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FISIOPATO 08/05/2020 Aula 1 Hipertensão Arterial Sistêmica Quadro em que há uma elevação da pressão arterial, sendo definida de uma forma matemática DCxFC. Possui uma alta prevalência total, sendo responsável por óbito por infarto. Metade dos hipertensos não possui controle adequado da pressão arterial. Valores da PA variam amplamente na população e tendem a aumentar com a idade. - Pressão arterial normal - sistólica menor que 120mmHg e diastólica menor que 80 mmHg. - Pressão arterial elevada – sistólica de 120-129 mmHg e diastólica menor que 80 mmHg Hipertensão • Estágio 1 – sistólica de 130-139 mmHg ou diastólica de 80-89 mmHg • Estágio 2 – sistólica pelo menos 140 mmHg pu diastólica pelo menos 90 mmHg Relação entre pressão arterial e idade. Os valores sistólicos (curvas superiores) e diastólica (curvas inferiores) são mostrados. Observe que, aos 60 anos, a pressão sistólica média das mulheres excede a dos homens. A manutenção de uma pressão sanguínea normal depende do equilíbrio entre o DC e RVS. Maioria dos pacientes com hipertensão essencial – DC NORMAL E RVS ALTA. Regulação da Pressão Arterial • Pressão Arterial DC x RVP • Resistencia Vascular Periférica – resistência ao fluxo sanguíneo importo pelo leito vascular sistêmico. • Débito Cardíaco: quantidade de sangue bombeado pelo coração durante um determinado intervalo de tempo – FC x VS • Sistólico: volume de sangue que o coração ejeta a cada batimento. *Quando há alguma alteração do vaso da periferia ou ele esta vasoconstrito pode evoluir para lesões endoteliais periféricas causando um começo de inflamação crônica gerando a tonicidade levando a uma vasoconstrição, aumentando a resistência vascular do paciente, aumentando o volume sistólico gerando o aumento da pressão. A massagem eficaz par ao coração contrair e e sangue conseguir circular menor (ajuda na perfusão) e na cerebral o Fatores hemodinâmicos o Contratilidade cardíaco – ligado a pós-carega o Retorno venoso ao coração (pré-carga) – vasocontricao, liberação de mediadores podendo aumentar a resistência e a PA o Resistência que o ventrículo esquerdo deve superar para ejetar na aorta (pós-carga) Sistemas Responsáveis pela Pressão Coração: pressão de bombeamento, Hormônios, que modulam as funções dos outros três sistemas Rim, que regula o volume intravascular Tônus dos vasculares sanguíneos – grande parte a resistência sistêmica A renina estimula a liberação de sal atraves dos rins em pacientes com PA elevada. Paciente com PA baixa e com sangramento, produz renina aumentando a absorção do sal para tentar aumentar a pressão. A ECA é utilizada pelo Sars-Cov2, diminuindo o número de receptores. O captopril bloqueia essa enzima ECA para evitar a produção da angiotensina 2, onde não haverá vasoconstrição, aumentando a RVP aumentando a pressão. Regulação da pressão arterial sistêmica, As pequenas setas indicam se existem um efeito estimulado (↑) ou inibidor (↓) nos paramentos em caixa. AD, hormônios antidiuréticos; FC, frequência cardíaca; NP, peptídeos natriuréticos; PSNS, sistema nervoso parassimpático; SNS, sistema nervoso simpático; SV, volume de curso. FISIOPATO 08/05/2020 Aula 2 Vasodilatação sistêmica, podendo vasodilatar o pulmão Barorreceptores percebem a baixa pressão e enviam essa informação ao SNautonoma para que haja uma compensação baixando ou aumentando a frequência. Caso a pressão caia muito, o volume sistólico diminui e a frequência do coração aumenta. Caso a pressão suba muito, os barorreceptores de uma forma compensatória informam o SN autônomo para que diminuía a frequência cardíaca para que a pressão volte ao normal – forma aguda. Na forma crônica, o SN autônomo as vezes não consegue identificar as alterações. Hipercoagulabilidade o Pacientes com hipertensão demonstram anormalidades do vaso da parede (disfunção ou dano endotelial) o Sugerindo que a hipertensão confere uma função pro-trombótica ou estado hipercoaulável o Componentes parecem estar relacionados a danos nos órgãos-alvo e prognóstico a longo prazo. Componente Renal o Componente renal da regulação da PA merece menção especial o Hipertensão simplesmente como um problema cardiovascular o Excreção renal tem a capacidade de retornar completamente a PA ao normal, reduzindo o volume intracelular (concentração de líquido no sangue) o Os estudos de transplante confirmaram este ponto: o implante de um rim de uma pessoa normotensa em uma hipertensa tipicamente melhora a pressão arterial. Presença de rins com funcionamento normal, um aumento na pressão arterial leva ao aumento do volume de urina e à excreção de sódio, que retorna à pressão normal – Natriurese por pressão. Mecanismos de Regulação da Pressão o Sistema cardiovascular é dotado de mecanismos de feedback o Reflexo barorreceptores, mediado por receptores nas paredes do arco aórtico e nos seios carotídeos o Barorreceptores monitoram as mudanças de pressão, detectando o alongamento e a deformação das artérias. 42-45 o Pressão arterial aumenta, os barorreceptores são estimulados, aumentando sua transmissão de impulsos para o sistema nervoso central (medula) o Quanto mais alta a pressão arterial, mais barorreceptores são alongados e maior a taxa de transmissão de impulsos para a medula Anormalidades primárias potenciais na hipertensão essencial (EH). Esses defeitos são suportados por evidências experimentais, mas suas contribuições especificas para a EH permanecem desconhecidas. SNC e Sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAA). Resistencia à insulina, obesidade e síndrome metabólica contribuem para a piora da pressão arterial. Pesquisas recentes sugerem que os hormônios, como insulina podem desempenhar um papel no desenvolvimento da hipertensão, prejudicando o transporte da glicose que aumentam. FISIOPATO 08/05/2020 Aula 3 HAS + DAM2 + OBESIDADE Transporte de glicose dependente de insulina prejudicado para os tecidos. Níveis séricos de glicose aumentam, estimulando o pancreas a liberar insulina adicional. Níveis elevados de insulina podem contribuir para a hipertenso por meio do aumento da ativação simpática. O sistema renina-angiotensina-aldosterona. O angiotensinogênio derivado do fígado é clivado na circulação pela renina (de origem renal) para formar a angiotensina I (AI). A AI é rapidamente convertida no potente vasoconstritor angiotensina II (AII) pela enzima de conversão da angiotensina. AII também modula a liberação de aldosterona do córtex adrenal. A aldosterona, por sua vez, age para reabsorver Na + do néfron distal, resultando em aumento do volume intravascular. Os outros efeitos listados da estimulação do receptor AII também podem contribuir para o desenvolvimento e manutenção da hipertensão. Os anti-inflamatórios não esteroides podem contribuir para a hipertensão através do aumento relacionado à dose da retenção renal de sódio e água. A angiotensina II aumenta a pressão arterial por (1) induz a contração vascular, (2) estimular a secreção de aldosterona pela glândula suprarrenal, e (3) aumentar a reabsorção tubular de sódio. O baixo volume leva a vasodilatação – ex.: paciente que sofre um trauma – ocorrendo um estímulo do sistema RAA para a produção do angiotensinogenio II ao qual fará vasoconstrição, fazendo com que a pressão aumente e ajudando a aumentar o volume. Em um acidente, libera-se sinais para a via simpática ao qual aumentará a frequência cardíaca, tônus simpático no geral. Hipertensão Arterial Primária (HAP) o Anteriormente denominada hipertensão “essencial” o Pouco compreendida o Provavelmente o resultado de inúmeros fatores genéticos e ambientais que tem múltiplos efeitos compostos Fatores de Risco HAP o Idade o Obesidade – são os principais fatores de risco para hipertensão o História familiar – a hipertensão é duas vezes mais comum em indivíduos com umou dois pais hipertensos FISIOPATO 08/05/2020 Aula 4 o Raça – a hipertensão tende a ser mais comum, mais grave, corre mais cedo e está associada a um maior dano aos órgãos-alvo nos negros o Dieta rica em sódio – ingestão excessiva de sódio (por exemplo > 3g/dia [cloreto de sódio]) aumenta o risco de hipertensão. o Consumo excessivo de álcool – o consumo excessivo de álcool está associado ao desenvolvimento de hipertensão Hipertensão Arterial Secundária (HAS) o Contraceptivos orais, particularmente aqueles que contêm doses mais altas de estrogênio -> o estrogênio estimula a produção hepática do substrato renina. o Agentes anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), particularmente uso crônico o Uso de drogas ilícitas o Doença renal primaria – a doença renal aguda e crônica pode levar à hipertensão. o Doença dos rins – Há isquemia renal e aumento da produção de Renina o Doença endócrina – aumento da volemia por retenção de líquido o Hipertensão na gravidez – pré eclampsia o No ECG percebe-se a hipocalemia pelo achatamento das ondas S e T Causas Exógenas Causas renais o Doença do parênquima renal e estenose arterial renal o Principal mecanismo pelo qual a lesão leva à pressão arterial elevada é através do aumento do volume intravascular o Néfrons danificados são incapazes de excretar quantidade normais de sódio e água Hipertensão Renovascular o Estenose de uma ou de ambas as artérias renais leva à hipertensão o Aterosclerose e displasia fibromuscular o Sugerido por um sopro abdominal, que pode ser encontrado em 40-60% dos pacientes Causas Mecânicas o Coartação da aorta – estreitamento congênito da artéria aorta, aumenta o turbilhamento da passagem do sangue, aumentando a pressão arterial, aumenta a resistência do sangue ao passar, leva o vaso e acaba gerando um fator de hipertensão arterial sistêmica. o Estreitamento congênito infrequente da aorta o Pressão arterial no arco aórtico, cabeça e braços é maior que a da aorta descentes Causas Endócrinas o Hormônios circulantes desempenham um papel importante no controle da pressão arterial normal. o Avaliação: história de sinais e sintomas característicos, medição dos níveis hormonais, avaliação da secreção hormonal em resposta às estimulações ou inibição; estudos de imagem para identificar tumores que secretam hormônio excessivo. Feocromocitoma o Tumores secretores de catecolamina de células neuroendócrinas (geralmente na medula adrenal) o Liberação de epinefrina e noradrenalina pelo tumor resulta em vasoconstrição crônica ou intermitente, taquicardia e outros efeitos mediados por simpático. o Fortes dores de cabeça latejantes, sudorese profusa, palpitações e taquicardia. Excesso de Hormônio Adrenocortical o Hormônios produzidos pelo córtex adrenal estão os mineralcorticóides e os glicocorticoides o Mineralocorticóides, principalmente a aldosterona, aumentando o volume sanguíneo, estimulando a reabsorção de sódio. FISIOPATO 08/05/2020 Aula 5 o Aldosteronismo primário resulta de um adenoma adrenal (denominado síndrome de Conn) ou de hiperplasia bilateral das glândulas supra-renais o Diagnostico pode ser suspeito pela presença de hipocalemia o Aldosterona plasmática excessiva e um nível de renina suprimido o Quase 80% dos pacientes com síndrome de Cushing, um distúrbio de excesso de glicocorticoide, apresentam algum grau de hipertensão. Consequência da Hipertensão o Danos a órgãos causados por hipertensão o Complicações da hipertensão nos órgãos-alvo refletem o grau de elevação crônica da pressão arterial o Esse sano de órgão pode ser atribuído o Aumento da carga de trabalho do coração o Dano arterial resultante dos efeitos combinados da própria pressão elevada (paredes dos vasos enfraquecidas) e da aterosclerose acelerada. o Anormalidades da vasculatura que resultam da pressão elevada incluem hipertrofia do músculo liso, disfunção das células endoteliais e fadiga das fibras elásticas Coração o Aumento pós-carga contra a qual o coração deve se contrair e à aterosclerose acelerada nas artérias coronárias o Hipertrofia Ventricular Esquerda – aumenta a tensão da parede do ventrículo esquerdo o Disfunção Diastólica – elevação das pressões de enchimento do VE que podem resultar em congestão pulmonar. Doença Arterial Coronária o Hipertensão crônica é um dos principais contribuintes para o desenvolvimento de isquemia e infarto do miocárdio o Combinação de aterosclerose coronária acelerada + alta carga de trabalho sistólico Sistema Cerebrovascular o Hipertensão é o principal fator de risco modificável para AVC o Acidentes vasculares cerebrais induzidos pela hipertensão podem ser hemorrágicos ou, mais comumente, ateros... Retina o Retina é o único local onde as artérias sistêmicas podem ser visualizadas diretamente pelo exame físico o A alta induz anormalidade que são coletivamente denominadas retinopatia hipertensiva o Causando hemorragias, exsudação de lipídios plasmáticos e áreas de infarto local Retina Hipertensiva o Constrição arteriolar, arteriovenosos, alterações da parede vascular, hemorragias em forma de chama de vela, exsudatos algodonosos. o Retinopatia hipertensiva é encontrada caracteristicamente em pacientes com hipertensão arterial crônica, sobretudo maligna ou acelerada, eclâmpsia, poliarterite nodosa e lúpus eritematoso sistêmico, em que se encontra redução progressiva da luz de arteríolas secundária a vasoespasmo e/ou a hialinização da parede vascular (arterioloesclerose). Tais alterações modificam o padrão da circulação sanguínea ao exame de fundo de olho, produzindo, inicialmente, vasos em fios de cobre e, nos casos mais avançados de hialinização da parede, vasos em fios de prata. As arteríolas espessadas podem comprimir as veias nos pontos de cruzamento dos dois vasos (entalhamento arteriovenoso). Além disso, são frequentes áreas de microinfartos envolvendo principalmente a camada de fibras nervosas da retina, com formação de corpos citoides (fibras degeneradas), estruturas vistas ao FISIOPATO 08/05/2020 Aula 6 exame fundoscópico como manchas algodonosas. Podem surgir ainda hemorragias nas camadas retinianas superficiais, associadas ou não a áreas de edema intersticial, com deposição de exsudatos lipídicos (exsudatos duros). o Lesão renal associada à hipertensão. As paredes arteriolares são espessadas por infiltrado hialiano (setas curtas). Os glomérulos (seta longa) aparecem esclerosados devido à redução do suprimento vascular. *Arteroloesclerose hialina é observada com a hipertensão essencial de longa duração. FIGURA. Patologia vascular na hipertensão. A, Arteriolosclerose hialina. A parede arteriolar fica espessada com o aumento da deposição de proteínas (hialinizada), e a luz fica acentuadamente estreitada. B, Arteriolosclerose hiperplásica (em casca de cebola; seta), causando obliteração luminal (seta; coloração pelo ácido periódico de Schiff). Caso Clínico Um homem de 78 anos refere que não está conseguindo controlar a pressão arterial há 3 meses. Antecedentes pessoais: Tabagista, hipertenso há 20 anos, em uso de hidroclorotiazida. Exame físico: corado, hidratado, com FC 72bpm e PA 168x 112 mmhg. Pescoço: sopro audível na topografia da carótida direita. Coração: Ausculta cardíaca sem alterações. Extremidades: pulsos pediosos e radial esquerdos diminuídos. A propedêutica diagnostica a ser realizada: a) Ecocardiograma b) Ultrassonografia c) Angiotomografia de aorta d) Monitorização Ambilatorial da pressão arterial (MAPA) Caso Clínico 2 - Feocromocitoma Uma mulher negra de 33 anos, obesa, tabagista, consulta o médico por conta de uma história de vários meses de episódios de palpitação e diaforese. Ela declara que o marido observou palidez durante esses episódios. Ela vem sofrendo de episódios de cefaleia progressiva, que não são aliviados com paracetamol. No passado, ela recebeu a informaçãode que tinha um nível elevado de cálcio. Ela tem uma história de nefrolitíase. Sua história familiar não tem nada digno de nota; especificamente, não há história de tumores, endocrinopatias. O exame físico revela pressão arterial (PA) de 220/120 mmHg e alterações retinianas hipertensivas
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