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Acidentes ofídicos

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ACIDENTE	OFÍDICO	EM	CÃES	–	ESTUDO	RETROSPECTIVO	DE	CASOS	ATENDIDOS	NO	PERÍODO	DE	2005	A	2015	NO...
Article	·	January	2016
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André	Luiz	Baptista	Galvão
Centro	Universitário	de	Rio	Preto
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ISSN 21774080
27
Investigação, 15(4):27-32, 2016
RESUMO
Acidentes ofídicos é uma ocorrência comum em humanos e nos animais em vários países do mundo, sendo o acidente 
botrópico o mais frequente no Brasil. O envenenamento pela picada de serpentes é considerado uma doença emergencial, 
ocorrendo principalmente em cães de ambiente rural, no entanto, ainda há poucos estudos descritos na literatura. Assim, 
objetiva-se com o presente estudo, o levantamento de acidentes ofídicos em cães atendidos no Hospital Veterinário 
“Dr. Halim Atique”, em São José do Rio Preto – SP, entre os anos de 2005 a 2015. Neste período, foram atendidos 18 cães 
com diagnóstico de acidentes ofídicos. De acordo com os dados obtidos, 16 (88,89 %) cães apresentaram os achados 
clínicos compatíveis com acidente botrópico e os outros 2 (11,11%) apresentaram características clínicas de acidente 
crotálico. Todos os cães eram adultos e, em sua maioria fêmea (55,56%). Quanto ao ambiente, 16 (88,89 %) residiam 
em área rural e 2 (11,11%) em área urbana. Em relação à estação climática do ano do registro do acidente ofídico, 12 
(66,67 %) dos acidentes ocorreram durante as estações primavera e verão, e os outros 6 (33,33 %) casos entre o outono 
e inverno. A cabeça e membros torácicos foram os locais de maior ocorrência de picadas. Não houve casos compatíveis 
clinicamente com acidentes laquético e elapídico.
Palavras-chave: acidente botrópico, acidente crotálico, cão, intoxicação, picada, serpente.
MV. Giovane, M. A. Silva*, MV. Flavia R. Rodrigues1, MV. Thaís Danielle Antonussi1, MV. Dra. Karina F. 
Castro1, MV. MSc. Carla D. Dan De Nardo1, MV. MSc. Rosana da Cruz Lino Salvador1, MV. Dr. André L. B. 
Galvão1.
ACIDENTE OFÍDICO EM CÃES – ESTUDO 
RETROSPECTIVO DE CASOS ATENDIDOS 
NO PERÍODO DE 2005 A 2015 NO HOSPITAL 
VETERINÁRIO “DR. HALIM ATIQUE”, 
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP, BRASIL
Ophidian accident in dogs – retrospective study from the period of 2005 to 2015 in 
“Dr. Halim Atique” Veterinary Hospital, São José do Rio Preto – SP, Brazil
ABSTRACT
Ophidian accident in human and dogs occur in many countries and the bothropic accident is the most frequent in 
Brazil. Poisoning by snake bites are still considered an emergency disease and occurring mainly in dogs that live in rural 
areas, however, there are few cases described in the literature. So, the objective of this study is to describe ophidian 
accidents in dogs attended at the Veterinary Hospital “Dr. Halim Atique “in the period from 2005 to 2015. During these 
period, 18 dogs were treated for ophidian accidents. According to the data records, 16 (88.89%) dogs showed clinical 
findings compatible with bothropic accident and the other 2 (11.11%) had clinical characteristics of crotalic accident. 
All dogs were adults and most of them were female dogs (55.56 %). Sixteen (88.89%) dogs lived in rural areas and 2 
(11.11%) lived in urban areas. About climate seasons of the year, 12 (66.67 %) of the ophidian accidents occurred during 
the spring and summer, and the other 6 (33.33 %) occurred in the autumn and winter period. The head and forelimbs 
were the main bite sites. No case was clinically compatible with accidents for Micrurus or Lachesis.
Keywords: bothropic accident, crotalic accident, dog, poisoning, bite, snake .
1Centro Universitário de Rio Preto – UNIRP. 
Hospital Veterinário “Dr. Halim Atique” Rodovia Transbrasiliana - BR- 15, Km 69, CEP: 15061-500. 
São José do Rio Preto – SP. 
E-mail: giovane_munhoz@hotmail.com
ARTIGO | CLÍNICA MÉDICA DE 
PEQUENOS ANIMAIS
Investigação, 15(4):27-32, 2016
ISSN 21774080
28
Investigação, 15(4):27-32, 2016
INTRODUÇÃO
O envenenamento por serpentes é uma ocorrência comum 
em humanos e em animais em alguns países, sendo considerada 
uma doença emergencial (CORBETT et al., 2005; HELLER et al., 
2005). As serpentes venenosas estão relacionadas aos animais 
que apresentam veneno e algum tipo de aparelho inoculador 
ou algum mecanismo que possibilita a inoculação do veneno 
em outro organismo (BERNARDE, 2014; SAKATE et al. 2015). Os 
venenos das serpentes contêm inúmeras enzimas, proteínas e 
peptídeos, além de toxinas não proteicas, carboidratos, lipídeos, 
aminas e outras moléculas pequenas e podem ter funções de 
paralisar, matar e digerir a presa ou defender a serpente contra 
predadores (BARLOW et al., 2009; GILLIAM et al., 2011). As 
toxinas que comprometem o sistema nervoso, cardiovascular, 
hemostático e que causam necrose tecidual são consideradas 
de maior importância clínica (WARRELL, 2010).
Há aproximadamente 3000 espécies de serpentes no 
mundo e dentre elas, 10 a 14% são consideradas peçonhentas. 
O envenenamento por serpentes representa um problema sério 
de saúde pública nos países tropicais, especialmente em áreas 
rurais, devido à alta frequência de morbimortalidade (CARDOSO 
et al. 2003, CORBETT et al., 2005). 
No Brasil, são encontradas 250 espécies de serpentes, 
sendo 70 delas consideradas peçonhentas e segundo dados do 
Ministério da Saúde, há entre 19 a 22 mil acidentes ofídicos por 
ano em humanos. A grande maioria destes acidentes deve-se 
aos gêneros Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu e outros) e 
Crotalus (cascavel). Acidente com os gêneros Lachesis (surucucu, 
surucutinga) e Micrurus (coral) são raros (AMARAL et al. 1986, 
AZEVEDO-MARQUES et al., 2003). 
Acidentes ofídicos podem acometer os animais domésticos, 
no entanto, há poucos relatos descritos na literatura (BERNARDE, 
2014). De modo geral, a maioria dos acidentes nos animais 
domésticossão causados por serpentes do gênero Bothrops 
e os principais sinais clínicos associados ao envenenamento 
dessa serpente são edema local, equimose, dor, prostração 
e hemorragia no local da picada. Acidentes causados por 
cascavéis (Crotalus durissus) estão associados à neurotoxicidade, 
miotoxicidade, nefrotoxicidade, sendo observados como sinais 
clínicos paralisia dos membros, ptoses palpebral e mandibular, 
ataxia, sonolência, paralisia do globo ocular, dificuldade na 
deglutição, mialgia, insuficiência respiratória e mioglobinúria 
(AZEVEDO-MARQUES et al. 2003; BERNARDE, 2014). Acidentes 
causados por surucucu pico-de-jaca (Lachesis muta) são baixos, 
pois esta serpente possui um temperamento menos agressivos 
quando comparado as demais, entretanto são serpentes 
grandes que podem atingir até 3,5 m de comprimento, o veneno 
desta serpente possui atividade coagulante, hemorrágica e 
inflamatória aguda (AZEVEDO-MARQUES et al. 2004; BERNARDE, 
2014).
Azevedo-Marques et al. (2003) descreveram que as 
manifestações clínicas decorrentes do acidente elapídico 
são: náuseas, vômitos, ptose palpebral, oftalmoplegia, fácies 
miastênicas, insuficiência respiratória e apneia. Os mesmos 
autores descrevem que tais manifestações são em decorrência 
da ação do veneno na junção mioneural, podendo ser pré-
sinápticas (inibem a liberação da acetilcolina) ou pós-sinápticas 
(combinam-se com os receptores da placa terminal). Estes 
acidentes causados pela coral (Micrurus frontalis e Micrurus 
Lemniscatus) são considerados graves (AZEVEDO-MARQUES et 
al. 2003).
Todos os mamíferos domésticos são suscetíveis à picada 
de serpentes, ocorrendo variações de intoxicação dependendo 
da espécie animal acometida. Os grandes animais são os mais 
propícios a sofrerem este tipo de acidente devido ao seu habitat 
(ROSENFELD, 1991), porém são mais resistentes as toxinas, por 
necessitarem de uma quantidade maior de veneno inoculado 
durante a picada para ocorrer o óbito quando comparado aos 
pequenos animais (FONTEQUE et al. 2001). 
Segundo Barravieira (1994), dados disponíveis sobre 
acidente ofídico envolvendo animais domésticos não refletem 
a realidade, devido à falta de obrigatoriedade da notificação 
compulsória, diferente do que ocorre na medicina (BERNARDE, 
2014). Bernarde (2014) descreve que na medicina veterinária os 
dados sobre acidentes ofídicos são escassos, devido aos poucos 
estudos realizados e poucos relatos na literatura. Neste contexto, 
o objetivo do presente estudo retrospectivo foi descrever o 
número de acidentes ofídicos e os dados epidemiológicos de 
cães acometidos por essa condição clínica atendidos no Hospital 
Veterinário “Dr. Halim Atique” no período de 2005 a 2015. 
 MATERIAL E MÉTODOS
 Levantamento de dados
Este trabalho foi previamente autorizado pela supervisão 
do Hospital Veterinário “Dr. Halim Atique”, São José do Rio Preto 
– SP, para tanto, foram incluídos no levantamento os casos 
em que constavam a anuência do proprietário para utilização 
das informações para fins de pesquisa, dentro do intervalo 
compreendido entre os anos de 2005 a 2015.
 Como critérios de inclusão para composição dos animais 
do estudo foi considerado a espécie canina, o diagnóstico de 
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acidente ofídico e o histórico relatado pelo proprietário da 
visualização da serpente e identificação do local da picada. 
Além disso, foram considerados para o estudo os sinais clínicos 
decorrentes do envenenamento. 
Como critérios de exclusão foram considerados a existência 
de dados incompletos, conflitantes ou dúbios, presentes no 
material consultado.
Parâmetros avaliados
Foram considerados para o presente estudo de casos 
de acidente ofídico em cães, os dados dos pacientes como 
raça, sexo, idade, moradia em área urbana ou rural, estação 
climática do ano no momento do acidente e os sinais clínicos 
apresentados como identificação do local da picada, presença 
de edema e hemorragia no local da picada, neurotoxicidade, 
alterações respiratórias graves e presença de mioglobinúria.
Classificação clínica do tipo de acidente ofídico
Para a classificação do tipo de acidente ofídico foram 
utilizados os parâmetros de diagnósticos, conforme os achados 
clínicos apresentados pelos pacientes, segundo a classificação 
de Bernarde (2014). Assim, a partir da identificação do local 
da picada, os acidentes ofídicos foram divididos em quatro 
grupos: acidente botrópico (GAB), estando associada a presença 
de edema e hemorragia no local da picada e ausência de 
manifestações neurológicas; acidente crotálico (GAC), sendo 
considerado como informações para a inclusão dos pacientes 
nesse grupo a ausência de edema local e de hemorragia, presença 
de mioglobinúria e presença de alterações neurológicas como: 
ataxia, prostração, sonolência, paralisia dos membros e úlcera de 
córnea secundária a paralisia do globo ocular; acidente laquético 
(GAL), para os pacientes com manifestações neurológicas e 
respiratória e acidente elapídico (GAE), sendo considerado nesse 
grupo os cães que apresentaram ausência de edema no local da 
picada e presença de insuficiência respiratória grave, arritmia e 
bradicardia.
Análise estatística
A partir do levantamento de dados de resenha, histórico e 
da avaliação clínica dos cães desse estudo foi realizada análise 
descritiva, através do programa Microsoft® Excel.
RESULTADOS
Dentro do período desse estudo foram avaliados 18 cães 
com diagnóstico de acidente ofídico. Desses cães, 10 (55,56 %) 
eram sem raça definida e os outros 8 (44,44 %) apresentavam 
raças distintas, 2 (25%) cães da raça Pastor Alemão, 2 (25%) 
Poodle, 2 (25%) Weimaraner e 2 (25%) Rottweiler; quanto ao 
sexo, 8 (44,44 %) eram machos e 10 eram fêmeas (55,56 %) e 
todos eram adultos (idade ≥ 4 anos). No momento do acidente, 
em relação ao ambiente em que residiam, 16 (88,89 %) viviam 
em área rural e 2 (11,11%), em área urbana. Em relação a estação 
climática do ano, em 12 (66,67%) casos os acidentes ofídicos 
ocorreram entre a primavera e verão, enquanto os outros 6 casos 
(33,33 %) ocorreram entre o outono e o inverno.
O local da picada foi identificado em todos os casos, sendo 
que em 11 (61,11 %) cães a picada foi observada na cabeça 
(Figura 1), em 4 (22,22 %) cães nos membros torácicos e em 3 
(16,67 %) nos membros pélvicos (Figura 2). Foi observado em 16 
(88,89 %) cães a presença de intenso edema e sangramento no 
local da picada, enquanto que nos outros 2 (11,11%) não houve 
edema e nem sangramento no local da picada. 
 Seguindo os critérios para o diagnóstico do tipo de 
acidente ofídico descrito por Bernarde (2014), considerando os 
18 prontuários de casos estudados, 16 (88,89 %) apresentaram 
condições clínicas sugestivas de acidente botrópico com 
identificação do local da picada, edema local com sangramento 
e ausência de manifestações neurológicas, sendo então inclusos 
no GAB; enquanto nos outros 2 (11,11%) cães, os achados 
clínicos descritos eram sugestivos de acidente crotálico, com 
identificação do local da picada, ausência de edema local, 
presença de mioglobinúria (Figura 3) e de manifestações 
neurológicas como ataxia, prostração e sonolência, paralisia dos 
membros, incapacidade de levantar a cabeça e úlcera de córnea. 
Assim, esses cães foram inclusos no GAC. Baseado nos critérios 
de classificação e nos dados dos pacientes estudados, nenhum 
dos acidentes foi sugestivo de acidente elapídico ou acidente 
laquético, não sendo possível então a inclusão de pacientes na 
composição destes grupos de acidente ofídico.
Figura 1 – Acidente Crotálico - Cão, fêmea, 5 anos de idade, sem raça definida, observar os orifícios no local da 
picada na cavidade oral (setas amarelas), com ausência de edema e sangramento local (“Hospital Veterinário Dr. 
Halim Atique” UNIRP, 2015).
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Figura 2 – Acidente Botrópico - Cão, fêmea, 4 anos de idade, sem raça definida, observar o local da picada com 
edema e sangramento no membro pélvico esquerdo (“Hospital Veterinário Dr. Halim Atique” UNIRP, 2015).
Figura 3 – Urina de coloração escura cor-de-café, em decorrência a mioglobinúria devido ao acidente crotálico em 
um cão, fêmea, sem raça definida de 4 anos de idade (“Hospital Veterinário Dr. Halim Atique” UNIRP, 2015).
DISCUSSÃO
Bernarde (2014) e Cardoso et al. (2003) descreveram que 
os acidentes ofídicos representam uma grande preocupação no 
Brasil, principalmente pelo fato do país possuir características 
ambientais apropriadas para o habitat e, consequentemente, 
o desenvolvimento das serpentes peçonhentas. Segundo 
Azevedo-Marques et al. (2003), referente a casuística do Centro 
de Controle de Intoxicações da Unidade de Emergência do 
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade 
de São Paulo de Ribeirão Preto –SP, no período de 1995 a 2000, 
foram atendidos 5356 casos de acidente ofídicos em humanos, 
representando 46,5% do total de atendimentos. 
Cardoso et al. (2003) referiram que os pequenos animais, 
principalmente os cães, podem ser vítimas de acidentes ofídicos 
pelo fato de possuírem um comportamento curioso. Sakate 
(2002) descreveu que os locais de picada mais comumente 
observados nos animais são a cabeça (focinho), regiões do 
peito, cervical e membros. Enquanto, segundo Chiacchio et al. 
(2011), a região anatômica mais atingida pela picada é a cabeça 
(principalmente o focinho), seguida pelos membros torácicos. 
Esses achados corroboram com o observado nos cães desse 
estudo, em que mais de 60% das picadas foram encontradas na 
cabeça dos cães, seguidas pelos membros torácicos (22.22%). 
O presente estudo retrospectivo realizou o levantamento 
de cães que foram picados por serpentes venenosas e atendidos 
no Hospital Veterinário “Dr. Halim Atique” no período de 2005 
a 2015. Deste levantamento, todos os cães eram adultos e a 
maioria eram fêmeas. A grande maioria dos cães residiam em 
área rural, assim como relatado em outros estudos (CARDOSO 
et al. 2003), (CORBETT et al., 2005). Segundo Bernarde (2014), 
a maioria dos acidentes ofídicos ocorre no período do verão, 
sendo menos frequentes no inverno. No presente estudo, em 
66,67% dos casos os acidentes ocorreram nas estações climáticas 
de primavera e verão, possivelmente pela maior atividade das 
serpentes nesse período, conforme sugerido por Rosenfeld 
(1991), associando os acidentes ofídicos no Brasil aos meses 
mais quentes e chuvosos. Nos casos dos humanos, Cardoso 
et al. (2003) descreveram estas estações climáticas como as 
de maior prevalência de acidentes ofídicos devido a maior 
atividade humana nos trabalhos no campo. 
No Brasil, ocorrem quatro gêneros de serpentes 
venenosas, com dezenas de sub-espécies reconhecidas, os 
gêneros Bothrops e Micrurus podem ser encontrados em todo 
o território nacional, enquanto o gênero Crotalus se distribui 
preferencialmente nas regiões Sudeste e Sul e as Lachesis 
na região Amazônica (AZEVEDO-MARQUES et al. 2003). 
Segundo Cardoso et al. (2003), dentre os acidentes ofídicos, os 
provocados pelas serpentes do gênero Bothrops apresentam 
uma prevalência maior tanto em humanos como em animais 
e são responsáveis por cerca de 90 % dos casos de acidentes 
ofídicos em seres humanos na América do Sul, sendo que 
deste valor, 89 % desses casos ocorrem no Brasil (Dourado 
et al. 1988), enquanto o gênero Crotalus representa 8 a 15 % 
de ocorrência (SGARBI et al., 1995). A estatística nacional dos 
acidentes ofídicos entre 1990 a 1993 demonstrou que 73,1 
% dos acidentes humanos ocorridos durante esse período, 
correspondem aos acidentes por serpentes do gênero Bothrops, 
seguido de 6,2 % dos acidentes crotálicos (FUNASA, 1995). De 
maneira semelhante, Bicudo (1999) descreveu que a maioria 
dos acidentes ofídicos em animais domésticos é causado 
por serpentes do gênero Bothrops, enquanto os acidentes 
causados por cascavéis (Crotalus durissus) são considerados 
mais graves e geralmente são fatais. No presente estudo, 
seguindo os critérios de diagnóstico do tipo de acidente ofídico 
descrito por Bernarde (2014), dos 18 cães atendidos durante 
o período do estudo, 88,89% dos cães apresentaram achados 
clínicos compatíveis com acidente botrópico, apresentando 
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no local da picada intenso edema e sangramento. Cardoso et 
al. (2006) descreveram que o acidente botrópico é caracterizado 
pela observação das marcas das presas da serpente no local 
da picada, sangramento local também é frequentemente 
observado, enquanto que o edema no local da picada ocorre 
precocemente em 24 horas. Bicudo (1999) relatou que o edema 
no local da picada é o sintoma mais evidente do acidente ofídico 
por serpentes do gênero botrópico e a gravidade e extensão dele 
é diretamente proporcional ao tempo decorrido da picada e a 
quantidade de veneno inoculado. Sakate et al. (2015) referiram 
que a liberação de substância vasoativas como bradicinina 
e histamina pelo veneno botrópico quando inoculados e 
presentes na circulação sistêmica, provocam lesões nos capilares 
e focos de hemorragias nos órgãos e pele. É devido justamente 
a essa ação, que sinais como dor, edema, petéquias, equimoses 
e bolhas surgem, desencadeando um processo inflamatório 
agudo nesse local. A necrose tecidual ocorre em decorrência 
de toda essa atividade proteolítica do veneno, resultando em 
isquemia (SANTOS et al. 2009). 
Adicionalmente, no presente estudo retrospectivo, 2 
(11,11 %) dos casos avaliados apresentaram características 
clínicas compatíveis com o diagnóstico de acidente crotálico. 
Segundo Cardoso et al. (2003), nas primeiras horas após a 
picada dessa serpente, são observadas alterações neurotóxicas, 
caracterizadas pela fácies miastênica (parestesia dos músculos 
faciais), apresentando ptose palpebral uni ou bilateral, flacidez 
da musculatura da face, midríase bilateral e paralisia do globo 
ocular (oftalmoplegia). Nogueira et al. (2007) descreveram 
em cães a presença de mialgia generalizada, oftalmoplegia, 
ptose mandibular, dificuldade de deglutição e de fonação, 
além de sialorreia, vômito e diarreia associados com o acidente 
crotálico. No presente estudo, os cães com o diagnóstico de 
acidente crotálico apresentaram ataxia, prostração, paralisia dos 
membros, incapacidade de levantar a cabeça e úlcera de córnea. 
Além desses sinais clínicos, os mesmos autores (CARDOSO et al., 
2003; NOGUEIRA et al., 2007) referiram que o veneno atinge 
tanto o sistema nervoso central, quanto o sistema nervoso 
periférico, semelhantes ao observado nesse estudo.
 Os achados do presente trabalho corroboram também 
com a epidemiologia dos acidentes ofídicos descritos na região 
noroeste de São Paulo em humanos por Rojas et al. (2007), em 
que os acidentes causados pelos representantes do gênero 
Bothrops e Crotalus, foram responsáveis por 65,7 % e 9,3 % 
dos acidentes, respectivamente, na região. Adicionalmente, o 
mesmo autor descreve que a ocorrência dos acidentes foi de 
maior predominância na zona rural.
CONCLUSÃO
Assim como descrito na literatura, dentre os acidentes 
ofídicos descritos na espécie canina e humana, o acidente 
botrópico foi o mais observado nesse estudo retrospectivo, 
seguido pelo acidente crotálico. Além disso, cães adultos e 
fêmeas que vivem principalmente em ambiente rural foram os 
mais acometidos, sendo a cabeça e os membros torácicos os 
locais de maior ocorrência da picada.
AGRADECIMENTO
Agradecemos a supervisão do Hospital Veterinário “Dr. 
Halim Atique” do Centro Universitário de Rio Preto (UNIRP) 
pelo fornecimento dos dados para realização deste estudo 
retrospectivo, bem como os residentes e professores do setor 
de clínica médica e cirúrgica de pequenos animais.
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