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Trabalho de Teorias da Personalidade - Marco

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FASF FACULDADE SUL FLUMINENSE
CURSO DE PSICOLOGIA
TRABALHO DE TEORIAS DA PERSONALIDADE 
Fernanda Bicalho de Almeida
Luis Eduardo Silva Seabra
Marco Aurélio Alves de Castro
Renata Halfeld de São Paulo
Thomás de Jesus Leal de Souza
Volta Redonda, 2019. 
FASF FACULDADE SUL FLUMINENSE
CURSO DE PSICOLOGIA
	
TRABALHO DE TEORIAS DA PERSONALIDADE
TRABALHO elaborado pelos alunos FERNANDA BICALHO, LUIZ EDUARDO SEABRA, MARCO AURÉLIO CASTRO, RENATA HALFELD e THOMÁS LEAL à disciplina de TEORIAS DA PERSONALIDADE, ministrada pela professora GILMARA SILVA como requisito parcial para obtenção de nota para avaliação P1
Volta Redonda, 2019.
RESUMO DO TEXTO “ERIK ERIKSON: TEORIA DA IDENTIDADE”
	Herdeiro da tradição freudiana, Erik Erikson criou uma abordagem da personalidade que ampliou os princípios da obra de Freud, mantendo grande parte das ideias centrais que permearam a produção do psicanalista. Tal ampliação deu-se por meio de três modos: aprimoração dos estágios de desenvolvimento de Freud; maior destaque no ego do que no id e reconhecimento do impacto na personalidade das forças culturais e culturais e históricas.
	A biografia de Erikson, nascido em 1902, em Frankfurt é marcada por uma série de acontecimentos que demarcaram uma crise pessoal na vida do professor. Fruto de uma gravidez de mãe solteira e criado pelo homem, que casou com sua mãe, o qual só foi descobrir que não era o seu pai depois de grande, Erikson passou por crises de identidade na infância e, na escola, em virtude de sua origem e descendência. Amigos próximos, creditaram o conceito proposto de crise de identidade por ele criado aos inúmeros problemas pelos quais passou durante sua vida, o que, de fato, pode ser percebido em virtude da semelhança entre sua teoria e suas experiências de vida.
	Anna Freud, filha de Sigmund Freud, foi analista e instrutora de Erikson e tinha por interesse a Psicanálise infantil, o que acabou influenciado Erikson a também dedicar-se ao estudo da personalidade e do desenvolvimento infantil. Aos 25 anos, Erikson recebeu um convite para lecionar numa escola de Viena, criada para filhos de pacientes e amigos de Freud. Em 1929, conheceu Joan em um baile e com ela casou-se e teve filhos. 
Em 1933, ele e sua família emigram para o Estados Unidos, onde passa a lecionar medicina e realizar estudos sobre a prática de criação de filhos de indígenas. Foi a partir desse estudo que o professor percebeu que alguns sintomas psicológicos não podiam ser explicados pela teoria freudiana ortodoxa. Tais sintomas constitui o que ele nomeou de “confusão de identidade” e dá o pontapé inicial para a criação de sua teoria da personalidade.
Segundo Erikson, o crescimento da personalidade está dividido em oito estágios psicossociais. Os quatro iniciais são parecidos com os estágios oral, anal, fálico e de latência propostos por Freud. A diferença é que Erikson enfatizava os correlatos psicossociais, já Freud concentrava-se nos fatores biológicos.
Em cada estágio proposto por Erikson, os indivíduos têm de lidar bem ou mal com uma crise, que é o momento crucial enfrentado em cada etapa do desenvolvimento. Além disso, em cada uma dessas fases, os seres humanos desenvolvem uma força básica ou virtude que podem resolver satisfatoriamente a crise vivida.
O primeiro estágio do desenvolvimento vai do nascimento ao primeiro ano de vida. Chamado de oral sensorial, ele constitui o período em que a criança é totalmente dependente de cuidados para sobreviver e ter segurança e afeto. Tem início a construção da identidade do ego. A criança pode desenvolver uma força positiva de confiança ou uma negativa de desconfiança em relação à mãe. A virtude da esperança é a esperada para a solução da crise vivida nesse período.
Do primeiro ao terceiro ano da criança, ela passa pelo estágio muscular anal, no qual ela desenvolve habilidades física e mentais que dão a elas uma certa independência. A forças presentes são a de autonomia contraposta à de dúvida e vergonha e a virtude esperada é a de vontade.
O estágio locomotor genital vai dos 3 aos 5 anos e compreende o período em que a criança consegue fazer muitas coisas por conta própria, isto é, tem iniciativa para realizar várias atividades. Por outros, se ela é inibida e punida pelos pais podem desenvolver um sentimento de culpa que pode afetar todas as suas atividades futuras. A força presente nessa fase é o objetivo, que surge da iniciativa.
A fase de latência de desenvolvimento psicossocial ocorre entre os 6 aos 11 anos, quando a criança começa a ir à escola, ficando exposta a novas influências sociais. As forças opostas nessa fase são a de diligência e inferioridade e a virtude esperada é a da competência.
O próximo estágio proposto por Erikson é o da adolescência, no qual temos de enfrentar uma crise de identidade do ego, isto é, nossa ideias acerca de quem somos e do que queremos ser. Nesse período, ocorre a coesão da identidade versus confusão de papéis e a força básica esperada é a da fidelidade, resultado de uma identidade de ego coes, que contém sinceridade, genuinidade e fidedignidade nos nossos relacionamentos com outras pessoas.
A fase compreendida entre os 18 e 35 anos é chamada de período Jovem adulto. Nesse estágio, assumimos algum tipo de trabalho produtivos e construímos relacionamentos íntimos (amizades, relações sexuais) estabelecendo uma força de intimidade. Os que não conseguem formar esses relacionamentos vivenciam uma sensação de isolamento. A força básica surgida no início da fase adulta é o amor, considerada por Erikson, a maior virtude humana.
A fase adulta vai dos 35 aos 55 anos aproximadamente e corresponde ao período de maturidade, cuja preocupação maior reside na orientação e ensino da próxima geração. Quando as pessoas não conseguem ou não procuram atentar-se a essa preocupação, surge um sentimento de estagnação, tédio e empobrecimento interpessoal. O cuidado é a força básica esperada.
A última fase proposta por Erikson corresponde ao período final do desenvolvimento psicossocial, a maturidade e a velhice. Nesse estágio, confrontamo-nos com uma opção entre a integridade do ego e o desespero. A força básica esperada no final do desenvolvimento é a sabedoria, que é transmitida às próximas gerações como uma herança.
Para Erikson, se houver má adaptação, isto é, se o ego for composto só de tendências bem ou mal adaptadas pode gerar fraquezas, que são derivadas de uma resolução insatisfatória das crises de desenvolvimento. As fraquezas surgidas em cada estágio são as seguintes: Oral sensorial (Desajuste sensorial, afastamento); Muscula-anal (Obstinação sem acanhamento, compulsão); Locomotora genital (Crueldade, inibição); Latência (virtuosidade limitada, Inércia); Adolescência (Fanatismo, repúdio); Jovem adulto (promiscuidade, exclusividade); Adulto (Superexpansão, rejeição); Maturidade e velhice (Presunção, desdém).
Erikson apresenta uma visão otimista da natureza humana. Ele ressalta que, ainda que nem todos fosses bem-sucedidos na obtenção da esperança, objetivo, sabedoria e outras virtudes, todos têm potencial para conseguir tudo isso. Todos os momentos do crescimento psicossocial, mesmo quando de crises, oferecem oportunidades de resultados positivos.
Quanto aos métodos de avaliação, Erikson concentrava-se menos em técnicas formais do que Freud. Às vezes, utilizava a associação, porém raramente analisava sonhos. Para o trabalho com criança, utilizou a ludoterapia. Uma técnica avaliativa incomum utilizada por ele era a análise psico-histórica, que englobava a aplicação da teoria de estágios contínuos associada aos princípios psicanalíticos. 
O método de pesquisa utilizado por Erikson era o estudo de caso, que apesar das dificuldades de se reproduzir e verificar o material em análise, pode ser uma excelente ferramenta para obter informações úteis que podem ajudar a resolver os problemas do paciente.
Um dos métodos utilizados por Erikson é a construção de cenas, cujo objetivo é o de se analisar as estruturas montadas pelas crianças, a partir de bonecas,blocos e outros brinquedos. As diferenças biológicas entre os sexos fica evidente na construção elaboradas pelas crianças. Meninas tendeam a construções de cercados mais baixos, enquanto meninos a construções de torres, o que para o professor, reflete os papéis dados pela sociedade à cada gênero.
Erikson destacou, em uma das pesquisas, a importância de ser criar um senso de confiança logo cedo para que sensações de segurança e bem-estar sejam adquiridas posteriormente. Em outras pesquisas, o foco foram as fases psicossociais de desenvolvimento, que demostraram que as crianças refletiam suas fases de desenvolvimento em suas histórias.
Em relação à fase de desenvolvimento da adolescência, Erikson desenvolveu um longo programa de pesquisas que identificou cinco tipos ou status psicológicos inerentes a esse período: realização da identidade (relacionado às escolhas ocupacionais e ideológicas); moratória (período de crise de identidade); forclusão ou dissociação (adolescentes que não passaram por crises de identidade, mas comprometidos com uma ocupação e ideologia); difusão da identidade (pessoas sem compromisso ocupacionais ou ideológicos) e realização alienada (adolescentes que não tem metas ocupacionais e agarram-se a crenças que criticam o sistema social e econômico).
As ideias de Erikson ressaltam que os jogos de computador e os sites de internet podem oferecer aos adolescentes oportunidades de vivenciar papéis diferenciados e escolher aqueles com os quais mais se identificam. A internet pode oferecer ao adolescente uma possibilidade de se estabelecer uma identidade.
Existem outros fatores os quais podem afetar a formação da identidade do ego dos indivíduos. Acontecimentos históricos e sociais como o movimento feminista, surgido nas décadas de 1960 e 1970, influenciaram uma geração de mulheres, que passaram a ser preocupar mais com as questões acadêmicas e profissionais, por exemplo.
Outras pesquisas de Erikson concentraram-se no momento da crise de identidade que, em algumas pessoas, pode ocorrer mais tarde (depois dos 18 anos). Essa crise, segundo o teórico, pode ser adiada ao cursar uma faculdade. 
As pesquisas sobre a fase adulta residiram na relação entre a preocupação com as próximas gerações com a motivação de poder e intimidade. Segundo Erikson, a preocupação com as próximas gerações pode estar ligada ao fato de os adultos terem tido pais carinhosos e afetuosos na infância. As pesquisas também apontaram que há uma associação positiva entre a generatividade e o bem-estar psicológico.
	Para o último estágio do desenvolvimento, a maturidade, as pesquisas revelaram que a maioria das lembranças dos envolvidos eram relacionadas aos tempos de faculdade, aos dos primeiros anos da vida adulta, quando as maiores decisões críticas foram efetuadas. Outro aspecto importante é que o reconhecimento de arrependimentos e oportunidades perdidas está diretamente relacionado à satisfação de vida e à saúde física dos homens e mulheres.
	O impacto da identidade étnica é um ponto que merece destaque nas pesquisas de Erikson e que não foi levado em conta para o aspecto do desenvolvimento do ego. Para grupos minoritários, a negação da identidade racial pode ser altamente estressante. Adolescentes negros, por exemplo, mostraram relações claras e fortes entre identidade racial e saúde psicológica.
	William Cross propôs um modelo de Identidade étnica para adolescentes afro-americanos: O Modelo de Identidade Racial Revisado, que descreve quatro estágios de desenvolvimento desse modelo: estágio de pré-encontro, estágio de encontro, estágio de imersão-emersão e estágio de internalização. A importância desse modelo está no reconhecimento da identidade étnica como um componente fundamental da identidade do ego.
	A identidade gênero é outro aspecto da identidade de gênero não considerado diretamente por Erikson. Segundo os pesquisadores, na identidade homossexual, existem quatro fases no desenvolvimento da identidade de gênero: a sensibilização (percepção inicial de ser diferente dos colegas do mesmo gênero); confusão de identidade (percepção confusa de que os sentimentos podem ser caracterizados como homossexuais); Assunção da identidade (achar que é homossexual e começar a aceitar o início dessa identidade) e Compromisso (aceite total da identidade homossexual como uma forma de vida).
	As críticas feitas à teoria de Erikson residem na ambiguidade de alguns conceitos, conclusões tiradas sem dados para comprová-las e uma falta geral de precisão na teoria. Uma crítica mais específica é a de que há uma descrição incompleta da fase de desenvolvimento da maturidade. Além disso, outras críticas são justificadas pelas diferenças de personalidade entre homens e mulheres baseadas em fatores biológicos, e pela não aplicação da teoria a pessoas em situação econômica desfavorável. 
	Apesar de reconhecer algumas críticas, Erikson demonstrou pouco interesse em responder seus críticos. Reconhece que há várias maneiras de descrever o desenvolvimento da personalidade e que não há uma única teoria correta. No entanto, sua teoria influenciou e influencia gerações de psiquiatra, professores e psicólogos que se utilizam dos métodos por ele criados para promover o diagnóstico e terapia de adultos em geral e, sobretudo, de crianças e adolescentes.
	
	
REFERÊNCIA
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. Teorias da Personalidade. São Paulo: Cengage Learning, 2015.

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