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FORMAÇÃO DOCENTE E SUAS PRÁXIS
Carine Studzinski
Joselaine Nunes
Taiane Rocha
Lisiane Maron Ribeiro
Tutor: Letiane Lemes Nobre
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI
PED 1271 Seminário Interdisciplinar II
30/11/2015
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo fazer uma análise epistemológica a partir da prática educativa dos professores, onde observa-se a pratica pedagógica. Que envolveu o reflexo de concepções teórico-metodológico da formação docente. Trata-se de uma pesquisa de campo com análise qualitativa, feita através de sites, revistas e livros.
Palavras-chave: Ensino. Práxis Pedagógica. Formação Continuada
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por finalidade abordar a questão
social da educação, mostrando o papel da sociedade sobre a mesma. A docência é uma atividade profissional que transcende a dimensão de um simples meio de vida, pois está comprometida com a formação de pessoas. Nesse processo educativo há o compromisso com a humanização, que acontece a partir de uma dinâmica que se afigura no contato com o outro. No mundo contemporâneo, professor e aluno assumem papéis diferenciados, porque a busca pelo conhecimento ultrapassa o discurso docente e o material didático sugerido.
A práxis educativa intimamente ligada a concepção de uma educação crítica, no sentido de um modo de proceder que está orientado para ação e desvelamento das dificuldades nas relações sociais. Busca-se a prática que visa alteridade, uma práxis educativa necessita de uma postura crítica diante da realidade, requer cuidado na seleção de conteúdos e sensibilidade para escolha de estratégias pedagógicas.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 QUAL É A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA NO ENSINO?
 Educação e sociedade estão por causas e consequências ligadas. Por serem dependente da outra. Por essa e outras questões é importante que o ser humano esteja ciente do assunto abordado neste trabalho. Levando-se em consideração as contribuições que uma passa para a seguinte, as transformações que ocorrem na sociedade e o papel da escola no desenvolvimento destas. E também o que elas influenciam em nossas vidas.
 A educação sempre contribuiu para o desenvolvimento da sociedade. A mesma busca nas raízes da educação o verdadeiro sentido para sua evolução cultural. Porque é através desta interação que existem contribuições, porque a sociedade só se torna moderna com a evolução da educação. 
 Há uma grande busca de qualidade por parte da educação. Esta não é só uma preocupação da educação, mas é também uma exigência da sociedade frente aos avanços tecnológicos e as mudanças nas áreas: econômica e cultural. Principalmente, a tecnologia vem a cada dia se modificando, e isso tem refletido nas escolas, fazendo com que os educadores busquem cada vez mais aprimoramento na área, reforçando assim seu trabalho, pois os alunos mostram mais interesse quando se trata de tecnologia.
 
Entretanto, a política não faz a sua parte, deixando muitas escolas em pleno desenvolvimento tecnológico sem computadores, professores especializados, e aquelas escolas que possuem esses recursos acabam sendo roubadas, tomadas pela falta de segurança.
Compreender e transformar o ensino é uma tentativa de levar aos profissionais da educação, pontos básicos de pensamentos e da pesquisa educativa sobre os problemas fundamentais que a prática do ensino tem colocado. Por isso, este é um trabalho de síntese, sempre parcial e provisório, para destacar a discussão sobre a realidade educativa, as atividades mais relevantes que os docentes devem desenvolver em seu contexto profissional e com seus alunos. Se não compreender o que se faz, a prática pedagógica é mera reprodução de hábitos existentes.
O profissional do ensino, antes de ser um técnico eficaz, é mais do que um ser fiel servidor das diretrizes das mais variadas tendências, num sistema que se submete a controles técnicos que mascaram seu caráter ideológico, deve ser alguém responsável que fundamenta sua prática numa opção de valores e em ideias que lhe ajudam a esclarecer as situações, projetos, planos e também possíveis consequências de sua prática.
A espécie humana elabora instrumentos, artefatos, costumes, normas, códigos de comunicação e convivência como mecanismos imprescindíveis para a sobrevivência dos grupos e da espécie. Este processo de aquisição por parte das novas gerações, costuma ser nomeada genericamente, como processo de educação. Nas sociedades primitivas, a aprendizagem dos produtos sociais, assim como a educação dos novos membros da comunidade aconteceram como socialização direta das geração jovem, mediante a participação cotidiana das crianças nas atividades da vida adulta. No entanto, a aceleração do desenvolvimento histórico das comunidades humanas, bem como a formação das estruturas e a diversificações de funções e tarefas da vida nas sociedades cada dia mais povoadas e complexas, torna eficazes e insuficientes os processos de socialização direta das novas gerações nas células primárias de convivência: a família, o grupo de iguais, os centros de grupos de trabalhos de produção.
2.2 QUANDO COMEÇOU A EDUCAÇÃO NO BRASIL
Foi em meados do século XX que o processo de expansão da escolarização básica no país começou, e que o seu crescimento, em termos de rede pública de ensino, se deu no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980.
Segundo Eliane da Costa Bruini, graduada em pedagogia e colaboradora do site Brasil escola:
O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela Educação); 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela Educação). Professores recebem menos que o piso salarial.
Com esses dados, muitos podem se tornar críticos e até questionar a respeito dos avanços, concluindo que “se a sociedade muda, a escola só poderia evoluir com ela!”. Talvez o bom senso sugerisse pensarmos dessa forma. Entretanto, podemos notar que a evolução da sociedade, de certo modo, faz com que a escola se adapte para uma vida moderna, mas de maneira defensiva, tardia, sem garantir a elevação do nível da educação.
Assim, por questão de costume mesmo acabam colocando a culpa no professor, de forma que, os professores se tornam alvos ou ficam no fogo cruzado de muitas esperanças sociais e políticas em crise nos dias atuais. As críticas externas ao sistema educacional cobram dos professores cada vez mais trabalho, como se a educação, sozinha, tivesse que resolver todos os problemas sociais.
Já sabemos que não basta, como se pensou nos anos 1950 e 1960, dotar professores de livros e novos materiais pedagógicos. O fato é que a qualidade da educação está fortemente aliada à qualidade da formação dos professores. O desenvolvimento dos professores é uma precondição para o desenvolvimento da escola e, em geral, a experiência demonstra que os docentes são maus executores das ideias dos outros. Nenhuma reforma, inovação ou transformação perdura sem o docente. Para uma mudança efetiva de crença e de atitude, caberia considerar os professores como sujeitos, estes que em atividade profissional, são levados a se envolver em situações formais de aprendizagem.
Mudanças profundas só irão acontecer quando a formação dos professores deixar de ser um processo de atualização, feita de cima para baixo, e se converter em um verdadeiro processo de aprendizagem, como um ganho individual e coletivo, e não como uma agressão.
2.3 A PRÁTICA PEDAGÓGICA DA ATUALIDADE 
O processo educacional sempre foi alvo de constantes discussões e apontamentos que motivaram sua evolução em vários aspectos, principalmente no que tange a condução de metodologias de ensino por nossoseducadores e a valorização do contexto escolar formador para nossos alunos. 
Diante de inúmeras transformações sociais, onde informações e descobertas acontecem em frações de segundo, o processo de desenvolvimento da escola entra na pauta como um dos mais importantes aspectos a serem discutidos neste processo, pois é nela que são promovidas as mais importantes formulações teóricas sobre o desenvolvimento cultural e social de todas as nações, dessa forma, a pesquisa educacional acaba tomando um lugar central na busca de perspectivas que possibilitem uma nova prática educacional, envolvendo principalmente os agentes que conduzem o ambiente escolar, transformando o ensino em parte integrante ou principal na motivação dessas transformações. 
Com as constantes modificações sofridas por nossa sociedade no decorrer do tempo, dentre elas o desenvolvimento de tecnologias e o aprimoramento de um modo de pensar menos autoritário e menos regrado, os agentes educacionais e a escola de uma maneira geral, vêm vivenciando um processo de mudança que tem refletido principalmente nas ações de seus alunos e na materialização destas no contexto escolar, fato que tem se tornado ponto de dificuldade e insegurança entre professores e agentes escolares de forma geral, configurando em forma de comprometimento do processo ensino-aprendizagem.
A escola contemporânea sofre com o desenvolvimento acelerado que ocorre a sua volta, onde as informações são atualizadas em frações de segundos, ocasionando de certa forma, o desgaste e o comprometimento das ações voltadas para o aprimoramento do ensino, fazendo com que a sala de aula se torne um ambiente de pouca relevância para a consolidação do conhecimento, tornando a vivência social o requisito primordial para a busca de aprendizado.
A prática pedagógica dos agentes educacionais no momento atual, bem como a condução do processo ensino-aprendizagem na sociedade contemporânea, precisa ter como foco a necessidade de uma reformulação pedagógica que priorize uma prática formadora para o desenvolvimento, onde a escola deixe de ser vista como uma obrigação a ser cumprida pelo aluno, e se torne uma fonte de efetivação de seu conhecimento intelectual ,que o motivará a participar do processo de desenvolvimento social, não como mero receptor de informações, mas como idealizador de práticas que favoreçam esse processo.
2.4 FORMAÇÃO CONTINUADA
As primeiras menções de formação docente são datadas do século passado. De acordo com Tanuri (2000, p. 63). 
Antes que se fundassem escolas especificamente destinadas à formação de pessoal docente, encontra-se nas primeiras escolas de ensino mútuo – instaladas a partir de 1820 – (Bastos, 1997) – a preocupação de não somente ensinar as primeiras letras, mas de preparar docentes, instruindo-os no domínio do método. Essa foi realmente a primeira forma de preparação de professores.
A Rede Nacional de Formação Continuada de Professores foi criada em 2004 com o objetivo de contribuir para a melhoria da formação dos professores e alunos. O público-alvo prioritário da rede são professores de educação básica dos sistemas públicos de educação.
As instituições de ensino superior públicas, federais e estaduais que integram a Rede Nacional de Formação de professores, produzem materiais de orientação para cursos à distância e semipresenciais, com carga horária de 120 horas. Assim, elas atuam em rede para atender às necessidades e demandas do Plano de Ações Articuladas (PAR) dos sistemas de ensino.
As áreas de formação são: alfabetização e linguagem, educação matemática e científica, ensino de ciências humanas e sociais, artes e educação física.
O Ministério da Educação oferece suporte técnico e financeiro e tem o papel de coordenador do desenvolvimento do programa, que é implementado por adesão, em regime de colaboração, pelos estados, municípios e Distrito Federal.
Sendo assim vimos que, durante muito tempo a formação inicial, foi suficiente para que os profissionais da educação pudessem exercer suas práticas com êxito. Porém hoje em dia com o avanço da tecnologia nas últimas décadas, onde sabemos tudo em tempo e hora, e com o auxílio da internet é cada vez mais esperado que os professores atualizem-se na área ao qual executam, conforme manda as leis:
A LDB estabelece como uma das competências da União: “elaborar o Plano Nacional de Educação” (PNE) e estipula como meta o prazo de dez anos para que os professores sejam “graduados ou formados por treinamento em serviço”, apontando esta última como forma acelerada de “corrigir” a escassez dos cursos de formação inicial em nível de graduação.
 
O PNE (BRASIL, 2001, p.95), trata da formação continuada dos professores como uma das formas de valorização do magistério e melhoria da qualidade da educação: 
É fundamental manter na rede de ensino e com perspectivas de aperfeiçoamento constante os bons profissionais do magistério [...] A formação continuada dos profissionais da educação pública deverá ser garantida pelas secretarias estaduais e municipais de educação, cuja atuação incluirá a coordenação, o financiamento, e a busca de parcerias com as Universidades e Instituições de Ensino Superior. (p. 40)
“Com o objetivo de contribuir para a melhoria da formação dos professores e alunos” (Portal MEC 2006), o curso de formação inicial dá o suporte para o indivíduo se tornar um professor, mas para ser professor é importante que ele sempre esteja em formação contínua, buscando não só saber ensinar com aquele ensino automático, onde só apresenta o livro ao aluno e manda-o procurar a resposta por si só, ser professor vai muito além, pode parecer que não, e que isso só exista na parte teórica ou em filmes e reportagens de revista...
Mas a formação do professor diz muito a respeito do aluno, um professor que não se mantem atualizado e que não busca aprender continuamente, demostra ao seu aluno que ele deve estudar só para passar naquela prova, que aquela matéria não irá fazer-se presente na vida dele e que na maioria das vezes é o mais comum de se achar em escolas e universidades, pelo fato de que os professores sejam pouco valorizados, com salários baixos e com a mínima importância de remuneração, mas FREIRE afirma que: 
Em primeiro lugar, qualquer que seja a prática de que participemos a de médico, a de engenheiro, a de torneiro, a de professor, não importa de quê, a de alfaiate, a de eletricista, ela exige de nós que a exerçamos com responsabilidade. Ser responsável no desenvolvimento de uma prática qualquer implica, de um lado, o cumprimento de deveres; de outro, o exercício de direitos (FREIRE, 2001, p. 44).
O professor tem que buscar enfatizar a sua importância na sociedade, o direito de ser tratado com dignidade, afinal é um humano que ensina com amor, o que todos precisam: que é a educação. Por isso, não importa a profissão, temos que dar o máximo de nós, buscar uma formação contínua de busca pelo saber, fazer com que nós alunos busquem encontrar respostas para tudo que há no mundo, não porque pedimos isso para um trabalho, mas que ele sinta a falta de sabedoria por si próprio e queira melhorar seus conhecimentos, e aprofundar suas ideias com bases em teorias sólidas. 
Na visão de Prada (1997) os termos empregados para nomear os programas de formação continuada de professores estão impregnados da concepção filosófica que orienta o processo, recebendo também influências da região, país e instituições envolvidas, entre outros fatores. O autor apresenta algumas das diferentes expressões que são mais utilizadas na denominação dos programas desta formação com o objetivo de ampliar essa compreensão:
· Capacitação: Proporcionar determinada capacidade a ser adquirida pelos professores, mediante um curso; concepção mecanicista que considera os docentes incapacitados.
· Qualificação: Não implica a ausência de capacidade, mas continua sendo mecanicista, pois visa melhorar apenas algumas qualidades já existentes.
· Reciclagem: Termo próprio de processosindustriais e, usualmente, referente à recuperação do lixo.
· Atualização: Ação similar à do jornalismo; informar aos professores para manter nas atualidades dos acontecimentos, recebe críticas semelhantes à educação bancária.
· Formação Continuada: Alcançar níveis mais elevados na educação formal ou aprofundar como continuidade dos conhecimentos que os professores já possuem.
· Formação Permanente: Realizada constantemente, visa à formação geral da pessoa sem se preocupar apenas com os níveis da educação formal.
· Especialização: É a realização de um curso superior sobre um tema específico.
· Aprofundamento: Tornar mais profundo alguns dos conhecimentos que os professores já têm.
· Treinamento: Adquirir habilidades por repetição, utilizado para manipulação de máquinas em processos industriais, no caso dos professores, estes interagem com pessoas.
· Re- treinamento: Voltar a treinar o que já havia sido treinado.
· Aprimoramento: Melhorar a qualidade do conhecimento dos professores.
· Superação: Subir a outros patamares ou níveis, por exemplo, de titulação universitária ou pós-graduação.
· Desenvolvimento Profissional: Cursos de curta duração que procuram a “eficiência” do professor.
· Profissionalização Tornar profissional: Conseguir, para quem não tem um título ou diploma.
· Compensação: Suprir algo que falta. Atividades que pretendem subsidiar conhecimentos que faltaram na formação anterior. 
Fonte: Prada (1997 p.88-9).
O modelo clássico de formação vem sendo feito em iniciativas de renovação pedagógica. A ênfase é dada na atualização da formação recebida ou numa “reciclagem” que nada mais é do que “refazer o ciclo”. O professor deve sempre ensinar com amor, fazendo com que o aluno o questione, pois ele vai buscar as respostas certas ao aluno e dará seguimento a essa longa jornada pelo conhecimento, na qual todos nós sempre seremos os aprendizes.
2.5 PRÁXIS PEDAGÓGICAS
A palavra práxis que o uso dessa palavra não se dará como sinônimo ou equivalente de “Prática’’, embora que se considere que a prática seja, indubitavelmente, parte da práxis. Práxis tem seu significado que é atividade e ação. Assim, prática pedagógica significa as ações e práticas de ensino. Ou seja, o professor coloca seus saberes em ação para transformar o ambiente e aqueles que estão nele inseridos. Práxis é um termo criado por Aristóteles, Marx também se refere ao termo em seus escritos.
Marx deixa esclarecido o sentido e torna-se preciso o alcance do conceito central da filosofia de Marx: o conceito da práxis (KONDER, 1992). Sem o derivo espaço para discutimos as teses, citaremos breves sínteses. Segundo Konder, nelas Marx superou duas unilateralidades (materialismo e idealismo) pensando “simultaneamente a atividade e a corporeidade do sujeito, reconhecendo-lhe todo o poder material de intervir no mundo” (KONDER,1992). E a práxis consistia exatamente nisso, nessa intervenção: “a atividade revolucionária, subversiva, questionadora e inovadora, ou ainda numa expressão extremamente sugestiva, critica-prática”. (KONDER, 1992, p. 115). Konder define a práxis já sinalizando nela a presença da teoria:
A práxis é uma atividade concreta pela qual os sujeitos humanos se afirmam no mundo, modificando a realidade objetiva e, para poderem alterá-la, transformando a si mesmos. É a ação que, para se aprofundar de maneira mais consequente, precisa de reflexão, do autoquestionamento, da teoria; e é a teoria que remete à ação, que enfrenta o desafio de verificar seus acertos e desacertos, cotejando-os com a prática. (KONDER, 1992: p.115)
Para Marx o objeto é concebido na atividade subjetiva, sim, mas como atividade real, objetiva, material, pois a verdadeira atividade deveria ser crítico-prática, transformadora, “revolucionária, mas ao mesmo tempo crítica e prática, ou seja, teórico-prático: teórica sem ser mera contemplação, já que é a teoria que guia a ação, e prática, ou ação guiada pela teoria”. 
A atividade prática está inserida em qualquer profissão, pois se trata de um método utilizado para execução de determinada tarefa ou rotina. Não sendo diferente do professor, já que este também utiliza a prática e métodos em sala. Atividade docente é ao mesmo tempo prática e ação. Nessa conjuntura a prática é tida como uma atividade sistematicamente construída por uma cultura organizacional da escola. Ela tem o objetivo de garantir o conhecimento, por meio de projetos pedagógicos e métodos desenvolvidos pela escola e o professor. 
A práxis docente está presente na vida do professor que se propõe a assumir uma postura crítico-refletivo a respeito de suas próprias experiências, fazendo uma leitura do mundo que beneficie as proposta de atividades que tenham a prática como ensino.
Tardif diz que “um professor é, antes de tudo, alguém que sabe alguma coisa e cuja função consiste em transmitir esse saber aos outros”. (2012,p.31). Sendo assim, o professor ensina o que tem para ensinar, de acordo com sua bagagem teórica, suas experiências profissionais e sociais.
Convém ressaltar a indissociabilidade da teoria e da prática no contexto escolar, de acordo com os trabalhos de PIMENTA(1994), entende-se o termo práxis como a atividade docente que envolve o conhecimento do objeto, suas finalidades e a intervenção para que a realidade seja transformada. Ao entender-se a educação como uma prática social cujo objetivo é a humanização dos homens conforme seus entendimentos, seus valores e interesses, para que tal atividade se configure-se como humana é essencial que seja movida por uma intencionalidade. Assim, o trabalho do professor configura-se como práxis pedagógica ao firmar-se na unidade entre a atividade prática e atividade teóricas ambas permeadas por uma relação de autonomia. 
Pimenta(1994) defende que:
O conhecimento não se adquire “olhando”, “contemplando”, “ficando ali diante do objeto”; exige que se instrumentalize o olhar com teorias, estudos, olhares de outros sobre o objeto, que, por sua vez, é fenômeno universal. Esse fenômeno universal ensino-aprendizagem, que é o objeto de estudo da Didática, não começou hoje, nem ocorre só “aqui”, onde estamos. Tem uma história. (PIMENTA, 1994, p. 120).
Nesse sentido, a práxis acontece no ambiente escolar. A teoria fundamenta a prática e está se efetiva e se transforma em novas teorias. Sujeito e objeto são parceiros nessa atividade, a qual é rígida pelas contribuições de ambos. Colocando-se como sujeito ativo nesse processo educativo, o professor torna-se produtor de conhecimento, à medida que mobiliza e transforma seus saberes a serviço de sua ação educativa.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todavia percebe-se que são grandes os desafios enfrentados pelo profissional docente, mas manter-se atualizado e desenvolver práticas pedagógicas eficientes faz desse profissional o diferencial necessário e com isso torna-se importante para o educador saber distinguir as concepções que estão presentes no seu trabalho cotidiano e na sua práxis educativa.
A reflexão é o resultado de um amplo processo de aprendizagem sobre o contexto específico da sala de aula que permitirá ao professor de prática de ensino um constante questionamento entre o que se pensa, teoria guiada da prática, e o que se faz.
 
Enfim, é fundamental que o educador seja auxiliado a refletir sobre a prática, a organizar suas próprias teorias e a compreender as origens de suas crenças para que possa tornar-​se pesquisador de sua ação.
REFERÊNCIAS
BRUINI, Eliane Da Costa. "Educação no Brasil"; Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/educacao/educacao-no-brasil.htm>. Acesso em 20 de setembro de 2015.
CASTRO(2004), A. O professor e o mundo contemporâneo. Jornal O Diário Barretos
DOWBOR(1998), L. A Reprodução Social. São Paulo: Vozes, 1998. 
GADOTTI(2000), M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas.
KONDER(1992), L. O futuro da filosofia da práxis: o pensamento de Marx no século XXI. 
Sites Consultados
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0442.htmlhttp://www2.uefs.br/sitientibus/pdf/31/formacao_continuada.pdf
http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/viewFile/48/52
http://portal.mec.gov.br/rede-nacional-de-formacao-continuada-de-professores/apresentacao
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_cristina_branco.pdf
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/49573/importancia-da-interdisciplinaridade-no-processo-de-aprendizagem##ixzz3WlkTGdOw
http://educador.brasilescola.com/orientacoes/promovendo-interdisciplinaridade-na-escola.htm Acessado em 09/04/2015
	
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http://educador.brasilescola.com/orientacoes/promovendo-interdisciplinaridade-na-escola.htm Acessado em 09/04/2015
http://joseanesbahia.blogspot.com.br Acessado em 09/04/2015