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TL_Legislacao_PDF_S05

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SEMANA 05
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Sumário
Atuação do Estado e Leis do comércio internacional - Parte 1 ................3
Atuação do Estado e Leis do comércio internacional - Parte 2 ................3
Regulamento aduaneiro - Parte 1 ............................................................4
Regulamento aduaneiro - Parte 2 ............................................................4
Regulamento aduaneiro - Parte 3 ............................................................5
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Atuação do Estado e Leis do comércio internacional - 
Parte 1
No contexto aduaneiro observa-se inúmeras questões em função das inúmeras operações 
realizadas entre as partes envolvidas, de um lado temos a administração pública representada 
pela aduana, defendendo os interesses do Estado, e de outro lado temos a figura do particu-
lar, é o importador ou exportador, também defendendo seus interesses, sendo a ele aplicados 
encargos e obrigações inerentes desta relação.
Esta relação entre Estado e particular podem gerar conflitos, principalmente em matéria tributá-
ria, envolvendo questões referentes à importação ou exportação.
O núcleo da matéria aduaneira é uma obrigação, seja ela de natureza tributária ou administra-
tiva. O polo passivo desta relação sempre será ocupado por um particular, também chamado 
de contribuinte. O polo ativo desta relação será ocupado pela administração pública, o Estado, 
representado pelos seus órgãos competentes.
A atuação do Estado no comércio exterior envolve uma série de práticas e políticas como: 
monetária, fiscal, industrial, de comércio exterior e cambial, com a finalidade de desenvolver a 
economia do país e a sociedade como um todo. Pode-se dizer que esta atuação do Estado no 
comércio exterior ocorre de forma indireta, pois ele atua como um órgão de controle e regula-
mentação sobre às atividades realizadas pelo particular na importação e exportação de bens e 
serviços.
Podemos tranquilamente dizer que o Estado (país) não desenvolve atividade comercial e sim 
atividade reguladora das práticas realizadas pelos particulares. Esta atuação é diferente da 
que ocorre nas relações de comércio internacional, onde o Estado é sujeito ativo pertecente a 
economia mundial ao defender os interesses nacionais.
Atuação do Estado e Leis do comércio internacional - 
Parte 2
Como no comércio exterior temos sujeitos de vários países, várias nacionalidades e estes 
estão em territórios distintos, estes sujeitos são submetidos a normas específicas e próprias de 
cada um, além da legislação internacional comum a eles. Nesta ótica percebe-se que o Estado 
apresenta-se em dois momentos diferentes: como agente regulador e controlador da ordem 
interna, e como firmatário de acordos e convenções internacionais.
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Segundo WERNECK (2001), as operações de comércio envolvem, basi-
camente, o processo de compra e venda de mercadorias. No comércio 
exterior, o processo de compra, denominado importação, alude à entrada 
de mercadoria estrangeira no território nacional processada por um im-
portador, pessoa física ou jurídica, que adquire para a comercialização ou 
consumo no país.
Ainda segundo WERNECK (2001), no processo de venda a que se denomina exportação, ocor-
re o inverso. O exportador, pessoa física ou jurídica, processa a venda de mercadorias nacio-
nais ou nacionalizadas ao exterior, onde serão comercializadas ou consumidas.
Regulamento aduaneiro - Parte 1
Não existe em nosso país o “Direito aduaneiro”, mesmo existindo normas e princípios que dis-
ciplinam a atividade aduaneira, bem como regulamento específico. A matéria jurídica que trata 
sobre comércio exterior e aduana está inserida em vários ramos, como o direito tributário, direito 
administrativo, direito comercial, direito internacional, direito penal e direito civil.
O fato das normas aduaneiras não estarem em um ramo específico não diminui a sua importân-
cia e existência. Elas estão intimamente ligadas ao direito tributário, por isso muitos doutrinado-
res chamam de direito tributário aduaneiro.
Dentro das obrigações aduaneiras temos as obrigações administrativas aduaneiras. Às vezes 
sem relação tributária, nascem antes da própria operação de comércio exterior. Estas obrigações 
administrativas aduaneiras tem caráter administrativo e regulatório e existem para regularizar 
operações de prestação não tributária.
Já as obrigações tributárias aduaneiras configuram outra espécie de obrigações aduaneiras, 
estas originadas a partir das importações e exportações com o fim de prestação pecuniária re-
presentada pelos tributos.
É comum a incidência de carga tributária maior sobre as importações por conta das política eco-
nômicas e comerciais de incentivo às exportações adotadas no mundo.
O Regulamento Aduaneiro em vigor no Brasil hoje é a Lei 6759 de 2009.
Regulamento aduaneiro - Parte 2
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Território aduaneiro
Compreende todo o território nacional, sendo dividido em “zona primária” e “zona secundária”.
normas de despacho aduaneiro, bem como os regimes aduaneiros especiais.
Zona primaria Zona secundária
1) a área terrestre ou aquática, contínua ou 
descontínua, nos portos alfandegários;
2) a área terrestre, nos aeroportos alfandega-
dos;
3) a área terrestre que compreende os portos 
de fronteira alfandegados.
Compreende a parte restante do território adu-
aneiro, incluindo águas territoriais e o espaço 
aéreo.
O exercício da administração aduaneira compreende a fiscalização e o controle sobre o comércio 
exterior, essenciais à defesa dos interesses nacionais, em todo o território aduaneiro.
Nas áreas dos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, bem como outras 
áreas que se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembarque de passa-
geiros oriundos do exterior ou a ele destinados, a administração aduaneira tem prevalência sobre 
os demais órgãos que ali exerçam suas atribuições.
Regulamento aduaneiro - Parte 3
Portos, aeroportos, pontos de fronteira alfandegados
Sob controle aduaneiro neste locais pode-se:
a) Estacionar ou transitar veículos vindos do exterior ou à ele destinado;
b) Efetuar operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias vindas 
do exterior ou a ele destinadas;
c) Embarcar, desembarcar ou transitar viajantes vindos do exterior ou á ele destinados.
Somente nos portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados poderá ser feita a entrada 
ou saída de mercadorias oriundas do exterior ou a ele destinadas, com exceção às mercadorias 
conduzidas por linhas de transmissão ou dutos ligados ao exterior.
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Recintos alfandegados
Neles ocorrem, sob controle aduaneiro, a movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro.
Portos Secos
São recintos alfandegados de uso público nos quais são realizadas operações de movimentação, 
armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro. 
Estas operações estão sujeitas ao regime de concessão ou permissão.
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