicídios vem caindo.
"Para a população, é o horror de sempre. Em um confronto tão violento, em um território tão pequeno, tão denso, é inevitável que ocorram erros", disse. "É uma lógica que nos coloca em um ambiente de insegurança radical, a própria polícia fica insegura." Por isso, segundo ele, embora tenha raízes na pobreza e na miséria a violência não é apenas um fenômeno socioeconômico, mas também ético-moral.
2. VIOLÊNCIA E CORRUPÇÃO
	A violência é nutrida pela corrupção, que atinge todos os níveis da administração pública, gerando uma generalizada falta de credibilidade e de confiança nas autoridades, levando os indivíduos a se defenderem por si próprios ou mais graves, a quererem justiça com as próprias mãos.
	“Perdem-se referencias simbólicas significativas, perdem-se expectativas de convivência social elementar, diz VELHO”. 
2.1 Pobreza versus Violência
Figura 1
Figura 2
 2.2. VIOLÊNCIA URBANA
Designa o fenômeno social de comportamento transgressor e agressivo do convívio humano. Típico de grandes cidades. Está ligada às condições sociais e de vida impostas no espaço urbano. É evidente pelo alto índice de criminalidade E PELA Infração dos códigos elementares de conduta civilizada.
Alguns países impingem a outro seu modelo de violência. Populações de países mais pobres aprendem e reproduzem processos violentos originários de expressões artísticas que tem a violência como tema principal. Exemplo: O CINEMA.
Manifestações mais extremadas ocorrem em sociedades onde há tradição cultural de violência e divisões étnicas, sociais e econômicas.
A violência resulta de tensões sociais: Desigualdade e Estrutura “não menos violenta” de privilégios.
A violência se agrava em países cujo funcionamento é precário dos mecanismos de controle social, político e jurídico.
No Brasil, a existência de Instituições frágeis, profunda desigualdade econômica, tradição cultural de violência geram como efeito uma realidade violenta.
Algumas causas que levam a essa realidade são: a aceitação social da ruptura das normas jurídicas; o desrespeito à noção de cidadania e de direito; a violência dos agentes de Estado contra os mais pobres; e o descompromisso com as regras de convívio aceita com certa indiferença. Isso reforça a cultura e o modo como o País enxerga o pobre e a violência que está relacionada a ele. 
São comuns e corriqueiras nas grandes cidades: Impunidade do uso da tortura pela polícia (investigação), Ocupação de espaço público por camelô; Infração de trânsito; Incompetência administrativa; Negligência de toda forma de acidente; Desrespeito ao consumidor.
3. VIOLÊNCIA URBANA E GRAVES VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS
A problemática da violência tornou-se objeto de discussão e interesse de especialistas. Pesquisas apontam para o seguinte fenômeno: Baixa credibilidade das instituições de segurança e justiça junto à população.
A sociedade brasileira tem acompanhado o aumento da violência e da criminalidade, ao mesmo tempo, observa a ausência de resposta por parte da polícia e para enfrentar o crime a impunidade.
Não há no Brasil uma base nacional de dados sobre: Criminalidade; Roubo; Estupro; Sequestro.
 Há déficit então de informação – registros policiais – impossibilidade de análise comparativa. A única base de registro de dados são os homicídios, proporcionando comparação em relação à segurança pública.
 Os homicídios dolosos correspondem a 35,7% dos óbitos. 1980 a 1998. Os homicídios vêm aumentando tendência de crescimento como causa externa de mortalidade. A violência vem crescendo em ritmo considerável em todo país. É necessário relativizar estas frequências com base em diferentes variáveis. As variáveis observadas seriam: região, sexo, faixa etária, nível socioeconômico. 
Embora o senso comum vincule o aumento da criminalidade ao aumento da pobreza, não se pode omitir o fato de que o empobrecimento de largas camadas da população tem sido resultado de um crescimento econômico desordenado e da distribuição desigual da riqueza.
 
3.1. As graves violações de direitos humanos
 São assim definidos os crimes praticados por agentes do estado contra a população, seja no exercício legal de suas atividades, seja atuando para além delas. 
Incluímos sob esta rubrica aqueles crimes que são praticados por cidadãos comuns, que tomam para si a função de aplicar a Justiça, “estimulados” pela ausência do estado em seu papel de regulador público da violência e pelo mau funcionamento das instituições de segurança e justiça.
De todas as mudanças que ocorrem no cenário político brasileiro, as práticas policiais sofreram poucas mudanças. 
Sua principal característica tem sido o uso excessiva da força, expresso, por um lado, na desproporcionalidade de agentes por caso, em média, e, por outro, nas altas taxas de letalidade em que resultam os confrontos.
A ausência de respostas do poder pública nestes casos somente contribui para agravar o quadro de descrédito destas instituições junto à população.
4. CONCLUSÃO:
 
Concluímos que a sociedade é produto de seus valores e de como ela cria suas regras, sejam elas copiadas ou readaptadas de outras culturas sociais, ou imitadas por influências midiáticas como são os casos de filmes e propagandas incentivadoras de violência. Entendemos também que a falta de um governo justo que trabalhe para melhorias de desigualdades e injustiças contribui para o aumento da criminalidade como efeito de violência. Nessa perspectiva a sociedade muitas vezes possui padrões permissivos e excludentes que reforçam a manutenção de ideais violentos, sejam eles entendidos como necessários ou não. Os diversos tipos de violência têm associações com as heranças culturais e perpetuadas na história de uma sociedade. Tomemos por exemplo a violência contra a mulher. Numa sociedade onde o ideal de uma mulher é subjugado historicamente às vontades da maioria masculina e aos estereótipos criados de feminilidade, subentende-se colher violências e abusos absurdos, desde a culpabilização da mulher pelo ato violento até a estimativa de que essa deseja o ato em si, pois se atreve a quebra de regras morais impostas.
Podemos concluir que o com o passar do tempo foram introduzidas novas técnicas sob a perspectiva funcionalista, que tem como pressupostos filosóficos a integração do homem ao meio e, como base o equilíbrio das tensões. Em suma, limitar os poderes do Estado em benefício da preservação dos direitos e garantias individuais da população, materializado na constituição, regulamenta e fundamenta, controlando a sua organização, justifica-se a própria existência do Estado. Constituição de 1988 permitiu ao Brasil criar uma ampla proteção social, com forte impacto na redução da pobreza e na distribuição de renda, mas ainda é necessário melhorar a qualidade dos serviços oferecidos à população e facilitar o acesso a alguns direitos pois, onde a pobreza impera, não por sua própria culpa, mas pela má distribuição de renda e acessos, também imperam o maior número de violências e intolerâncias. Não que esse fator socioeconômico exima a classe média e alta desses índices, até porque não são somente as condições socioeconômicas que definem um ato violento, mas é mais profundo e de caráter ético-moral. Ou seja, enquanto não houver mudanças nas raízes da sociedade que alimentam a raiz social da violência, introjetando nela nutrientes nocivos a mesma, não se poderá obter resultados diferentes, pois como diz o velho ditado: “violência gera violência”.
5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
KUPPER, Agnaldo. Sociologia Livro Único. 1ed. São Paulo: Editora Poliedro. 2010. 281p.
SORJ, Bernardo. brasil@povo.com: a luta contra a desigualdade na Sociedade da Informação. Rio de Janeiro : Jorge Zahar ED. ; Brasília, DF: Unesco, 2003.
GULLO, Álvaro de Aquino e Silva. Violência urbana: um problema social. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 10(1): 105-119,maio de 1998.
OBJETIVO. Caderno de Sociologia: material modular 9. Criminalidade e Violência. 2015. 6p.
Direito Constitucional: Teoria do Estado e da Constituição/ Riccitelli, Antônio 4. ed. ver. – Barueri, SP: Manole, 2007. 
Disponível em: <http:// www.cpihts.com/PDF02/Larissa%20Dahmer%20Pereira.pdf>. Acesso em: 20 de out. 2001.
Disponível em: <http:// desafios2.ipea.gov.br/sites/000/17/edicoes/54/pdfs/rd54not06.pdf>. Acesso em: 20 de out. 2011.
Disponível em: <http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2009/anais/arquivos/0016_1038_01.pdf>. Acesso em: 20 de out. 2011.
Disponível em: <http://www.revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/view/947/727>. Acesso em: 23 de out. 2011
 Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I. Franciele Toscan Bogado. Patrícia Martins Castelo Branco. - São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II. Adarly Rosana Moreira Goes. - São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
MESTRINER, Maria Luiza. O Estado entre a filantropia e a assistência social. São Paulo, Cortez Editora, 2ª edição, 2005.
Politicas Sociais I.Cristina Rossi. Sirlei Fortes de Jesus. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
RAICHELIS, Raquel. Legitimidade popular e poder público. São Paulo, Cortez, 1988.

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