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MODELO ENVIO DISCENTE - ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DIREITO AMBIENTAL

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1254 . 7 - Direito Ambiental - 20201.B
Avaliação On-Line 6 (AOL 6) - Atividade Contextualizada
Aluno: Cristiano Silva de Arruda
Matrícula: 01314263
Curso: Gestão Ambiental
A preocupação com o meio ambiente acompanha a humanidade desde os primórdios, numa situação recente que se tomou consciência da necessidade de responsabilizar os causadores de danos ambientais na esfera administrativa, cível e penal. Na área cível, a responsabilidade é objetiva, não necessitando da demonstração da culpa. Dessa forma, quem cria o perigo é responsável por ele, independente da licitude da conduta. O poluidor deve recuperar a área afetada, ou na impossibilidade, deve adotar medidas compensatórias.  Não se exige também a ocorrência efetiva da lesão. A simples probabilidade do dano já gera o dever de reparar, caracterizando a função preventiva da responsabilidade. As teorias do risco determinam a necessidade ou não da exigência de nexo causal entre a conduta e o dano. Pela teoria do risco integral, minoritária na jurisprudência, não há necessidade do nexo. Pela teoria do risco criado, majoritária, o nexo deve ser demonstrado, admitindo-se as excludentes da responsabilidade.
A Lei 6.938/81 impõe ao poluidor a obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados independentemente da existência de culpa. Esta lei foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988, que consolida ainda mais essa idéia em seu art. 225, § 3º, in verbis[1]:
“§3º. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independente da obrigação de reparar os danos causados”.
A responsabilidade civil ambiental é objetiva, isto é, não se analisa subjetivamente a conduta do autor, mas a ocorrência do dano. Existindo o dano, não se discute o fator culpa. Essa teoria objetiva foi acertadamente escolhida pelo legislador pátrio devido à relevância do bem jurídico tutelado, pois o meio ambiente como bem comum do povo deve ser preservado acima de qualquer outro interesse particular, uma vez que nosso sistema jurídico o coletivo se sobrepõe ao privado. Logo, a atividade poluidora acaba sendo um atentado ao direito fundamental à sadia qualidade de vida e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
É importante saber mais uma vez, que a regularidade do empreendimento, bem como a pluralidade de possíveis poluidores não excluem a responsabilidade, uma vez que, repise-se, não se faz necessário que a conduta do agente seja ilícita ou irregular ou que os poluidores sejam separados. A responsabilidade, além de objetiva, é solidária.
Em suma, através das pesquisas realizadas, conclui-se que a responsabilidade civil ambiental é uma importante ferramenta para evitar prejuízos, bem como recuperar danos já consumados, ou ainda impor medidas compensatórias, contribuindo para uma maior conscientização ambiental, a preservação do planeta, bem como a garantia de uma vida saudável.
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 31 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial nº 327254/PR, Segunda Turma. Relatora: Min. Eliana Calmon. Brasília, DF, 03 dez. 2002. Diário da Justiça: Brasília, 19 dez. 2002.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial nº 578797/RS, Primeira Turma. Relator: Min. Luiz Fux. Brasília, DF, 05 ago. 2004. Diário da Justiça, Brasília, 20 set. 2004.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial nº 620872/ DF Primeira Turma. Relatora: Min. Denise Arruda. Brasília, DF, 12 dez. 2006. Diário da Justiça, Brasília, 01 fev. 2007.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 7º v. 19 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
HENKES. Silvana Lúcia; SANTOS, Denise Borges dos. Da (im)possibilidade de responsabilização civil pelo dano ambiental causado por empreendimento operante em conformidade com a licença ambiental obtida. Jus Navigandi. Teresina, ano 9. n. 813, set. 2005. Disponível em:<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7329>. Acesso em: 13 nov. 2008.
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=146004
https://www.conjur.com.br/2018-set-01/ambiente-juridico-breves-consideracoes-responsabilidade-civil-ambiental
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito ambiental. São Paulo: Atlas, 2008.
MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. 7. ed. São Paulo: RT, 2011.
SILVA, José Afonso da. Direito ambiental constitucional. 6. ed. São Paulo: Malheiros, 2007.
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-ambiental/da-responsabilidade-civil-ambiental/

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