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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ REINHARDH DIETRICH SCHALCHER ESTUDO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE ALUNOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Trabalho apresentado para a disciplina de Medidas e Avaliação em Educação Física, Turma W, Curso de Bacharelado em Educação Física, Departamento de Educação Física, Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná. Professor Dr. Raul Osiecki. CURITIBA 2019 Sumário 1. Introdução ............................................................................................................................. 3 2. Metodologia .......................................................................................................................... 4 3. Resultados e discussões ...................................................................................................... 11 4. Conclusão ............................................................................................................................ 20 5. Referências .......................................................................................................................... 21 1. Introdução O corpo humano, do ponto de vista atômico, é basicamente constituído pelos elementos: oxigênio, hidrogênio, cálcio e fósforo. Reunidos, correspondem a mais de 98% da massa corporal. Por exemplo, um homem de 70 kg é constituído por 61% de oxigênio. Mas para quantificar a condição do indivíduo é utilizado métodos de avaliação antropométrica. O balanço energético do indivíduo, que está relacionada ao consumo alimentar e gasto de energia, pode ser observado visualmente através do seu aspecto corporal, quando o indivíduo se encontra em grande desequilíbrio. Porém não é um método muito eficiente quando se necessita de informações mais refinadas. Visando a realização de um bom programa de exercício físico adequado para a individualidade do sujeito, com prescrição e periodização, é realizado uma avaliação física para orientar os trabalhos para alcançar o objetivo. A composição corporal é a mensuração dos componentes da estrutura do corpo humano, que podem ser divididas em: massa óssea, massa muscular, massa de gordura e massa residual. O único método de quantificar precisamente os componentes corporais diretamente é a dissecação, que proporciona a identificação de cada tecido, assim como sua densidade, composição e peso. Os demais métodos são métodos indiretos. Com por exemplo tomografia computadorizada, ultrassom e densitometria. O método que é amplamente utilizado, e foi empregado nesse estudo, foi o método duplamente indireto que se origina por estimativa, a partir de fórmulas matemáticas oriundas de testes de pesagem hidrostática que corresponde com os testes realizado através da dissecação. O presente estudo tem por objetivo realizar a coleta de dados e analisar a composição corporal de um aluno de Educação Física a partir de suas medidas e comparar os resultados das avaliações dentre as equações presente na literatura. 2. Metodologia 2.1. Amostra e local Neste estudo participou um indivíduo do sexo masculino com idade de 35 anos, peso de 70 kg e estatura de 164 cm. Graduando de Educação Física da Universidade Federal do Paraná. As coletas foram realizadas em sala de aula do Departamento de Educação Física 2.2. Procedimento A realização das medidas de altura, comprimento e perímetro dos segmentos corporais foram realizadas com fita métrica. As medidas das dobras cutâneas foram realizadas com um Plicômetro Científico Analógico da marca Cescorf e para as medidas dos diâmetros ósseos foi empregado um paquímetro. 2.3. Estatura e massa corporal A altura foi realizada com a utilização de um estadiometro, com o indivíduo descalço e braços relaxados ao lado do corpo (posição ortostática). O sujeito realiza uma inspiração e o avaliador realizar a marcação para medir a altura, observando se está com a cabeça no plano de Frankfurt. E em posição ortostática, descalço, pés unidos, as superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital em contato com a parede e a cabeça orientada no plano de Frankfurt. O peso foi realizado com uma balança, onde o sujeito ficou com a menor quantidade de roupas possível. E para os valores de bioimpedância foi empregado uma balança tetrapolar. 2.4. Alturas Altura Descrição Trocantérica Posição ortostática, braços estendidos ao lado do corpo com as palmas das mãos voltadas para a coxa. Haste fixa no trocanter e haste móvel até planta do pé. Tronco- cefálica O sujeito sentado, realiza inspiração e em apneia marca o ponto mais alto da cabeça (vértex) e o plano de apoio da bacia (espinhas esquiáticas). Deve subtraindo-se a altura do banco. Tibial Posição ortostática, braços relaxados ao lado do corpo, haste fixa no ponto tibial e haste móvel até o chão Maleolar Posição ortostática, haste fixa no ponto maleolar e haste móvel até o chão. Total Ponto dactiloidal e a região plantar, em posição ortostática, com o braço direito elevado acima da cabeça e completamente estendido, formando 180º com o tronco. Tabela 1. Descrição das alturas mensuradas 2.5. Comprimentos Comprimentos Descrição Membro superior Posição ortostática, braços ao lado do corpo com as palmas voltadas para a coxa. A haste fixa no acrômio e a haste móvel no dactílio. Braço Posição ortostática, braço flexionado ao lado do tronco, num ângulo de 90º com o antebraço e palma da mão voltada para dentro. A haste fixa na parte superior do acrômio e a haste móvel na região proximal do rádio. Antebraço Posição ortostática, braço flexionado num ângulo de 90º, com a palma da mão voltada para dentro. A haste fixa no ponto radial e a haste móvel no estílio. Mão Haste fixa no estílio e haste móvel no dactílio. Membro inferior Posição ortostática, haste fixa no ponto trocantérico e a haste móvel na região plantar. Coxa Posição ortostática, haste fixa no ponto trocantérico e a haste móvel na protuberância da tíbia. Perna Posição ortostática ou sentado com o tornozelo apoia sobre o joelho da perna contraria, a haste fixa no ponto tibial medial e a haste móvel no maléolo medial. Tabela 2. Descrição dos comprimentos mensurados 2.6. Perímetros Perímetro Descrição Cefálico Perímetro mensurado na parte superior da sobrancelha, passando pela borda superior da aurícula e protuberância occipital. Mantendo a cabeça no plano de Frankfurt Pescoço Perímetro mensurado na parte inferior da proeminência da laringe. Ombro Perímetro mensurado na região de maior volume dos deltoides, inferior aos acrômios e articulação do esterno com a 2ª costela. Tórax Perímetro mensurado na quarta articulação costo-esternal (lateralmente corresponde à sexta costela) para mulheres, ou, para homens, na linha dos mamilos, ponto mesoesternal. Braço relaxado Posição ortostática, com os braços ao longo do corpo e palmas voltadas para coxa. Perímetro mensurado no ponto central entre o acrômio e a articulação úmero-radial do braço. Braço contraído Perímetro mensurado com o braço em 90º e em contração máxima, no ponto central entre o acrômio e a articulação úmero-radial do braço, na porção de maior perímetro. Antebraço Perímetro mensurado no ponto de maior circunferência do antebraço. Punho Perímetro mensurado imediatamente após os processos estilóides do rádio e da ulna. Cintura Posição ortostática, perímetro mensurado na porção de menor perímetro da região abdominal. Abdômen¹ Posição ortostática, perímetro mensurado na altura do umbigo. Abdômen² Posição ortostática, perímetro mensurado na porção de maior perímetro da região abdominal. QuadrilPosição ortostática, perímetro mensurado na porção de maior perímetro da região glútea. Coxa Coxa proximal – abaixo da prega glútea Coxa média – ponto médio entre a prega inguinal e a borda proximal da patela. Coxa distal – 3cm acima da borda proximal da patela. Perna Perímetro mensurado no ponto de maior circunferência da panturrilha. Tornozelo Perímetro mensurado no ponto de maior circunferência ao eixo dos maléolos. Envergadura Perímetro mensurado na distância entre os dois dactílios, com o avaliado de braços abertos. Tabela 3. Descrição dos perímetros mensurados 2.7. Diâmetros ósseos Diâmetro Descrição Biepicondiliano do úmero Diâmetro mensurado na distância entre o epicôndilo e a tróclea. Biestilóide do punho Diâmetro mensurado na distância entre as apófises estilóides do rádio e do cúbito. Biepicondiliano do fêmur Diâmetro mensurado na distância entre os côndilos lateral e medial do fêmur. Bimaleolar do tornozelo Diâmetro mensurado entre os maléolos medial e lateral do tornozelo. Tabela 4. Descrição dos diâmetros ósseos mensurados 2.8. Antropometria Dobras Cutâneas Descrição Triciptal A medida é realizada na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no ponto que compreende a metade da distância entre a borda súpero- lateral do acrômio e o olécrano. Subescapular A medida é realizada obliquamente em relação ao eixo longitudinal, seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada a dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula. Biciptal A medida é realizada no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no ponto de maior circunferência aparente do ventre muscular do bíceps. Axilar média A medida é realizada no ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha imaginária transversal na altura do apêndice xifóide do esterno. Medida oblíqua ao eixo longitudinal, com o braço do avaliado deslocado para trás. Supra-ilíaca A medida é realizada obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha axilar medial. Com o braço do avaliado deslocado para trás. Abdominal A medida é realizada aproximadamente a 2cm à direita da cicatrizumbilical, paralelamente ao eixo longitudinal. Coxa Coxa proximal: a um terço da distância do ligamento inguinal e a borda superior da patela. Coxa medial: na metade da distância supracitada. Panturrilha A medida é realizada com o avaliado sentado, com a articulação do joelho em flexão de 90º, a dobra é pinçada no ponto de maior perímetro da perna. Tabela 5. Descrição das dobras cutâneas mensuradas 2.9. Equações para densidade corporal e % de gordura utilizadas Neste trabalho foi usado fórmulas e equações da literatura para estimar a densidade corporal, o percentual de gordura, massa muscular estimada, massa óssea estimada, o peso residual e a gordura absoluta, referente a composição corporal de um graduando em Educação Física na Universidade Federal do Paraná. Equações Índice de Massa Corporal 𝐼𝑀𝐶 = 𝑃𝑒𝑠𝑜 (𝑘𝑔) Altura (m)2 Jackson & Pollock (generalizada) (1978) DC = 1,099492 – 0,0009929 x (x3) + 0,0000023 x (x3)² - 0,0001392 x (idade) Jackson & Pollock (atletas) (1980) DC = 1,096095 – 0,0006952 (S4DC) + 0,0000011 x (S4DC)² - 0,0000714 x (idade) Guedes (1985) DC = 1,16650 – 0,07063. log (SB + SI + CX) Faulkner (1968) %G = 5,783 + 0,153 (S4DC) % de gordura (Siri, 1961) %G = ((4,95/DC) – 4,5) x 100 Massa muscular estimada (Martin et al., 1990) MME (kg) = (EST x (0,0553 x CCA² + 0,0987 x CA² + 0,0331 x CPA²) – 2445) / 1000 MM (%) = (MME / massa corporal) x 100 Massa óssea estimada (Martin, 1991) MOE (kg) = 0,00006 x EST x (DOFe + DOUm + DOPu+ DOTo)² Massa óssea (%) = (MOE / massa corporal) x 100 Peso residual Peso total – Peso gordo – Peso ósseo – Peso muscular Gordura absoluta Peso corporal x (%G/100) Tabela 6. Descrição das equações utilizadas para estimativas da composição corporal. 3. Resultados e discussões 3.1. Estatura e massa corporal Estatura (cm) Massa corporal (kg) Índice de massa corporal (IMC) 164 70,3 25,98 Tabela 7. Resultados da estatura e massa corporal do avaliado. Com os dados obtidos da estatura (cm) e massa (kg) corporal, foi calculado o IMC (Índice de Massa Corporal). Este índice é amplamente utilizado devido ao seu custo baixo para analisar o estado nutricional do indivíduo. IMC Classificação <18,5 Abaixo do peso 18,5 ----- 24,9 Peso ideal 25,0 ----- 29,9 Acima do peso 30,0 ----- 34,9 Obeso I 35,0 ----- 39,9 Obeso II 40,0 Obeso III Tabela 8. Valores de referência para o índice de massa corporal (OMS, 1995). IMC específico por faixa etária e etnia, visando ser mais fidedigno com a região em que se aplica o teste, visando reduzir os erros e poder ter uma maior igualdade de parâmetros em relação a saúde de cada povo e indivíduo melhorando os dados estatísticos. Mulheres Homens Idade e IMC Caucasianas Afro- americanas Asiáticas Caucasianos Afro- americano Asiático De 20 a 39 anos <18,5 21 20 25 8 8 13 ≥ 25 33 32 35 21 20 23 ≥ 30 39 98 40 26 26 28 De 40 a 59 anos <18,5 23 21 25 11 9 13 ≥ 25 35 34 36 23 22 24 ≥ 30 41 39 41 29 27 29 De 60 a 79 anos <18,5 25 23 26 13 11 14 ≥ 25 38 35 36 25 23 24 ≥ 30 43 41 41 31 29 29 Tabela 9. Percentual médio de gordura corporal de acordo com o IMC (kg/m2), faixa etária e etnia. Utilizando os valores de referência estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde, o avaliado poderia ser classificado com “Acima do peso”. Estes índices fornecem de uma visão geral do indivíduo e não a composição corporal total da pessoa, não sendo tão eficaz para atletas. 3.2. Alturas Alturas (cm) Lado Direito Lado Esquerdo Único Trocantérica 81,5 79,5 - Tronco-cefálica - - 91 Tibial 42,2 43 - Maleolar 5,7 5,6 - Total 213,5 212,5 - Tabela 10. Resultados das alturas antropométricas. As medições de altura devem ser realizadas com o indivíduo utilizando a menor quantidade de roupa possível, para que se possa localizar os pontos anatômicos. 3.3. Comprimentos Comprimentos (cm) Lado Direito Lado Esquerdo Membros superiores 75,3 74,6 Braço 24,2 31,5 Antebraço 24,2 25,6 Mão 19 19,4 Membros inferiores 81,5 79,5 Coxa 39,5 37 Perna 37 37,5 Tabela 11. Valores dos comprimentos antropométricos. Cada segmento corporal é diferente de indivíduo para indivíduo, pois está associado a suas características genéticas e fase de maturação do indivíduo. 3.4. Perímetros Região Anatômica (cm) Lado Direito Lado Esquerdo Único Cefálico - - 57,7 Pescoço - - 37,1 Ombro 124 123 - Tórax - - 108 Braço relaxado 33,9 33 - Braço contraído 36,1 35,4 - Antebraço 29,9 27,6 - Punho 17,8 17,2 - Cintura - - 82,2 Abdômen¹ - - 80,3 Abdômen² - - 81,4 Quadril - - 95 Coxa Proximal 59,6 58,1 - Coxa Média 60,4 57,9 - Coxa Distal 47,6 45,4 - Panturrilha 40,7 38,9 - Tornozelo 24,4 25,4 - Envergadura - - 170 Tabela 12. Perímetros corporais do avaliado. Com avaliações perimétricas é possível analisar a situação de saúde do indivíduo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que a medida igual ou superior a 94 cm em homens e 80 cm em mulheres indica risco de doenças ligadas ao coração. 3.5. Diâmetros ósseos Região Anatômica Diâmetro (cm) Biepicondiliano 6,7 Biestilóide 5,7 Bicondiliano 9,3 Bimaleolar 7 Tabela 13. Resultados acerca dos diâmetros ósseos do avaliado. A constituição física, peso ósseo, o desenvolvimento e crescimento humano podem ser verificados pelos diâmetros ósseos. 3.6. Antropometria Dobras Cutâneas Valores (mm) Triciptal 5,5 Subescapular 7,7 Biciptal 2,7 Axilarmédia 7,6 Supra-ilíaca 10,5 Abdominal 5,7 Coxa Proximal 4,9 Coxa Média 8,2 Panturrilha 4,4 Tabela 14. Valores obtidos na mensuração de dobras cutâneas. A medidas de dobras cutâneas é amplamente utilizado para determinar o percentual de gordura corporal do indivíduo. 3.7. Comparação do percentual de gordura entre as equações Equações % de gordura Jackson & Pollock (generalizada) (1978) 4,65 Jackson & Pollock (atletas) (1978) 7,50 Guedes (1985) 7,63 Faulkner (1968) 10,29 Bioimpedância 20,5 Tabela 15. Valores de percentual de gordura para as diferentes equações. A seguir gráfico para melhor visualização com os dados das equações Gráfico 1. Comparação entre as equações. Podemos observar os diferentes valores obtido por cada um dos métodos de avaliação para quantificar o percentual de gordura, visto que existe uma equação adequada para cada tipo de indivíduo ou população. A equação de Jackson & Pollock (generalizada) (1978) é uma equação para população em geral, para mulheres (18-55 anos) e para homens (18-61 anos). Já as equações de Jackson e Pollock (atletas) (1978) e Faulkner são voltadas para atletas, observando que a de Faulkner é apenas para homens. A equação de Guedes (1985) deu-se de indivíduos universitários não atletas da região Sul do Brasil. Na aferição pelo método de bioimpedância não foram obedecidos os protocolos necessários para que pudesse reduzir os erros da amostra, apesar de rápido, indolor, não necessitar de treinamento do avaliador e fácil aplicabilidade. 5,62 8,6 7,63 10,29 9,5 0 2 4 6 8 10 12 Jackson & Pollock (generalizada) (1978) Jackson & Pollock (atletas) (1978) Guedes (1985) Faulkner (1968) Bioimpedância % de Gordura em diferntes métodos de análise % de gordura 3.8. Comparação entre os métodos % Gordura Gordura Absoluta (kg) Massa Magra (kg) Jackson & Pollock Generalizada (1978) 5,62 3,90 65,50 Jackson & Pollock Atletas (1978) 8,60 5,97 63,43 Guedes (1985) 7,63 5,29 64,11 Faulkner (1968) 10,29 7,14 62,26 Bioimpedância 9,5 6,59 62,81 Tabela 16. Comparação dos resultados das diferentes equações. Gráfico 2. Gráfico de comparação dos resultados entre as equações. Observando o resultado das diferentes equações, nota-se que cada método possui uma especificidade e uma aplicabilidade, visando a melhor forma de análise antropométrica do indivíduo/população a ser avaliada. Pois algumas fórmulas são para atletas, outras não abrange mulheres. 0 10 20 30 40 50 60 70 % Gordura Gordura Absoluta (kg) Massa Magra (kg) Comparação dos métodos Jackson & Pollock Generalizada (1978) Jackson & Pollock Atletas (1978) Guedes (1985) Faulkner (1968) Bioimpedância 3.9. Fracionamento do peso corporal Peso total (kg) Peso em Gordura (kg) Peso Muscular (kg) Peso Ósseo (kg) Peso residual (kg) 69,4 3,9393 17,4314 11,5293 36,5 % corporal 5,68 25,12 16,61 52,59 Tabela 17. Resultados obtidos a partir do fracionamento do peso corporal. Predominantemente a composição corporal é determinada pela genética, porem o estilo e os hábitos de vida interferem muito na composição corpórea. Um indivíduo sedentário possui uma grande chance de conter maior quantidade de gordura. Com esse fracionamento é possível verificar a situação do avaliado auxiliando na prescrição de atividade física. 3.10. Projeção de peso ideal de acordo com cada método Peso Ideal (Máx = 10% Gordura) (kg) Excesso (Kg) Jackson & Pollock Generalizada (1978) 72,78 -3,38 Jackson & Pollock Atletas (1978) 70,48 -1,08 Guedes (1985) 71,23 -1,83 Faulkner (1968) 69,18 0,22 Bioimpedância 69,79 -0,39 Tabela 18. Resultado para um percentual de gordura a 10%. Considerando os dados fornecidos pelas equações, pode-se observar que cada método fornece um peso ideal baseando o porcentual de gordura 10% para homem com 69,4 kg e altura de 164 cm. Na coluna de excesso está a quantidade de peso que o avaliado necessita perder ou ganhar para atingir o peso ideal. 4. Conclusão Podemos contemplar através deste estudo, alguns dos métodos disponíveis na literatura para análise antropométrica. Ao analisar o IMC o avaliado seria considerado com sobre peso, em relação aos critérios da Organização Mundial da Saúde. Porém o método é limitado, visto que esse sobrepeso não necessariamente seja de gordura abdominal. Os demais métodos também possuem limitações, porem deve-se eleger aquele que melhor detecte o problema que se pretende corrigir e avaliar as condições em que se é realizado o teste, levando em consideração custos, nível de treinamento do avaliador a receptividade da população, tempo de execução. É imprescindível que o método escolhido seja validado para a população que se quer estudar. Contudo apesar das limitações esses métodos são aplicáveis para analisar a situação dos indivíduos e assim sendo capaz de traçar um bom programa de treinamento e periodização respeitando sua individualidade e especificidade. Podendo também ser avaliado periodicamente para verificar o progresso do treinamento. 5. Referências Pitanga, F. J. G. (2008). Testes, medidas e avaliação em educação física e esportes. Phorte. Organização Mundial de Saúde - OMS. Status, W. P. (1995). The use and interpretation of anthropometry. Geneva CH. WHO 1995, technical report 854. Faulkner, J. A. (1966). Physiology of swimming. Research Quarterly. American Association for Health, Physical Education and Recreation, 37(1), 41-54. GUEDES, D.P (1985). Estudo da gordura corporal através da mensuração dos valores de densidade corporal e da espessura de dobras cutâneas em universitários. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Maria. Jackson, A. S., & Pollock, M. L. (1978). Generalized equations for predicting body density of men. British journal of nutrition, 40(3), 497-504. Damasceno, V. O. et al (2005). Tipo físico ideal e satisfação com a imagem corporal de praticantes de caminhada, Vol. 11, Nº3. (Revista Brasileira Medicina do Esporte). Rezende, F. A. C., LEFPL, R., Ribeiro, R. D. C. L., Vidigal, F. D. C., Vasques, A. C. J., Bonard, I. S., & Carvalho, C. R. D. (2006). 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