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Prévia do material em texto

A Bíblia Sagrada não é apenas o livro mais lido em todo mundo. É, também,
aquele que mais intimamente comove o homem. Em todas as classes e estratos das
mais diversas culturas, as porções do Texto Revelado têm operado profundas
mudanças. Vidas foram apresentadas ao Salvador e foram por Ele alcançadas pela
explanação da Palavra de Deus. Um texto tão poderoso não poderia ter sido composto
sem observância às excelentes regras de plasticidade textual.
Embora reconheçamos que o poder das Escrituras não se encontra na forma, no
caráter literário do Livro dos livros, mas, sim no processo inspiracional, não podemos
desprezar sua beleza e encanto estéticos. Tem sido assim desde há muito. Por não raras
ocasiões, brilhantes acadêmicos das cátedras de linguística e idiomas apontam as
Escrituras como a mais bela composição literária de todos os tempos. Embora a Bíblia
seja muito mais que isso, é fato que ela é isso também! Na Inglaterra, segundo consta,
os bacharelandos em artes estudam o livro de Jó como sendo obra-prima da literatura
universal. Somente o Espírito Santo poderia fazer dessa forma!
A partir deste momento, iniciaremos nossos estudos a respeito de estilística. Nos
demoraremos sobre a função expressiva, sobre os processos fônicos e sobre tudo o
que colabora para a formação de um estilo. E, melhor de tudo, faremos isto estudando
a mais perfeita demonstração de estilo, beleza e plasticidade que há na literatura em
todos os tempos: a Bíblia Sagrada!
ESTILÍSTICA BÍBLICA
LI
Ç
Ã
O
 3
Estilística
Figuras de Linguagem
Ao completar esta lição, você deverá ser capaz de:
• explicar o que é estilística, em especial, a estilística bíblica;
• entender que recursos estilísticos foram utilizados na composição do Texto Sagrado e
valer-se deles para escrever melhor;
• explicar as principais figuras de linguagem;
• distinguir as figuras em função de seu enfoque.
1. Leia atentamente esta lição.
2. Faça todas as questões de estudo.
3. Separe, no mínimo, 3 horas diárias para estudar.
4. Faça o autoteste no final desta lição.
Objetivos da Lição
Atividades de
Aprendizagem
Esboço da Lição
58 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO
ESTILÍSTICA
Podemos definir estilística como a teoria do estilo ou a arte de bem escrever.
Aqui, temos de fazer a distinção entre o uso da linguagem denotativa e o da
linguagem conotativa. Enquanto a primeira busca ser precisa e objetiva, a segunda
preocupa-se com a beleza e a poesia da mensagem.
De acordo com o dicionário Aurélio, estilística é a “disciplina que estuda a
expressividade de uma língua, isto é, a sua capacidade de sugestionar e emocionar
mediante determinados processos e efeitos de estilo”. Da linguagem verbal, ela estuda
as figuras, as virtudes e também os vícios. A estilística fornece os recursos para a
produção de textos expressivos, elegantes e originais. Assim sendo, estudaremos esta
lição com dois objetivos principais: o primeiro, ler a Bíblia com mais conhecimento dos
recursos utilizados na sua confecção; o segundo, proporcionar o aprendizado desses
recursos a fim de possibilitar a escritura de textos melhores.
1.1.1.1.1. Assinale cada alternativa correta.
a) Estilística pode ser entendida como a arte de bem escrever.
b) A estilística só é possível em textos de cunho essencialmente denotativo.
c) A estilística pouco contribui para produção de textos expressivos.
d) A Bíblia é desprovida de estilo.
2.2.2.2.2. Assinale cada alternativa correta quanto à linguagem conotativa.
a) A conotação externa integra diretamente o significado (sem derivativos ou
figurados).
b) A conotação é extremamente objetiva e precisa.
c) A conotação ocupa-se da beleza e da poesia da mensagem.
d) A conotação designa o sentido literal das palavras.
3.3.3.3.3. Assinale cada alternativa correta quanto à linguagem denotativa.
a) A denotação não tem relação com o significado direto das palavras.
b) A denotação é extremamente subjetiva.
c) A denotação ocupa-se da beleza e da poesia da mensagem.
d) A denotação designa o sentido literal das palavras, precisa e objetivamente.
Estilística bíblicaEstilística bíblicaEstilística bíblicaEstilística bíblicaEstilística bíblica
Na Bíblia, a estilística tem grande relevância. Os textos, principalmente dos
livros poéticos, são extremamente ricos em imagens e recursos estilísticos. Isso deixa a
linguagem muito bela e emocional. Portanto, é preciso conhecer esses recursos para
que se possa perceber a profundidade de certas mensagens durante a leitura bíblica.
Uma pessoa pode ler a Palavra de Deus sem o conhecimento do que aqui estudamos,
isso não impedirá a sua salvação por nosso Senhor Jesus Cristo. Entretanto, a riqueza
OBJETIVO 1
Definir estilísticaestilísticaestilísticaestilísticaestilística, e apontar
sua utilidade na construção
textual e na interpretação
de texto.
Desenvolvimento
da Lição
59 | LIÇÃO 3 - ESTILÍSTICA BÍBLICA
advinda do conhecimento deste assunto fará com que a leitura da Bíblia seja mais
eficaz e aprofundada. Não estudaremos todas as figuras de linguagem presentes na
Bíblia; tampouco, veremos todos os recursos estilísticos empregados no texto bíblico.
Trataremos, somente, os principais.
4.4.4.4.4. Assinale cada alternativa correta quanto à estilística bíblica.
a) No contexto bíblico, a estilística é mais perceptível como característica dos livros
poéticos.
b) A estilística bíblica tem por finalidade dar credibilidade ao Texto Sagrado, fazendo-
o frio e sério.
c) Somente os leitores dotados de profundos conhecimentos sobre estilística são
passíveis de encontrar a salvação de suas almas eruditas.
d) O conhecimento sobre estilística em nada contribui para a leitura da Bíblia.
FIGURAS DE LINGUAGEM
São recursos estilísticos da linguagem verbal, com finalidade expressiva. Muitas
figuras desviam-se de padrões normalmente aceitos. Neste trabalho, utilizaremos tanto
exemplos bíblicos quanto da literatura secular. Há quatro tipos de figuras de
linguagem:
1. fonéticas ou de som: são recursos baseados no som das letras, ou fonemas;
algumas vezes, representam relações com o mundo concreto e real;
2. morfológicas ou de palavra: consistem na alteração do significado usual da
palavra;
3. sintáticas ou de construção: baseiam-se em alterações na estrutura normal da frase;
4. semânticas ou de pensamento: resulta entre a verdadeira intenção de
comunicar e a prática, isto é, a expressão formal.
Estudo das figuras de linguagemEstudo das figuras de linguagemEstudo das figuras de linguagemEstudo das figuras de linguagemEstudo das figuras de linguagem
Figuras fonéticas
Assonância
É um recurso que consiste na repetição de sílabas ou fonemas idênticos em
vocábulos próximos. A assonância, produzida intencionalmente, configura-se recurso
expressivo com fins estéticos. Observe a repetição do fonema /a//a//a//a//a/:
• “Viva a minha alma”1;
• “O vento norte afugenta a chuva, e a face irada, a língua fingida”2.
Quando empregada sem razão, a assonância torna-se um vício de linguagem,
chamado cacofonia. Esse mau emprego decorre da falta de localização textual adequada
ao recurso. Para ser figura de linguagem, é preciso que dela decorra sentimento e
expressividade. Logo, não há lugar em expressões objetivas, técnicas ou dissertativas
para uma assonância:
OBJETIVO 2
Explicar a correta utilização
das figuras de linguagem e
demonstrar de que modo a
interpretação bíblica pode
beneficiar-se do correto
entendimento destes recur-
sos linguísticos.
60 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO
• Personalidades apoiam a iniciativa alternativa.
• Pude ver, nesta oportunidade, a realidade desta cidade.
5.5.5.5.5. Relacione os tipos de figura de linguagem (direita) às respectivas definições
(esquerda).
____ a) Resulta entre a verdadeira intenção
de comunicar e a prática (expressão
formal).
____ b) Baseia-se em alterações na estrutura
normal da frase.
____ c) Alteração do significado usual da frase.
____ d) Recurso baseado no som de
fonemas.
6.6.6.6.6. Qual a diferença entre a assonância e a cacofonia?
Aliteração
Na aliteração, ocorrea mesma estrutura da assonância, com uma diferença: o
fonema repetido não é vocálico, mas consonantal. Dessa forma, repetem-se sons de
consoantes a fim de se obter determinado recurso poético/expressivo. Muitas vezes,
apenas a repetição fonética é o alvo a ser atingido pela aliteração, em outras, há a
reprodução de determinado som, por trás desse recurso estilísticofonético. Observe a
repetição do fonema consonantal /vê//vê//vê//vê//vê/. Notamos até a intencionalidade da repetição do
som do vento a ventar:
• “Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul;”3.
7.7.7.7.7. Qual a diferença básica entre a assonância e a aliteração?
Onomatopeia
A onomatopeia é quase uma brincadeira infantil. É um recurso estilístico bem
simples e consiste na repetição de sons da vida real, naturais ou artificiais. Não
encontramos esta figura na Bíblia, mas muito a utilizamos em nossa oralidade a fim de
proporcionar mais vida à mensagem que proferimos:
• o cantar do galo: cocoricó;
• o tocar do telefone: trim-trim;
• o bater à porta: toc-toc.
1. Fonética ou de som
2. Morfológica ou de palavra
3. Sintática ou de construção
4. Semântica ou de pensamento
61 | LIÇÃO 3 - ESTILÍSTICA BÍBLICA
8.8.8.8.8. Assinale o único exemplo que não é uma onomatopeia.
a) Tiquetaque.
b) Atchim.
c) Zunzum.
d) Zunir.
Figuras morfológicas
Metáfora
É figura de linguagem na qual dois significados que possuem traços semânticos
comuns tornam possível um vocábulo ser empregado em lugar de outro. Assim, se
achamos que uma garota tem a beleza, o viço e a delicadeza de uma flor, podemos
dizer que ela é uma flor. A metáfora se expressa por meio de uma comparação latente,
implícita ou por meio de uma substituição direta. Em ambos os casos, não se mostra a
comparação, mas se induz a pensá-la, pois sem o raciocínio comparativo, não há como
se entender a mensagem. Quando nosso Senhor Jesus afirma ser o pão da vida, usa da
metáfora do alimento material para referir-se ao alimento espiritual. Jesus estabelece a
relação metafórica a fim de demonstrar que Ele sustenta nossa vida espiritual, assim
como o pão (metonímia de alimento) sustenta nossa vida material. Logo, sem Jesus, não
há como sobreviver: “E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim
não terá fome”4.
A palavra de Deus é para o salmista o que clareia o caminho, o que mostra a
melhor passagem, o que evita os tropeços. A metáfora revela sua expressividade na
relação direta entre lâmpada, luz e a palavra de Deus. Observe que o salmista poderia
ter dito que a palavra é como luz, mas não o fez. A ênfase metafórica está em se
relacionar as palavras diretamente: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz
para o meu caminho.”5.
9.9.9.9.9. Para a compreensão da mensagem metafórica é necessário o raciocínio
____________.
10.10.10.10.10. Assinale a única ocorrência de metáfora.
a) “Porque nosso Deus é fogo consumidor”6.
b) “A Palavra de Deus é doce mais que o mel”7.
c) “O Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os
seus servos”8.
d) “e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela [a sabedoria]”9.
Catacrese
Figura de linguagem que consiste no emprego de metáfora inevitável por
inexistir palavra que contenha o conceito desejado. Ocorre a associação de imagens,
porém sem o brilho da metáfora. Assim, dizemos perna da cadeira ou da mesa, boca
62 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO
da mata, olho do furacão, braço do rio, peito do pé, em que utilizamos “perna”,
“boca”, “olho”, “braço” e “peito” em sentido figurado, uma vez que não se encontram
no idioma vocábulos apropriados que se refiram àquelas realidades. A catacrese baseia-
se na analogia de sentido. Por exemplo: é pelo formato alongado da parte da mesa ou
da cadeira, que lembra a perna humana, que se aplica tal denominação.
A evolução do sentido altera os empregos originais de significantes e produz
catacrese. Por exemplo: originalmente, usava-se embarcar para entrar em barco, mas
com o tempo passou-se a embarcar em trem, em ônibus e em outros veículos; arguição
aos sábados era sabatina, mas hoje há sabatina às segundas-feiras, terças-feiras ou em
qualquer outro dias da semana; ferradura era utensílio só de ferro, mas pode-se ter
ferradura de outro metal.
11.11.11.11.11. Por que a catacrese é tida como uma metáfora inevitável?
12.12.12.12.12. Assinale a única alternativa que corresponde a uma catacrese.
a) Essa menina é uma flor.
b) Machuquei meu braço naquela cadeira.
c) Cuidado com a borda deste vidro.
d) Encontrei esta informação na orelha da capa deste livro.
13.13.13.13.13. Assinale a única alternativa que não corresponde a uma catacrese.
a) Chutei acidentalmente o pé da mesa.
b) “Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas”10.
c) Deve-se pegar um bule quente pela asa.
d) Acho desconfortável o braço desta cadeira.
Metonímia
Figura de linguagem pela qual se emprega um vocábulo em lugar de outro
devido à relação de contiguidade existente entre eles, que se expressa nas relações:
• continente/conteúdo;
• matéria/objeto;
• símbolo/coisa simbolizada;
• autor/obra;
• abstrato/concreto;
• causa/efeito;
• lugar/produto;
• traços físicos/ser que os apresenta; e outras relações11.
63 | LIÇÃO 3 - ESTILÍSTICA BÍBLICA
Assim, tem-se metonímia nas seguintes frases:
• Tomei um copo de água. (não tomei o copo, mas o líquido contido nele
[relação continente pelo conteúdo]);
• Você me deve dez pratas! (aqui temos duas metonímias);
» primeira metonímia: você, na realidade, deve-me dez moedas cunhadas
em prata – relação matéria pelo objeto;
» segunda metonímia: entretanto, se você não me deve moedas de prata e
sim, dez unidades de determinado padrão monetário (por exemplo: R$
10,00), tem-se outra metonímia: “prata” em vez de “dinheiro” (relação
concreto pelo abstrato).
• Felipe dos Santos desafiou a coroa portuguesa. (ele, na verdade, desafiou o
rei e os demais membros do governo real português, cujo símbolo era uma
coroa [relação símbolo pela coisa simbolizada]);
• Ainda não li Saramago. (o que não li foi livro escrito pelo autor [relação
autor pela obra]);
• O clero católico quer debater a questão do celibato. (quem quer debater a
questão são os membros do clero [relação abstrato pelo concreto]);
• Isto me custou muito suor. (isto me custou muito trabalho, que, em tese,
produziu suor [relação efeito pela causa]);
• Aqui está a caixa de havanas. (a caixa, de fato, contém charutos produzidos
em Havana, Cuba [relação lugar pelo produto]);
• Garoto, respeite os cabelos brancos. (respeite o idoso ou idosos [traços físicos
pelo ser que os apresenta]);
• “Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha
face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a
terra”12: a carne representa os homens [matéria pelo ser].
14.14.14.14.14. Assinale a alternativa correta.
a) Há na metonímia relação de contiguidade, proximidade, entre o termo empregado
e o subentendido.
b) Os termos que sofrem a metonímia são sinônimos ou variantes.
c) Só pode haver metonímia quando não há o envolvimento de figuras humanas na relação.
d) É impossível haver metonímia entre conceitos abstratos e elementos concretos.
15.15.15.15.15. Assinale a alternativa que não é uma metonímia.
a) Nas horas de folga lia Camões.
b) A América partiu em defesa de sua liberdade.
c) Ele não tinha teto onde abrigar-se.
d) Ele é um traidor, como Judas.
Símile
Figura das mais simples, devido ao uso recorrente na maioria dos atos
comunicativos. Apesar de simples, revela alto grau estilístico quando usada com
inteligência. A símile expressa-se na simplicidade do uso da conjunção comparativa
64 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO
comocomocomocomocomo13, ou outra equivalente no relacionamento das ideias da frase. Em resumo, é uma
comparação direta e explícita entre elementos da frase. Observe a comparação clara
entre os olhos da amada e os das pombas:
• “Eis que és formosa, ó meu amor, eis que és formosa; os teus olhos são
como os das pombas.”14.
Outro exemplo:• “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos
escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei
medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros
de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e
tudo quanto fizer prosperará.”15
Que linda comparação! O homem que não anda segundo o conselho dos
ímpios será como árvore plantada junto a ribeiros de águas. O próprio texto explica a
comparação, pois as águas correntes do ribeiro alimentam a árvore, fazendo-a produzir
e florescer no tempo certo. Concluímos que o ribeiro é o Espírito Santo de Deus que
guarnece o homem de águas vivas. Nessa comparação, não ocorre a tradicional
conjunção comocomocomocomocomo. Preferiu-se qualqualqualqualqual. Perceba que a símile ganha em expressividade com
essa escolha vocabular:
• “Qual o lírio entre os espinhos, tal é meu amor entre as filhas.”16.
16.16.16.16.16. Assinale a alternativa correta.
a) Símile e metáfora são a mesma coisa.
b) A símile compara valendo-se de uma conjunção comparativa, ou equivalente a esta.
c) “Ela é uma pedra no meu sapato!” é um exemplo de símile.
d) “Entraram de dois em dois com Noé na arca, macho e fêmea, como Deus
ordenara a Noé”17 é um exemplo de símile.
Figuras sintáticas
Anacoluto
Figura que consiste na quebra da ordem lógica das palavras na oração, de forma
que uma expressão ou mesmo uma palavra é colocada no início da oração, mas não
tem continuidade. Essa palavra fica solta, sem função sintática. Ocorre a quebra da
estrutura sintática normal de modo a um termo ficar desligado da sequência. O caso
mais frequente é o de frase que não se completa, onde um elemento inicial – ou mais
de um – fica sem função sintática, embora exerça função estilística, como ênfase ou
afetividade. Isso ocorre porque se inicia determinada construção e abruptamente se
resolve começar outra. Observemos que não há continuidade sintática dos termos em
destaque. É recurso de ênfase, pois destaca as palavras antecipadas, atraindo para ela os
olhares leitores. Sem nenhuma dúvida, o anacoluto é registro de oralidade. Na língua
falada, comumente usamos palavras no início das construções e as abandonamos sem
dar-lhes desenvolvimento. Por isso, essa figura é comum em falas de personagens.
65 | LIÇÃO 3 - ESTILÍSTICA BÍBLICA
Exemplos:
• “Eu não me importa a desonra do mundo.”18;
• “Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos”19;
• “Quem ama o feio, bonito lhe parece!”;
• “Esses colonos que se viram desalojados no Congo, não digo propriamente
nada contra eles, mas não servem para nós”20.
17.17.17.17.17. Qual alternativa é a correta construção convencional para este anacoluto: “Essas
criadas de hoje não se pode confiar nelas”21?
a) As criadas não podem confiar no dia de hoje.
b) Não se pode confiar nas criadas de hoje.
c) O dia de hoje não pode confiar nas empregadas.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
18.18.18.18.18. Qual alternativa é a correta construção convencional para este anacoluto: “Pobre,
quando come frango, um dos dois está doente”22.
a) O pobre só come frango se adoecer e precisar de uma canja, ou se o animal for
sacrificado.
b) O pobre e o frango ocupam o mesmo lugar na cadeia alimentar.
c) O pobre e o frango estão no mesmo estrato social.
d) O pobre deve alimentar-se dos frangos adoentados.
Anáfora
Figura de linguagem que consiste na repetição, com finalidade expressiva, de
duas ou mais palavras em dois ou mais versos, frases ou partes de frases:
• “Vai-se a primeira pomba despertada [...]
Vai-se outra mais [...] mais outra [...]”23;
• “Depois o areal extenso...
Depois o oceano de pó...
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...”24.
A anáfora é evidente na repetição de “bem-aventurados” no Sermão da
Montanha25:
• “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus;
bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; bem-
aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; bem-aventurados os
que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; bem-aventurados
os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; bem-aventurados
os limpos de coração, porque eles verão a Deus; bem-aventurados os
pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; bem-aventurados
os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos
66 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO
céus; bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e,
mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa”.
Observe a repetição da expressão “tudo o que é”26:
• “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto,
tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de
boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.
Observe a repetição da expressão “pela fé”27:
• “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de
maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente. Pela fé Abel
ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho
de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de
morto, ainda fala. Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não
foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação
alcançou testemunho de que agradara a Deus. Ora, sem fé é impossível
agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia
que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. Pela fé Noé, divinamente
avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua
família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da
justiça que é segundo a fé. Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para
um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela
fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas
com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa,”.
Anástrofe
Inversão da ordem natural entre duas expressões dentro de um mesmo
sintagma:
• “Os mundos pela palavra de Deus foram criados”28: sem o emprego desta
figura de linguagem, a frase seria assim: “Os mundos foram criados pela
palavra de Deus”.
Apóstrofe
Figura que se utiliza do vocativo sintático. Ocorre um chamamento, uma
invocação. Sua riqueza se mostra na escolha do que se está invocando. A ênfase recai
sobre este elemento invocatório, destacando e revelando suas qualidades ou defeitos
para aquele que invoca.
Observe o exemplo abaixo:
• “Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte
selada”29: “minha irmã, esposa minha” são as formas com que o noivo
invoca sua amada. É necessária muita atenção para não se confundir o
vocativo com o aposto, que é expressa uma explicação acerca daquilo que se
fala. As expressões “manancial fechado, fonte selada” funcionam como
apostos, e não como vocativos. Logo, não são apóstrofes.
• “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não
acordeis, nem desperteis o meu amor, até que queira.”30: a apóstrofe, neste
versículo, é “ó filhas de Jerusalém”, pois é a elas que se dirige a fala do noivo.
67 | LIÇÃO 3 - ESTILÍSTICA BÍBLICA
Assíndeto
Esta figura de estilo ocorre na ausência de conectivos em uma sequência de
termos ou orações. Quando observamos a estrutura da palavra assíndeto,
compreendemos bem sua funcionalidade: a + síndetoa + síndetoa + síndetoa + síndetoa + síndeto, onde AAAAA é prefixo grego que
denota ausência ou negação; síndetosíndetosíndetosíndetosíndeto é palavra de origem também grega que significa
conjunção, conexão. Logo, asíndetoasíndetoasíndetoasíndetoasíndeto significa ausência de conjunções. Esse recurso
imprime velocidade ao texto. Também clareia a comunicação, despoluindo a frase.
Observe que não ocorre nenhum conectivo entre as orações, são agrupadas em
sequência direta,sem intermediação:
• “4O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; 5o amor não trata
com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não
busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; 6não folga com a
injustiça, mas folga com a verdade; 7tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo
suporta”31;
• “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança.”32: neste versículo, os substantivos que
expressam as virtudes do fruto do espírito são enumerados sem nenhuma
conexão de modo assindético.
19.19.19.19.19. Associe os exemplos (direita) às figuras sintáticas (esquerda).
____ a) Quanto a nos comunicarmos, você
tem telefone?
 ____ b) O amor que tudo toma, o amor que
tudo dá, o amor que Deus inspira, e
que um dia nos há de salvar.
____ c) Seu olhar de ira cheio.
____ d) “Quase tu mataste, / Quase te
mataste, / Quase te mataram!”33.
____ e) Os empregados de hoje, não se
pode confiar neles.
____ f) “Ouviram do Ipiranga as margens
plácidas /
De um povo heroico o brado
retumbante”34.
____ g) É homem rico, simpático, inteligente.
____ h) “Ai, Senhor meu, com que livrarei a
Israel?”35.
____ i) “ Porque as obras da carne são
manifestas, as quais são: prostituição,
impureza, lascívia, idolatria,
feitiçarias, inimizades, porfias,
emulações, iras, pelejas, dissensões,
heresias [...]”36.
____ j) “Levanta-te, meu pai, e come da
caça de teu filho”37.
____ l) “Se há alguma virtude, e se há
alguma fama, nisto pensai”38.
1. Anacoluto
2. Anáfora
3. Anástrofe
4. Apóstrofe
5. Assíndeto
68 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO
Elipse
Figura de sintaxe pela qual um dos termos da oração é omitido, mas
subentendido facilmente. Seu uso revela objetividade comunicativa, leveza da
expressão e beleza da construção. Entretanto, é necessário cuidado, pois mal
empregada pode obscurecer a mensagem. Não há regras para tipos de elipses, podem
ser de muitos tipos diferentes. Na elipse, podem-se omitir:
• o sujeito:
» Vou sair agora.
»» Eu vou sair agora.
» Ficamos contentes por você.
»» Nós ficamos contentes por você.
» “Levou-me à casa do banquete [...]39
»» Ele levou-me à casa do banquete.
» “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.”40
»» Não te deixes tu vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
• o verbo:
» Por relevantes, as ideias foram consideradas.
»» Por serem relevantes, as ideias foram consideradas.
» “Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento.”
»» Por fora, é bela viola; por dentro, é pão bolorento.
• elementos de ligação:
» Requereu fosse dispensada a verificação de quorum.
»» Requereu que fosse dispensada a verificação de quorum.
» “Casa de ferreiro, espeto de pau.”
»» Em casa de ferreiro, o espeto de pau.
• palavras, como coisa e tempo:
» Deu na mesma.
»» Deu na mesma coisa.
» Há muito que não o vejo.
»» Há muito tempo que não o vejo.
20.20.20.20.20. Aponte qual a elipse de cada frase abaixo.
a) As mãos eram pequenas e os dedos, finos e delicados.
b) O professor estava satisfeito, como, aliás, todos os seus colegas.
c) Espero que tenha sido a última vez.
d) Perguntei-lhe quando voltava. Ele disse que não sabia.
Inversão
É figura de ocorrência muito comum, tanto na linguagem cotidiana, quanto na
poética. Consiste na inversão dos termos da ordem direta. A ordem direta é a principal
organização sintática e se estabelece da seguinte forma:
• período simples: sujeito + verbo + complementos + adjunto adverbial
• período composto por coordenação: oração coordenada assindética + oração
coordenada sindética
• período composto por subordinação: oração principal + oração subordinada
69 | LIÇÃO 3 - ESTILÍSTICA BÍBLICA
Alterações nessas composições dão origem à inversão da ordem direta. Há três
tipos de inversão, que se organizam numa escala de grandeza a partir do grau de
modificação da frase. São elas: anástrofe, hipérbato e sínquise:
• primeiro tipo de inversão (hipérbato): inversão suave dos termos da oração.
Verifica-se com facilidade a palavra fora de seu lugar normal e percebe-se
com clareza o sentido da frase:
• “Para onde foi o teu amado, ó mais formosa entre as mulheres?” (Ct 6.1):
a ordem seria: “O teu amado foi para onde, ó formosa entre as mulheres?”.
A expressão “ó formosa entre as mulheres” constitui um vocativo, o qual
não faz parte da ordem direta. A oração “Para onde(1) foi(2) o teu
amado(3)...” está assim organizada:
» 1: adjunto adverbial de lugar;
» 2: verbo;
» 3: sujeito.
Trocou-se o lugar do sujeito pelo do adjunto adverbial e vice-versa. Observe
que não há dificuldade na compreensão da frase, em virtude da inversão dos termos:
• segundo tipo de inversão (anástrofe): inversão média dos termos ou das
orações do período. Figura de linguagem que consiste na interposição, para
fins estilísticos, de termo da oração entre outros que se relacionam
logicamente:
» Com violência arremeteu tremenda.
» Como em luzente de cristal coluna.
» O das águas gigante caudaloso.
A ordem direta dessas frases é:
» Arremeteu com violência tremenda.
» Como em coluna de cristal luzente.
» O gigante caudaloso das águas.
A inversão da anástrofe (VIDE página 63) é mais forte que a do hipérbato. Por
isso, se usada de forma inábil, pode produzir ambiguidade ou obscuridade do sentido,
o que se constitui vício de linguagem e não figura:
• terceiro tipo de inversão (sínquise): inversão grave e violenta da ordem
direta. Comumente, prejudica-se o sentido imediato, a clareza e a objetividade
da frase. É das inversões a mais difícil de se elaborar com elegância e
eficácia:
» “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas /
De um povo heroico o brado retumbante.”
A ordem diretas destas frases é:
» As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo
heroico.
Observe que a inversão da ordem foi tão grave que muitos cidadãos não sabem
o que cantam. Para terminar, é importante ressaltar que não são as classificações o
mais importante das inversões, mas sim sua percepção, a fim de bem entender o que é
transmitido por meio do texto.
70 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO
21.21.21.21.21. Assinale a alternativa onde não há inversão.
a) Cachorro, desisti de ter.
b) Justo ela diz que é, mas eu não acho não41.
c) A casa torno a ver em que moramos42.
d) Belos hinos há na Harpa Cristã.
e) A Teologia é a ciência que, bem compreendida, levará o homem a aprofundar sua
experiência com Deus43.
f) Ele não era bonito nem simpático, nem tinha nenhuma beleza que chamasse a
nossa atenção44.
Pleonasmo
Figura de sintaxe pela qual se repete uma ideia com outras palavras para
proporcionar elegância ou reforço à expressão ou ainda para evitar ambiguidade. Este
recurso cabe em função da ênfase que se deseja estabelecer na comunicação:
• aqui a ênfase ou reforço à primeira pessoa:
» Irei lá pessoalmente para resolver o problema.( se eu irei lá, só pode ser
pessoalmente. Mais uma vez, ressalta-se a ideia da primeira pessoa);
» Vinícius e Clarissa têm opiniões divergentes. Parece-lhe a ela que
minha proposta é a melhor.(nesta, o motivo do pleonasmo não mais é
o reforço, mas sim a eliminação da ambiguidade. A que se refere o
pronome lhe? Sem o recurso pleonástico a ela, não teríamos a clareza
da mensagem).
» “Mulher virtuosa, quem a achará?” (Pv 31.10): observe a repetição que
ocorre entre mulher virtuosa e o pronome pessoal a;
» “Beije-me ele com os beijos da sua boca” (Ct 1.2): o pleonasmo aqui
também é evidente, pois beijar é conceder beijo, e isso só se faz com a
boca.
Quando a redundância é óbvia, resultado do descuido ou do desconhecimento
de palavras, sem acrescentar nada ao texto, o pleonasmo é considerado vicioso e
condenado:
• Entre para dentro! (se alguém entra, só pode ser para dentro);
• Veja com os olhos! (se alguém vê, só pode ser com os olhos);
• Conheça a origem etimológica dessa palavra. etimologia é o próprio estudo
da origem das palavras;
• A ortografia da palavra está correta. (ortografia é a forma correta das
palavras).
22.22.22.22.22. Assinale cada alternativa onde há pleonasmo.a) Ele via tudo com seus próprios olhos.
b) “Vi claramente visto o lume vivo / Que a marítima gente tem por santo”45.
c) “entraram no coche, carruagem sua especial dele”46.
d) “A vida continua. É seu ofício dela”47.
e) Há pleonasmo em todas as alternativas anteriores.
71 | LIÇÃO 3 - ESTILÍSTICA BÍBLICA
Polissíndeto
Belo recurso em que se repete o conectivo, a conjunção que liga as palavras ou
orações. Esta figura é oposta ao assíndeto, pois enfatiza os conectivos, repetindo-os.
Essa repetição das conjunções ressalta as ações e desenvolve um certo encadeamento
rítmico. Observe a repetição da conjunção eeeee no início de cada oração do texto48 abaixo
(o ritmo e o encadeamento das orações ganham destaque e ênfase com o polissíndeto):
“No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem
forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de
Deus se movia sobre a face das águas.
E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a
luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz
Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja
separação entre águas e águas. E fez Deus a expansão, e fez
separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as
águas que estavam sobre a expansão; e assim foi. E chamou Deus à
expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo.”
Observe a repetição da conjunção eeeee e da preposição dedededede em cada expressão:
“Todo o animal que está contigo, de toda a carne, de ave, e de gado, e de todo o réptil
que se arrasta sobre a terra, traze fora contigo; e povoem abundantemente a terra e
frutifiquem, e se multipliquem sobre a terra”49.
23.23.23.23.23. Assinale cada alternativa onde ocorre polissíndeto.
a) Quero de presente um carrinho, e uma bicicleta, e uma bola.
b) Estou triste, e abatido, e acabrunhado e desanimado.
c) Sou grato pelo amor, e pela graça, e pela paz e pela vida que o Senhor me dá.
d) Há polissíndeto em todas as alternativas.
Silepse
É figura que expressa uma concordância inadequada do ponto de vista gramatical,
pois não segue as normas ditadas pela norma gramatical brasileira (NGB). Vai de encontro
a essas regras básicas e as rompe. Realiza uma concordância incorreta do ponto de vista
gramatical, mas lógica do ponto de vista semântico-ideológico, pois estabelece relação
entre as ideias e não entre as palavras. As regras estabelecem que haja concordância de
gênero e número entre os substantivos-núcleo e seus modificadores (artigos, adjetivos,
numerais e pronomes). Da mesma forma, a gramática normativa orienta a concordância
de pessoa e número entre o sujeito e o verbo da oração.
A concordância não se processa em razão da forma, mas da ideia contida na
palavra regente. Assim, a concordância não ocorre de maneira lógica, mas ideológica,
onde o que importa é a ideia. É utilizada com fins afetivos ou para ressaltar algum
elemento da expressão verbal. A silepse compreende três modalidades: de gênero; de
número; de pessoa.
72 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO
Vejamos:
• silepse de gênero: a concordância nominal não se faz com a forma, mas com a
ideia de masculino ou feminino contida no significado contextual das palavras:
» Vossa Excelência é bondoso! (é sabido que todo pronome de tratamento
é feminino. Por isso, gramaticalmente a forma correta seria “Vossa
Excelência é bondosa”. entretanto; em se tratando de autoridade do sexo
masculino, convém fazer a flexão em silepse.);
» São Paulo está muito poluída! (São PSão PSão PSão PSão Pauloauloauloauloaulo é um nome masculino, porém, na
frase a concordância se dá com a ideia de cidade, que é palavra feminina);
• silepse de número: ocorre quando não há correspondência entre singular e
plural nas palavras que se relacionam sintaticamente. Alguns casos principais:
» com o sujeito formalmente plural, mas que encerra ideia de singular:
»» Nós estamos satisfeito com o resultado.
»» Vós estais preparado para isso?
Assim, o verbo flexiona-se na primeira ou segunda pessoas do plural e concorda
com o sujeito. Como, porém, a ideia é a de um só agente, o predicativo – particularmente
o adjetivo e o particípio – permanece no singular e sua concordância processa-se não
formalmente, mas ideologicamente, como se eueueueueu ou vósvósvósvósvós estivessem explícitos.
• com nomes de cidades também ocorre a silepse:
» Cascais fica muito perto de Lisboa.
» Lavras é importante para Minas.
• com substantivos que apresentam forma singular, mas encerram ideia
coletiva. O verbo concorda com essa ideia:
» A maioria, por não estar de acordo com aquilo, não apoiaram as
falcatruas do colega
» A multidão, enfurecida e contida havia muito tempo, passaram a
quebrar tudo.
Note-se que o exemplo a seguir contém duas silepses, de gênero e de número:
• Já visitei a linda Lençóis. (a cidade de Lençóis)- como “Lençóis” é
formalmente masculino plural,o artigo e o adjetivo deveriam ficar “os
lindos”, mas a concordância se fez com a ideia de cidade, que está
representada na frase;
• silepse de pessoa: aqui o verbo concorda com o aposto expresso, em vez de
fazê-lo com o fundamental oculto (quem fala se inclui no sujeito
representado pelo substantivo e pelo pronome indefinido):
» Os paulistas sempre fomos desbravadores.
» Todos saímos correndo dali.
» Alguns dos atiradores estávamos instruídos a montar guarda no Tiro de Guerra.
24.24.24.24.24. Escreva três frases onde há silepse.
73 | LIÇÃO 3 - ESTILÍSTICA BÍBLICA
Zeugma
Recurso de estilo muito empregado, é uma modalidade de elipse. A diferença está
em que, enquanto esta é a omissão ou supressão de uma expressão ou palavra
subentendida pelo contexto, a zeugma é a omissão de uma palavra já expressa antes. Sua
ocorrência se dá quase que exclusivamente com verbos. A intenção estilística é evitar o
desmerecimento da repetição desnecessária, tornando, assim, a frase mais elegante:
• Emerson mora em Londrina e seu pai, em Barretos.
» Emerson mora em Londrina e seu pai, (mora) em Barretos.
Às vezes, é necessário subentenderem-se adaptações de gênero, número e pessoa:
• Gosto de abacate e Marina, de jabuticaba.
» Gosto de abacate e Marina, (gosta) de jabuticaba.
• Na faculdade, cursei Letras e meus irmãos, Engenharia.
» Na faculdade, cursei Letras e meus irmãos, (cursaram) Engenharia.
• Renato foi vacinado contra gripe e Margareth, contra pneumonia.
» Renato foi vacinado contra gripe e Margareth, (foi vacinada) contra
pneumonia.
• Carlos foi recebido pelo diretor, e Sérgio, pelo vice-diretor.
» Carlos foi recebido pelo diretor, e Sérgio, (foi recebido) pelo vice-diretor.
• Fui dispensado das aulas de Cultura Brasileira e Norma, das de
Antropologia”.
» Fui dispensado das aulas de Cultura Brasileira e Norma, (foi dispensada)
das (aulas) de Antropologia”.
• “Eu sou a videira verdadeira, vós, as varas” (Jo 15.5): facilmente, percebe-
se o verbo ser após o sujeito vós. Na verdade, não há como se entender o
texto sem essa percepção. “Eu sou a videira, vós sois as varas.” (repare que
a vírgula é habitualmente empregada para marcar a zeugma do verbo).
25.25.25.25.25. Identifique onde ocorre a zeugma nas sentenças abaixo.
a) Meu amigo tomou uma importante decisão, eu outra.
b) Me chamo Vilma; ele, Carlos.
c) Ele trabalhava na contabilidade; ela, no marketing.
d) Meu personagem bíblico favorito é Paulo; o dela, Daniel.
Figuras semânticas
Antítese
Figura que expressa oposições e contrariedades. São apresentadas, lado a lado,
ideias que se negam e se excluem: bem e mal, claro e escuro, luz e trevas, pecado e
santidade. A expressividade da antítese reside na ideia de abrangência total, transmitida
pelos extremos opostos marcados:
• “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é
inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo
constitui-se inimigo de Deus.”50: amizade e inimizade, amigo e inimigo são
substantivos que indicam ideias que se opõem.
74 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DEREDAÇÃO
• “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura,
nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do
amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”51: morte e vida,
pressente e porvir, altura e profundidade são ideias opostas que garantem os
extremos na relação de ideias.
• “Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e
quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda a substância que fiz.”52:
desfarei e fiz são ideias totalmente opostas que se relacionam no versículo.
26.26.26.26.26. Identifique os elementos opostos (antítese) nas sentenças abaixo.
a) Dizia-se salvo, mas sentia-se condenado com o mundo.
b) “Se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos”53.
c) “Mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos”54.
d) “Qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos?”55.
Eufemismo
Consiste no emprego de palavras, expressões em lugar de outras cujo
significado é considerado indecoroso, desagradável ou ameaçador e, por isso, evitadas
em certo meio social:
• doente dos pulmões no lugar de tuberculoso;
• mal de Hansen, em vez de lepra;
• deficiente visual, em lugar de cego;
• mal cruel e prolongado, doença ruim, aquela doença, para câncer.
• falecer, descansar, fechar os olhos para sempre, passar para o plano espiritual,
em lugar de morrer;
• dama da noite, em lugar de prostituta;
rapaz delicado, em vez de homossexual.
27.27.27.27.27. Associe os eufemismos (esquerda) à real ideia que eles expressam a (direita).
____ a) Ele morreu sem Jesus.
____ b) Os efeminados não herdarão o céu.
____ c) O missionário passou para o Senhor.
____ d) A igreja que se reúne nos porões.
Gradação
Figura de simples entendimento, apresenta, em ordem crescente ou decrescente, uma
enumeração de ideias, pensamentos e temas, por meio de palavras, expressões ou orações.
Vejamos:
• “Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam
em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais
valor do que elas?”56
1. Cristãos de países autoritários
2. Morte
3. Condenação do homossexualismo
4. Danação eterna
75 | LIÇÃO 3 - ESTILÍSTICA BÍBLICA
Semeiam, segam e ajuntam em celeiros são ações que se ordenam logicamente;
primeiro, semeia-se depois, colhe-se, sega-se; por último, ajunta-se em celeiro a colheita
ou sega. Dessa forma, revela-se a gradação crescente das ações do agricultor.
28.28.28.28.28. Assinale a alternativa em que não há gradação.
a) Ele foi tímido, frouxo, covarde.
b) Todos os dias, o doce Consolador nos anima, nos alegra, nos dá felicidade real.
c) “Então, os esmiucei como o pó diante do vento; deitei-os fora como a lama das
ruas”57.
d) “O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham
vida e a tenham com abundância58”.
Hipérbole
Figura de linguagem que consiste no exagero de expressão. A hipérbole
engrandece ou diminui a verdade das coisas para impressionar o receptor da
mensagem:
• Ele tem talento vulcânico!
• Leu uma montanha de livros!
• Correram rios de sangue!
29.29.29.29.29. Assinale as alternativas onde há hipérbole.
a) “Estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas”59.
b) “Ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era
o número deles milhões de milhões e milhares de milhares,”60.
c) “Levantou e feriu os filisteus, até lhe cansar a mão e ficar grudada à espada”61.
d) Chorou rios de lágrimas.
Ironia
A ironia é figura de linguagem pela qual se diz algo de forma oposta ao que
realmente se pensa (sua versão muito intensa e agressiva é denominada sarcasmo. Se
o sarcasmo for ainda mais injurioso, chama-se escárnio). Na ironia, a comunicação
verbal costuma estar frequentemente associada à entoação e à expressão facial, gestual
e corporal:
• Você precisa conhecê-lo, é tão generoso... (na verdade, é avarento);
• Joaquina é tão bonitinha... É estrábica, cabelo mal cuidado, falta-lhe um
dente lateral. (como se vê, Joaquina bem carece de beleza física);
• Acho que Afonso está ensinando o pai nosso ao vigário. (Afonso nada está
a ensinar);
• A plateia gostou tanto da conferência que vi muita gente dormindo. (Dormir
na palestra não é atitude de quem está gostando do que está ouvindo);
• Ele não poderia ter feito trabalho ainda mais relaxado? (o trabalho não
poderia ser pior).
76 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO
30.30.30.30.30. Assinale as alternativas onde não há ironia.
a) “Elias [...] dizia: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; pode ser que esteja
falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem;
porventura, dorme e despertará”62.
b) “Os meteorologistas preveem tempo agradável e sol firme para amanhã. É bom
não esquecer o guarda-chuva!”63.
c) “Poderás pescar com anzol o leviatã64 [ou crocodilo] ou ligarás a sua língua com a corda?65.
d) “Este é o dia que fez o SENHOR; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”66.
Paradoxo
Este recurso assemelha-se à antítese de que tratamos acima, entretanto, aqui, as
oposições e contrariedades se fundem numa realidade, por vezes, ilógica e
incompreensível. Tem sua origem no latim paradoxon e no grego parádoxon, que
significa pará = contrário + doxa = opinião. Logo, é uma opinião contrária ao sentido
comum, uma contradição ou contra-senso, pelo menos aparente:
• “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou,
superabundou a graça.”67: observe que a relação entre graça e pecado é
aparentemente ilógica em função do paradoxo que se apresenta. Como podem
abundar e superabundar situações tão antagônicas no mesmo espaço?
A fim de diferenciar o paradoxo da antítese, é preciso delimitar o espaço de
ocorrência das oposições. Na antítese, as oposições aparecem em espaços diferentes, o
que possibilita o relacionamento completamente lógico de ideias opostas. Já no
paradoxo, as oposições ocupam o mesmo espaço e, muitas vezes, ao mesmo tempo, o
que decorre em ilogicidade, pelo menos aparente, pois não há como coexistirem
opostos juntos dessa forma.
31.31.31.31.31. Assinale as alternativas onde há paradoxo.
a) Feliz culpa, que nos valeu tão grande Redentor!68
b) A cruz me leva até Deus.
c) Não mereço a graça maravilhosa de Jesus.
d) O pecado me afasta de Deus.
Prosopopeia
Figura de retórica pela qual o autor ou orador dá ação, movimento ou voz a
coisas inanimadas ou põe a falar pessoas ausentes ou os mortos. É também nomeada
de personificação. Observa-se sua origem no grego: prósopon, que significa rosto e
prosopopoiô, que significa personificar. Ocorre, portanto, uma personificação. Damos
rosto, atitudes, qualidades e vida humana às coisas sem vida:
• “E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim
desde a terra.”70: é claro que não é o sangue que está clamando, pois não
tem voz. Ocorre aqui uma prosopopeia cuja ação consiste em dar vida a
coisas e objetos inanimados. A esses são atribuídas qualidades humanas.
77 | LIÇÃO 3 - ESTILÍSTICA BÍBLICA
Como consiste na atribuição de características humanas a animais ou a seres
inanimados ou ainda a invocação de figuras imaginárias ou já desaparecidas, é a figura, por
excelência, de ficção, dos mitos, das estórias maravilhosas e narrações infantis. Assim, temos
prosopopeia nas fábulas, como na do “O lobo e o cordeiro”, em que o lobo “fala” para o
carneiro: “Se não foi você [quem sujou a água], foi seu pai, seu avô ou alguém de sua
família”. Na Bíblia, temos uma parábola71, em que percebe-se claramente a prosopopeia.
Observe: as árvores falam, ganharam vida humana. Essas características definem a
personificação da oliveira, da figueira, da videira e do espinheiro:
8Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei e disseram à
oliveira: Reina tu sobre nós. 9Porém a oliveira lhes disse: Deixaria
eu a minha gordura, que Deus e os homens em mim prezam, e iria
a labutar sobre as árvores? 10Então, disseram as árvores à figueira:Vem tu e reina sobre nós. 11Porém a figueira lhes disse: Deixaria eu a
minha doçura, o meu bom fruto e iria labutar sobre as árvores?
12Então, disseram as árvores à videira: Vem tu e reina sobre nós.
13Porém a videira lhes disse: Deixaria eu o meu mosto, que alegra a
Deus e aoshomens, e iria labutar sobre as árvores? 14Então, todas as
árvores disseram ao espinheiro: Vem tu e reina sobre nós. 15E disse o
espinheiro às árvores: Se, na verdade, me ungis rei sobre vós, vinde
e confiai-vos debaixo da minha sombra; mas, se não, saia fogo do
espinheiro que consuma os cedros do Líbano.
Sinestesia
É uma figura de linguagem muito expressiva, das mais belas e inteligentes.
Estabelece a relação entre nossas sensações. Somos dotados de cinco sentidos: visão,
olfato, tato, paladar e audição. Tudo à nossa volta, percebemos por meio desses
sentidos. Cada sentido é responsável por determinada área sensitiva. A sinestesia
mistura essas áreas, unificando sentidos diferentes:
• “Os teus lábios são como um fio de escarlate, e o teu falar é doce; a tua fronte
é qual um pedaço de romã entre os teus cabelos.”76: que linda construção: “teu
falar é doce”. O falar é percebido pela audição, já o doce pertence à seara do
paladar. Dessa unificação ou relação de sentidos, nasce a sinestesia.
32.32.32.32.32. Assinale as alternativas onde há prosopopeia.
a) “Tomo por testemunhas contra vós o céu e a terra”72.
b) “Cantam os anjos com fervor”73.
c) “Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão”74.
d) “Quando alvorecer meu dia, com Jesus irei pro céu”75.
33.33.33.33.33. Assinale as alternativas onde há sinestesia.
a) Que agradável o perfume do entardecer no campo.
b) “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora”77.
c) Que suco saboroso!
d) Que delícia de fruta!
78 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO
ESCOLHA ESCOLHA ESCOLHA ESCOLHA ESCOLHA ALALALALALTERNTERNTERNTERNTERNADADADADADA:A:A:A:A: Escreva CCCCC para as afirmações corretas e EEEEE para as erradas.
____ 1.1.1.1.1. A conotação designa o sentido literal das palavras.
____ 2. 2. 2. 2. 2. A denotação designa o sentido literal das palavras, precisa e objetivamente.
____ 3.3.3.3.3. A figura de linguagem fonética é um recurso baseado na morfologia.
____ 4.4.4.4.4. Tiquetaque é um tipo de onomatopeia.
____ 5.5.5.5.5. Ao dizer que era o pão da vida, Cristo valeu-se de uma metáfora.
____ 6.6.6.6.6. Para compreensão da mensagem metafórica é necessário raciocínio lógico.
____ 7.7.7.7.7. Dizer que a mesa tem pernas é uma metonímia.
____ 8.8.8.8.8. Há na metonímia relação de contiguidade, proximidade, entre o termo
empregado e o subentendido.
____ 9.9.9.9.9. Dizer-se leitor de Camões é fazer uso de metonímia, além de bom uso do
tempo.
____ 10.10.10.10.10. Símile e metáfora são a mesma coisa.
____ 11.11.11.11.11. Anáfora é a repetição, com finalidade expressiva, de duas ou mais palavras
em dois ou mais versos, frases ou partes de frases.
____ 12.12.12.12.12. Anacoluto consiste na quebra da ordem lógica das palavras em uma oração.
____ 13.13.13.13.13. A inversão da ordem natural de duas expressões dentro de um mesmo
sintagma chama-se anástrofe.
____ 14.14.14.14.14. Anástrofe e anacoluto são a mesma coisa.
____ 15.15.15.15.15. Assíndeto é a supressão de conectivos em uma sequência de termos ou
orações.
autoteste
autoteste
79 | RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DE ESTUDO
RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DE ESTUDO
17.17.17.17.17. b)
16.16.16.16.16. b)
1818181818. a)
10.10.10.10.10. a)
1515151515. d)
19.19.19.19.19. a) 1
b) 2
c) 3
d) 2
e) 1
f) 3
g) 5
h) 4
i) 5
j) 4
l) 1
14.14.14.14.14. a)
20.20.20.20.20. a) e os dedos eram finos
b) como, aliás, estavam satisfeitos todos os seus...
c) espero que tenha sido
d) ele disse que não sabia quando voltava.
23.23.23.23.23. d)
13.13.13.13.13. b)
21.21.21.21.21. f)
12.12.12.12.12. d)
22.22.22.22.22. e)
11.11.11.11.11. Porque a ausência de termos adequados a certas
necessidades de expressão força a comparação. No
entanto, a comparação resultante da catacrese não tem
o mesmo apelo poético daquela resultante da metáfora.
24.24.24.24.24. Se em suas frases houver a concordância entre as
ideias associadas aos termos suprimidos, então há
acerto. Atente aos exemplos dispostos no Manual
de Estudos.
9.9.9.9.9. comparativo
25.25.25.25.25. a) decisão, eu tomei outra
b) ele se chama, Carlos,
c) ele trabalhava no marketing
d) o personagem bíblico favorito dela é Daniel.
8.8.8.8.8. d)
26.26.26.26.26. a) Salvo e condenado.
b) Morremos e viveremos.
c) Vivos e mortos.
d) Vida e mortos.
7.7.7.7.7. Na prática da assonância, repetem-se os fonemas
vocálicos; enquanto que na aliteração, a repetição é
de fonemas consonantais
27.27.27.27.27. a) 4
b) 3
c) 2
d) 1
6.6.6.6.6. A assonância é indicada para textos de linha
poética, e só pode ser usada com fins estétios.
Todas as vezes que aplicada fora destas diretrizes, a
assonância torna-se cacofonia. Isto é bastante
comum em textos objetivos, técnicos ou
dissertativos que não comportam essa figura.
80 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO
28.28.28.28.28. c)
5.5.5.5.5. a) 4
b) 3
c) 2
d) 1
29.29.29.29.29. d)
4.4.4.4.4. a)
30.30.30.30.30. d)
3.3.3.3.3. d)
31.31.31.31.31. a) e b)
2.2.2.2.2. c)
32.32.32.32.32. a) e c)
1.1.1.1.1. a)
33.33.33.33.33. a) e b)
1 Sl 119.175
2 Pv 25.23
3 Ct 4.16a
4 Jo 6.35
5 Sl 119.105
6 Hb 12.29
7 Harpa Cristã, hino 306 de autoria de Emílio Conde.
8 Mt 18.23
9 Pv 8.11
1 0 Is 6.2
1 1 Essa troca não ocorre porque ambas as palavras são sinônimos, mas, sim, porque uma evoca lembrança da outra (N. do E.).
1 2 Gn 6.13
1 3 Outras expressões de ligação dos termos envolvidos na símile são: qual assim como do mesmo modo que e outras semelhantes a estas (N. do E.).
1 4 Ct 1.15
1 5 Sl 1.1-3
1 6 Ct 2.2
1 7 Gn 7.9
1 8 Camilo Castelo Branco.
1 9 Machado de Assis.
2 0 Raquel de Queiroz.
2 1 Anibal Machado.
2 2 Dito popular.
2 3 Raimundo Correia, As Pombas.
2 4 Castro Alves, Obras Completas, p. 282.
2 5 Mt 5.3-11
2 6 Fp 4.8
2 7 Hb 11.4-9
2 8 Hb 11.3
2 9 Ct 4.12
81 | RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DE ESTUDO
3 0 Ct 3.5
3 1 1 Co 13.4-7
3 2 Gl 5.22
3 3 Manuel Bandeira, Estrela da Vida Inteira, p. 244.
3 4 Osório Duque Estrada, Hino Nacional Brasileiro.
3 5 Jz 6.15
3 6 Gl 5.19 e 20
3 7 Gn 27.31
3 8 FP 4.8
3 9 Ct 2.4
4 0 Rm 12.21
4 1 Carlos Drummond de Andrade.
4 2 A. de Oliveira, Post., p. 56.
4 3 ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. Ed. CPAD, Rio de Janeiro. 13ª edição, 2004.
4 4 Is 53.2 (BLH)
4 5 Luís de Camões, Os Lusíadas, v, 18.
4 6 Camilo Castelo Branco, O Judeu, I, p. 117.
4 7 Antônio Carlos Vilaça, O Anel, p. 99
4 8 Gn 1.1-8
4 9 Gn 8.17
5 0 Tg 4.4
5 1 Rm 8.38 e 39
5 2 Gn 4.7
5 3 Rm 6.8
5 4 Rm 6.13
5 5 Rm 11.15
5 6 Mt 6.26
5 7 Sl 18.42
5 8 Jo 10.10
5 9 Hb 12.1
6 0 Ap 5.11
6 1 2 Sm 23.10
6 2 1 Rs 18.27
6 3 Nota publicada em jornal holandês.
6 4 Crocodilo gigante ou uma enorme baleia (N. do E).
6 5 Jó 41.1
6 6 Sl 118.24
6 7 Rm 5.20
6 8 Santo Agostinho.
6 9 Rm 7.19
7 0 Gn 4.10
7 1 Jz 9.8-15
7 2 Dt 4.26
7 3 Harpa Cristã, hino 25 de autoria creditada a Paulo Leivas Macalão.
7 4 Lc 19.40
7 5 Harpa Cristã, hino 465 de autoria de Samuel Nyström.
7 6 Ct 4.3
7 7 Rm 8.22
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