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COVID-19 Manejo Adulto e Paciente Critico

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COVID - 19
Manejo Clínico em Adultos e Cuidados com o Paciente Crítico
Leonardo A. Coelho 
• Médico Graduado na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre/RS com Graduação-sanduíche em Biomedical Sciences
na Cardiff Metropolitan University/Reino Unido;
• Médico Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil de Brasília-SES/DF;
• Médico Staff em Medicina de Emergência no Pronto Socorro Adulto do Hospital Regional do Gama-SES/DF;
 Advanced Trauma Life Support – Universidade de São Paulo/SP
 Advanced Cardiovascular Life Support – Instituto Dante Pazzanese/SP 
 Urgência e Emergência Adulto com Simulação Realística – Hospital Israelita Albert Einstein/SP 
Hospital Regional do Gama – SES/DF
01/Maio, 2020
“Anchoring”
SARS-CoV 2 / 2019-nCoV
Credit: CDC/Dr. Fred Murphy
Representative structure (Electron micrograph) of Coronaviruses (crown-like shape)
Credit: NIAID-RML
Definição de Caso Suspeito (Plano de Contingência 
Coronavírus SES-DF / Versão 5 (03/04/20)
Home care – Acompanhamento Ambulatorial
• Febre (>37,8 ºc), Tosse, Anosmia e Disgeusia/Ageusia.
• Ausência de Dispneia (Falta de Ar)
• Atentar para fatores de risco para progressão grave da doença:
• Idade (>65 anos);
• Diabetes mellitus;
• Doenças Cardiovasculares;
• Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica;
• Obesidade Grau III (IMC > OU = 40);
• Doenças e condições Imunossupressoras (Câncer; Quimio/Radioterapia; HIV).
• Não há necessidade de Internação Hospitalar;
• Por enquanto, não há indicação de notificação e/ou de coleta de Swab;
• Avaliar Profissionais de Saúde e Grupos de Risco
• Avaliar indicação de Oseltamivir se necessário conforme Fluxograma para
Síndrome Gripal do Ministério da Saúde
Manejo Clínico na Internação Hospitalar
• Fluxograma Síndrome Gripal do Ministério da Saúde
• Definição de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave):
• SpO2 < 95% em ar ambiente;
• Dispneia e/ou desconforto respiratório (FR > 30irpm);
• Exacerbação de comorbidades clínicas de base;
• Hipotensão (PAs <90mmHg // PAd <60mmHg);
• Insuficiência Respiratória Aguda
• “Indivíduo de qualquer idade, internado com SG e que apresente dispneia ou saturação de
O2 < 95% ou desconforto respiratório ou que evoluiu para óbito por SRAG independente de
internação.” - Plano de Contingência Coronavírus SES-DF / Versão 5 (03/04/20)
• Notificação compulsória e imediata > Acionar a Vigilância Epidemiológica do
Hospital e coletar Swab Nasofaríngeo (Influenza + SARS-CoV 2);
• Suporte Clínico + Exames Laboratoriais (Hemograma Completo + PCR + Creatinina
+ Ureia + LDH + Troponina + Ferritina + CPK + Sódio + Potássio + Coagulograma
Completo + D-dímeros + Sorologias [Hep B e C; HIV e VDRL]) + ECG + Radiografia
de Tórax + Oseltamivir (até excluir Influenza) + Considerar antibioticoterapia
(Macrolídeo + Betalactâmico> Ex: Ceftriaxona + Azitromicina) + Profilaxia para
Tromboembolismo Venoso (Ex: Enoxaparina 40mg,SC, 1x/dia)
Manejo Clínico na Internação Hospitalar
• Dar preferência ao Paracetamol como medicação anti-pirética;
• Evitar terapias por meio da nebulização
• Não há Terapia Antiviral específica;
• Não utilizar corticoesteróides de rotina, considerar para indicações
habituais:
• Broncoespasmo Grave;
• Sepse Grave com hipotensão a despeito do uso de drogas vasoativas ou que
necessitam constantemente de aumento da dose para manutenção de PAM >
65mmHg.
• Sugestão: Hidrocortisona 50mg, EV, 6/6h.
• Em conformidade com o American College of Radiology a Tomografia
Computadorizada NÃO deve ser usada como screening ou como teste de
primeira escolha para diagnóstico de COVID-19. Tendo em vista que uma
tomografia normal não exclui o diagnóstico, assim como uma tomografia
anormal não tem elevada especificidade para COVID-19, a decisão pela
realização do exame deve ser cuidadosa pois o transporte do paciente ao
setor de Radiologia também traz riscos para o paciente, equipe assistente e
o ambiente hospitalar.
Apresentação Clínica em Pacientes Críticos
• Taxa de Progressão
• Início da dispneia, em média, 6.5 dias desde o início dos sintomas;
• Progressão para SDRA (Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo), em
média, 2.5 dias desde o início da dispneia.
• Achados Clínicos
• Intensa falência respiratória aguda hipoxêmica decorrente da SDRA é o 
achado mais prevalente;
• Amplo espectro clínico;
• Encefalite é raro;
• Necessidade de ventilação mecânica varia entre 42-100%
dos pacientes.
Apresentação Clínica em Pacientes Críticos
• Complicações
• Insuficiência Renal Aguda (29%);
• Elevação de transaminases hepáticas (29%);
• Cardiomiopatia(23-33%): miocardite, pericardite, derrame pericárdico,
arritmias e morte súbita.
• Sepse, Choque e falência múltipla de órgãos ocorre mas em menor
proporção quando comparadas às situações que geram SDRA não
relacionadas à COVID-19. Entretanto, uma proporção significativa dos
pacientes necessitará de drogas vasoativas para suporte à hipotensão
(provavelmente causada por consequência da sedação ou disfunção
cardíaca);
• Dados sobre risco de pneumonia bacteriana secundária são limitados,
contudo não parece ser um achado frequente.
Apresentação Clínica em Pacientes Críticos
• Achados Laboratoriais:
• Leucopenia / Leucocitose / Linfopenia;
• Elevação de D-Dímeros;
• Elevação de DHL;
• Elevação de Ferritina e PCR;
• Elevação de Troponina e CPK
• Achados Radiológicos:
• Dissociação clínico-radiológica;
• Clássica: Opacificação em “Vidro-Fosco” com/sem
anormalidades consolidativas, consistente com
Pneumonia Viral, com pouco ou nenhum derrame
pleural associado;
• Avaliar risco-benefício para outros pacientes e para a
equipe assistente quando considerar a TC como
ferramenta diagnóstica, tendo em vista o transporte
do paciente e o tempo de permanência no Dpto de
Radiologia.
Cuidado Respiratório ao Paciente NÃO- Intubado
• Internação precoce, se possível, na UTI para pacientes que desenvolvem
progressão muito rápida dos sintomas;
• Avaliar a potencial dificuldade para Laringoscopia/Intubação na admissão
do paciente por meio de Escores e/ou mnemônicos como o MACOCHA ou
LEMON;
• Manter o paciente na posição prona o máximo de tempo possível
enquanto estiver recebendo oxigenioterapia;
• Oxigênio-Alvo
• A OMS recomenda uma SpO2 Periférica alvo > ou = 90%;
• Para pacientes críticos, utilizar a menor FiO2 possível para uma SpO2 entre 90-96%;
• Considerar que pacientes com DPOC necessitam de uma SpO2 alvo MENOR enquanto
pacientes gestantes podem necessitar uma SpO2 alvo MAIOR.
Cuidado Respiratório ao Paciente NÃO- Intubado
• Oxigênio em BAIXO FLUXO:
• Suplementação com oxigênio em baixo fluxo via cânula nasal (< ou = 6L/min) é apropriado;
• Alguns especialistas recomendam a colocação de uma máscara cirúrgica no paciente com
cânula nasal para reduzir a dispersão de partículas, contudo não há evidência científica que
suporte ou contraindique tal conduta.
• Oxigênio em ALTO FLUXO:
• A máscara não-reinalante com bolsa-reservatório é uma opção, lembrando que quanto maior
o fluxo maior a dispersão e maiores os riscos de contaminação do ambiente;
• A decisão de utilizar Cateter Nasal de Alto Fluxo e Ventilação Não-Invasiva (VNI) em pacientes
COVID-19 atualmente é bastante controversa e é um debate que está em andamento. Seu
uso tem variado ao longo do mundo nesses pacientes e não há dados que descrevem se
houve sucesso em evitar a intubação ao realizar tais modalidades de suporte respiratório;
• *A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Nota Técnica n.º 4/2020,
contraindica o uso de ventilação mecânica não invasiva (VNI) e cateter nasal de alto fluxo
(Cnaf).
Cuidado Respiratório ao Paciente NÃO- Intubado
• Medicações via Nebulização:
• A nebulização deve ser evitada!
• Nebulizadores são associados com aerossolização e aumento potencial no risco de
transmissão do SARS-CoV 2;
• Utilização de medicações em formato de Inaladores Spray (Suspensão aerossol
pressurizada) Individual com Espaçador deve ser preconizado como terapia
broncodilatadora;• Minimizar a fisioterapia respiratória;
• Minimizar aspiração oral e de via aérea;
• Evitar indução do escarro;
• Evitar Broncoscopia
A Decisão de Intubação (Via Aérea Definitiva)
• Timing
• Retardar a intubação até que o paciente descompense de forma aguda é
potencialmente perigoso ao paciente e à equipe e, portanto, é contraindicado;
• Para pacientes que requeiram níveis crescentes de oferta de O2, deve-se monitorar
parâmetros clínicos e de troca gasosa (Gasometria Arterial) a cada 1-2h e admitir um
limite baixo para intubação nos pacientes que apresentem:
• Rebaixamento do nível de consciência;
• Rápida progressão em horas;
• Falta de melhora após oferta de O2 em Alto Fluxo com FiO2 mínima de 60%;
• Frequência Respiratória > 28 incursões por minuto;
• Hipercapnia progressiva (PaCO2 >50mmHg e/ou pH < 7,25);
• Instabilidade hemodinâmica ou falência múltipla de órgãos
• Ministério da Saúde do Brasil:
• “Caso esses pacientes necesssitem de O2 via cateter nasal maior que 5 litros/minuto para
sustentar SpO2 > 93% e/ou tenham frequência respiratória > 28 irpm ou retenção de CO2
(PaCO2 > 50 mmHg e/ou pH < 7,25) devem ser intubados e ventilados mecanicamente
imediatamente.”
Recomendações para Intubação Orotraqueal em pacientes portadores de COVID-19 Versão N.3 /2020. Disponível em: http://abramede.com.br/wp-content/uploads/2020/04/Recomendacoes-IOT-FINAL-REVISAO-100420.pdf
George L Anesi, MD, MSCE, MBE. Coronavirus disease 2019 (COVID-19): Critical care issues. UpToDate (Apr, 2020). Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/coronavirus-disease-2019-covid-19-critical-care-issues
SAES. Dpto de Atenção Hosp., Domiciliar e de Urgência. Protocolo de manejo clínico da Covid-19 na Atenção Especializada 1.ed.rev. Brasília,Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/14/Protocolo-de-Manejo-Cl--nico-para-o-Covid-19.pdf
http://abramede.com.br/wp-content/uploads/2020/04/Recomendacoes-IOT-FINAL-REVISAO-100420.pdf
https://www.uptodate.com/contents/coronavirus-disease-2019-covid-19-critical-care-issues
https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/14/Protocolo-de-Manejo-Cl--nico-para-o-Covid-19.pdf
Intubação em Sequência Rápida
Intubação em Sequência Rápida
• Realizar os sete “Ps”:
• Preparação
• Pré-Oxigenação
• Pré-Tratamento
• Paralisia após indução
• Posicionamento
• Passagem do TOT
• Pós-Intubação
• Sugestão de Medicamentos:
• Fentanil (Analgesia) + Lidocaína (Pré-Medicação) > Etomidato (Indução) + 
Succinilcolina (Bloq Neuromuscular) >>> Infusão contínua em BIC Midazolan + 
Fentanil (Sedação + Analgesia)
• Bloqueador Neuromuscular na VM
• Rocurônio ou Cisatracúrio em infusão contínua.
Fentanil 50mcg/ml – EV 
em bolus sem diluir. 
40kg - 1 ml 
50kg - 1 ml 
60kg - 1,5 ml 
70kg - 1,5 ml 
80kg – 1,5 ml 
90kg – 1,5 ml 
100kg - 2 ml 
Lidocaína 2% s/ 
Vasoconstritor - EV em 
bolus sem diluir. 
40kg - 3 ml 
50kg - 3 ml 
60kg – 4,5ml 
70kg - 5 ml 
80kg – 5 ml 
90kg – 6 ml 
100kg - 6 ml 
Etomidato – Diluir 01 
amp. para 10ml de AD. 
40kg - 12 ml 
50kg - 15 ml 
60kg - 18 ml 
70kg - 20 ml 
80kg – 20 ml 
90kg – 20 ml 
100kg - 20 ml 
Succinilcolina – Diluir 01 
frasco (100mg) para 10 
ml de AD. 
40kg - 4 ml 
50kg - 5 ml 
60kg - 6 ml 
70kg - 7 ml 
80kg – 8 ml 
90kg – 9 ml 
100kg - 10 ml 
Paciente Estável 
Contraindicações (Succinil): 
HIPERCALEMIA, Hipertermia 
maligna, miopatias músculo-
esqueléticas.
Sugere-se realizar a administração dos medicamentos na seguinte sequência:
- Fentanil + Lidocaína, associados e simultaneamente como Pré-Medicação;
- Aguardar 2-3min;
- Etomidato + Succinilcolina, um imediatamente após o outro como Indutor Hipnótico e Bloqueador Neuromuscular;
- Aguardar 20-30seg (observar fasciculações);
- Proceder à Intubação Orotraqueal
A Instabilidade Hemodinâmica caracteriza-se 
classicamente por:
- PAs < 90mmHg e/ou;
- ↓ PA > 40mmHg e/ou;
- Freq. Cardíaca > 100bpm e/ou;
- Alteração de nível de consciência e/ou;
- Pele fria e pegajosa e/ou;
- TEC > 5seg
Fentanil 50mcg/ml – EV 
em bolus sem diluir. 
40kg - 0,5 ml 
50kg - 0,5 ml 
60kg - 1 ml 
70kg - 1 ml 
80kg – 1 ml 
90kg – 1,5 ml 
100kg - 1,5 ml 
Lidocaína 2% s/ 
Vasoconstritor - EV em 
bolus sem diluir. 
40kg - 3 ml 
50kg - 3 ml 
60kg – 4,5ml 
70kg - 5 ml 
80kg – 5 ml 
90kg – 6 ml 
100kg - 6 ml 
Etomidato – Diluir 01 
amp. para 10ml de AD. 
40kg - 8 ml 
50kg - 12 ml 
60kg - 15 ml 
70kg - 17 ml 
80kg – 17 ml 
90kg – 17 ml 
100kg - 18 ml 
Succinilcolina – Diluir 01 
frasco (100mg) para 10 
ml de AD. 
40kg - 4 ml 
50kg - 5 ml 
60kg - 6 ml 
70kg - 7 ml 
80kg – 8 ml 
90kg – 9 ml 
100kg - 10 ml 
Paciente Instável 
Contraindicações (Succinil): 
HIPERCALEMIA, Hipertermia 
maligna, miopatias músculo-
esqueléticas.
A Instabilidade Hemodinâmica caracteriza-se 
classicamente por:
- PAs < 90mmHg e/ou;
- ↓ PA > 40mmHg e/ou;
- Freq. Cardíaca > 100bpm e/ou;
- Alteração de nível de consciência e/ou;
- Pele fria e pegajosa e/ou;
- TEC > 5seg
Sugere-se realizar a administração dos medicamentos na seguinte sequência:
- Fentanil + Lidocaína, associados e simultaneamente como Pré-Medicação;
- Aguardar 2-3min;
- Etomidato + Succinilcolina, um imediatamente após o outro como Indutor Hipnótico e Bloqueador Neuromuscular;
- Aguardar 20-30seg (observar fasciculações);
- Proceder à Intubação Orotraqueal
Rocurônio (10mg/ml) –
EV em bolus sem diluir. 
40kg - 5 ml 
50kg - 6 ml 
60kg - 7 ml 
70kg - 8 ml 
80kg – 9,5 ml 
90kg – 10,5 ml 
100kg - 12 ml 
Se Contraindicações à 
Succinilcolina
Cuidados Imediatos após Intubação e acoplamento na VM:
• Manter FiO2 em 100% o menor tempo possível;
• Utilizar parâmetros de Ventilação Protetora;
• Sugere-se, após intubação orotraqueal do paciente e acoplamento
ao Ventilador Mecânico, a manutenção do paciente em RASS -3 ou
menor, com alto nível de sedação e analgesia, associando sempre
que possível o bloqueador neuromuscular;
• Sugere-se a administração combinada de Fentanil + Midazolan de
forma contínua (Ex. 3 amp [10ml] de Midazolan 5mg/ml + 2 amp
[10ml] de Fentanil 0,05mg/ml diluídos em 200ml de SF 0,9%);
• Sugere-se como bloqueador neuromuscular de administração
contínua o Rocurônio (0,3-0,6mg/kg/hr) ou Cisatracúrio (1-
4mcg/kg/min);
• Em caso de PAM < 60-65mmHg mesmo após reposição volêmica
adequada (30ml/Kg na 1ª hora), sugere-se a introdução de droga
vasoativa. Noradrenalina permanece como primeira escolha.
 App: InfusiCalc®
 Calculadora Virtual (Emergência Rules): 
https://emergenciarules.com/wp-content/uploads/2020/03/covid.html
Ressuscitação Cardio-Pulmonar nos pacientes 
com COVID-19
• Todas as medidas apropriadas para garantir a proteção individual (EPI), da equipe e do
ambiente devem ser prioritárias no atendimento à PCR (Parada Cardiorrespiratória).
Ainda que possa ocorrer atraso no início das compressões torácicas, a segurança da
equipe assistente é preeminente. Dessa forma, a equipe deve dispor de pronta-
disponibilidade dos EPIs para promover menores efeitos deletérios no atendimento de
tais pacientes.
• O reconhecimento da PCR segue as recomendações da AHA/ILCOR: Ausência de pulso
em vaso central e ausência de respiração efetiva;
• O acesso invasivo da via aérea definitiva deve ser priorizado;
• Deve-se evitar o uso de ventilação com dispositivo bolsa-válvula-máscara;
• A instalação de filtros obrigatórios (HEPA) não deve ser esquecida;
• Se disponível, a intubação por meio de videolaringoscopia deve ser a primeira escolha;
• Quando a PCR ocorrer em pacientes sob ventilação mecânica, deve-se manter o paciente
conectado ao ventilador em circuito de ventilação fechado, com FiO2 de 100%, modo
assíncrono, FR 10-12irpm, PEEP de ZERO, sensibilidade no valor máximo permitido e
Alarme de Ppico 60cmH2O.
• Atentar-se para as causas reversíveis (5 “Hs” e 5 “Ts”) de PCR antes de decidir por
interromper os esforços na RCP.
Cuidado Respiratório ao Paciente Intubado 
(SDRA– Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo)
• Classificação
• Leve > Relação PaO2/FiO2 de 200-300mmHg
• Moderada > Relação PaO2/FiO2 de 100-200mmHg
• Grave > Relação PaO2/FiO2 menor que 100mmHg
• * SpO2/FiO2 <ou= 315 sugere SDRA (inclusive em pacientes não ventilados)
• Utilizar Parâmetros de Ventilação Protetora
• Modo VCV
• Vt = 6ml/Kg de Peso IDEAL
• Fluxo de 30-60L/min
• FR inicial de 25irpm
• PEEP inicial = 10 cmH2O
• Bloqueio Neuromuscular
• Alvo de SpO2 permanece similar ao de pacientes não-intubados: 90-96%
• Ajustar PEEP e FiO2 rapidamente (30seg-1min) até oxigenação-alvo;
• Oxigenação no alvo > Coletar Gaso Arterial após 30min;
• Realizar ajustes conforme pH e pCO2;
• Manter sempre VM protetora (Vt 4-6ml/Kg) e FR até 35irpm 
• Tolerar hipercapnia para pH > 7,16
• Reavaliar a cada 2/2h
Disponível em:
https://eephcfmusp.org.br/portal/coronavirus
https://eephcfmusp.org.br/portal/coronavirus
• Critérios (ao menos 1)
• Vt necessário > 6ml/Kg
• Pplatô > ou = 30cmH2O
• pH <7,15 ou FR >35irpm
• PEEP > ou = 12 cmH2O
• PaO2/FiO2 < 150
• Sugestão:
• Posição Prona (12-16h/dia ; Equipe Treinada ; Avaliar contraindicações)
• Manobras de Recrutamento Alveolar
• ECMO (Oxigenação por Membrana Extra-corpórea)
Cuidado Respiratório ao Paciente Intubado (SDRA) 
em que NÃO há sucesso na VM Protetora
Nota Informativa Nº 5/2020-DAF/SCTIE/MS de
27/03/2020, Portaria Nº237 da SES/DF de 13/04/2020 e Parecer 
CFM Nº4/2020 de 16/04/2020
“Art. 1º A Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
disponibilizará a Cloroquina 150 mg fornecida pelo
Ministério da Saúde aos hospitais do Distrito Federal para os
pacientes hospitalizados com forma grave e com caso crítico
de COVID-19, conforme estabelecido pelo órgão.”
• Hidroxicloroquina e Cloroquina;
• Hidroxicloroquina + Azitromicina;
• Heparina (Não fracionada e de baixo peso molecular);
• Inibidores da IL-6;
• Plasma convalescente;
• Óxido Nítrico;
• Remdesivir;
• Lopinavir/Ritonavir;
• Favipiravir;
• Niclosamida;
• Ivermectina;
• Nitazoxanida;
• Imunomoduladores;
• 7 Vacinas com Clinical Trial e 70 com avaliação Pré-Clínica em andamento.
Suporte Clínico em Pacientes Críticos
• Não há terapia antiviral específica;
• Prevenção de Tromboembolismo Venoso
• Enoxaparina 40mg, SC, 1x/dia
• Sedação + Analgesia;
• Suporte Nutricional;
• Controle Glicêmico;
• Profilaxia Úlcera de Estresse;
• Pantoprazol 40mg, EV, 1x/dia
• Monitorização Hemodinâmica contínua;
• Manejo da Temperatura;
• Manejo de Fluídos e Eletrólitos;
• Preferir uma estratégia conservadora
• Corticoesteróides
• Não devem ser administrados de rotina em pacientes com COVID-19;
• Considerar o uso se há condição separada com indicação baseada em evidências, por exemplo:
• Broncoespasmo Grave;
• Sepse Grave com hipotensão a despeito do uso de drogas vasoativas ou que necessitam constantemente de aumento da dose para 
manutenção de PAM > 65mmHg.
• Sugestão: Hidrocortisona 50mg, EV, 6/6h ou Dexametasona 20mg, EV, 1x/dia
Critérios para descontinuação das medidas de Precaução
Center for Disease Control and Prevention
 Avaliar caso a caso e, preferencialmente, com equipe do CCIH.
 Considerar que a estratégia “test-based”, proposta abaixo, ainda não possui alta
confiabilidade em definir transmissibilidade e infecciosidade dos pacientes;
• Presença dos TRÊS CRITÉRIOS ABAIXO OBRIGATORIAMENTE:
Ausência de Febre (sem administração de anti-piréticos) e;
Melhora dos sintomas respiratórios e;
DOIS testes NEGATIVOS sequenciais de RT-PCR para SARS-CoV2 coletados da Nasofaringe
com, pelo menos, 24h de intervalo entre eles.
 Como alternativa à estratégia "test-based" do CDC, foi criada uma Força Tarefa
no Brasil composta pelas Sociedade Brasileira de Infectologia, Associação de
Medicina Intensiva Brasileira, Colégio Brasileiro de Radiologia; Sociedade
Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; Instituto de Medicina Tropical USP;
Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e Sociedade Brasileiro de
Nefrologia, que sugeriu entre outras coisas, a seguinte estratégia de alta do
isolamento na ausência de teste:
Ausência de Febre nas últimas 72 (sem administração de anti-piréticos) e;
Melhora dos sintomas respiratórios considerando o período de isolamento respiratório de
14 dias após o início dos sintomas.
Referências bibliográficas
• Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência. Protocolo de manejo clínico da Covid-19 na Atenção Especializada [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção 
Especializada à Saúde, Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência. – 1. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/14/Protocolo-de-Manejo-Cl--
nico-para-o-Covid-19.pdf
• Diretrizes RCP 2019 American Heart Association. Disponível em : https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2019/11/2019- Focused-Updates_Highlights_PTBR.pdf;
• Resuscitation Council UK. Guidance for the resuscitation od COVID19 patients in Hospital. Disponivel em : http://resus.org.uk ;
• Recomendações para Intubação Orotraqueal em pacientes portadores de COVID-19 Versão N.3 /2020. Disponível em: http://abramede.com.br/wp-content/uploads/2020/04/Recomendacoes-IOT-FINAL-REVISAO-100420.pdf;
• American Heart Association. Coronavirus (COVID-19) Resources for CPR Training. Disponível em: https://cpr.heart.org/en/resources/coronavirus-covid19-resourcesfor-cpr-training;
• Centers for Disease Control and Prevention. Interim Considerations for Disposition of Hospitalized Patients with 2019-nCoV Infection. https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/disposition-hospitalized-patients.html;
• Centers for Disease Control and Prevention. 2019 Novel coronavirus, Wuhan, China. Information for Healthcare Professionals. https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-nCoV/hcp/index.html;
• World Health Organization. Clinical management of severe acute respiratory infection when novel coronavirus (2019-nCoV) infection is suspected. January 2020. Disponivel em : https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-
2019;
• World Health Organization. Director-General's remarks at the media briefing on 2019-nCoV on 11 February 2020. https://www.who.int/dg/speeches/detail/who-director-general-s-remarks-at-the-media-briefing-on-2019-ncov-on-11-february-
2020;
• World Helth Organization. Update on WHO Solidarity Trial – Accelerating a safe and effective COVID-19 vaccineDisponível em: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/global-research-on-novel-coronavirus-2019-
ncov/solidarity-trial-accelerating-a-safe-and-effective-covid-19-vaccine
• American College of Radiology. ACR Recommendations for the use of Chest Radiography and Computed Tomography (CT) for Suspected COVID-19 Infection. Mar, 2020. Disponível em: https://www.acr.org/Advocacy-and-Economics/ACR-
Position-Statements/Recommendations-for-Chest-Radiography-and-CT-for-Suspected-COVID19-Infection
• Parecer CFM Nº4/2020: Considerar o uso da cloroquina e hidroxicloroquina, em condições excepcionais, para o tratamento da COVID -19. Conselho Federal de Medicina. Brasília, Abr, 2020. Disponível em: 
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