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Artigo artes: Cores

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Resumo
O objetivo deste artigo é mostrar como está sendo o ensino de artes no Ensino Fundamental I
1 - Introdução
O presente artigo visa não só descrever as etapas do estágio da disciplina de Desenvolvimento do Projeto de Pesquisa, onde tive como orientadora a profa. Ms Lourides Francisconi, sendo um dos requisitos fundamentais para a conclusão do curso de Artes Visuais da Universidade Estadual de Londrina, mas também colocar minhas implicações sobre o que se refere ao ensino da arte no ensino fundamental I.
O projeto desenvolvido “Um rastro da criatividade em cores e linhas”, foi a base para realizar uma reflexão sobre o ensino da arte nos anos iniciais, e a partir das vivências e das experiências com os educandos foram construídos conhecimentos que permitiu compreender a relação entre a teoria e a prática, bem como desenvolver a prática pedagógica.
Entender a prática enquanto práxis é assumir a indissolubilidade entre a teoria e prática. Ou seja, é compreender que, na mesma atividade, coexistem as dimensões teóricas e prática da realidade na qual o professor edifica a sua identidade a partir de um movimento de alternância, que se constrói, entre o saber e o saber fazer, entre situação de formação e situação de trabalho (SANTOS, 2004).
Atuo na rede municipal de ensino em minha cidade, e a partir do momento em que comecei a cursar o Parfor, percebi o quão distante estamos do verdadeiro ensino de artes, em nosso planejamento é citada mas, sem professores capacitados e ficando a critério de cada um como e quando trabalhar, percebe-se o quanto desenvolvem trabalhos estereotipados, pequenas réplicas de obras conhecidas, impedindo que os educandos usem suas imaginações e a partir disto façam o seu processo de criação. 
O projeto foi desenvolvido com os educandos do 3º Ano A, do Ensino fundamental I, o tema desenvolvido foi cores e linhas que estão sempre presentes em nossas vidas, e tudo o que nos rodeia é formado por esses principais elementos visuais, que nos permitem manifestar as vivências emocionais como forma de expressão.
Várias atividades foram realizadas com os educandos através da roda da conversa, fizemos uma discussões sobre a importância das cores e linhas em nosso cotidiano, bem como elementos essenciais na expressão em desenhos, pinturas, fotografias e tudo que envolve o âmbito visual.
Passeio para explorar e pesquisar o ao redor da escola, para observação de tudo o que se refere aos elementos visuais, para que os mesmos pudessem estabelecer relações entre esses elementos contidos em nosso meio, assim como criar um significado pessoal a cada um desses elementos.
Apresentação de vídeos que abordando a questão, assim como imagens das obras mais significativas que envolvem os elementos formais como cores e linhas, para que as crianças pudessem conhecer bem como apreciar obras.
Produção bidimensional, desenvolvendo diferentes composições em mistura de cores e pinturas, utilizando-se dos mais variados materiais (tinta-guache, lápis de cor, giz de cera, papéis, plásticos etc.) em produções coletivas e individuais, onde usaram da criatividade para se expressar descobrindo novas cores através das misturas.
Desta forma pude refletir sobre como vem sendo o ensino da arte para essas crianças, onde devemos nos adequar constantemente, pois, tudo muda o tempo todo e as nossas crianças também, fazendo com que olhemos para nossa prática pedagógica e busque melhores condições para que elas sejam atendidas.
2 – Desenvolvimento
O tema desenvolvido foi cores e linhas que estão sempre presentes em nossas vidas, e tudo o que nos rodeia é formado por esses principais elementos visuais, que nos permite manifestar as vivências emocionais como forma pessoal da expressão.
Foi realizado com educandos do 3º ano A do Ensino Fundamental I, da rede pública do município de Ivaiporã, com faixa etária entre 8 e 9 anos de idade. Sendo de grande relevância, pois, através dele pude colocar em prática o que aprendi até o momento, fazendo valer cada segundo de aprendizagem, assim tive a oportunidade de aprofundar meus conhecimentos sobre o ensino da arte de como ela contribui para a formação das pessoas seja no campo cognitivo, afetivo ou imagético.
Ao término do projeto “Um rastro da criatividade em cores e linhas”, desenvolvido na Escola Municipal Bento Viana, pude coletar dados através das atividades desenvolvidas com as crianças sobre como está sendo feita a introdução do Ensino de Artes no Ensino Fundamental I, e através destes dados analisar como é estimulada a criatividade e todo o processo de criação destas crianças bem como saber qual liberdade elas tem ao produzir.
Nos primeiros passos foi possível constatar que nossas crianças estão tão mecanizadas, que ao darmos liberdade para que elas produzam, a maioria das crianças ficam inertes a espera de comandos, um exemplo disso foi uma atividade realizada onde apresentei a eles uma história “ Bom dia todas as cores” onde o personagem principal é um camaleão, com o objetivo de saber um pouco mais sobre cada criança e consequentemente a cor ou cores preferidas de cada um, ao dar liberdade para que realizassem o desenho que quisessem total mente a escolha de cada um ,muitos ainda me questionaram se era para desenhar o camaleão, também houve aqueles que adoraram poder usar o papel e lápis conforme lhes conviessem.
	
	
	
	
Desenhos após a contação da história “bom dia todas as cores”, de Ruth Rocha
A criança muitas vezes cria através das experiências vividas, e cabe nós professores propiciar vivências nas quais estas crianças tenham a possibilidade de desenvolver suas habilidades artísticas colocando sua sensibilidade e apreciando as mais variadas formas de artes possíveis.
Neste sentido os Parâmetros Curriculares Nacionais de 5a a 8a séries, da Secretaria de Educação Fundamental nos diz que:
O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno tenha uma compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente: a arte ensina que nossas experiências geram um movimento de transformação permanente, que é preciso reordenar referências a todo momento, ser flexível. Isso significa que criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é condição fundamental para aprender. (p.20)
Qual postura o professor deve tomar em relação ao ensino de artes no ensino fundamental I? Principalmente em relação as cores? Vejo que tudo o que pude vivenciar até o momento, me trouxe grandes reflexões, nova postura e um olhar mais atento sobre as perspectivas do ensino de artes para o Ensino Fundamental I pois, o professor necessita de expor sua imaginação, sendo criativo e se libertando dos tradicionais métodos arcaicos que não despertam o interesse e muito menos a criatividade de nossas crianças no processo de criação.
Buscando se conectar diretamente com a arte, o professor dará novas oportunidades para que essas crianças desenvolvam suas habilidades e através de seus trabalhos expressem seus sentimentos, ideias, anseios e acima de tudo a busca constante de cultura.
Vejo o educador como essa pessoa-chave para mediar os caminhos da criança no mundo simbólico da cultura, da arte. E nesse caminhar, na experiência compartilhada, ele vai aprendendo a reparar em seu ser poético (OSTETTO, 2007). É um caminho onde ambos precisam caminhar juntos, descobrindo e redescobrindo os meios pelo qual se faz arte.
Quando o professor constrói um ambiente onde a criança faz descobertas a sua aprendizagem tona-se mais significativa pois, tudo o que ele for capaz de produzir certamente transmitirá alguma mensagem ou sensação a alguém.
Arte é mágica, ela nos possibilita transcender nossos sentimentos, e através das cores podemos nos expressar das mais improváveis formas, cada qual com sua intensidade, fascinação e beleza que nos envolvem diariamente, desde o abrir olhos pela manhã ao fechar a noite.
O uso das cores no desenvolvimento de atividades que explorem a criatividade, pode ser feita das mais diversas maneiras, aliadas ao interesse da criança aguçando sua curiosidade, pode-se fazer descobertasimensuráveis, propiciando inúmeras possibilidades de comunicação, informação e interação atingindo o processo de ensino/aprendizagem. 
O ser humano é por natureza um ser criativo. No ato de perceber, ele tenta interpretar, e nesse interpretar, já começa a criar. Não existe um momento de compreensão que não seja ao mesmo tempo criação. Isto se traduz na linguagem artística de uma maneira extraordinariamente simples, embora os conteúdos sejam complexos. (OSTROWER, 1989, p. 167).
No decorrer de todo o percurso do projeto realizado, muitas atividades foram desenvolvidas abordando o tema cores, e desta forma pude perceber e compreender qual a relação das crianças com essas cores que nos envolvem diariamente das coisas mais simples ás mais complexas.
Para essas crianças coisas que por inúmeras vezes classifiquei como simples ou talvez menos relevantes que outras abordagens dentro do ensino de artes, se tornou uma das mais prazerosas descobertas que essas crianças puderam vivenciar. O que era fato consumado e absorvido por mim, para as crianças era um mundo novo, onde eles eram os desbravadores descobrindo a cada gota de tinta misturada a uma outra cor, novas possibilidades de tons algumas mais claras outras mais fortes, mostrando o gosto e um pouco da personalidade de cada um.
	
	
Atividade envolvendo mistura de cores
Quando o professor compreende o verdadeiro sentido da arte inúmeras possibilidades de criação são abertas para a compreensão do mundo, desta forma ele deixa de lado aquela ideia do desenho estereotipado, apresentando mudanças significativas nas concepções ensinar/aprender/criar. O professor contribui para a produção do conhecimento, desencadeando uma melhor forma de se expressar da criança, assim como manter um bom relacionamento em equipe, privilegiando os interesses de todos, aprofundando e ampliando conhecimentos através da interação entre o professor e as crianças, e das crianças entre si mesmas, possibilitando uma visão mais poética.
“A Educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracteriza um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas”. (PCN, 2001, p.19).
Quando a criança é estimulada a desenvolver o seu pensamento artístico, por si própria ela consegue descobrir e inventar meios de produções que envolvem a criatividade, imaginação e principalmente a sua independência artística, dando ao professor dicas e até mesmo ideias de atividades que possam ser realizadas no âmbito escolar.
Geralmente essas ideias partem da curiosidade de nossas crianças que hoje cada vez mais estão em contato com as mais variadas formas de tecnologias, aguçando seus interesses e despertando a curiosidade daquilo que lhes chamam a atenção.
Um exemplo disso durante a realização do projeto foi um desafio de uma criança, lançado a mim, fazer uma experiência misturando coca-cola com leite, assim como eu a sala toda ficou curiosa para saber o resultado, sendo assim realizei a experiência em sala foi uma grande descoberta pois, tanto a coca quanto o leite possuem ácido, mas, o ácido da coca é mais forte e faz com que a coca-cola se separe do leite.
Eles não compreenderam muito bem, porque é um tanto complexo para as suas idades, mas, gostaram do que viram, talvez mais lá na frente um dia entendam esse processo.
Após a observação, as próprias crianças sugeriram pintar com coca – cola, esta parte foi meio no improviso, então realizamos um desenho cego usando giz de cera branco no sulfite e depois como uso do pincel passamos o refrigerante por cima.
O efeito foi mais na hora enquanto a folha estava molhada, porque o desenho estava mais visível, depois de seco ficou muito claro quase que imperceptível.
	
	
	
	
Experiência com coca-cola e leite e atividade com desenho cego e pintura com coca-cola
O trabalho em conjunto realizado com as crianças possui um potencial de interatividade, além de múltiplas possibilidades para contribuir no desenvolvimento das habilidades artísticas não só dessas crianças mas também do professor que sempre aprende. Como diz Guimarães Rosa, “MESTRE não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende”. Como gestores da educação devemos abandonar os métodos arcaicos e sem sentido na vida das crianças, elas são capazes de transformar tudo e todos os que a rodeiam. Os Parâmetros Curriculares Nacionais ressalta que: 
A escola deve colaborar para que os alunos passem por um conjunto amplo de experiências de aprender e criar, articulando percepção, imaginação, sensibilidade, conhecimento e produção artística pessoal e grupal. (PCN/Arte, 1997:61)
Por tanto, cabe ao educador ser mais sensível em relação as suas crianças, enxergar as novas possibilidades e experiências que nos são dadas todos os dias com um olhar mais atento as provocações que contribuem para o desenvolvimento coletivo e individual pois a arte é um apanhado de diversos conhecimentos que são adquiridos dia a após dias.
Neste sentido Bondía nos fala que:
 
A experiência, a possibilidade de que algo nos aconteça ou nos toque, requer um gesto de interrupção, um gesto que é quase impossível nos tempos que correm: requer parar para pensar, parar para olhar, parar para escutar, pensar mais devagar, olhar mais devagar, e escutar mais devagar; parar para sentir, sentir mais devagar, demorar-se nos detalhes, suspender a opinião, suspender o juízo, suspender a vontade, suspender o automatismo da ação, cultivar a atenção e a delicadeza, abrir os olhos e os ouvidos, falar sobre o que nos acontece, aprender a lentidão, escutar aos outros, cultivar a arte do encontro, calar muito, ter paciência e dar-se tempo e espaço (BONDIA, 2002, p.24).
O ensino da arte requer enfim, que observemos cada detalhe minuciosamente pois através do improvável surge a essência da construção do conhecimento artístico ou seja da expressão do pensamento.
É papel do educador além de conhecer os fundamentos da arte, conhecer sua clientela, quais crianças irá atender, partindo da realidade destas crianças, de seus conhecimentos adquiridos ao longo de suas vidas e de seus reais interesses a mediação do ensino de artes se torna mais eficaz .
Para desenvolver um bom trabalho de Arte o professor precisa descobrir quais são os interesses, vivências, linguagens, modos de conhecimento de arte e práticas de vida de seus alunos. Conhecer os estudantes na sua relação com a própria região, com o Brasil e com o mundo, é um ponto de partida imprescindível para um trabalho de educação escolar em arte que realmente mobilize uma assimilação e uma apreensão de informações na área artística. (FERRAZ E FUSARI, 2001:22).
A arte prepara nossas crianças para vida pois, as dão a liberdade de usar sua imaginação, demonstrando seus sentimentos, expressando-se seja pelas cores, pelas linhas ou por quaisquer objetos em suas diversas manifestações, que as possibilitem criar e recriar quantas vezes forem necessárias para o seu desenvolvimento.
As artes, pelas suas potencialidades integradoras, oportunizam ao ser humano o desenvolvimento de competências para a vida, sejam elas cognitivas (aprender a conhecer), sociais (aprender a conviver), produtivas (aprender a fazer) ou pessoais (aprender a ser), pois, há uma experiência estética viva e que favorece a inter e transdiciplinaridade, seja como disciplina em uma instituição de ensino ou como tema/método numa ação transversal. (WENDELL, 2010)
Para desenvolver um bom trabalho o professor não precisa de se munir de materiais caríssimos ou de difícil acesso, com materiais simples é possível realizar atividades criativas e prazerosas as nossas crianças, coisas que convivemos diariamente e que podem ser usadas como ferramentas pedagógicas, auxiliam na construção do conhecimento artístico.
Um exemplo disso foi o uso de materiais recicláveis, no caso papelão e saquinhosplásticos, durante o desenvolvimento do projeto usamos da criatividade para brincar com as cores, cada criança recebeu um pedaço de papelão e sobre ele colocou várias porções de tinta, cobrindo com saquinho plástico transparente e em cima do mesmo deslizavam os dedos, fazendo a mistura das cores e ao mesmo tempo suas criações.
Usando essa tinta com glitter eles amaram, pois gostam muito do colorido e brilhante, mesmo os que tentaram fazer parecido com o do amigo não conseguiram, fui questionada por uma criança porque isso não aconteceu se ambos tinham colocado a mesma quantidade de cores e as mesmas cores, o qual disse que os movimentos não foram iguais, assim como os dedos não são iguais, até mesmo a temperatura do corpo pode influenciar no trabalho.
Outro tipo de material que pode ser muito explorado nas aulas de artes é o jornal, com ele pode se confeccionar trabalhos belíssimos onde as crianças podem soltar sua imaginação sem medo, manifestando toda sua sensibilidade em suas produções artísticas.
	
	
	
	
	
	
Atividades envolvendo pintura no papelão e no jornal
A imaginação não depende só do aluno, o professor também precisa ser criativo reinventar a todo instante criando novas possibilidades, apresentando o “simples” e o tornando mais que especial, onde a individualidade e criatividade sejam premissa ao desenvolvimento.
Considerações finais
No desenvolvimento deste estudo foi possível constatar como estão ensino de artes no Ensino Fundamental I, e como nossos educadores estão desenvolvendo suas aulas, sendo que a grande maioria não possui formação acadêmica em Artes, o que acaba fazendo com que as aulas de artes se tornem desinteressantes, nada criativas e tão pouco estimulem a criatividade das crianças.
É um enorme desafio o ensino de artes nessas condições, e isso se aplica na maiorias das cidades, vencer esses obstáculos requer primeiramente mudar a forma de pensar de que artes é um mero passar de tempo, uma distração para as crianças e também para o educador. Arte precisa ser vista como fonte conhecimento, ou seja do desenvolvimento cognitivo e afetivo que amplia e promove práticas participativas e dialógicas, tornando a aprendizagem mais interativa e dinâmica.
Tudo muda o tempo todo, e não é diferente com nossas crianças, o que foi trabalho durante um ano com uma turma não serve para a turma do ano seguinte, as realidades são diferentes, assim como as histórias de cada um e seus interesses, então parte do educador buscar condições que venham atender a necessidade de um, estimulando seu interesse sobre a prática artística.
Isso indica que o ensino de arte a serviço do desenvolvimento, contribui para a produção do conhecimento, desencadeando uma melhor forma de se expressar das crianças, assim como manter um bom relacionamento em equipe, privilegiando os interesses de todos, aprofundando e ampliando conhecimentos através da interação dos mesmos.
A partir das atividades desenvolvidas ao longo do projeto, das leituras e das reflexões durante todo esse percurso é possível sim, afirmar que podemos trabalhar arte com nossas crianças de uma forma diferenciada que desperte seu interesse assim como aguce sua curiosidade em sempre descobrir algo novo que seja transformador em sua vida. Que as atividades estereotipadas podem e devem ser banidas pois, essas crianças são capazes de compreender o verdadeiro sentido da arte e por consequência fazer suas produções através da experimentação e manipulação dos mais variados tipos de materiais.
A partir do ensino de artes é possível realizar várias pontes entre as outras disciplinas, configurando em um conhecimento global atingindo várias áreas do conhecimento, para isso o educador precisa planejar e empenhar em suas funções garantindo assim que a criança tenha uma visão mais abrangente do mundo.
Referencias
BONDÍA, J. L. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. Jan/Fev/Mar/Abr 2002 Nº 19, pp.20-28.
FERRAZ, M.H.; FUSARI, M.F.R. Arte na educação escolar. São Paulo: Cortez, 2001.
OSTETTO, L. E. Entre a prosa e a poesia: fazeres, saberes e conhecimento na educação infantil. In: Pillotto, Saiba Mais Saiba Mais 14 S. (org.). Linguagens da arte na infância. Joinville/SC: Editora UNIVILLE, 2007 (p. 30-45).
OSTROWER, Fayga. A construção do olhar. IN: Novaes, Adauto (Org.). O olhar. São Paulo: Cia. das Letras, 1989.
PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS: arte/Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. – 3º Ed. – Brasiliense: A Secretaria, 2001.
http://www.cairu.br/revista/arquivos/artigos/2014_2/05_ARTE_EDUCACAO_METODOLOGIA_EDUCATIVA.pdf (acesso em 25/10/2016)

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