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○ Analisando a NBC TP 01, na última fase do cronograma pré-operacional, encontramos a seguinte informação: 4 – Proposta de honorários: com base na relevância, no vulto, no risco e na complexidade dos serviços, entre outros, estimar as horas para cada fase do trabalho, considerando ainda a qualificação do pessoal que participará dos serviços, o prazo para a entrega dos trabalhos e a confecção de laudos interdisciplinares. No ítem 33 da NBC PP 01 encontramos basicamente a mesma informação: “Na elaboração da proposta de honorários, o perito deverá considerar os seguintes fatores: a relevância, o vulto, o risco, a complexidade, a quantidade de horas, o pessoal técnico, o prazo estabelecido e a forma de recebimento, entre outros fatores”. Já no 34: ○ retirada e entrega do processo ou procedimento arbitral; ○ leitura e interpretação do processo; ○ elaboração de termos de diligências para arrecadação de provas e comunicações às partes, terceiros e peritos-assistentes; ○ realização de diligências; ○ pesquisa documental e exame de livros contábeis, fiscais e societários; ○ elaboração de planilhas de cálculo, quadros, gráficos, simulações e análises de resultados; ○ elaboração do laudo; ○ reuniões com peritos-assistentes, quando for o caso; ○ revisão final; ○ despesas com viagens, hospedagens, transporte, alimentação, etc.; ○ outros trabalhos com despesas supervenientes. O perito deve ressaltar, em sua proposta de honorários, que esta não contempla os honorários relativos a quesitos suplementares (falaremos sobre isso mais pra frente) e que, caso aconteça, poderá haver incidência de honorários complementares a serem requeridos, observando os mesmos critérios adotados para elaboração da proposta inicial. Entretanto, ele deve entender que sobre o conteúdo do laudo pericial contábil em atendimento à determinação do juiz, mesmo que tais esclarecimentos venham como quesitos suplementares. A proposta de honorários deve estar devidamente fundamentada (cronograma). Deve estar explícito que o perito observa as normas estabelecidas pelo CFC. O perito pode requerer a liberação parcial dos honorários quando julgar necessário para o custeio de despesas durante a realização dos trabalhos. E, caso os honorários não sejam quitados, ele pode executá-los, sempre de acordo com o CPC Nos casos em que houver necessidade de desembolso para despesas supervenientes (posterior, não previstas), como viagens e estadas, para a realização de outras diligências, o perito deve requerer ao juízo ou solicitar ao contratante o pagamento das despesas, apresentando a respectiva comprovação, desde que não estejam contempladas ou quantificadas na proposta inicial de honorários. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes § 1º O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente. § 2º A quantia recolhida em depósito bancário à ordem do juíz será corrigida monetariamente e paga de acordo com o art. 465, § 4º. No artigo 465, que esclarece sobre a nomeação do perito, encontraremos: [...] § 3o As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no prazo comum de 5 (cinco) dias, , intimando-se as partes para os fins do art. 95. § 4o O juiz poderá autorizar o pagamento de § 5o Quando a perícia for , o juiz poderá E no artigo 468, que trata da substituição do perito: [...] § 2o O perito substituído restituirá, no prazo de , sob pena de ficar impedido de atuar como perito judicial pelo prazo de 5 (cinco) anos. § 3o Não ocorrendo a restituição voluntária de que trata o § 2o, , na forma dos arts. 513 e seguintes deste Código, com fundamento na decisão que determinar a devolução do numerário. Art. 98 do NCPC - A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1o A gratuidade da justiça compreende: [...] VI - para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira; [...] § 2o A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência. [...] § 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento. A expectativa de recebimento dos honorários na JG repousava na condenação do vencido ao pagamento dos honorários periciais, à vista do princípio da sucumbência (art. 82, § 2°, do NCPC). Porém, sendo a parte vencida aquela que requereu a perícia, beneficiária da justiça gratuita, mais uma vez se estava diante de obstáculo para o recebimento dos honorários. [...] § 3º Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de beneficiário de gratuidade da justiça, ela poderá ser: I – custeada com recursos alocados no orçamento do ente público e realizada por servidor do Poder Judiciário ou por órgão público conveniado; II – paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou do Distrito Federal, no caso de ser realizada por particular, hipótese em que o valor será fixado conforme tabela do tribunal respectivo ou, em caso de sua omissão, do Conselho Nacional de Justiça. Segundo Dr Murilo Luz, com a reforma trabalhista, houve uma redução de +/- 40% nos processos da justiça do trabalho, afetando diretamente as perícias. Para ele, o principal problema está no artigo 790-B da CLT, que estabelece que a “responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente, ainda que § 1º Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitas o limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). (incluído pela Lei 13.467 de 2017). ( ). § 2º O juízo não poderá deferir parcelamento dos honorários periciais. § 3º O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para a realização de perícias. Ao fixar os honorários de perito em caso de Justiça gratuita, o juízo deve limiar o pagamento de custas pela Fazenda Pública aos valores constantes na , conforme a Resolução 232/2016 CNJ. O valor da área contábil varia de R$ 300,00 a R$ 830,00. Art. 2º O magistrado, em decisão fundamentada, arbitrará os honorários do profissional ou do órgão nomeado para prestar os serviços nos termos desta Resolução, observando-se, em cada caso: I - a complexidade da matéria; II - o grau de zelo e de especialização do profissional ou do órgão; III - o lugar e o tempo exigidos para a prestação do serviço; IV - as peculiaridades regionais. [...] § 4º O juiz, ao fixar os honorários, poderá ultrapassar o limite fixado na tabela em até 5 (cinco) vezes, desde que de forma fundamentada. Aqui no RJ encontramos a SEJUD – Serviço de Perícias Judiciais, que centraliza todas as demandas periciais e o cadastro dos peritos no TJRJ. A proposta de honorários é feita normalmente e homologada pelo Juíz. Ao entregar o laudo pericial, o perito recebe uma ajuda de custo, hoje em torno de 438,02. Na sucumbência, ao receber os honorários, o perito devolve à SEJUD a ajuda de custo que lhe foi adiantada. Bem, as partes, se assim o desejarem, podem (e farão) impugnar a proposta de honorários apresentada pelo perito. Caberá ao perito decidir como lidará com isso, sendo que ele pode: - Reduzir seus honorários, atendendo ao pedido da parte; - Parcelar seus honorários, para facilitar o pagamento; - Deixar que o Juíz homologue seus honorários; - NDA e deixar que o juíz nomeie outro perito. This document was created with the Win2PDF “print to PDF” printer available at http://www.win2pdf.comThis version of Win2PDF 10 is for evaluation and non-commercial use only. This page will not be added after purchasing Win2PDF. http://www.win2pdf.com/purchase/