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CONTEÚDO 2 FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

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CONTEÚDO 2 – FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA
 O estudo da fisiologia respiratória pode ser dividido em cinco grandes eventos funcionais:
 - A ventilação pulmonar que é a renovação cíclica do gás alveolar pelo ar atmosférico e fluxo sanguíneo ou perfusão alveolar;
 - A difusão do oxigênio (O2) e do dióxido de carbono (CO2) entre os alvéolos e o sangue;
 - O transporte no sangue e nos líquidos corporais do oxigênio e dióxido de carbono dos pulmões para as células e das células para os pulmões;
 - Mecânica respiratória;
 - A regulação central e periférica da ventilação.
 1. VENTILAÇÃO
Consiste no mecanismo de entrada e saída do ar nas vias aéreas, através de alterações pressóricas.
 A. SISTEMA RESPIRATÓRIO
 O sistema respiratório é complexo e possui uma zona condutora, onde não há troca gasosa, chamada de espaço morto anatômico e uma zona respiratória, onde ocorrem as trocas g
Zona condutora: Fossas nasais, nasofaringe, orofaringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais.
 Funções: Aquecer, filtrar e umidificar e conduzir o ar para zona respiratória.
As vias condutoras são revestidas por células secretoras de muco e células ciliadas que atuam na
remoção das partículas inaladas e suas paredes contém músculo liso, que recebe inervação simpática eparassimpática, que exercem efeitos opostos sobre o diâmetro da via aérea.
O SNA Simpático – estimula a liberação de adrenalina no músculo liso dos brônquios produzindo relaxamento e dilatação.
Os Neurônios colinérgicos parassimpáticos – receptores muscarínicos produzem constrição das vias aéreas.
 Zona Respiratória: Bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares, conhecida como ácino pulmonar, onde ocorrem as trocas gasosas.
Os Bronquíolos respiratórios são considerados integrantes de troca gasosa; são estruturas transacionais. 
Os alvéolos são evaginações saculares da parede dos brônquiolos respiratórios, dos ductos alveolares e dos sacos alveolares. Cada pulmão contém aproximadamente 300 milhões de alvéolos. O diâmetro de cada alvéolo é de cerca de 0,3 mm. As paredes alveolares são muit
para difusão dos gases.
 Os alvéolos contém células fagocíticas – macrófagos alveolares (que mantêm os alvéolos livres de poeira detritos, visto que este não tem cílios). Os 3 principais caminhos que promovem a ventilação colateral no pulmão são: poros de Kohn, canais de Lambert e canais de Mar
As paredes alveolares contêm fibras elásticas e revestidas por células epiteliais chamadas Pneumócitos tipo I e tipo II. Os Pneumócitos tipo II sintetizam o surfactante pulmonar (necessário para diminuir a tensão superficial dos alvéolos) e tem capacidade regenerativa para p
 B. VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES
 Os volumes e capacidades são, em sua grande parte, medidos através da “espirometria”, um procedimento que objetiva observar os movimentos inspiratórios e expiratórios e com isso medir tais volumes e capacidades. Vale a pena lembrar que a espirometria mede apenas a
 entram e saem dos pulmões e não aqueles que persistem nos pulmões após uma expiração máxima. Desta maneira, a espirometria não mede volume residual, capacidade residual funcional e capacidade pulmonar total.
Volumes pulmonares:
 · Volume corrente (VC): É o volume de ar inspirado ou expirado num ciclo respiratório. Varia de acordo com o pessoa.
 · Volume de reserva inspiratória (VRI): É o máximo volume de ar que ainda pode ser inspirado após uma inspiração basal. VRI= 3.000 ml
 · Volume de reserva expiratória (VRE): É todo o volume que se consegue expirar após uma expiração basal. VRE=1.200 ml
 · Volume residual (VR): É o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração máxima e forçada. VR=1.200 ml
Capacidades pulmonares:
Soma de dois ou mais volumes pulmonares. São elas:
 ·Capacidade inspiratória (C.I.): É o volume máximo que uma pessoa pode inspirar após uma expiração basal. Ela corresponde, numericamente, à somatória do volume corrente com o volume de reserva inspiratória, ou seja, CI= VC+VRI. CI=3.500 ml
 ·Capacidade vital (C.V.): É o volume máximo de ar mobilizado entre uma inspiração e expiração máximas. É a somatória de volume corrente, volume de reserva inspiratória e volume de reserva expiratória, ou seja, CV= VC+VRI+VRE. CV= 4.800 ml
 ·Capacidade residual funcional (CRF): É o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração basal, ou seja, é a somatória do volume de reserva expiratória com volume residual. Assim, CRF=VRE+VR = 2400 ml
Esta capacidade é importante para manutenção do volume pulmonar e trocas gasosas.
 ·Capacidade pulmonar total (CPT): É o volume contido nos pulmões após uma inspiração máxima, ou seja, é a soma de todos os volumes pulmonares. CPT= VC + VRI + VRE + VR = 6.000 ml.
 Os volumes e capacidades pulmonares variam de pessoa para pessoa e também sofrem alterações fisiológicas e patológicas.
 C. VENTILAÇÃO ALVEOLAR
 Outro conceito importante para o entendimento da ventilação alveolar como um todo é o volume corrente minuto (VCM). Este refere- ao volume de ar inspirado ou expirado em 1 minuto, ou seja, é o produto entre volume corrente e frequência respiratória.
A ventilação alveolar (VA) é a intensidade de renovação do ar nas trocas gasosas que ocorrem nos alvéolos e bronquíolos respiratórios. A ventilação alveolar depende do volume alveolar, que por sua vez depende do volume corrente e do volume do espaço morto (VEM), e da
de ciclos respiratórios na unidade de tempo.
A relação desses três fatores com a ventilação alveolar se dá pela seguinte equação: VA = (VC-EM) x FR.
A ventilação alveolar é diretamente proporcional ao CO2 exalado e inversamente proporcional a pressão alveolar de CO2 (PaCO2)
Um aumento da ventilação alveolar é consequente de uma hiperventilação alveolar que pode se dar, por sua vez, por aumento de VC ou FR. Quando a ventilação aumenta, o CO2 exalado aumenta e o resultado é uma queda na pressão parcial de dióxido de carbono. Causas:
 ventilação mecânica inadequada e exercício físico.
 Uma queda da ventilação alveolar consequente de uma hipoventilação alveolar pode se dar por diminuição do VC ou diminuição do FR ou aumento do VEM, causando aumento da pressão parcial de dióxido de carbono. Causas: diminuição do comando ventilatório, lesão med
muscular, restrição de caixa torácica e obstrução de vias aéreas superiores.
Essas relações são de grande importância na medida que quanto maior a ventilação alveolar mais eficiente são as trocas gasosas. Isso ocorre até uma certa frequência respiratória.
D. DIFERENÇAS REGIONAIS DA VENTILAÇÃO
A ventilação alveolar é desproporcional nas diferentes regiões pulmonares e é maior na região dependente dos pulmões, portanto no indivíduo sentado ou em pé, a ventilação é maior na base dos pulmões.
As responsáveis por esta diferença são: pressão pleural, pressão alveolar e ação da gravidade. No repouso apressão pleural é negativa devido o recuo elástico dos pulmões, porém ela é mais negativa nos ápices, pois na base o pulmão “pesa” sobre a pleura. Isto gera uma ma
de repouso nas bases, aumentando a capacidade de ventilação nas bases.
 1.1- PERFUSÃO PULMONAR
 O volume de sangue que sai do ventrículo direito (VD) é igual ao volume de sangue que deixa o ventrículo esquerdo (VE), porém a pressão do VD é 6 vezes menor que a pressão do VE, isto ocorre porque a resistência vascular do pulmão é menor que a resistência vascular 
para a baixa resistência vascular pulmonar: a artéria pulmonar é mais elástica que a artéria aorta, a circulaçãopulmonar não tem arteríolas (vasos que tem músculo liso e tônus) e os mecanismos de distensão e recrutamento dos capilares pulmonares.
A perfusão pulmonar não é homogênea no pulmão e a região dependente é a mais perfundida, assim no indivíduo sentado ou em pé a perfusão é maior nas bases e isto ocorre porque a pressão alveolar no ápice é maior que a pressão arterial, comprimindo os capilares e dimi
alvéolos estão “murchos”, com menor volume de repouso, a pressãoarterial é maior que a pressão alveolar gerando maior fluxo sanguíneo.
 1.2 -. RELAÇÃO VENTILAÇÃO-PERFUSÃO (V/Q)
 No ápice pulmonar a ventilação é baixa, porém a perfusão é menor ainda, o que gera uma alta relação V/Q, desproporcional para troca gasosa. Na base a ventilação é alta, mas a perfusão é maior ainda, o que gera
uma baixa relação V/Q e não ideal para troca. No terço médio dos pulmões a relação V/Q é mais proporcional e ideal para troca. Estas diferenças regionais da relação V/Q acabam diminuindo o conteúdo arterial de O2.
2. DIFUSÃO
 A difusão do oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) ocorre passivamente nos alvéolos e obedece a lei de Fick que leva em consideração os seguintes itens:
- Diferencial de pressão: quanto maior o diferencial de pressão, maior será a difusão.
- Área: quanto maior a área pulmonar, maior a difusão.
- Espessura da membrana alvéolo-capilar: quanto menor a espessura da membrana, maior será a difusão.
- Peso molecular do gás: quanto maior o peso, menor será a difusão.
- Solubilidade do gás: quanto maior a solubilidade, maior será a difusão. O CO2 é 20 vezes mais solúvel que o O2.
Em condições normais a difusão do O2 e CO2 ocorre de forma muito rápida nos pulmões, sendo limitada pela perfusão sanguínea. 
3. CAUSAS DE HIPOXEMIA
A hipoxemia é a diminuição de oxigênio no sangue arterial, ou seja a diminuição da PaO2.
Existem 4 causas de hipoxemia:
 - Diminuição na difusão. Qualquer alteração nos fatores determinantes da difusão (Lei de Fick) , pode gerar hipoxemia. Por exemplo, em altas altitudes a pressão barométrica diminui e a pressão alveolar de O2 também cai, diminuindo o diferencial de pressão entre o alvéolo e
- Hipoventilação: a diminuição da ventilação alveolar, diminui a pressão alveolar de oxigênio e consequentemente a pressão arterial de oxigênio. 
- Efeito shunt: são áreas alveolares perfundidas, mas não ventiladas. Ex: atelectasia alveolar 
- Efeito espaço morto: são áreas alveolares ventiladas, mas não perfundidas. Ex: tromboembolia pulmonar.
 
 4. TRANSPORTE DE GÁS À PERIFERIA
 O gás oxigênio é transportado de duas formas no sangue: a maior parte vai ligado à hemoglobina, formando a oxi-hemoglobina, gerando a saturação arterial de oxigênio (SaO2) que no adulto normal é 98% ou dissolvido no plasma que gera a pressão arterial do oxigênio 
A relação entre as duas formas de transporte de O2 resulta na curva da dissociação da hemoglobina, representada abaixo:
O traçado contínuo é o parâmetro em condições normais, e que assim, para uma PO2 de 60mmHg, por exemplo, temos 90% de saturação correspondente. 
O desvio da curva para direita, significa menor saturação da hemoglobina, por menor afinidade da hemoglobina com o oxigênio e maior descarregamento de oxigênio para os tecid
exercício físico.
Como consta na figura, existem alguns elementos que podem desviar a curva normal como diminuição do pH, aumento da temperatura, aumento do CO2 (chamado Efeito Bohr)
do 2,3DPG (difosfoglicerato). O desvio da curva para esquerda: aumento do pH (alcalose), diminuição de temperatura, diminuição de CO2, diminuição de 2,3DPG.
O CO2 é transportado de três formas: ligado a hemoglobina, dissolvido no plasma e na forma de bicarbonato.
 
 5. MECÂNICA RESPIRATÓRIA
Como já citado, a ventilação pulmonar é o processo no qual o ar contido no interior dos pulmões e é constantemente renovado. Essa renovação dá-se através de um fluxo aéreo do meio externo para o interior dos pulmões (inspiração) e vice-
versa (expiração). O fluxo aéreo ocorre de acordo com uma variação de pressão entre o meio intrapulmonar e o meio ambiente e por uma função de condutância. Essa última é acarretada indiretamente, pela ação dos
músculos respiratórios. Cabe citar aqui quais as pressões que vão culminar com a geração de uma variação de pressão tal que promova entrada ou saída de ar dos pulmões.
Em um fluxo inspiratório a pressão intrapulmonar é menor que a do meio. No fluxo expiratório o inverso ocorre, ou seja, a pressão intrapulmonar é maior que a do meio.
Normalmente, a pressão do meio ambiente não varia e então é necessário que ocorram mudanças da pressão intrapulmonar para que hajam os fluxos respiratórios.
A pressão intrapulmonar é composta por outras pressões que são:
• pressão intrapleural
 • pressão transtorácica
 Pressão intrapleural (Ppl):
 É aquela que se forma entre os folhetos visceral e parietal da pleura, na cavidade pleural e contribui para a aproximação do tórax aos pulmões.
Ela é resultante de forças elásticas do pulmão (no sentido de retração) e de forças elásticas do arcabouço da caixa torácica.
Em relação às forças elásticas do pulmão temos que elas são oriundas do tecido elástico pulmonar, cuja tendência é de retração após uma distensão e tensão superficial dos alvéolos, ou seja, força elástica causada pela tendência ao colabamento alveolar. Isso decorre do fato
dos alvéolos em contato com o ar tendem-se a atrair e, então, ocorre expulsão do ar alveolar com consequente colabamento. Como isso tende a ocorrerde maneira global, o resultado final é a geração de uma força elástica contrátil na totalidade dos pulmões.
A tensão superficial é diminuída pela produção do “surfactante”, produzido pelos pneumócitos tipo II, entre a vigésima e trigésima quinta semana de gestação. Tal substância, é uma lipoproteína, com uma porção hidrofóbica (repelida pela água) e outra hidrofílica (atraída pela á
sua ação “detergente” sobre a molécula de água, levando indiretamente a menor tendência ao colabamento.
As forças de retração elástica do pulmão (FREP) têm como resultante uma força que tende a diminuir o volume (contração), já as forças elásticas do arcabouço da caixa torácica (FECT) agem no sentido de aumentar o volume de tal caixa (sentido contrário que FREP).
Durante uma expiração normal, as forças de retração elásticas do pulmão estão em equilíbrio com a força elástica do arcabouço da caixa torácica.
A diferença entre essas 2 forças estabelece a pressão intrapleural (Ppl). Uma expiração normal, Ppl equivale a aproximadamente 5 mm de água abaixo da pressão atmosférica. Por esse motivo, se consideramos a pressão atmosférica (Patm) igual a zero (Patm=10mmHg), fala
se que a Ppl é a pressão negativa intrapleural. A conclusão é que Ppl é inferior que a do meio ambiente.
Pressão transpulmonar (Ptp):
É a diferença entre as pressões no alvéolo (PA) e na pleura (Ppl). A pressão transpulmonar exerce a força que mantém o parênquima expandido.
Assim, temos a seguinte equação: Ptp= Pa – Ppl
No estudo da mecânica respiratório é necessário estudarmos as definições de complacência pulmonar e resistência das vias aéreas e os fatores que as influenciam.
A. COMPLACÊNCIA PULMONAR
É a capacidade dos pulmões de distensão, é a variação de volume por variação de pressão. No indivíduo sadio a complacência pulmonar é 200 ml/cmH2O.
Fatores que influenciam na complacência:
 - Tensão superficial
 - Surfactante pulmonar
 - Volume de sangue pulmonar
- Componente elástico do pulmão
 B. RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS
 Resistência das vias aéreas é toda força que se opõe ao fluxo aéreo. Ela é diretamente proporcional a pressão e inversamente proporcional ao fluxo de ar, ou seja quanto maior a resistência, maior a pressão e menor o fluxo.
Fatores que determinam a resistência:
- Tipos de fluxo aéreo: turbulento ( alto choque entre as moléculas de gás, gerando alta resistência), transicional (resistência intermediária gerada pela ramificação das vias aéreas) e laminar (fluxo de baixa resistência localizado nas vias aéreas de pequeno calibre).
 - Raio das vias aéreas ou área de secção transversal: quanto maior o raio ou a área, menor a resistência.
- Tônus das vias aéreas.
- Fase da ventilação: na expiração a resistência é maior que na inspiração.
- Capacidade de condutância: secreção, broncoespasmo, tubo oro traqueal diminuem a condutância e aumentam a resistência.
6. REGULAÇÃO CENTRAL E PERIFÉRICA DA VENTILAÇÃO
O controle central daventilação ocorre principalmente no Bulbo, onde estão localizados os quimiorreceptores centrais, responsáveis por detectar o aumento indireto de CO2 e direto do H+ e estimular a inspiração, é o responsável por controlar a frequência respiratória. Já na p
inspiração e permitir a ocorrência da expiração.
O controle periférico está localizado nos quimiorreceptores posicionados na artéria aorta e artéria carótida. Eles são responsáveis por detectar a o aumento do H+, aumento do CO2 e a diminuição do O2 no sangue arterial e estimular a inspiração.
 
 
Exercício 1:
Durante o exercício físico o indivíduo hiperventila. Este mecanismo de hiperventilação ocorre por mecanismos fisiológicos relacionados ao controle da ventilação. 
Avalie as alternativas abaixo e assinale a que reúne as corretas:
I) Os quimiorreceptores centrais do bulbo respondem ao aumento do CO2 e H+ no sangue durante o exercício, aumentando a ventilação.
II) O aumento do CO2 no sangue pode gerar uma alcalose respiratória e para evitar isto, os quimiorreceptores aumentam a ventilação.
III) A hiperventilação do exercício ocorre pelo aumento da frequência respiratória e volume corrente.
IV) Na hiperventilação o CO2 exalado diminui e a PaCO2 aumenta.
 
 
A)
 I e II corretas
 
B)
 II e III corretas
C)
 I e III corretas
D)
III e IV corretas
E)
 I, II e IV corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 2:
A ventilação alveolar é desproporcional nas diferentes regiões pulmonares e é maior na região dependente dos pulmões, portanto no indivíduo em pé ou sentado, a ventilação é m
pode ser explicado pelo comportamento da pressão alveolar, pressão pleural e ação da gravidade.
Analise as afirmações abaixo e depois assinale a alternativa que reúne as corretas:
I) A pressão pleural é negativa devido o recuo elástico dos pulmões, porém ela é mais negativa nos ápices, gerando maior pressão alveolar nas bases e maior ventilação nelas.
II) Devido ação da gravidade, a pressão pleural é menos negativa nas bases, o que gera menor volume de repouso nas bases e maior ventilação.
III) A pressão pleural é negativa e igual nas bases e ápices pulmonares, porém a responsável pela diferença na ventilação é pressão alveolar que é maior nas bases. 
 
 
A)
I e II corretas
B)
Somente I correta
C)
Somente II correta
D)
Somente III correta
E)
II e III corretas somente
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
D) 
C) 
Exercício 3:
Em relação aos mecanismos de estabilização alveolar, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. O surfactante é um composto caracterizado pela capacidade de alterar as propriedades superficiais e interfaciais de um líquido. É uma substância composta por lipoproteínas, sintetizada e secretada pelos pneumócitos tipo II. Suas moléculas possuem um com
hidrofóbico (repelido pela água), e quando secretados se espalham pela superfície líquida na interface.
II. Durante a inspiração, o aumento da tensão nas paredes alveolares é transmitido às paredes das vias aéreas, causando um aumento no diâmetro e diminuindo a resistência ao fluxo de ar. Na expiração, as vias aéreas tendem a se estreitar, mas a tensão das paredes alve
aéreas de menor calibre, evitando uma limitação ao fluxo expiratório.
III. Os 3 principais responsáveis pela ventilação colateral são: poros de Kohn, canais de Lambert e canais de Martin.
 
 
A)
I e II corretas
B)
Somente I correta
C)
I, II e III corretas
D)
Somente II correta
E)
II e III corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 4:
Um paciente de 50 anos de idade, fumante, foi internado no Hospital por apresentar um Pneumonia grave. O exame clínico mostrou paciente orientado, colaborativo, com tosse com expecto
secreção purulenta, cianose, dispneia, uso de musculatura acessória, frequência respiratória = 35 rpm, FC = 127bpm e PA=140x90 mmHg. A gasometria demonstrou uma hipoxemia, com PaO2 = 55mmHg e SaO2= 80%. Assinale a alternativa que poderia justificar a causa de 
A)
Alteração ventilação-perfusão do tipo shunt que são áreas pulmonares ventiladas, mas não perfundidas.
B)
Alteração ventilação-perfusão do tipo espaço morto que são áreas pulmonares ventiladas, mas não perfundidas.
C)
Alteração da difusão, pois a presença de secreção pode afetar o diferencial de pressão entre o alvéolo e o capilar.
D)
Alteração ventilação-perfusão do tipo shunt que são áreas pulmonares perfundidas, mas não ventiladas.
E)
Hipoventilação, pois o paciente apresenta Pneumonia que diminui o comando ventilatório.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 5:
O conhecimento da fisiologia respiratória para melhor entendimento dos mecanismos das doenças pulmonares, possibilita o Fisioterapeuta traçar seus objetivos e condutas de forma apropriada. Diante do exposto, analise as afirmações a seguir:
 I – A complacência do pulmão humano é cerca de 200 ml/cmH2O, podendo estar reduzida na atelectasia e hipersecreção pulmonar.
 II – O surfactante é produzido pelos brônquios e tem a função de impedir seu colapso, bem como a transudação de líquidos para o seu interior.
 III – No pulmão normal existem diferenças regionais da ventilação, sendo que a ventilação é maior na base pulmonar e vai decrescendo em direção ao ápice.
 IV – Na inspiração a contração do diafragma e de outros músculos respiratórios, aumenta a cavidade torácica, aumentando a pressão dentro do tórax a qual fica acima da pressão atmosférica e, assim, o ar entra no sistema respiratório através da traquéia.
 V – A circulação pulmonar traz o sangue desoxigenado do ventrículo esquerdo para as unidades de trocas gasosas e tem como característica acomodar grandes volumes de sangue a baixa pressão.
Estão corretas as alternativas:
A)
I e II
 
B)
I e V
 
C)
I e III
 
D)
III e IV
 
E)
III e V
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 6:
Em relação à ventilação pulmonar, analise as seguintes afirmações:
I- A ventilação ocorre por gradiente pressórico, o qual é gerado pela contração dos músculos na inspiração e pela retração pulmonar na expiração.
II- A ventilação pulmonar é heterogênea, devido à diferença na pressão transpulmonar nas diferentes áreas dos pulmões.
III- A CRF representa o tampão gasoso.
Assinale a alternativa correta:
 
A)
Somente I correta.
B)
Somente II correta.
C)
Todas as afirmativas estão corretas.
D)
Somente III correta.
E)
Somente I e II corretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 7:
A ventilação alveolar é desproporcional nas diferentes regiões pulmonares e é maior na região dependente dos pulmões, portanto no indivíduo sentado ou em pé, a ventilação é maior no (a) ______________
A perfusão pulmonar não é homogênea no pulmão e a região dependente é a mais perfundida, assim no indivíduo sentado ou em pé a perfusão é maior no (a)_____________ .
No (a) _______________ dos pulmões a relação V/Q é mais proporcional e ideal para troca. 
 
Em um indivíduo sentado, respectivamente onde é maior a ventilação, perfusão e ocorre a melhor relação V/Q para otimizar a troca gasosa?
 
 
A)
Base, base e base.
B)
Ápice, ápice e ápice.
C)
Base, base e terço médio
D)
Ápice, ápice e base
E)
Base, ápice e terço médio
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 8:
Em relação à fisiologia respiratória, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
 
 I. A difusão do oxigênio ocorre do alvéolo para o capilar, sendo um processo passivo e quanto maior o diferencial de pressão, maiora difusão.
 
II. Algumas doenças como a fibrose pulmonar podem aumentar a espessura da membrana alvéolo-capilar o que pode diminuir a difusão e gerar hipoxemia.
 
III. A difusão do oxigênio ocorre rapidamente no pulmão e a difusão em condições normais é limitada pela perfusão.
 
IV. Em altas altitudes a pressão barométrica é menor, o que pode reduzir a pressão alveolar de oxigênio e a difusão de oxigênio
 
V. Após a difusão o oxigênio é transportado no sangue de três formas: ligado a Hemoglobina, dissolvido no plasma ou na forma de bicarbonato.
 
A)
Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
B)
Somente as afirmativas I e V estão corretas.
C)
Somente as afirmativas II e IV corretas.
D)
Somente V está incorreta.
E)
Todas afirmativas estão corretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 9:
Um recém-nascido pré-termo (RNPT) nascido de 30 semanas de gestação, apresentou desconforto respiratório ao nascimento e foi intubado orotraqueal.
A médica responsável diagnosticou Síndrome do desconforto do RN, sendo que uma das características desta síndrome é a imaturidade do surfactante pulmonar ao nascimento.
Baseado nestas informações assinale a alternativa correta:
 
 
A)
O surfactante pulmonar é produzido pelos pneumócitos tipo II e sua função é diminuir a tensão superficial e diminuir a complacência pulmonar.
 
B)
O surfactante pulmonar é produzido entre a trigésima e trigésima quinta semana de gestação, portanto este RN tem ausência de surfactante, o que pode aumentar muito o trabalho respiratório
C)
Neste RN a imaturidade do surfactante, aumenta a tensão superficial, aumentando a complacência e aumentando trabalho respiratório.
 
D)
 A complacência é a capacidade de distensão do pulmão, sendo caracterizada por uma alteração de volume por pressão e neste caso, como há imaturidade do surfactante, o volume pulmonar aumenta e a pre
complacência.
 
 
E)
A imaturidade do surfactante aumenta a tensão superficial, diminui a complacência e aumenta o trabalho respiratório. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) 
Exercício 10:
Durante um atendimento fisioterapêutico foi observado que o paciente estava hipersecretivo, com grande quantidade de secreção nas vias aéreas. 
Assinale a alternativa correta em relação a consequência da presença da secreção para a resistência de vias aéreas.
 
A)
A secreção aumenta a resistência, o que aumenta a pressão nas vias aéreas, diminui o fluxo de ar e aumenta o trabalho respiratório.
 
B)
A secreção gera obstrução ao fluxo aéreo expiratório, caracterizando um quadro de bronquite crônica.
 
C)
A secreção aumenta a condutância das vias aéreas, pois diminui o raio das vias aéreas.
 
D)
Quanto maior o raio ou área de secção transversal das vias aéreas, maior será a resistência, portanto na presença de secreção a resistência aumenta.
 
E)
 A secreção aumenta o raio das vias aéreas e a resistência não aumenta. 
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 11:
O volume de sangue que sai do ventrículo direito (VD) é igual ao volume de sangue que deixa o ventrículo esquerdo (VE), porém a pressão do VD é 6 vezes menor que a pressão do VE, isto ocorre porque a re
vascular do pulmão é menor que a resistência vascular sistêmica.
Existem algumas causas para a baixa resistência vascular pulmonar.Assinale a alternativa que não apresenta uma causa da baixa resistência vascular pulmonar:
A)
Capacidade de distensão dos capilares pulmonares.
B)
Capacidade de recrutamento dos capilares pulmonares.
C)
Elasticidade da artéria pulmonar.
D)
Ausência de arteríolas na circulação pulmonar.
E)
Mecanismos de reflexo de vasoconstrição em resposta à hipoxia alveolar.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E)

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