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1 O ENSINO METODOLÓGICO PARA O ENSINO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA 1 Sumário CAPITULO I ............................................................................................................ 3 1.1 O Ensino Metodológico para o Ensino na Sociedade Contemporânea .. 3 1.2 A PRÁTICA PEDAGÓGICA DA ATUALIDADE ...................................... 4 1.4 A IMPORTÂNCIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM .................................................................... 10 1.5 A RELAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO E AS NOVAS TECNOLOGIAS NO AMBIENTE ESCOLAR CONTEMPORÂNEO ............................................ 12 1.6 O PROFESSOR E O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO............ 14 2. A RELAÇÃO TEÓRICA E A PRÁTICA DA APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO......................................................................... 18 2.1 Educação tradicional ...................................................................................... 19 2.2 O Ensino e aprendizagem na Educação Escolar ................................. 22 Referências Bibliográficas .................................................................................... 25 2 NOSSA HISTÓRIA A NOSSA HISTÓRIA, inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a INSTITUIÇÃO, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A INJSTITUIÇÃO tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 CAPITULO I 1.1 O Ensino Metodológico para o Ensino na Sociedade Contemporânea As relevantes modificações sofridas por nossa sociedade no decorrer do tempo, dentre elas o desenvolvimento tecnológico e o aprimoramento de novas maneiras de pensamento sobre o saber e sobre o processo pedagógico, têm refletido principalmente nas ações dos alunos no contexto escolar, o que tem se tornado ponto de dificuldade e insegurança entre professores e agentes escolares resultando em forma de comprometimento do processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, faz-se necessário à busca de uma nova reflexão no processo educativo, onde o agente escolar passe a vivenciar essas transformações de forma a beneficiar suas ações podendo buscar novas formas didáticas e metodológicas de promoção do processo ensino-aprendizagem com seu aluno, sem com isso ser colocado como mero expectador dos avanços estruturais de nossa sociedade, mas um instrumento de enfoque motivador desse processo. A sociedade atual se vê confrontada com o desenvolvimento acelerado que ocorre a sua volta, onde o desenvolvimento e as descobertas ocorrem em frações de segundos, ocasionando um certo, desgaste e comprometimento das ações voltadas para o aprimoramento do ensino, colocando a sala de aula como um ambiente de pouca relevância para a consolidação do conhecimento, enfatizando a vivência social o requisito primordial para a busca de aprendizado. Diante do exposto, é facilmente observado que a busca pelo conhecimento não tem sido o foco de interesse principal da sociedade, pois a atualização das informações tem ocorrido de forma acessível a todos os segmentos satisfazendo de uma forma geral aos interesses daqueles que as buscam. Dessa forma, a escola nesse contexto tem alternativa rever suas ações e o seu papel no aprimoramento da sua prática educativa, sendo que, uma análise sobre seus conceitos didáticometodológicos precisa ser feita, de forma a adequar sua postura pedagógica ao momento atual e principalmente colocar-se na posição de organização principal e mais importante na evolução dos princípios fundamentais de uma sociedade, 4 cumprindo assim sua função transformadora e idealizadora de conhecimentos científicos-filosóficos pautando o resultado de suas ações em saber concreto. 1.2 A PRÁTICA PEDAGÓGICA DA ATUALIDADE O processo educacional sempre foi alvo de constantes discussões e apontamentos que motivaram sua evolução em vários aspectos, principalmente no que tange a condução de metodologias de ensino por nossos educadores e a valorização do contexto escolar formador para nossos alunos. Nesse aspecto GADOTTI (2000:4), pesquisador desse processo afirma que, Enraizada na sociedade de classes escravista da Idade Antiga, destinada a uma pequena minoria, a educação tradicional iniciou seu declínio já no movimento renascentista, mas ela sobrevive até hoje, apesar da extensão média da escolaridade trazida pela educação burguesa. A educação nova, que surge de forma mais clara a partir da obra de Rousseau, desenvolveu-se nesses últimos dois séculos e trouxe consigo numerosas conquistas, sobretudo no campo das ciências da educação e das metodologias de ensino. O conceito de “aprender fazendo” de John Dewey e as técnicas Freinet, por exemplo, são aquisições definitivas na história da pedagogia. Tanto a concepção tradicional de educação quanto a nova, amplamente consolidadas, terão um lugar garantido na educação do futuro. (GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000) Diante de enumeras transformações sociais, onde informações e descobertas acontecem em frações de segundo, o processo de desenvolvimento da escola entra na pauta como um dos mais importantes aspectos a serem discutidos neste processo, pois é nela que são promovidas as mais importantes formulações teóricas sobre o desenvolvimento cultural e social de todas as nações, dessa forma, a pesquisa educacional acaba tomando um lugar central na busca de perspectivas que possibilitem uma nova prática educacional, envolvendo principalmente os agentes que conduzem o ambiente escolar, transformando o ensino em parte integrante ou principal na motivação dessas transformações. Com as constantes modificações sofridas por nossa sociedade no decorrer do tempo, dentre elas o desenvolvimento de tecnologias e o aprimoramento de um modo de pensar menos autoritário e menos regrado, os agentes educacionais e a escola de 5 uma maneira geral, vêm vivenciando um processo de mudança que tem refletido principalmente nas ações de seus alunos e na materialização destas no contexto escolar, fato que tem se tornado ponto de dificuldade e insegurança entre professores e agentes escolares de forma geral, configurando em forma de comprometimento do processo ensino-aprendizagem, sobre isso, GADOTTI (2000:6) afirma que, Neste começo de um novo milênio, a educação apresenta- se numa dupla encruzilhada: de um lado, o desempenho do sistema escolar não tem dado conta da universalização da educação básica de qualidade; de outro, as novas matrizes teóricas não apresentam ainda a consistência global necessária para indicar caminhos realmente seguros numa época de profundas e rápidas transformações.(GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000) A escola contemporânea sofre com o desenvolvimento acelerado que ocorre a sua volta, onde as informações são atualizadas em frações de segundos, ocasionando de certaforma, o desgaste e o comprometimento das ações voltadas para o aprimoramento do ensino, fazendo com que a sala de aula se torne um ambiente de pouca relevância para a consolidação do conhecimento, tornando a vivência social o requisito primordial para a busca de aprendizado, sobre essa escola, AMÉLIA HAMZE (2004:1) afirma em seu artigo “O Professor e o Mundo Contemporâneo”, que Como educadores não devemos identificar o termo informação como conhecimento, pois, embora andem juntos, não são palavras sinônimas. Informações são fatos, expressão, opinião, que chegam as pessoas por ilimitados meios sem que se saiba os efeitos que acarretam. Conhecimento é a compreensão da procedência da informação, da sua dinâmica própria, e das conseqüências que dela advem, exigindo para isso certo, grau de racionalidade. A apropriação do conhecimento, é feita através da construção de conceitos, que possibilitam a leitura critica da informação, processo necessário para absorção da liberdade e autonomia mental. (HAMZE, A .O professor e o mundo contemporâneo, 2004) É perceptível que o saber cientifico e a busca pelo conhecimento, tem fugido do interesse da sociedade em geral, pois a atualização das informações tem ocorrido 6 de forma acessível a todos os segmentos satisfazendo de uma forma geral aos interesses daqueles que as buscam. A escola nesse contexto tem por opção repensar suas ações e o seu papel no aprimoramento do saber, e para isso, uma reflexão sobre seus conceitos didático-metodológicos precisa ser feita, de forma a adequar-se ao momento atual e principalmente colocar-se na postura de organização principal e mais importante na evolução dos princípios fundamentais de uma sociedade, DOWBOR (1998:259), sobre essa temática diz que, ‘’...será preciso trabalhar em dois tempos: o tempo do passado e o tempo do futuro. Fazer tudo hoje para superar as condições do atraso e, ao mesmo tempo, criar as condições para aproveitar amanhã as possibilidades das novas tecnologias.’’ (DOWBOR, L. A Reprodução Social, 1998) GADOTTI (2000:8), sobre o assunto afirma que seja qual for à perspectiva que a educação contemporânea tomar, uma educação voltada para o futuro será sempre uma educação contestadora, superadora dos limites impostos pelo Estado e pelo mercado, portanto, uma educação muito mais voltada para a transformação social do que para a transmissão cultural. Dessa Forma, a prática pedagógica dos agentes educacionais no momento atual, bem como a condução do processo ensino-aprendizagem na sociedade contemporânea, precisa ter como primícia a necessidade de uma reformulação pedagógica que priorize uma prática formadora para o desenvolvimento, onde a escola deixe de ser vista como uma obrigação a ser cumprida pelo aluno, e se torne uma fonte de efetivação de seu conhecimento intelectual que o motivará a participar do processo de desenvolvimento social, não como mero receptor de informações, mas como idealizador de práticas que favoreçam esse processo, Na sociedade da informação, a escola deve servir de bússola para navegar nesse mar do conhecimento, superando a visão utilitarista de só oferecer informações “úteis” para a competitividade, para obter resultados. Deve oferecer uma formação geral na direção de uma educação integral. O que significa servir de bússola? Significa orientar criticamente, sobretudo as crianças e jovens, na busca de uma informação que os 7 faça crescer e não embrutecer.(GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000) Segundo Ladislau Dowbor (1998:259), a escola deixará de ser “lecionadora” para ser “gestora do conhecimento”. Prossegue dizendo que pela primeira vez a educação tem a possibilidade de ser determinante sobre o desenvolvimento. A educação tornou-se estratégica para o desenvolvimento, mas, para isso, não basta “modernizá-la”, como querem alguns. Será preciso transformá-la profundamente. O professor nesse contexto deve ter em mente a necessidade de se colocar em uma postura norteadora do processo ensino-aprendizagem, levando em consideração que sua prática pedagógica em sala de aula tem papel fundamental no desenvolvimento intelectual de seu aluno, podendo ele ser o foco de crescimento ou de introspecção do mesmo quando da sua aplicação metodológica na condução da aprendizagem. Sobre essa prática, GADOTTI (2000:9) afirma que “nesse contexto, o educador é um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito da sua própria formação. Ele precisa construir conhecimento a partir do que faz e, para isso, também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos sentidos para o que fazer dos seus alunos”. Ele afirma ainda que, ‘’Os educadores, numa visão emancipadora, não só transformam a informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas. Diante dos falsos pregadores da palavra, dos marketeiros, eles são os verdadeiros “amantes da sabedoria”, os filósofos de que nos falava Sócrates. Eles fazem fluir o saber (não o dado, a informação e o puro conhecimento), porque constroem sentido para a vida das pessoas e para a humanidade e buscam, juntos, um mundo mais justo, mas produtivo e mais saudável para todos. Por isso eles são imprescindíveis.’’ (GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000) HAMZE (2004:1) em seu artigo “O Professor e o Mundo Contemporâneo” considera que: 8 Os novos tempos exigem um padrão educacional que esteja voltado para o desenvolvimento de um conjunto de competências e de habilidades essenciais, a fim de que os alunos possam fundamentalmente compreender e refletir sobre a realidade, participando e agindo no contexto de uma sociedade comprometida com o futuro. (HAMZE, A O professor e o mundo contemporâneo, 2004) Assim, faz-se necessário à busca de uma nova reflexão no processo educativo, onde o agente escolar passe a vivenciar essas transformações de forma a beneficiar suas ações podendo buscar novas formas didáticas e metodológicas de promoção do processo ensino-aprendizagem com seu aluno, sem com isso ser colocado como mero expectador dos avanços estruturais de nossa sociedade, mas um instrumento de enfoque motivador desse processo. 1.3 OS DESAFIOS DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA DIANTE DA DIVERSIDADE DE CONHECIMENTOS NO MUNDO GLOBALIZADO Ninguém pode negar que o homem é um sujeito que vive em evolução e esse processo constante tem trazido consigo uma série de questionamentos, especialmente aqueles voltados para a “informação” e sua relação com o desenvolvimento. Na verdade, essa expansiva e massiva bola de informações nasce em meados da revolução industrial, quando não se tinha acesso a livros, a conhecimentos diversos e de uma hora para outra se passou a fornecer e receber uma produção intelectual de diversas partes para diversas pessoas. Nos anos 80 (oitenta) com a efervescência da industrialização, o capitalismo pós-industrial eclodiu, impulsionando a terminologia “sociedade informacional” que passou a substituí-lo. As tecnologias passaram a permitir ao homem imperar sobre a informação, já que esta é parte integrante de qualquer atividade humana, seja ela individual ou coletiva. Hoje, é impossível pensar em desenvolvimento sem tecnologia. Para Silveira e Bazzo (2009). A tecnologia tem se apresentado como o principal fator de progresso e de desenvolvimento. No paradigma econômico vigente, ela é assumida como um bem social e, juntamente com a ciência, é o meio para a agregação de valores aos mais diversos produtos, tornando-se a chave para a competitividade estratégica e para o desenvolvimento social e econômico de uma região (p.682). 9 Pensemos na descoberta da internet. No Brasil, por exemplo, o uso da internet vem aumentando, de acordo com a pesquisa apresentada pelo CGI – Comitê Gestor da Internet,como exposto no gráfico abaixo: Fonte: http://gonzagapatriota.com.br/2013/numero-de-internautas-no- brasilsupera-pela-1a-vez-o-depessoas-que-nunca-acessaram-a-rede-diz-estudo/ Percebe-se no gráfico que a busca pela tecnologia vem crescendo no Brasil. É importante ressaltar que tecnologia não se resume à internet, mas essa é uma porta para muitas outras. Esse crescimento foi mais significativo nos estados nordestinos, que apresentaram mais conexões por domicílio. É importante ressaltar que numa sociedade repleta de informações que nascem e partem de todos os lados é comum a alienação por parte da juventude, despreparada para conviver com os desafios desse tempo. De acordo com Silveira e Bazzo, “é necessário fazermos uma avaliação crítica sobre a tecnologia, sua constituição histórica e sua função social, no sentido de não só compreender o sentido da tecnologia, mas também de repensar e redimensionar o papel da mesma na sociedade” (2009, p.183). Muitas das perspectivas pensadas sobre as tecnologias como processo formativo foram cumpridas. Vê-se como exemplo a educação à distância, livros digitais, videoconferências, caixa eletrônico, correio eletrônico etc. Não se pode esquecer, que agregados ao desenvolvimento tecnológico estão os problemas sociais que também são provenientes dele. A sociedade contemporânea precisa estar ciente de seu compromisso com os desafios que a cercam que são de caráter econômico, cultural, social, político, ético. Isso inclui a pobreza, a individualidade sendo expostas nas redes sociais, o 10 desemprego, a invasão de privacidade, a falta de identidade, a poluição visual e por aí poderíamos elencar uma série de outros fatores que contribuem para a complexidade da sociedade atual e que nos leva a refletir sobre o uso das tecnologias e sua funcionalidade no que se refere à educação, orientação ou exploração de conhecimentos. 1.4 A IMPORTÂNCIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM As escolas têm percebido a importância das tecnologias para a aprendizagem na atualidade. Pensar no processo de ensino e aprendizagem em pleno século XXI sem o uso constante dos diversos instrumentos tecnológicos é deixar de acompanhar a evolução que está na essência da humanidade. Muitas escolas e professores ainda se baseiam em metodologias arcaicas de ensinagem, mesmo existindo ao lado de sua sala de aula um laboratório de informática com computadores de última geração. Eles não se permitem a entender esse processo e muito menos ter contanto com ele. Educandos chegam às escolas com celulares de última geração e preferem estar a usar o facebook, ou twitter durante as aulas do que prestar atenção aos conteúdos elencados pela escola como importantes para sua formação. Os educadores preferem entender o ato de educar apenas com quadro-negro e giz e assim perpetuam um modelo já desgastado, com resultados mínimos. Nesse cenário, cabe refletir sobre a importância das novas tecnologias para a aprendizagem. Elas realmente podem contribuir para esse processo ou isso é algo utópico, ilusório? Os educandos só aprendem da forma como se aprendia trinta anos atrás? Talvez. As respostas para essas questões se refiram ao fato de que tais transformações proporcionadas pelo desenvolvimento das forças produtivas, notadamente as de âmbito tecnológico, ocorrem numa tal velocidade que dificultam a composição de reflexões mais elaboradas sobre tal processo. Provavelmente, diante da rapidez do desenvolvimento dessas tecnologias, a expressão, tão comumente 11 usada, de que estamos dentro do “olho do furacão”, não represente apenas uma figura de linguagem (ZUIN, 2010, p.964). Com o surgimento do computador pós Segunda Guerra, passou-se a perceber sua utilidade no ambiente educativo; uma ferramenta tão valiosa para a construção do conhecimento, e mais interessante para os alunos por ser dinâmica e prática. Pensando assim, pode-se entender que, para o tempo atual, o interesse da juventude está ligado a diversas coisas e ela consegue se interligar a tudo isso praticamente ao mesmo tempo. Isso significa que trazer as tecnologias para o ambiente educativo pode tornar a processo de ensino e aprendizagem mais prazeroso, mais chamativo e significativo para aquele que aprende e mais dinâmico para aquele que educa. Na escola, ainda há muito preconceito em relação ao uso do telefone celular em sala de aula. De acordo com relatos de professores, os celulares mais atrapalham que contribuem. Os alunos ficam usando facebook e outras redes sociais durante as aulas, às vezes ligam e recebem ligações sem o professor perceber. Por que será que é mais interessante para o aluno continuar nas redes sociais a atender aos conteúdos na lousa? A aula então deixa de ser interessante. É pertinente a reclamação em relação ao mau uso das tecnologias em sala de aula, e ainda reforça- se “mau uso”, pois quando bem direcionadas elas podem ajudar mais que prejudicar a aprendizagem. Para Almeida e Silva (2011): A disseminação e uso de tecnologias digitais, marcadamente dos computadores e da internet, favoreceu o desenvolvimento de uma cultura de uso das mídias e, por conseguinte, de uma configuração social pautada num modelo digital de pensar, criar, produzir, comunicar, aprender – viver. E as tecnologias móveis e a web 2.0, principalmente, são responsáveis por grande parte dessa nova configuração social do mundo que se entrelaça com o espaço digital (p.4). O uso dessas tecnologias passa a receber um novo olhar, ou pelo menos deveriam receber esse novo olhar a partir do educador e da escola, na incumbência de permitir estabelecer conexões entre contextos distintos, entre seres sociais diferentes, promovendo a aceitação, a convivência e logo a aprendizagem, que não é mais que uma troca de conhecimentos diversos adquiridos na sua trajetória de vida e que partem de um para o outro nesse processo de interrelação. Cordeiro e Gomes ressaltam que: 12 ‘’esse paradigma manifesta-se por meio da penetração dessas TICs em todos os domínios das atividades humanas como elemento estruturante destas atividades, pela convergência de tecnologias específicas para os sistemas integrados e por sua aplicação na geração de conhecimentos e de dispositivos. Com isso, temos um processo de reconfiguração das redes sociais no qual permanentemente ocorre a aprendizagem, que implica a redefinição e a apropriação das inovações em seus contextos reais de uso.’’ (2012, p.10). É importante enfatizar a “contextualização” que também deve estar imbricada nesse contexto, pois se faz necessário se apropriar do conteúdo e redefini-lo de acordo com os contextos reais de seu uso. Assim, cabe à escola procurar meios de promover essa integração tecnológica, oferecendo meios para a produção de um conhecimento a nível contemporâneo. O sujeito impactado por essas atividades, jamais voltará a ser o mesmo. Ele buscará construir sua própria busca, no seu contexto, visando um conhecimento a partir das tecnologias que se faz em rede. 1.5 A RELAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO E AS NOVAS TECNOLOGIAS NO AMBIENTE ESCOLAR CONTEMPORÂNEO As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica de 13 de julho de 2010, já previa o uso dessas tecnologias como recurso pedagógico e tentava assegurar a presença das TICs no currículo escolar. Essa imposição mexeu com um sistema educacional já acostumado a uma educação de valores antigos. Agora, espaços deveriam ser abertos para uma concepção de currículo numa perspectiva digital, ressignificada nas práticas pedagógicas dos educadores em sala de aula A partir de então, a forma de trabalho com as TICs em sala de aula passou a ser pensada com mais frequência. Questionou-se sobre a capacitação dos educadores e gestores na perspectiva de que: ‘’esses letramentosprecisam ser trabalhados no campo educacional, para que educadores e alunos possam se familiarizar com os novos recursos digitais e, assim, informar-se, comunicar-se e expressar-se usando as novas modalidades de comunicação, como: processador de texto, internet, web, e-mail, bate-papo, lista de discussão, hipertexto, blog, vídeo blog. ‘’(ALMEIDA et al., 2012, p.3). 13 Visava-se um meio de ressignificar esses instrumentos na relação entre professor e aluno e definir caminhos para sua aplicabilidade. De acordo com a UNESCO (2009): ‘’É por intermédio da educação e do desenvolvimento da capacidade humana que as pessoas não só agregam valor à economia, mas também contribuem com o patrimônio cultural, participam do discurso social, melhoram a saúde da família e da comunidade, conservam o ambiente natural e aumentam sua própria organização e capacidade de continuar a se desenvolver e a contribuir, criando um círculo virtuoso de desenvolvimento pessoal e participação. É por meio do acesso de todos – independentemente de gênero, etnia, religião ou idioma – a educação de qualidade que essas contribuições pessoais são multiplicadas, e os benefícios do crescimento econômico são distribuídos e desfrutados de forma igualitária’’. (p. 8). Se a educação, antes do surgimento tecnológico, já visava a agregação de valores aos conhecimentos produzidos e divulgados em sala de aula, com as tecnologias ela teria uma contribuição qualitativa que levaria a um crescimento não apenas econômico, no que cerne ao desenvolvimento de um país, mas também ao crescimento participativo e crítico das capacidades humanas. Hoje, a escola, o gestor, o educador e a família precisam entender que, as mudanças ocorrem cada vez mais rápidas, aceleradas na constante transformação, evolução e expansão da informação e do conhecimento, interferindo e dimensionando diretamente nossa realidade atual e colaborando para a transformação e mesmo a melhoria das pessoas nas formas de se comunicar e de interagir com os meios e com o mundo, trazendo assim a curiosidade e a vontade de criar novos hábitos, de conviver, de se adaptar e de acompanhar esta evolução (FRANÇA, 2010, p.110). A evolução tecnológica tende a alterar comportamentos, estabelecer processos comunicativos diversificados provocando uma interação que vai desde o contato entre pessoas diferentes como à relação entre conhecimentos e aprendizagens distintas. A escola precisa acompanhar essa nova realidade de sociedade repleta de informação e conhecimento. O gestor educacional é importantíssimo nesse processo e precisa assumir sua posição de responsabilidade na construção desses diálogos. Ele precisa perceber o contexto educativo como “um 14 conjunto de circunstâncias relevantes que propiciam ao aluno (re)construir o conhecimento dos quais são elementos inerentes o conteúdo, o professor, sua ação e os objetos histórico-culturais que o constituem” (ALMEIDA, 2009, p. 77). Isso mostra que essa relação escola-tecnologia, ainda precisa ser bem interpretada e integrada no ambiente educativo em todos os níveis. Se a escola não estiver preparada para receber tudo isso, vai acabar tendo que competir em vez de agregar. 1.6 O PROFESSOR E O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO São muitas as discussões sobre o papel do professor na atualidade. Ele precisa ser pai, mãe, psicólogo, assistente social e tudo mais que a sociedade exigir. Isso contribui para que a escola seja vista como única fonte do saber, o que não é verdade, e aja a partir dessa perspectiva na formação dos sujeitos. Cabe aqui, uma crítica ao famoso “sistema” que joga tudo de cima para baixo empurrando métodos educativos sem providenciar os meios para sua execução. Nas palavras fica tudo muito bonito, mas na prática isso não acontece como deveria. De acordo com Scheibe (2010): Observa-se, hoje, grande pressão para que os professores apresentem melhor desempenho, principalmente no sentido de os estudantes obterem melhores resultados nos exames nacionais e internacionais. As críticas ressaltam, sobretudo, os professores como mal formados e pouco imbuídos de sua responsabilidade pelo desempenho dos estudantes (p. 985). A ideia de trazer o educador a essa discussão é fazê-lo compreender que ou ele se adapta às novas exigências educativas que vêm com as mudanças sociais ou ele será considerado ultrapassado. Desse modo, vale refletir sobre esse educador, “treinado” para “treinar” outros a partir de uma educação bancária que se ver perdido em meio a tantas mudanças educacionais no que se refere às tecnologias e sua capacidade de evolução consistentemente criativa. Percebe-se que para esse educador ainda é muito difícil aceitar essa enchente de mudanças que, inicialmente, ao invés de contribuir, acabaram por desnortear muitos setores da humanidade. Atualmente, ainda existem muitos professores, gestores e familiares que não enxergam as tecnologias como uma abordagem significativa de ensinagem. Eles não 15 entendem bem como usá-las e, por isso, não percebem que por meio de instrumentos tecnológicos como a internet é “possível buscar, processar e armazenar um grande volume de informações e arquivos.” (BALADELI et al., 2012, p. 160). O educador precisa se abrir a esse formato novo que se apresenta e que muitas vezes bate à sua porta. A partir dessa aceitação ele compreenderá que a escola também mudou e que precisa de pessoas capazes de introduzir novos paradigmas no seu processo formador, como afirma Baladeli et al. (2012), quando diz que a escola deve ser vista como espaço para disseminação de conhecimento historicamente produzido representa a primeira esfera de contato entre o sujeito e esse conhecimento científico. Assim, recai sobre ela a emergência na adequação de paradigmas a fim de que possibilite a formação de sujeitos consoantes com a realidade de uma sociedade globalizada. Dito de outro modo, a escola, como espaço sui generis para de formação humana, não pode estar alheia aos acontecimentos e da realidade vivenciada na sociedade, isso porque ela própria compõe essa sociedade (p. 162). Um dos pontos importantes a essa discussão é a motivação que traz o uso das tecnologias em sala de aula. Os educandos geralmente se apresentam favoráveis às idas ao laboratório de informática, ao uso dos equipamentos eletrônicos, às mídias etc., e se sentem mais familiarizados com os conteúdos quando são abordados por meio desses instrumentos tecnológicos. De acordo com Zenorinie et al. (2011): São muitas as variáveis que podem interferir na motivação do estudante, o que a torna um fenômeno bastante complexo. Entre elas, destacam-se o ambiente da sala de aula, as ações do professor, os aspectos emocionais, as questões relacionadas à falta de envolvimento do aluno com situações de aprendizagem, o uso inadequado de estratégias de aprendizagem, entre outras (p. 157) Além de estratégias desgastadas utilizadas pelo educador, ainda se precisa perceber o educando nas suas diferenças, e o uso consciente e objetivo das tecnologias pode agregar ao trabalho do professor a interação, a comunicação e a aproximação de grupos diversos dentro da própria sala de aula, diminuindo assim as desigualdades e imbricando os sujeitos envolvidos da capacidade de armazenar, explorar, resgatar e divulgar a informação, como afirma Bortolini et al.: 16 É preciso, contudo, perceber a inserção dos recursos das tecnologias da informação e da comunicação na escola para além da inclusão digital, mediante a apropriação destes recursos enquanto instrumentos que estendem a capacidade humana de armazenar, resgatar, explorar e divulgar a informação. Neste contexto, a escola é desafiada a observar, reconhecer, apropriar-se e contribuir para com a consolidação de uma nova cultura de aprendizagem (2012, p. 142).As tecnologias potencializam e diversificam o fazer pedagógico do educador, levando a explorar universos e informações, fazendo com que os educandos se apropriem de habilidades fundamentais para a construção do conhecimento. Desse modo, o uso de toda uma gama de ferramentas dentro do contexto de sala de aula objetiva aumentar a motivação, tanto de professores quanto de alunos, já que possibilita uma interação diferenciada, mais constante, na medida em que amplia as possibilidades de contato entre educandos e educadores, não mais restrito apenas ao ambiente escolar (TEIXEIRA, 2011, p. 161). Assim, o educador passa a se ver como mediador de tecnologias e para isso necessita apropriar-se desses recursos, o que leva a construir estratégias inovadoras numa perspectiva de educação cidadã através da criatividade, como afirma Weinert et al. (2011), quando diz: No ambiente escolar, os objetivos se modificam. Já não é mais suficiente “ensinar por ensinar”. Sem metas a serem atingidas, a simples transmissão de informações não é válida se não agregar conhecimento. Considerando que as tecnologias são parte integrante do dia-a-dia das crianças e adolescentes, é responsabilidade dos gestores e professores, acolhê-las como aliadas em seu trabalho, utilizando-a como ferramenta para o processo de ensino e aprendizagem e também formando para o uso correto dessas tecnologias (p. 53). É, ainda, como função do educador, o que não deve ser esquecido, a conscientização dos alunos de que a pesquisa na internet, o usos de mídias etc., não devem ser usadas de forma alienada; ou seja, não é só encontrar o assunto procurado, imprimi-lo, entregá-lo sem ler e ponto final. O educando precisa ser conduzido a leituras e informações diversas para refletir sobre elas objetivando descobertas que venham a ser partilhadas com posicionamento científico e crítico. Diante disso, torna-se necessário reconhecer e interpretar a experiência como 17 elemento essencial para impulsionar o desenvolvimento humano e sua sobrevivência digna por meio da educação e do agir, no sentido de transformar a realidade, entendida como uma rede de sistemas complexos em contínuo movimento (ALMEIDA, 2009, p. 76). torna-se necessário reconhecer e interpretar a experiência como elemento essencial para impulsionar o desenvolvimento humano e sua sobrevivência digna por meio da educação e do agir, no sentido de transformar a realidade, entendida como uma rede de sistemas complexos em contínuo movimento (ALMEIDA, 2009, p. 76). Nesse contexto, percebe-se a necessidade de dialogar mais sobre as relações entre o conhecimento, a tecnologia e o ensino-aprendizagem (FRANÇA, 2009), buscando situar o educador nessa globalização aterradora, dentro dos contextos de informação. Para ele esse continuará sendo um grande desafio, tentar transformar a sala de aula convencional numa intermediação de vivências diversas a partir das tecnologias. 18 CAPÍTULO II 2. A RELAÇÃO TEÓRICA E A PRÁTICA DA APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO Neste capítulo, faremos um levantamento acerca dos dados da educação, visando exemplificar a relação entre a teoria e pratica no ambiente educacional. A educação vem, ao longo dos anos, sendo alvo de intensos debates e discussões. O Sistema de Ensino, diante dos dados revelados por pesquisas Nacionais (SAEB 2003, INAF 2005)e Internacionais (PISA2012), vem sendo criticado em razão do baixo nível de qualidade apresentado. Afinal, o que está acontecendo com o processo de ensino? E, com o processo de aprendizagem? Será que os problemas educativos podem ser explicados pelos métodos de ensino? Ao questionar-se sobre o Sistema de Ensino faz-se necessário em um primeiro momento compreender as metodologias, e a forma de passar os conteúdos em sala de aula. É importante observarmos que escolas tradicionais são rigorosas em seus ensinamentos, seguindo currículo rígido. Contudo cabe ao educador fazer ligação entre os textos e a realidade da sociedade, trabalhando contexto, a história, os costumes da comunidade, para assim fazer sentido o que se ensina para aluno, e não simplesmente ser mais um conteúdo para prova. Aparelho de ensinamento está além das salas de aula, e engloba família, currículos, escolas, Ministérios, ou seja, exige o reconhecimento das relações existentes entre educação, sociedade e teorias pedagógicas. Portanto, a temática deste trabalho refere-se às especificidades relacionadas à teoria e prática de aplicação de métodos no âmbito do Ensino Fundamental. Este trabalho então, visa promover um pensamento crítico acerca de como o ensino é desencadeado nas escolas, principalmente no que se diz respeito ao público do Ensino Fundamental I e II, analisando os caminhos que perpassaram o Ensino no Brasil. Pretendo gerar uma reflexão e uma ação repensada sobre as possibilidade se obter um processo de ensino-aprendizagem de maneira significativa e diversificada, onde o professor é fundamental nessa ação, obtendo por finalidade a 19 elaboração de uma proposta de projetos que auxiliem e intervenha de modo positivo e formador crítico para melhorar as condições e ambiente de aprendizagem. Nesse presente capítulo discutiremos sobre o que vem a ser a educação tradicional e suas variantes. 2.1 Educação tradicional Agora, iremos expor a história da educação formal, mostrando suas características e predominância. Baseando-se em teóricos e dados relevantes. O Ensino Tradicional surgiu no século XVII, como uma alternativa à escola medieval, de base religiosa, foi considerado ultrapassado anos 60 e 70, pois, o ensino foi reformulado após golpe militar 1964. Enraizada na sociedade de classe escravista da Idade Antiga, destinada a uma pequena minoria, a Educação Tradicional iniciou seu declínio já no movimento renascentista, mas ela sobrevive até hoje. É um estilo de educação caracterizada pela transmissão dos conhecimentos acumulados pela humanidade ao longo dos tempos. Essa tarefa cabe em especial ao professor nas salas de aula. Segundo Freire (MIZUKAMI, 1986, apud p. 10), pode-se entender que a abordagem tradicional aproxima-se do sistema de ensino que se baseia na “educação bancária”, ou seja, é um sistema no qual os conhecimentos, informações, dados e fatos são “depositados” no aluno.Para Freire (1970), a educação bancária mantém e estimula a contradição: “O educador é o que educa os educando, os que são educados; o educador é o que sabe, os educando, os que não sabem; o educador é o que pensa, os educando, os pensados; o educador é o que diz a palavra, os educando, os que a escutam docilmente; o educador é o que disciplina, os educando, os disciplinados; o educador é o que opta e prescreve sua opção, os educando, os que seguem a prescrição; o educador é o que atua, os educando, os que têm a ilusão de que atuam, na atuação do educador; o educador escolhe o conteúdo programático, os educando, jamais ouvidos nesta escolha, se acomodam a ele; o educador identifica a autoridade do 20 saber com sua autoridade funcional, que opõe antagonicamente à liberdade dos educando, estes devem adaptar se às determinações daquele; o educador, finalmente, é o sujeito do processo, os educando, meros objetos” (FREIRE, 1970, p. 59). Essa missão do professor segundo, Mizukami (1986, p17Apud), é considerada "caquética e unificadora da escola”, envolve “programas minuciosos, rígidos e coercitivos. Exames seletivos, investigativos de caráter sacramental". Com raízes no método Socrático e na tradição eclesiástica, através dos sermões e preleções de padres católicos e pastores protestantes, esse tipo de aula tem sido alvo de intensas e variadas criticas que denunciam seu caráter reprodutivo, opressivo e indutor da submissão, forma exemplar da “educação bancaria”, do ensinotradicional, tão questionado pelas pedagogias emancipatórias pautadas no construtivismo. Nesse sentido, o Ensino Tradicional tem como estilo cultivar e desenvolver a prática de alimentar a inteligência, através da transmissão do conhecimento existentes nos livros, do professor para o aluno, para a sua memória. A didática clássica é conhecida por um educador transmitir a lição aos alunos, os mesmo em um relacionamento frio copiam e transcrevem o que lhe é passado. O Professor é comunicador e o aluno é ouvinte, á repetição nos exercícios, recapitulação e aplicação. A aprendizagem é receptiva e mecânica, ocorre com coação. Considera a capacidade de assimilação da criança a mesma do adulto. Esse método torna se cansativo e chato para seu entendimento, o que gera no aluno um maior desinteresse pela matéria. "É que não existe ensinar sem aprender e com isto eu quero dizer mais do Que diria se dissesse que o ato de ensinar exige a existência de quem ensina. E de quem aprende. Quero dizer que ensinar e aprender se vão dando de tal Maneira que quem ensina aprende, de um lado, porque reconhece um. Conhecimento antes aprendido e, de outro, porque, observado a maneira. Como a curiosidade do aluno aprendiz trabalha para apreender o ensinando-se, Sem o que não o aprende, o ensinam-te se ajuda a descobrir incertezas, Acertos, equívocos”. (FREIRE,2001,p 17) 21 Podemos perceber que educar está além de depositar conteúdos nos alunos. Os princípios defensores do Ensino Tradicionais é a predominância da palavra do professor, na transmissão verbal dos conhecimentos e através dos livros. O mestre, que deve ser rigoroso na tarefa de direcionar, punir, treinar, vigiar, organizar conteúdos, avaliar e julgar as produções e comportamentos que garantam a aprendizagem. Nessa perspectiva, Freire (1979) refere-se que. "O educador, que aliena a ignorância, se mantém sempre em posições fixas, invariáveis. Será sempre o que sabe, enquanto os educandos serão sempre os que não sabem. A rigidez destas posições nega a educação e o conhecimento como processo de busca”. ( FREIRE,1979,p 03) Dessa forma, percebe-se que educação formal propicia ao aluno, uma opressão e alienação. Permitindo assim uma apreensão do conhecimento, valorização do trabalho individual e cidadãos passivos e obedientes. Essa tendência predominante hoje nas escolas (SAVIANE,1991),se implantou nos sistemas de Ensino e foi criada a partir de meados do século passado, no momento em que, consolidado o poder burguês, aciona-se a escola redentora da humanidade, universal, gratuita e obrigatória como um instrumento de consolidação da ordem democrática. A crítica ao Ensino Tradicional, efetuada por professores em formação, virou senso comum. Geralmente, professores em formação rejeitam a prática do Ensino Tradicional (transmissão de conhecimentos já elaborados), mas há evidências de que apesar de todas as repulsas, continuam-se ainda hoje se fazendo aulas praticamente Idênticas que as aulas dos anos 60 (GIL-PÉREZ & CARVALHO, 2000). O Ensino Tradicional está profundamente impregnado ao longo dos muitos anos em que os Professores em formação, na posição de alunos, acompanharam as atuações de Seus professores. Convêm aborda no desenvolvimento desses profissionais um enfoque no Ensino, visando importância das metodologias e teorias. 22 2.2 O Ensino e aprendizagem na Educação Escolar A função da escola na sociedade é propiciar Ensino de qualidade para todos os estudantes, indistintamente no conceito da sociedade (FREITAS, 2003). Apesar disso, na contemporaneidade e desde muito tempo, ouve-se toda população criticar a péssima educação escolar. Só criticar e não buscar os porquês desses fracassos não levará a melhora ou avanço dos mesmos. Para entender a educação escolar é preciso criar suposições e estudar as atuais práticas educacionais, procurando assim, os principais erros cometidos por estas, como faremos nesta pesquisa. Macedo (2002) acredita que a prática reflexiva do professor supõe voltar-se para dentro de si mesmo ou do sistema de qual faz parte, ou seja, analisar sua aula e seus atos podendo ser essa pratica reflexivo, um móvel de transformação. Também é necessário que os professores reflitam sobre a construção do conhecimento de seus alunos a fim de não dar as respostas prontas, mas sim deixar que eles discutam e levantem hipóteses, tirando suas próprias conclusões e, portanto construindo sua própria aprendizagem significativa. Atualmente, a teoria educacional é sistemática, além de ter como fundamento a ordem e a linearidade baseadas em estereótipos. Além disso, a escola contemporânea (exigente, rígida e detentora do saber) não está de acordo com a realidade em que vivemos. As instituições escolares e seus professores devem está abertos a mudanças. O ensino deve ser um sistema dinâmico, suscetível á inovação, que leva em consideração a complexidade da realidade atual (COLOM, 2003). É necessário mudar as concepções dos docentes sobre o que é aprender e o que é ensinar. Estes professores devem refletir sobre suas metas e objetivos na educação e o modo de avaliar o êxito destas. 23 É importante ressaltar que inovação não significa mudança, ou seja, frequentemente os professores, visando à mudança de suas concepções, apenas inovam sala de aula, alternando, por exemplo, a colocação das carteiras. A aula, deste modo, não deixar de ser tradicional. Para que o professor consiga realmente mudar suas concepções sobre o ensino não há roteiros pré-determinados, é necessário que ele pratique a nova teoria de modo único, imediato e exclusivo, observar e refletir (ROSA, 2003). Isso não significa que os professores devam criar todo o currículo sozinho, mas vale pontuar que currículos muitos fechados e detalhados não deixam qualquer espaço para a criação e mudança dos docentes. Este currículo, segundo Libanêo (1994) existe para confirmar todas as preocupações da escola, seus objetivos e metas para o ensino é formado pelo projeto pedagógico da mesma. COLL (2006) enfatiza que, se o Ensino fosse uma atividade rotineira, não seriam necessárias diversas teorias, e o insucesso destas aulas mostra que ensinar não é seguir um plano, uma receita fechada que quase nunca se adapta as realidades dentro de uma sala de aula. Um Ensino Tradicional, geralmente traz mais problemas, pois é concentrado no professor, que irá transmitir o conhecimento aos alunos, e estes, devem absorvê- los. Ensinar não é transmitir e aprender não é absorver e decorar conteúdos. O professor deve ser o mediador da informação propondo caminhos, ferramentas e estimulando o aluno para que este se interesse e busque seu próprio conhecimento. Alves (2002) também absorveu que os alunos aprendem aquilo que consideram mais importantes. O autor diz ainda que “o aprendido é o que fica depois de tudo foi esquecido” a memória do aluno não é capaz de armazenar conhecimentos que não fazem sentido. Dessa forma, PERRONE (2009) cita que todos os alunos devem construir a própria compreensão e identificar seus interesses. 24 Suficientemente flexível e atraente para servir a todos os alunos (..) Se o objetivo do ensino é a compreensão então os alunos devem atuar na apropriação de suas ideias. O currículo relacionado ás preocupações, interesses experiências dos alunos (PERRONE,2009,pag 18). Percebe-se que algumas escolas implantam proposta didáticas tidas como novidades, apresentando o que está na moda. Entretanto, novas práticas no cotidiano escolar mostram apenas que revestiram o Ensino Tradicional novamente. As propostas abertas, flexíveis e participativas tendem a provocar rupturas e estimulam os educadores a buscar desafios (SOUZA Almeida,2002, pag.28) Sabe se que Ensino Clássico propicia umcomodismo e facilidades aos educadores, visto que os mesmo aprenderam essa forma desde tempos colegial. No entanto, é preciso observar até que ponto essa metodologia é benéfica ao educando. A educação não deve ser apenas pensada, mas também realizada, entretanto o que se vê hoje é a desvirtuação entre teoria e prática, os professores ou orientam para as questões teóricas ou só para a prática. É imprescindível que os professores deem uma mesma base reflexível tanto para teoria quanto para a prática, de tal maneira que uma interaja com a outra, e os conhecimentos de ambas sejam mútuos e inseparáveis. (COLOM,2003). 25 Referências Bibliográficas BOTO,Carlota . A avaliação do Ensino Tradicional Disponível em: <http://www.unesp.br/aci/jornal/216/supled.php/> acesso 18/09/014. 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