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Apostila Avaliação Nutricional 2017

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São Paulo 
 
2017 
 
Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE AVALIAÇÃO 
NUTRICIONAL I
São Paulo 
 
2017 
 
Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU 
Prof.ª Camila Longhi Macarrão 
Prof.ª Juliana Vinagre 
Prof.ª Larissa Vieira Marino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE AVALIAÇÃO 
NUTRICIONAL I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material de apoio aos estudos 
na Disciplina de Avaliação Nutricional I 
do curso de Nutrição da FMU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOTA: ESTE MATERIAL DE APOIO TRAZ UMA COMPILAÇÃO DE INFORMAÇÕES OBTIDAS EM 
DIVERSOS LIVROS E ARTIGOS CITADOS NA EMENTA DA DISCIPLINA. ELE NÃO SUBSTITUI A 
LEITURA MAIS APROFUNDADA DOS TEMAS ABORDADOS NA DISCIPLINA. A BUSCA PELA 
ATUALIZAÇÃO CONSTANTE POR MEIO DE OUTROS LIVROS E MATERIAIS É MUITO 
IMPORTANTE PARA O ENRIQUECIMENTO DO APRENDIZADO E MELHOR ENTENDIMENTO DO 
CONTEÚDO DADO EM SALA DE AULA. 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
4 
 
2. COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 
5 
 
3. MÉTODOS INDIRETOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 
7 
 
4. ANTROPOMETRIA 
 
10 
 
4.1 Peso 
 
11 
 
4.2 Estatura 
 
19 
 
4.3 Circunferências 
 
21 
 
4.4 Dobras cutâneas 
 
33 
 
5. BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA 
 
47 
4 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
A disciplina de Avaliação Nutricional tem como objetivo capacitar o aluno a realizar o 
diagnóstico nutricional de indivíduos sadios e enfermos, seja no plano individual ou coletivo. 
 
 
Conceito de Avaliação Nutricional 
 
 
Avaliação nutricional é uma abordagem completa, realizada pelo nutricionista, para determinar 
o estado nutricional do indivíduo e as influências da alimentação em sua saúde e composição 
corporal, por meio de análise da história médica, dietética e social do indivíduo; dados 
antropométricos; dados bioquímicos e interações droga-nutriente. 
 
 
Os objetivos da avaliação nutricional são: 
 
 Identificar indivíduos em risco de comprometimento nutricional 
 
 Auxiliar na escolha da terapia nutricional apropriada para recuperar ou manter o estado 
nutricional do indivíduo; 
 Monitorar a eficácia dessas terapias, adaptando-as sempre que necessário. 
 
 
Métodos utilizados para avaliação do estado nutricional: 
 
 
A escolha ou seleção dos métodos, técnicas e procedimentos encontram-se diretamente 
relacionadas com os objetivos da avaliação, que normalmente consistem em diagnosticar a 
magnitude dos problemas nutricionais e identificar seus determinantes, com a finalidade de 
estabelecer medidas de intervenção adequadas. 
 
 
Métodos diretos ou objetivos: 
 
1. Avaliação antropométrica e da composição corporal 
 
2. Exames bioquímicos/laboratoriais 
 
3. Avaliação do consumo alimentar 
 
 
Métodos indiretos ou subjetivos: 
 
1. Exame clínico/físico: sinais relacionados ao estado nutricional 
 
2. Avaliação subjetiva global 
 
 
Conceito de Estado Nutricional 
 
 
Segundo DeHoog, o Estado Nutricional expressa o grau no qual as necessidades fisiológicas 
por nutrientes estão sendo alcançadas, para manter a composição e funções adequadas do 
organismo, resultando do equilíbrio entre ingestão e necessidades de nutrientes (Mahan & Escott- 
Stump,2002).
5 
 
 
 
 
2. COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 
 
“Composição corporal pode ser definida como a estruturação do organismo de acordo com o 
conteúdo dos diferentes tecidos, células, estruturas bioquímicas e atômicas e suas interações 
dinâmicas de equilíbrio e funcionamento” (Nacif & Viebig, 2008). 
A avaliação da composição corporal de indivíduos busca quantificar, de forma isolada e em 
relação ao peso corporal total, os principais componentes do organismo humano: ossos, musculatura, 
gordura corporal e água. 
Alguns modelos teóricos foram desenvolvidos para a análise da composição corporal, 
subdividindo o organismo em diferentes compartimentos. Um dos modelos propostos subdivide o 
corpo humano em 5 níveis: atômico (nível elementar); molecular; celular; sistemas de tecidos e corpo 
como um todo. 
 
 
Divisão do corpo humano de acordo com o nível de organização:
 
Nível I 
atômico 
Carbono 
Hidrogênio 
Oxigênio 
Nitrogênio 
Ca, P, K, Na etc. 
 
Nível II 
molecular 
Lipídios 
Minerais 
Água 
Glicogênio 
Proteínas 
 
Nível III 
Celular 
Gordura 
Sólidos 
extracelulares 
Líquidos 
extracelulares 
Massa celular 
corporal 
 
Nível IV 
tecidual/funcional 
Tecido adiposo 
Esqueleto 
Tecido 
muscular 
Órgaõs viscerais e 
residuais 
 
Nível V 
 
 
 
 
 
Corpo inteiro
 
 
2.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL: 
 
Existem diferentes métodos para a estimativa da composição corporal, com diferentes níveis 
de precisão, custo e dificuldade de aplicação. Eles podem ser divididos em diretos, indiretos e 
duplamente indiretos. 
 
 
Métodos diretos: 
 
Os métodos diretos envolvem os procedimentos de dissecação de cadáveres ou extração 
lipídica, sendo considerados os mais precisos para identificação dos componentes corporais. Porém, 
esse tipo de avaliação é inviável considerando-se os princípios da bioética. A partir de estudos de 
análise química de cadáveres humanos, vários outros métodos foram propostos para avaliação da 
composição corporal in vivo. 
 
 
Métodos indiretos: 
 
São procedimentos precisos e atualmente bastante empregados em estudos científicos 
envolvendo a análise da composição corporal e a validação de outros métodos. Apresentam algumas 
limitações, devido ao elevado custo dos equipamentos e de materiais utilizados, além de necessitar 
de pessoal técnico especializado para manipulação desses equipamentos. São eles: pesagem
6 
 
 
 
 
hidrostática; pletismografia; ultra-sonografia; tomografia computadorizada; ressonância magnética; 
 
absortometria de dupla emissão de raios X (DXA). 
 
 
Métodos duplamente indiretos 
 
Os métodos duplamente indiretos compreendem a antropometria e a impedância bioelétrica e 
são os mais utilizados para a estimativa dos componentes corporais, devido ao baixo custo e 
facilidade na operacionalização, quando realizados por pessoal treinado. Apesar de serem menos 
precisos do que os métodos indiretos, os estudos têm mostrado boa correlação com os indiretos, 
produzindo erros de estimativas aceitáveis. 
7 
 
 
 
 
3. MÉTODOS INDIRETOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 
 
 
 
3.1 PESAGEM HIDROSTÁTICA OU HIDRODENSITOMETRIA 
 
O indivíduo é submerso em um tanque de água morna e mede-se a densidade corporal 
dentro da água (g/cm
3
). 
 
 
Teoria de Arquimedes: o volume de um objeto submerso na água é igual ao volume da água 
que o objeto desloca. 
O volume corporal é definido pelo cálculo da diferença entre o peso corporal aferido 
normalmente e a medição do peso do corpo submerso em água. Em outras palavras, o volume 
corporal é igual à perda de peso na água com a devida correção da temperatura para a densidade da 
água. 
A gordura apresenta densidade menor do que a água e tem tendência a flutuar. 
A massa magra apresenta densidade maior do que a água e tende a afundar. 
 
 
Determinação de gordura corporal por meio de fórmulas preditivas, a partir da densidade corporal 
obtida dentro da água: 
% gordura corporal = [(4,95/DC) – 4,50] x 100 (Siri, 1961) 
 
% gordura corporal = [(4,57/DC) – 4,142] x 100 (Brosek et al.) 
 
 
Desvantagens do método: 
 
 Não é prático para avaliar grupos grandes 
 
 Exige treinamento e experiência do examinador 
 
 Exige equipamentos especiais 
 
 O avaliado pode apresentar limitações em ser submerso completamente (crianças e idosos) 
 Presença de ar nos pulmões e sistema digestório.3.2 PLETISMOGRAFIA: 
 
É um método recente para avaliação corporal. 
 
É simples e seguro, porém envolve um equipamento complexo, sofisticado e de custo 
elevado. 
Consiste de uma pequena câmara vazia constituída de fibra de vidro, isolada e em condições 
isotérmicas. Com utilização de um software específico, instalado em um microcomputador conectado
8 
 
 
 
 
à câmara, são determinadas variações de volumes de ar e de pressão em seu interior, com a câmara 
desocupada e com o avaliado, além de variáveis pulmonares necessárias às estimativas do volume 
corporal. 
Uma vez determinado o volume corporal, obtém-se a densidade corporal por meio de 
expressões matemáticas. 
Este método apresenta boa reprodutibilidade e alta correlação com a pesagem hidrostática. 
 
 
 
 
3.3 ULTRA-SONOGRAFIA: 
 
Mede a distância entre a pele e as camadas de tecido muscular e adiposo por meio de 
emissão de ondas sonoras. 
Avalia a espessura dos diferentes tecidos e consegue fornecer estimativas lineares de 
dimensões corpóreas in vivo. 
Este método tem boa correlação com a pesagem hidrostática. Porém, seu custo é elevado. 
 
 
 
 
3.4 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: 
 
Nesse método é realizado um mapeamento dos compartimentos corporais por intermédio da 
passagem de feixes de raios X através dos tecidos, com densidades diferentes, com a produção de 
imagens bidimensionais, em cortes transversais. 
Delineia com precisão o tecido gorduroso visceral em seus vários compartimentos, mas 
expõe o indivíduo à radiação ionizante e tem custo elevado. 
 
 
 
3.5 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: 
 
Permite identificar, por meio de radiação eletromagnética, efetivamente, o tecido adiposo total 
e subcutâneo e o tecido muscular. Mostra em cortes seriados, transversais ao maior eixo, a 
distribuição dos tecidos. 
 
 
 
3.6 ABSORCIOMETRIA COM RAIOS X DE DUPLA ENERGIA (DUAL X RAY 
ABSORPTIOMETRY – DXA) 
Baseado na diferença de atenuação dos raios X em tecidos para estimar a gordura corporal 
ou os minerais ósseos. 
Através da exposição à radiação durante 10-20 min, podemos quantificar: 
 Densidade óssea; 
 Gordura total e regional; 
 
 Componentes minerais e não minerais ósseos 
 
Possui papel clínico importante no diagnóstico da osteopenia e osteoporose.
9 
 
 
 
 
Vantagens: 
 
 Alta precisão; 
 Baixa radiação 
 Técnica simples 
 Existem softwares direcionados para crianças, adolescentes e adultos 
 
 
Fatores que interferem: 
 
Diferenças no estado de hidratação, presença de osso ou tecido mole com calcificação 
tornam as medidas imprecisas. 
 
 
Limitações: 
 
 Falta de dados e referências nacionais; 
 Alto custo do aparelho e do exame 
 Oferece estimativas da gordura abdominal, mas não de forma separada, em tecido 
 
gorduroso subcutâneo e visceral.
10 
 
 
 
 
4. ANTROPOMETRIA 
 
 
 
anthropo = homem metry = medida 
 
 
A antropometria envolve a obtenção de medidas do tamanho corpóreo e de suas proporções, 
para relacioná-las com um padrão que reflita o seu crescimento e desenvolvimento. É um indicador 
direto do estado nutricional. 
As medidas antropométricas mais utilizadas são: peso ou massa corporal, estatura ou 
comprimento, circunferências ou perímetros e dobras ou pregas cutâneas. 
É um método rápido, prático, fácil, barato e possível de ser aplicado em todos os ciclos da vida. 
 
 
Terminologias mais utilizadas na avaliação antropométrica: 
 
 
 
Índices antropométricos ou derivados: combinações de medidas antropométricas (peso/idade; 
 
peso/estatura; estatura/idade; índice de massa corporal; relação cintura/quadril). 
 
Indicadores do estado nutricional: representam os resultados dos índices antropométricos. Deve- 
se comparar esses resultados com uma população de referência, por meio dos pontos de corte para 
os índices antropométricos, para possibilitar a identificação quantificação da natureza e da gravidade 
das patologias nutricionais. 
 
Padrão de referência: para se avaliar o estado nutricional de uma população ou indivíduo com base 
no peso, altura e idade, recomenda-se o uso do padrão de referência do National Center of Health 
Statistics – NCHS, uma vez que é o mesmo padrão de referência recomendado pela Organização 
Mundial da Saúde (OMS) e também devido ao fato de não existir outro padrão de referencia mais 
completo e adequado à população brasileira. O padrão NCHS, utiliza a classificação percentilar ou de 
percentil (P), que é uma medida estatística proveniente da divisão de uma série de observações em 
cem partes iguais, estando os dados ordenados do menor para o maior, em que cada ponto de 
divisão ou ponto de corte, corresponde a um percentil. Quartis dividem a série em 4 partes iguais e 
Decis dividem a série em 10 partes iguais. Geralmente se utiliza a média (percentil 50) como norma 
ou valor normal para o padrão de referência e a partir deste valor, são estabelecidos limites de 
normalidade ou pontes de corte para o processo que se pretende avaliar ou diagnosticar. 
 
Pontos de corte: são os limites da normalidade de uma população de referencia, que podem ser 
inferiores ou superiores à média. 
 
Desvio padrão: é uma medida de variabilidade ou dispersão de um grupo de dados. Indica o quanto 
um determinado valor encontra-se próximo da média padrão. 
11 
 
 
 
 
4.1 PESO CORPORAL 
 
 
O peso corporal é a soma de todos os componentes corporais (água, gordura, ossos, 
músculos, órgãos e todos os tecidos) e reflete o equilíbrio proteico-energético do indivíduo. 
 
 
4.1.1 PESO ATUAL: 
 
 
Técnica de medição do peso: 
 
a) Verificar se a balança está apoiada em superfície plana, lisa e firme. 
b) Verificar se a balança está calibrada, caso contrário calibrá-la. 
c) No caso de ser usada balança digital, verificar se a mesma encontra-se ligada na corrente 
elétrica. Solicitar aferição periodicamente. 
d) Solicitar que a pessoa fique sem calçados e com roupas leves. 
 
e) Determinar a quantidade de roupa aceita para medida. Em clínica pode ser usado avental 
 
(descartável). 
 
f) Posicionar a pessoa no centro da plataforma da balança, apoiada com os dois pés juntos, os 
braços estendidos ao longo do corpo e imóvel. 
g) Mover os cursores, sobre a escala numérica para registrar o peso. 
h) Fazer a leitura e registrar a medida obtida imediatamente. 
i) Solicitar que o indivíduo desça do equipamento, auxiliando-o, se necessário. 
j) Repetir o procedimento, se necessário, e fazer a média entre as medidas. 
k) Retornar os cursores para a posição inicial na escala numérica. 
 
 
4.1.2 PESO USUAL: 
 
Utilizado como referência na avaliação das mudanças recentes de peso e em casos de 
impossibilidade de medir o peso atual. Geralmente é o peso que se mantém por maior período de 
tempo. 
 
 
4.1.3 MUDANÇA DE PESO: 
 
É a relação entre o peso usual e o atual, determinada através da seguinte fórmula: 
 
 
Perda de peso (%) = 
 
(peso usual – peso atual) X 100 
peso usual
 
 
A porcentagem obtida proporciona a significância da redução de peso em relação ao tempo. 
 
 
Tabela 1 - Significado da perda de peso em relação ao tempo 
Tempo Perda significativa de peso (%) Perda grave de peso (%) 
 1 semana 1 a 2 > 2 
 1 mês 5 > 5 
 3 meses 7,5 > 7,5 
6 meses 10 > 10 
Fonte: Blackburn, G.L. & Bistrian, B.R., 1977.
12 
 
 
 
 
A perdade peso involuntária constitui uma importante informação para avaliar a gravidade do 
problema de saúde, haja vista sua elevada correlação com a mortalidade. 
 
 
4.1.4. ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) 
 
O IMC corresponde a relação entre peso em quilogramas e o quadrado da altura em metros. 
 
 
Índice de Massa Corporal (IMC) = 
 
Peso (kg) 
Altura
2 
(m)
 
O resultado obtido pode ser classificado de acordo com pontos de corte preestabelecidos. 
 
Tabela 2 - Classificação do estado nutricional de adultos segundo o IMC. 
IMC CLASSIFICAÇÃO 
 < 16 Magreza Grau III 
 16,0 - 16,9 Magreza Grau II 
 17,0 - 18,4 Magreza Grau I 
 18,5 - 24,9 Eutrofia 
 25,00 - 29,9 Pré-obeso 
 30,0 - 34,9 Obesidade grau I 
 35,0 - 39,9 Obesidade grau II 
> 40,00 Obesidade grau III 
 
Fonte: Organização Mundial da Saúde (1995,1997). 
 
 
 
Vantagens da utilização do IMC: 
 
 Fácil execução, não invasivo; 
 
 Facilidade de obtenção e padronização de medidas de peso e estatura; 
 Boa correlação com outros indicadores antropométricos; 
 Não requer comparação com curvas de referência; 
 
 Apresenta predição de risco de morbimortalidade, especialmente em seus limites extremos; 
 
 Possibilita que os diagnósticos individuais sejam agrupados e analisados, fornecendo assim 
um diagnóstico coletivo, o que permite conhecer o perfil nutricional de uma população; 
 Método universalmente utilizado tanto para avaliação individual como populacional. 
 
 
Limitações da utilização do IMC: 
 
 Correlação com proporcionalidade do corpo: indivíduos com pernas curtas terão IMC 
 
aumentado; 
 
 O uso do IMC não possibilita a distinção de massa gorda e massa magra, ou seja, não 
diferencia hipertrofia muscular de obesidade. Sendo assim, é importante utilizar outros 
parâmetros antropométricos no complemento do diagnóstico como : circunferências e dobras 
cutâneas.
13 
 
 
 
 
4.1.5 PESO IDEAL OU DESEJÁVEL: 
 
É o peso definido de acordo com alguns parâmetros, tais como idade, estrutura óssea, sexo e 
 
altura. 
 
 
a) Determinação do peso ideal pelo IMC: 
 
 
Utilizam-se como critérios os valores de IMC desejável (ver tabela 2), calculando o peso ideal 
 
através da seguinte fórmula: 
 
Peso ideal = altura
2
(m) x IMC desejável 
 
 
 Indivíduos eutróficos não requerem determinação de peso ideal. 
 Geralmente indica-se o IMC 22,5 kg/m
2 
para estimativa do peso saudável. 
 Se o indivíduo estiver com baixo peso – utiliza-se o limite mínimo (18,5 Kg/m
2
). 
 Se indivíduo estiver sobrepeso – utiliza-se o limite máximo (24,9 Kg/ m
2
). 
 
 
b) Determinação do peso ideal pela tabela da Metropolitan Life Insurance: 
 
 
O cálculo leva em consideração o sexo, a idade, a estatura e a compleição física (ou tamanho 
da ossatura) do indivíduo. Apesar de algumas limitações, sua aplicação em pacientes hospitalizados 
é muito frequente. 
A compleição física é determinada calculando-se a razão (r) entre o valor da estatura (cm) com 
 
o perímetro do pulso (cm), obtida por meio da seguinte fórmula: 
 
 
altura (cm) 
r = 
perímetro de pulso (cm) 
 
 
O perímetro de pulso deve ser medido ao redor do pulso, com o antebraço levemente 
estendido, distal aos processos estilóides do rádio e da ulna. 
O valor encontrado deverá ser comparado com a tabela abaixo, para determinar se a 
compleição é pequena, média ou grande. 
 
 
Tabela 3 - Classificação da compleição física: 
Compleição Homens Mulheres 
 Pequena r > 10,4 R > 11,0 
 Média r = 9,6 – 10,4 r = 10,1 – 11,0 
Grande r < 9,6 R < 10,1 
 
 
Utilizando a tabela do Metropolitan Life Insurance (1983) determina-se o peso ideal, 
relacionando a compleição com o sexo e a estatura
14 
 
 
Quadro A1. Peso ideal de acordo com a estatura e a compleição física, para homens adultos de 25 a 
59 anos. 
 
Altura (cm) Estrutura PEQUENA Estrutura MÉDIA Estrutura GRANDE 
158 58,3-61,0 59,6-64,2 62,8-68,3 
159 58,6-61,3 59,9-64,5 63,1-68,8 
160 59,0-61,7 60,3-64,9 63,5-69,4 
161 59,3-62,0 60,6-65,2 63,8-69,9 
162 59,7-62,4 61,0-65,6 64,2-70,5 
163 60,0-62,7 61,3-66,0 64,5-71,1 
164 60,4-63,1 61,7-66,5 64,9-71,8 
165 60,8-63,5 62,1-67,0 65,3-72,5 
166 61,1-63,8 62,4-67,6 65,6-73,2 
167 61,5-64,2 62,8-68,2 66,0-74,0 
168 61,8-64,6 63,2-68,7 66,4-74,7 
169 62,2-65,2 63,8-69,3 67,0-75,4 
170 62,5-65,7 64,3-69,8 67,5-76,1 
171 62,9-66,2 64,8-70,3 68,0-76,8 
172 63,2-66,7 65,4-70,8 68,5-77,5 
173 63,6-67,3 65,9-71,4 69,1-78,2 
174 63,9-67,8 66,4-71,9 69,6-78,9 
175 64,3-68,3 66,9-72,4 70,1-79,6 
176 64,7-68,9 67,5-73,0 70,7-80,3 
177 65,0-69,5 68,1-73,5 71,3-81,0 
178 65,4-70,0 68,6-74,0 71,8-81,8 
179 65,7-70,5 69,2-74,6 72,3-82,5 
180 66,1-71,0 69,7-75,1 72,8-83,3 
181 66,6-71,6 70,2-75,8 73,4-84,0 
182 67,1-72,1 70,7-76,5 73,9-84,7 
183 67,7-72,7 71,3-77,2 74,5-85,4 
184 68,2-73,4 71,8-77,9 75,2-86,1 
185 68,7-74,1 72,4-78,6 75,9-86,8 
186 69,2-74,8 73,0-79,3 76,6-87,6 
187 69,8-75,5 73,7-80,0 77,3-88,5 
188 70,3-76,2 74,4-80,7 78,0-89,4 
189 70,9-76,9 74,9-81,5 78,7-90,3 
190 71,4-77,6 75,4-82,2 79,4-91,2 
191 72,1-78,4 76,1-83,0 80,3-92,1 
192 72,8-79,1 76,8-83,9 81,2-93,0 
193 73,5-79,8 77,6-84,8 82,1-93,9 
Fonte: Metropolitan Life Insurance Company (1983)
15 
 
 
 
Quadro A2. Peso ideal de acordo com a estatura e a compleição física, para mulheres adultas de 25 
a 59 anos. 
 
Estatura (cm) Compleição PEQUENA Compleição MÉDIA Compleição GRANDE 
148 46,4-50.6 49,6-55,1 53,7-59,8 
149 46,6-51,0 50,0-55,5 54,1-60,3 
150 46,7-51,3 50,3-55,9 54,4-60,9 
151 46,9-51,7 50,7-56,4 54,8-61,4 
152 47,1-52,1 51,1-57,0 55,2-61,9 
153 47,4-52,5 51,5-57,5 55,6-62,4 
154 47,8-53,0 51,9-58,0 56,2-63,0 
155 48,1-53,6 52,2-58,6 56,8-63,6 
156 48,5-54,1 52,7-59,1 57,3-64,1 
157 48,8-54,6 53,2-59,6 57,8-64,4 
158 49,3-55,2 53,8-60,2 58,4-65,3 
159 49,8-55,7 54,3-60,7 58,9-66,0 
160 50,3-56,2 54,9-61,2 59,4-66,7 
161 50,8-56,7 55,4-61,7 59,9-67,4 
162 51,4-57,3 55,9-62,3 60,5-68,1 
163 51,9-57,8 56,4-62,8 61,0-68,8 
164 52,5-58,4 57,0-63,4 61,5-69,5 
165 53,0-58,9 57,5-63,9 62,0-70,2 
166 53,6-59,5 58,1-64,5 62,6-70,9 
167 54,1-60,0 58,7-65,0 63,2-71,7 
168 54,6-60,5 59,2-65,5 63,7-72,4 
169 55,2-61,1 59,7-66,1 64,3-73,1 
170 55,7-61,6 60,2-66,6 64,8-73,8 
171 56,2-62,1 60,7-67,1 65,3-74,5 
172 56,8-62,6 61,3-67,6 65,8-75,2 
173 57,3-63,2 61,8-68,2 66,4-75,9 
174 57,8-63,7 62,3-68,7 66,9-76,4 
175 58,3-64,2 62,8-69,2 67,4-76,9 
176 58,9-64,8 63,4-69,8 68,0-77,5 
177 59,5-65,4 64,0-70,4 68,5-78,1 
178 60,0-65,9 64,5-70,9 69,0-78,6 
179 60,5-66,4 65,1-71,4 69,6-79,1 
180 61,0-66,9 65,6-71,9 70,1-79,6 
181 61,6-67,5 66,1-72,5 70,7-80,2 
182 62,1-68,0 66,6-73,0 71,2-80,7 
183 62,6-68,5 67,1-73,5 71,7-81,2 
Fonte: Metropolitan Life Insurance Company (1983)
16 
 
 
4.1.8. ESTIMATIVA DE PESO 
 
 
a) Estimativa de peso para pacientes acamados: 
 
Quando não se pode pesar o indivíduo, é possível estimar o peso por meio de fórmulas que 
utilizam outras medidas, como se pode ver nas equações de Chumlea (1985): 
Homem = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DCSe) – 81,69] 
 
Mulher = [(1,27 x CP) + (0,87x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x DCSe) – 62,35] 
 
Onde: CP – circunferência de panturrilha 
AJ – altura do joelho 
CB – circunferência de braço 
DCSe – prega cutânea subescapular 
 
Obs.: As técnicas de aferição destas medidas serão descritas em tópicos adiante. 
 
 
 
 
Chumlea propôs também as seguintes equações para estimativa de peso de pacientes acamados: 
 
 
Gênero Idade(anos) Raça Equação 
 
 
 
 
feminino 
6 - 18 Negra Peso = (AJ x 0,71) + (CB x 5,59) – 50,43 
6 - 18 Branca Peso = (AJ x 0,77) + (CB x 2,47) – 50,18 
19 - 59 Negra Peso = (AJ x 1,24) + (CB x 2,97) – 82,48 
19 - 59 Branca Peso = (AJ x 1,01) + (CB x 2,81) – 66,04 
60 - 80 Negra Peso = (AJ x 1,50) + (CB x 2,58) – 84,22 
60 - 80 Branca Peso = (AJ x 1,09) + (CB x 2,68) – 65,51 
 
 
 
 
masculino 
6 - 18 Negra Peso = (AJ x 0,59) + (CB x 2,73) – 48,32 
6 - 18 Branca Peso = (AJ x 0,68) + (CB x 2,64) – 50,08 
19 - 59 Negra Peso = (AJ x 1,09) + (CB x 3,14) – 83,72 
19 - 59 Branca Peso = (AJ x 1,19) + (CB x 3,21) – 86,82 
60 - 80 Negra Peso = (AJ x 0,44) + (CB x 2,86) – 39,21 
60 - 80 Branca Peso = (AJ x 1,10) + (CB x 3,07) – 75,81 
Fonte: Chumlea et al, 1988. 
 
 
 
b) Estimativa de peso para pacientes edemaciados (peso seco): 
 
 
Em pacientes edemaciados deve-se descontar do peso atual o valor referente a água 
acumulada de acordo com o grau e a localização do edema, conforme as tabela 3 e 4. 
 
Tabela 5. Estimativa de peso com edema 
Grau do edema Local Excesso de peso hídrico 
 + Tornozelo 1 kg 
 ++ Joelho 3 a 4 kg 
 +++ Base da coxa 5 a 6 kg 
++++ Anasarca 10 a 12 kg 
Fonte: Duarte e Castellani, 2002.
18 
 
 
Tabela 6. Estimativa de peso corporal de acordo com a intensidade da ascite 
Grau de Ascite Peso ascítico(kg) Edema Periférico (kg) 
 Leve 2,2 1,0 
 Moderada 6,0 5,0 Grave 14,0 10,0 
Fonte: James, 1989. 
 
 
 
4.1.9. PESO PARA AMPUTADOS: 
 
 
A amputação pode ser considerada como a separação total ou segmentar de um membro, 
executada em continuidade de um ou mais ossos. 
Em decorrência da nova distribuição corporal dada pela ausência do membro ou parte 
deste, os indivíduos amputados necessitam de avaliação antropométrica específica, especialmente 
visando à manutenção de um peso corporal saudável, ou seja, buscando-se evitar, principalmente 
nos indivíduos com amputações em membros inferiores, o excesso de peso. 
Em 1995, Osterkamp propôs um esquema para determinar a porcentagem real da parte 
amputada em relação ao peso corporal total. Assim, esta é uma forma de avaliar o peso atual 
de 
amputados. 
 
 
8
% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Segmentos do corpo e suas porcentagens correspondentes . 
Fonte: Osterkamp, 1995. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
4.1.10. ADEQUAÇÃO DE PESO 
 
 
Adequação do peso (%) = peso atual X 100 
 peso ideal 
 
 
 
Adequação do peso (%) Estado nutricional 
≤ 70 Desnutrição grave 
70,1 a 80 Desnutrição moderada 
80,1 a 90 Desnutrição leve 
90,1 a 110 Eutrofia 
110,1 a 120 Sobrepeso 
> 120 Obesidade 
Fonte: Blackburn, G.L. & Thornton, P.A. 1979. 
 
 
 
4.1.11. PESO AJUSTADO 
 
 
Quando o indivíduo apresenta adequação de peso superior a 115% ou inferior a 95% em 
relação ao peso ideal, deve-se utilizar o peso ajustado na determinação da necessidade energética e de 
nutrientes. 
Considera-se que 25% da gordura corporal total representem a massa gorda metabolicamente 
ativa. 
É importante utilizar o peso ajustado no estabelecimento de metas para perda de peso visando 
atingir o peso ideal, que nesse caso é estabelecido a partir do IMC desejável. 
 
 
Peso ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual 
19 
 
 
4.2 ESTATURA CORPORAL 
 
 
É um termo que pode ser utilizado tanto para o comprimento quanto para a altura. 
Deve ser medida utilizando-se um estadiômetro ou antropômetro. 
 
 
Técnica de medição da altura: 
 
a) A pessoa deverá estar sem calçados e sem adornos na cabeça. 
 
b) A pessoa deve ser posicionada encostada em uma parede lisa, sem rodapés, com as costas 
retas, com cinco pontos de seu corpo tocando a parede: calcanhares, panturrilha, nádegas, 
ombros e região occipital. 
c) Os braços devem estar estendidos, soltos ao longo do corpo e os pés unidos, encostados na 
parede. Os olhos devem ficar fixos à frente, na linha do horizonte. 
d) Baixar o cursor até tocar a parte superior da cabeça. 
e) Solicitar que o indivíduo avaliado se retire. 
f) Fazer a leitura e registrar o valor obtido imediatamente. 
 
g) Se necessário, repetir o procedimento, registrar o valor obtido e fazer a média entre os 
valores. 
 
 
 
 
4.2.1 ESTIMATIVA DA ALTURA 
 
Quando não é possível aferir a altura do indivíduo, esta pode ser estimada por meio de 
métodos alternativos, como os descritos a seguir. 
 
 
Altura do Joelho: 
 
 
O indivíduo deverá estar em posição supina ou sentado o 
mais próximo possível da extremidade da cadeira, com o joelho 
esquerdo flexionado em ângulo de 90º. Medir o comprimento 
entre o calcanhar e a superfície anterior da perna na altura do 
joelho. 
 
 
 
 
 
Para o cálculo utiliza-se a equação proposta por Chumlea. 
 
Homens [64,19 – (0,04 x idade em anos) + (2,02 x altura do joelho em cm)] 
 
 
Mulheres [84,88 – (0,24 x idade em anos) + (1,83 x altura do joelho em cm)]
20 
 
 
 
 
Extensão dos braços ou envergadura: 
 
Os braços devem estar estendidos no nível dos ombros, formando um ângulo de 90º com o 
corpo. Mede-se a distância entre os dedos médios das mãos utilizando-se uma fita métrica flexível. A 
medida obtida corresponde à estimativa de estatura do indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
Estatura recumbente: 
 
O indivíduo deve estar em posição supina e com o leito horizontal completo. Marcar o lençol na 
altura da extremidade da cabeça e da base do pé no lado direito do indivíduo com o auxílio de um 
triangulo. Medir a distancia entre as marcas utilizando uma fita métrica flexível.
21 
 
 
 
 
4.3 CIRCUNFERÊNCIAS 
 
 
 
 
São medidas de crescimento e podem indicar o estado nutricional e o padrão de gordura 
corporal, com exceção da circunferência cefálica, que indica o crescimento cerebral. 
 
As principais medidas são: 
 
Circunferência da cintura (CC) 
Circunferência do quadril (CQ) 
Circunferência braquial (CB) 
Circunferência do Pescoço 
 
 
O modelo clássico de distribuição corporal subdivide o organismo em dois componentes: 
componente de gordura e componente isento (ou livre) de gordura. A localização ou distribuição 
regional da gordura corporal tem se tornado assunto de grande interesse. Dois tipos físicos foram 
descritos com base na distribuição da gordura corporal: 
 
 
 
Tipo andróide (maçã): 
 
Caracteriza-se pelo acúmulo de gordura na região abdominal, localizada tanto entre os órgãos 
(obesidade visceral) quanto no tecido subcutâneo. Este tipo de disposição da gordura está associado 
a maior ocorrência de doenças crônicas. 
 
Tipo ginóide (pera): 
 
Caracteriza-se pelo acúmulo de gordura na região glúteo-femoral (quadril, nádegas e pernas). 
Este tipo é mais comumente observado em mulheres. 
 
 
 
Amensuração das circunferências corporais permite que sejam analisados os padrões de 
distribuição de gordura corporal e suas modificações. 
 
As medidas de circunferências podem ser utilizadas para a estimativa da distribuição da 
gordura corporal, de forma isolada ou combinada, em índices a serem comparados com padrões 
populacionais.
22 
 
 Homens Mulheres 
Baixo risco 
Risco aumentado 
< 94 
94 
< 80 
80 
Risco muito aumentado 102 88 
 
 
 
 
4.3.1 CIRCUNFERÊNCIA (PERÍMETRO) DA CINTURA 
 
Algumas referências sugerem que a determinação da circunferência da cintura pode promover 
de forma prática e sensível correlação entre distribuição de gordura e riscos de saúde. 
 
O acúmulo excessivo de gordura na região abdominal (obesidade visceral), está relacionado a 
anormalidades metabólicas e representa um fator de risco para o desenvolvimento de comorbidades 
tais como: Diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias, hepatopatias, 
problemas respiratórios, etc., que por sua vez aumentam o risco de doenças cardiovasculares 
 
Técnicas de aferição: 
 
Embora a circunferência de cintura seja largamente utilizada, há descrições diferentes para a 
aferição e, consequentemente, ausência de consenso entre os pesquisadores e protocolos 
publicados, o que pode gerar conflitos no momento da tomada da medida. Entre as mais utilizadas 
estão: 
 
 o ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela (OMS, 2000) 
 
 o menor perímetro entre o tórax e o quadril (Anthropometric Standardization Reference 
 
Manual, 1988) 
 
 o nível a 2 centímetros acima da cicatriz umbilical (Lohman et al, 1991) 
 
 o nível da cicatriz umbilical (Chuang et al., 2006). 
 
 o nível imediatamente acima das cristas ilíacas (National Institute of Health, 2000) 
 
A aferição da circunferência de cintura é feita com o uso de uma fita antropométrica inelástica e 
flexível, a qual deve circundar o indivíduo, no sentido horizontal, em um dos pontos citados acima. A 
leitura deve ser feita ao final de uma expiração normal, sem compressão da pele. 
 
 
 
 
Tabela 7. Classificação do risco de doenças cardiovasculares segundo a circunferência da 
cintura
 
Risco de doenças cardiovasculares 
 
Circunferência de cintura (cm)
 
 
 
 
 
Fonte: WHO (2000).
23 
 
 
 
 
4.3.2 CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL 
 
 
Técnica de aferição 
 
 
A circunferência do quadril é determinada com a fita posicionada 
ao nível de maior protuberância posterior dos glúteos, no plano 
horizontal. 
O indivíduo a ser medido deve usar roupas finas. 
 
 
 
RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL (RCQ) 
 
A relação cintura quadril (RCQ) tem sido utilizada com freqüência para identificar a deposição 
de gordura na região abdominal. Essa relação também parece ter um alto poder de predição das 
doenças metabólicas crônicas. 
A relação proposta é a seguinte: 
 
RCQ = 
circunferência da cintura (cm) 
circunferência do quadril (cm)
 
 
Para interpretação dos resultados desta relação foram propostos alguns valores referenciais 
que indicam o risco à saúde. 
De acordo com o Consenso Latino-Americano de Obesidade (1998), RCQ > 0,90 para homens 
e > 0,85 para mulheres estão relacionados a maior risco para doenças cardiovasculares. Valores 
empregados para adultos (20 a 69 anos). 
Bray e Gray (1986) apresentaram valores referenciais indicando o risco, de acordo com a idade 
e o sexo do indivíduo (Tabela 8). 
 
 
Tabela 8. Risco de alterações metabólicas segundo a proporção entre a circunferência da cintura e 
do quadril (RCQ). 
 
RISCO DE ALTERAÇÕES METABÓLICAS 
 
 
 
 
HOMENS 
IDADE BAIXO MODERADO ALTO MUITO ALTO 
20-29 < 0,83 0,83 – 0,88 0,89 – 0,94 > 0,94 
30-39 < 0,84 0,84 – 0,91 0,92 – 0,96 > 0,96 
40-49 < 0,88 0,88 – 0,95 0,96 – 1,00 > 1,00 
50-59 < 0,90 0,90 – 0,96 0,97 – 1,02 > 1,02 
60-69 < 0,91 0,91 – 0,98 0,99 – 1,03 > 1,03 
 
 
 
 
MULHERES 
IDADE BAIXO MODERADO ALTO MUITO ALTO 
20-29 < 0,71 0,71 – 0,77 0,78 – 0,82 > 0,82 
30-39 < 0,72 0,72 – 0,78 0,79 – 0,84 > 0,84 
40-49 < 0,73 0,73 – 0,79 0,80 – 0,87 > 0,87 
50-59 < 0,74 0,74 – 0,81 0,82 – 0,88 > 0,88 
60-69 < 0,75 0,76 – 0,83 0,84 – 0,90 > 0,90 
Fonte: Bray e Gray (1986). 
 
É importante considerar que os estudos mostram que a circunferência de cintura isolada é mais 
fortemente associada a risco de doenças cardiovasculares do que a RCQ. 
 
 
 
24 
 
 
4.3.3 CIRCUNFERÊNCIA DO PESCOÇO 
 
A circunferência do pescoço deve ser medida na base do pescoço, na altura da cartilagem 
cricotireoidea (Figura 1 abaixo). Em homens com proeminência, a CP deve ser aferida abaixo da 
proeminência. Quanto à classificação da circunferência do pescoço, utilizaram-se os valores <37 
cm e >37 cm para homens ou <34 cm e >34 cm para mulheres. 
 
24 
 
 
 
 
4.3.4 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO 
 
A circunferência do braço (CB) representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo, 
muscular e gorduroso do braço. 
 
Para fazer a medida da CB inicialmente deve-se determinar o ponto médio do braço, que 
corresponde ao ponto entre a borda súpero-lateral do acrômio e o olécrano. 
 
Ponto médio do braço: 
 
 O avaliado deve flexionar o braço direito, formando um ângulo de 90 graus. 
 Calcula-se então a distância absoluta entre os pontos de referência anatômica (entre o processo 
acromial da escápula e o processo olécrano da ulna). 
 Marca-se o ponto médio com uma caneta dermográfica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acrômio 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olécrano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circunferência (perímetro) do braço: 
 
 O avaliado deve deixar os braços soltos, ao longo do 
corpo, e as mãos viradas para as coxas. 
 A fita deve circundar o braço no nível do ponto médio 
anteriormente marcado, de forma ajustada evitando 
compressão da pele ou folga. 
A medida é feita no braço direito.
25 
 
 
 
 
A medida de CB encontrada é comparada com padrões de referência, propostos por Frisancho: 
 
26 
 
 
 
 
E interpretada da seguinte forma: 
 
 
< p5 circunferência reduzida 
≥ p5 até < p15 risco de circunferência reduzida 
≥ p15 até < p85 normal 
≥ p85 circunferência aumentada 
Fonte: Frisancho (1990). 
 
A adequação da CB pode ser determinada por meio da equação a seguir e o estado nutricional 
classificado de acordo com a tabela 10. 
 
Adequação da CB (%) = 
CB obtida (cm) x 100 
CB percentil 50
 
 
Tabela 10. Estado nutricional segundo circunferência do braço. 
Desnutrição grave Desnutrição moderada Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
< 70% ≥ 70 a < 80% ≥ 80 a < 90% ≥ 90 a < 110% ≥110 a <120% ≥ 120% 
 
Fonte: Blackburn e Thorton (1979). 
 
A partir da circunferência do braço e por meio das equações matemáticas a seguir, é possível 
estimar a quantidade de gordura e músculo, utilizando como padrão de referência as tabelas 
propostas por Frisancho (1979, 1981). 
 
 Circunferência muscular do braço (CMB) 
 Área muscular do braço corrigida (AMBc) 
 Área de gordura do braço (AGB) 
 
 
 
CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB) 
 
Avalia a reserva de tecido muscular (sem correção da área óssea). É obtida a partir dos valores 
 
de CB e da dobra cutânea tricipital (DCT). 
 
 
CMB (cm) = CB (cm) - x [ DCT (mm) / 10] 
 
Onde = 3,14 
 
O resultado é comparado com o padrão de referência proposto por Frisancho (Quadro B2) e 
classificado da seguinte forma: 
 
 
< p5 deficiência de massa magra 
≥ p5 até < p10 risco de déficit de massa magra 
≥ p10 até < p90 normalidade 
≥ p90 obesidade ou musculatura desenvolvida 
 
 Fonte: Frisancho (1990). 
 
 
27 
 
 
 
 
 
Quadro B2. Distribuição dos percentis da circunferência muscular do braço (cm). 
 
28 
 
2O cálculo da adequação pode ser realizado por meio da fórmula a seguir: 
 
Adequação da CMB (%) = 
CMB obtida (cm) x 100 
CMB percentil 50
 
 
 
O estado nutricional pode ser classificado de acordo com a tabela a seguir: 
 
Tabela 11. Estado nutricional segundo circunferência muscular do braço (CMB). 
Desnutrição grave Desnutrição moderada Desnutrição leve Eutrofia 
< 70% ≥ 70 a < 80% ≥ 80 a <90% ≥90 a <110% 
Fonte: Blackburn e Thorton (1979). 
 
 
ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA (AMBc) 
 
Esta medida avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea. A AMBc reflete a 
verdadeira magnitude das mudanças do tecido muscular. É obtida por meio de fórmulas de acordo 
com o gênero: 
 
Homem: AMBc (cm
2
) = 
[CB (cm) - x DCT (mm) / 10]
2 
- 10 
 
4
 
Mulher: AMBc (cm
2
) = 
[CB (cm) - x DCT (mm) / 10]
 
4 
– 6,5
 
 
 
De acordo com os padrões propostos por Frisancho (Quadros B3 e B4), a classificação do 
estado nutricional pode ser feita pela tabela abaixo: 
 
Tabela 12. Estado nutricional segundo área muscular do braço corrigida (AMBc). 
 
Classificação Desnutrição grave Desnutrição moderada / leve Eutrofia 
AMBc percentil < 5 percentil 5 - 15 percentil > 15 
Fonte: Frisancho (1990). 
 
 
 
ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO (AGB) 
 
A medida pode ser obtida pela equação a seguir: 
 
 
AGB (cm
2
) = 
CMB (cm) x [DCT (mm) / 10] 
2 
x [DCT (mm) / 10] 
 - 
2 4 
 
 
 
 
Os resultados são comparados com as referências estabelecidas por Frisancho nos Quadros 
 
B5 e B6.
29 
 
 
 
 
Quadro B3. Distribuição dos percentis da área muscular do braço corrigida (cm
2
), de acordo com a 
idade para homens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Frisancho (1990)
30 
 
 
 
 
Quadro B4. Distribuição dos percentis da área muscular do braço corrigida (cm
2
), de acordo com a 
idade para mulheres. 
 
 
 
 
Fonte: Frisancho (1990).
31 
 
 
 
 
Quadro B5. Percentis de área de gordura do braço (cm
2
) de acordo com a idade para homens. 
 
 
 
 
Fonte: Frisancho (1990).
32 
 
 
 
 
Quadro B6. Percentis de área de gordura do braço (cm
2
), de acordo com a idade para mulheres. 
 
 
 
Fonte: Frisancho (1990).
33 
 
 
 
 
4.4.DOBRAS CUTÂNEAS 
 
 
As dobras ou pregas cutâneas e as circunferências corporais são também utilizadas como 
indicadores do estado nutricional. O padrão de referência mais empregado no mundo foi proposto por 
Frisancho (1990) e adotado pela Organização Mundial a Saúde. 
A espessura da dobra cutânea reflete a espessura da pele e tecido adiposo subcutâneo em 
locais específicos do corpo. A aferição da dobra é um método relativamente simples, de baixo custo e 
não invasivo, para estimar a gordura corporal total, porém exige que o avaliador seja bem treinado. 
São medidas que expressam a quantidade de tecido adiposo corporal, por meio de medida da 
espessura de dobras cutâneas e equações matemáticas (preditivas) que sempre devem ser 
adequadas à população avaliada, por faixa etária, sexo, etnia, atividade física, entre outras 
características. O seu uso correto depende de uma adequada coleta das medidas e, para tanto, deve 
se seguir às instruções de locais padronizados para sua coleta e posteriormente fazer a escolha da 
melhor equação a ser utilizada. 
 
 
As principais dobras utilizadas são: 
 
Dobra cutânea tricipital (DCT) 
Dobra cutânea bicipital (DCB) 
Dobra cutânea subescapular (DCSe) 
Sobra cutânea suprailíaca (DCSi) 
 
 
Porém, existem outras dobras cutâneas também utilizadas, especialmente em atletas: 
Dobra cutânea abdominal (DCA) 
Dobra cutânea supraespinal (DCSES) 
Dobra cutânea da coxa proximal (DCCP) 
Dobra cutânea da coxa medial (DCCM) 
Dobra cutânea da panturrilha medial (DCP) 
Dobra cutânea torácica (DCTO) 
Dobra cutânea axilar média (DCAM)
34 
 
 
 
 
INSTRUMENTOS PARA MEDIR AS DOBRAS CUTÂNEAS 
 
 
 
 
 
 
Lange Harpenden Cescorf – científico Sanny – científico 
 
Cescorf – clínico Sanny – clínico 
 
 
 
Os instrumentos usados para medir a espessura do tecido subcutâneo em milímetro são 
chamados adipômetros ou plicômetros ou compassos. 
Vários tipos têm sido utilizados, no entanto, os do tipo Lange (Beta Technology Incorporated) 
e Harpenden (British Indicators) são os que têm demonstrado maior precisão na espessura 
observada e na consistência em medidas repetidas. O adipômetro de fabricação nacional, Cescorf 
(Cescorf Equipamentos Ltda), com mecânica e design muito similares aos do tipo Harpenden, 
também tem sido recomendado. Outra opção de adipômetro de fabricação nacional, o do tipo Sanny 
(American Medical do Brasil, Ltda), ainda merece maiores estudos antes de sua recomendaçnao para 
uso rotineiro. 
Para a medição da espessura das dobras é importante que o avaliador esteja familiarizado 
com a técnica de medida. A medida poderá sofrer influência das variações na reprodutibilidade intra e 
interavaliadores. 
 
 
PROCEDIMENTOS PADRONIZADOS PARA MEDIÇÃO DAS DOBRAS CUTÂNEAS 
 
 
 Realizar as medidas sempre do mesmo lado do indivíduo (o mais indicado é fazer do lado 
direito); 
 Identificar e marcar cuidadosamente com caneta dermográfica o ponto anatômico 
correspondente à dobra cutânea; 
 Definir o tecido subcutâneo das estruturas mais profundas por intermédio do polegar e do dedo 
indicador da mão esquerda; 
 Destacar a dobra cutânea e colocar o polegar e o dedo indicador, separados por 
aproximadamente 8 cm entre si, sobre uma linha perpendicular ao eixo que acompanha a dobra 
da pele. Quanto mais espesso for o tecido subcutâneo, maior deverá ser a distância entre o 
polegar e o dedo indicador para destacar a dobra cutânea;
35 
 
 
 
 
 Destacar a dobra cutânea por volta de 1 cm acima do ponto de medida; 
 
 Manter a dobra cutânea destacada enquanto estiver realizando a medida; 
 
 Aplicar a borda superior do adipômetro perpendicular à dobra e no ponto exato do reparo; 
 Soltar a pressão das hastes do adipômetro lentamente; 
 Aguardar por volta de 2 a 3 segundos, depois de soltar a pressão das hastes do adipômetro para 
 
que a leitura da medida seja realizada. 
 
 
Alguns outros cuidados devem ser tomados a fim de aprimorar a qualidade das medidas: 
 
 Realizar 3 medidas no mesmo local, tomadas de forma alternada em relação às demais. Na 
eventualidade de ocorrerem discrepâncias superiores a 5% entre uma das medidas e as demais 
no mesmo local, nova série de 3 medidas deverá ser realizada. 
 Não se aconselha realizar as medidas imediatamente após a realizacão de exercícios físicos. 
 
Neste caso, o deslocamento de fluidos corporais em direção à pele, em consequência de 
adaptações biológicas resultantes de esforços físicos, tende a aumentar a espessura das dobras 
cutâneas. 
 Além disso, devem-se realizar as medidas sempre diretamente na pele do avaliado, quando esta 
estiver seca e sem nenhum produto que possa ocasionar o deslizamento dos dedos do avaliador 
ou das bordas do adipômetro.
36 
 
 
 
 
4.4.1 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL PELAS DOBRAS CUTÂNEAS 
Dobra cutânea biciptal (DCB ou PCB) 
A dobra cutânea bicipital é utilizada em fórmula de predição de gordura corporal total. A 
aferição dessa dobra deve ser feita com a palma da mão voltada para frente; no ventre muscular do 
bíceps, na mesma linha de marcação para o tríceps, com a dobra destacada 1 cm acima do local a 
ser medido. 
 
 
Dobra cutânea tricipital (DCT ou PCT) 
 
 
É a mais rotineiramente usada na prática clínica para o monitoramento do estado nutricional, 
pois considera que a região do tríceps seja a mais representativa da camada subcutânea de gordura. 
É mensurada na parte posterior do braço, relaxado, estendidoao longo do corpo, ao nível do 
ponto médio do braço. 
Sua medida isolada é comparada ao padrão de referência de Frisancho (Quadro C1), 
 
pondendo ser avaliada diretamente pelo percentil ou pela porcentagem de adequação. 
 
 
Percentil < 5 Déficit de gordura 
Percentis ≥ 5 a <15 Risco de déficit de gordura 
Percentis ≥ 15 a <85 Adequado 
Percentil ≥ 85 Excesso de gordura 
 
 
 
A adequação é calculada pela equação: 
 
 
Adequação da DCT (%) = 
DCT obtida (mm) x 100 
DCT percentil 50 (mm) 
 
 
 
 
% Adequação DCT Classificação 
< 70% Desnutrição grave 
≥ 70 e < 80% Desnutrição moderada 
≥ 80 e < 90% Desnutrição leve 
≥ 90 e < 110% Eutrofia 
≥ 110% Excesso de gordura 
Frisancho, 1990.
37 
 
 
 
 
 
Quadro C1. Distribuição dos percentis da dobra cutânea tricipital (mm): 
 
38 
 
 
 
 
Dobra cutânea supra-ilíaca (DCSI ou PCSI) 
 
 
Essa dobra normalmente utilizada como indicador do percentual de gordura corporal. 
 
A dobra deverá ser medida na linha axilar média, obliquamente em relação ao eixo 
longitudinal, na metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca ou dois dedos acima da 
crista ilíaca. É necessário que o avalido afaste levemente o braço para trás para permitir a execução 
da medida. 
 
 
 
Dobra cutânea subescapular (DCSE ou PCSE) 
 
 
Essa dobra é medida ao longo da linha natural da pele, logo abaixo do ângulo inferior da 
escápula, com o adipômetro aplicado 1 cm abaixo dos dedos, estando o indivíduo com os braços e 
ombros relaxados. A DCSE é preditora da gordura corporal total, quando utilizada em combinação 
com outras dobras, mas também pode ser comparada aos valores de referência propostos por 
Frisancho (Quadros C2 e C3). 
 
 
Percentil < 5 Déficit de gordura 
Percentis ≥ 5 a <15 Risco de déficit de gordura 
Percentis ≥ 15 a <85 Adequado 
Percentil ≥ 85 Excesso de gordura 
Frisancho, 1990.
39 
 
 
 
 
Quadro C2. Distribuição dos percentis da dobra cutânea subescapular (mm) de acordo com a idade 
para homens: 
 
 
 
Fonte: Frisancho (1990).
40 
 
 
 
 
Quadro C3. Distribuição dos percentis da dobra cutânea subescapular (mm) de acordo com a idade 
para mulheres: 
 
 
 
Fonte: Frisancho (1990).
41 
 
 
 
 
SOMATÓRIA DAS DOBRAS CUTÂNEAS 
 
 
A somatória das 4 dobras cutâneas (DCT + DCB + DCSE + DCSI) pode ser utilizada para 
determinar o percentual de gordura corporal (%GC) em adultos eutróficos. Para isso deve-se 
consultar a tabela C1. 
 
 
Tabela C1. Porcentagem estimada de gordura corporal, obtida por meio da soma de quatro dobras 
cutâneas (subescapular, suprailíaca, tricipital e bicipital): 
 
 
 
Fonte: Durnin e Womersley (1974).
42 
 
 
 
 
Para classificação do percentual de gordura corporal, existem diferentes parâmetros, como se pode 
ver nas tabelas abaixo: 
 
 
Tabela 13 – Classificação do percentual de gordura para homens: 
 
Classificação 
 Valores (%) de acordo com a idade (anos) 
 20-29 30-39 40-49 50-59 >60 
 
Excelente (atlético) <11 <12 <14 <15 <16 
Bom 11-13 12-14 14-16 15-17 16-18 
Dentro da média 14-20 15-21 17-23 18-24 19-25 
Regular 21-23 22-24 24-26 26-27 26-28 
Alto percentual de gordura >23 >24 >26 >27 >28 
Adaptado de Robergs e Roberts, Jackson e Pollock e Jackson et al. Fonte: Ribeiro SML, Melo, CM. Avaliação de adultos. In: 
Tirapegui J, Ribeiro SML. Avaliação Nutricional: teoria e prática. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2011. p 241. 
 
 
Tabela 14 – Classificação do percentual de gordura para mulheres: 
 
Classificação 
 Valores (%) de acordo com a idade (anos) 
 20-29 30-39 40-49 50-59 >60 
 
Excelente (atlético) <16 <17 <18 <19 <20 
Bom 16-19 17-20 18-21 19-22 20-23 
Dentro da média 20-28 21-29 22-30 23-31 24-32 
Regular 29-31 30-32 31-33 32-34 33-35 
Alto percentual de gordura >31 >32 >33 >34 >35 
Adaptado de Robergs e Roberts, Jackson e Pollock e Jackson et al. Fonte: Ribeiro SML, Melo, CM. Avaliação de adultos. In: 
Tirapegui J, Ribeiro SML. Avaliação Nutricional: teoria e prática. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2011. p 241. 
 
 
Tabela 15 – Classificação sugerida para o percentual de gordura corporal para adultos. 
 
Classificação Homens (%) Mulheres (%) 
Magro 
Ótimo 
< 8 
8 - 15 
< 13 
13 - 23 
Leve adiposidade 16 - 20 24 - 27 
Adiposidade 
Obesidade 
21 - 24 
≥ 25 
28 - 32 
≥ 33% 
Adaptado de Lee & Nieman (1985). Fonte: Ribeiro SML, Melo, CM. Avaliação de adultos. In: Tirapegui J, Ribeiro SML. 
Avaliação Nutricional: teoria e prática. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2011. p 242. 
 
 
Tabela 16 – Valores de referência de porcentagem de gordura para homens: 
 
nível / Idade 18-25 26 - 35 36 - 45 46 - 55 56 – 65 
Excelente 4 a 6% 8 a 11% 10 a 14% 12 a 16% 13 a 18% 
Bom 8 a 10% 12 a 15% 16 a 18% 18 a 20% 20 a 21% 
Abaixo da média 12 a 13% 16 a 18% 19 a 21% 21 a 23% 22 a 23% 
Média 14 a 16% 18 a 20% 21 a 23% 24 a 25% 24 a 25% 
Acima da média 17 a 20% 22 a 24% 24 a 25% 26 a 27% 26 a 27% 
Ruim 20 a 24% 24 a 27% 27 a 29% 28 a 30% 28 a 30% 
Muito ruim 26 a 36% 28 a 36% 30 a 39% 32 a 38% 32 a 38% 
Fonte: Pollock & W ilmore,1993. 
 
 
Tabela 17 – Valores de referência de porcentagem de gordura para mulheres: 
 
nível / Idade 18-25 26 - 35 36 - 45 46 - 55 56 – 65 
Excelente 13 a 16% 14 a 16% 16 a 19% 17 a 21% 18 a 22% 
Bom 17 a 19% 18 a 20% 20 a 23% 23 a 25% 24 a 26% 
Abaixo da média 20 a 22% 21 a 23% 24 a 26% 26 a 28% 27 a 29% 
Média 23 a 25% 24 a 25% 27 a 29% 29 a 31% 30 a 32% 
Acima da média 26 a 28% 27 a 29% 30 a 32% 32 a 34% 33 a 35% 
Ruim 29 a 31% 31 a 33% 33 a 36% 35 a 38% 36 a 38% 
Muito ruim 33 a 43% 36 a 49% 38 a 48% 39 a 50% 39 a 49% 
Fonte: Pollock & W ilmore,1993
43 
 
 
 
 
Tabela 18 – Classificação dos valores de referência para percentuais de gordura corporal, de acordo 
com o gênero. 
Classificação 
 Gordura corporal (%) 
 Homens Mulheres 
 
Risco de doenças e distúrbios associados à desnutrição ≤ 6 ≤ 8 
Abaixo da média 6 – 14 9 – 22 
Média 15 23 
Acima da média 16 – 24 24 – 31 
Risco de doenças associadas à obesidade ≥ 25 ≥ 32 
Fonte: Lohman (1992) 
44 
 
 
 
 
EQUAÇÕES PARA ESTIMATIVA DA PORCENTAGEM DE GORDURA CORPORAL A 
PARTIR DE DOBRAS CUTÂNEAS 
 
 
Além da soma das 4 dobras, existem outras equações preditivas de percentual de gordura. 
Algumas delas utilizam também o cálculo da densidade corporal. 
 
 
Faulkner (1968): 
 
Uma das equações mais utilizadas no Brasil durante as décadas de 70 e 80, específica de 
nadadores. 
% G = 5,783 + 0,153 x (tríceps + subescapular + suprailíaca + abdominal) 
 
% G = 5,783 + 0,153 x 0,8 x (tríceps + subescapular + suprailíaca + abdominal + coxa) 
 
 
Guedes (1985): 
 
Essas equações surgiram a partir de um estudo com estudantes da Universidade Federal de Santa 
 
Maria (RS), sendo 110 homens e 96 mulheres entre 18 e 30 anos de idade. 
 
Homens D = 1,1714 – 0,0671 Log10 (tríceps + suprailíaca + abdominal) 
 
Mulheres D = 1,1665 – 0,0706 Log10 (coxa + suprailíaca + subescapular) 
 
 
Jackson & Pollock (1978): 
 
Propõe equações para a estimativa da densidade corporal de homens, com base em estudo de 308 
indivíduos de 18 a 61 anos de idade, utilizando-se da soma de 7 dobras cutâneas ou de 3 dobras 
cutâneas, além da idade:Soma de 7 dobras cutâneas: D = 1,112 – 0,00043499 (x1) + 0,00000055 (x1)
2 
– 0,00028826 (x3) 
 
Soma de 3 dobras cutâneas: D = 1,10938 – 0,0008267 (x2) + 0,0000016 (x2)
2 
– 0,0002574 (x3) 
 
X1 = soma de 7 dobras cutâneas (torácica, axilar média, tríceps, subescapular, abdominal, 
suprailíaca e coxa) 
X2 = soma de 3 dobras cutâneas (torácica, abdominal e coxa) ou (torácica, subescapular e tricipital) 
X3 = idade em anos 
 
 
Jackson & Pollock (1980): 
 
Propõe equações para a estimativa da densidade corporal de mulheres, com base em estudo de 249 
indivíduos de 18 a 55 anos de idade, utilizando-se da soma de 7 dobras cutâneas ou de 3 dobras 
cutâneas, além da idade: 
Soma de 7 dobras cutâneas: D = 1,097 – 0,00046971 (x1) + 0,00000056 (x1)
2 
– 0,00012828 (x3) 
 
Soma de 3 dobras cutâneas: D = 1,10994921 – 0,0009929 (x2) + 0,0000023 (x2)
2 
– 0,0001392 (x3) 
 
X1 = soma de 7 dobras cutâneas (torácica, axilar média, tríceps, subescapular, abdominal, 
suprailíaca e coxa) 
X2 = soma de 3 dobras cutâneas (tricipital, suprailíaca e coxa) ou (tricipital, suprailíaca e abdominal) 
X3 = idade em anos
45 
 
 
 
 
SIRI (1961): 
 
A partir da estimativa da densidade corporal é calculado o percentual de gordura corporal. 
 
 
% G = (4,95 / D) – 4,50) x 100 
 
 
 
Estas equações já apresentam tabelas com percentual de gordura calculado de acordo com o 
somatório das dobras sugeridas para avaliação. Assim, se torna desnecessário o calculo da equação 
de SIRI (1961). 
 
 
 
Durnin & Womersley (1974): 
 
Amostra da população americana, 209 homens de 17 a 72 anos e 272 mulheres de 16 a 68 anos, que 
utiliza as seguintes dobras: 
Subescapular, Tríceps, Bíceps, Suprailíaca (homens e mulheres) 
 
 
Equações para cálculo da densidade corporal para homens: 
 
17 a 19 anos D = 1,1620 – 0,0630 Log10 (∑dobras) 
20 a 29 anos D = 1,1631 – 0,0632 Log10 (∑dobras) 
30 a 39 anos D = 1,1422 – 0,0544 Log10 (∑dobras) 
40 a 49 anos D = 1,1620 – 0,0700 Log10 (∑dobras) 
50 a 72 anos D = 1,1715 – 0,0779 Log10 (∑dobras) 
17 a 72 anos D = 1,1765 – 0,0744 Log10 (∑dobras) 
 
Equações para cálculo da densidade corporal para mulheres: 
 
16 a 19 anos D = 1,1549 – 0,0678 Log10 (∑dobras) 
20 a 29 anos D = 1,1599 – 0,0717 Log10 (∑dobras) 
30 a 39 anos D = 1,1423 – 0,0632 Log10 (∑dobras) 
40 a 49 anos D = 1,1333 – 0,0612 Log10 (∑dobras) 
50 a 68 anos D = 1,1339 – 0,0645 Log10 (∑dobras) 
16 a 68 anos D = 1,1567 – 0,00717 Log10 (∑dobras) 
 
 
 
Petroski (1995): 
Amostra da população do sul do Brasil, 213 homens e 304 mulheres de 18 a 66 anos, que utiliza as 
seguintes dobras: 
 
Mulheres: Axilar média, suprailíaca, coxa, e panturrilha 
 
 
Homens: Subescapular, tríceps, suprailíaca, panturrilha
46 
 
 
 
 
Equação para cálculo da densidade corporal para homens: 
 
 
D = 1,10726863 – 0,00081201 (x1) + 0,00000212 (x1)2 – 0,00041761 (x2) 
0nde: x1 – soma das dobras SE, TR, SI e PM 
x2 – idade em anos 
 
 
 
Equação para cálculo da densidade corporal para mulheres: 
 
 
D = 1,1954713 – 0,07513507 Log 10 (x1) – 0,00041072 (x2) 
0nde: x1 – soma das dobras AX, SI, CX e PM 
x2 – idade em anos 
 
 
 
 
 
Thorland et al (1984): 
 
Publico estudado: 144 homens e 133 mulheres atletas. 
 
Dobras utilizadas: axilar media tricipital, subescapular, suprailíaca, coxa, panturrilha medial. 
 
 
Sexo masculino: 
Equações para cálculo da densidade corporal com a soma de 7 dobras: 
D = 1,1091 – 0,00052 (x1) + 0,00000032 (x1)2 
0nde: x1 – soma das dobras TR, SE, AX, SI, AB, CX e PM 
 
Equações para cálculo da densidade corporal com a soma de 3 dobras: 
D = 1,1136 – 0,00154 (x2) + 0,00000516 (x2)2 
0nde: x2 – soma das dobras TR, SE e AX. 
 
 
Sexo feminino: 
Equações para cálculo da densidade corporal com a soma de 7 dobras: 
 
D = 1,1046 – 0,00059 (x1) + 0,00000060 (x1)2 
0nde: x1 – soma das dobras TR, SE, AX, SI, AB, CX e PM 
 
Equações para cálculo da densidade corporal com a soma de 3 dobras: 
D = 1,0987 – 0,00122 (x2) + 0,00000263 (x2)2 
0nde: x2 – soma das dobras TR, SE e SI.
47 
 
 
 
 
5. BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA (BIA) 
 
 
Caracteriza-se pela passagem de uma corrente elétrica alternante, que flui entre dois 
eletrodos, pelos componentes corporais. Este método baseia-se nas diferentes condutibilidades 
elétricas de vários tecidos biológicos expostos a freqüências de correntes. 
Para o exame, aplica-se um par de eletrodos (técnica tetrapolar) na mão e outro no pé do 
paciente, pelos quais passará uma corrente elétrica de baixa densidade e freqüência fixa pelo corpo 
do individuo. A impedância é influenciada pela resistência apresentada pelos diversos tecidos à 
condução da corrente elétrica e a reactância, que representa a oposição adicional ocasionada pela 
capacidade de isolamento em relação à passagem da corrente elétrica por parte das membranas 
celulares e tecidos. 
Os tecidos que apresentam grande quantidade de água e eletrólitos, como o líquido 
cefalorraquidiano, o sangue e os músculos, possuem elevada condutibilidade; ao contrário, gordura, 
osso e tecidos com baixas concentrações de água fornecem alta resistência a passagem da corrente 
elétrica. Dessa forma é possível estimar o percentual de gordura, massa magra e água corporal total 
do indivíduo. 
O exame é simples, relativamente barato e não invasivo. 
 
Alguns fatores como o estado de hidratação do indivíduo e a temperatura corporal, podem 
influenciar os resultados obtidos com a impedância bioelétrica. Indivíduos com marcapasso e 
gestantes não devem ser avaliados. 
 
 
Abaixo seguem as recomendações para a realização do exame: 
 Deve-se realizar o exame no mesmo período do ciclo menstrual; 
 O peso e a estatura deverão ser aferidos com precisão de 0,5 cm e 0,1 Kg, respectivamente 
 
(não são válidos estatura e peso relatados); 
 
 Não consumir bebidas alcoólicas nas 48 horas que antecedem o teste; 
 
 Não praticar atividade física moderada ou intensa nas 12 horas que antecedem o teste; 
 Não ingerir medicamentos diuréticos nos 7 dias que antecedem o teste; 
 Realizar jejum hídrico e sólido nas 4 a 8 horas que antecedem o teste; 
 Esvaziar a bexiga pelo menos 30 minutos antes do teste. 
 
 
O procedimento: 
 
 O avaliado deverá estar deitado em decúbito dorsal, em posição confortável e relaxado, sem 
calçados, anéis, relógio, pulseiras e afins, com as pernas bem afastadas (45º entre si), os braços 
afastados cerca de 30º do tronco, as mãos abertas e apoiadas no colchão da maca; 
 O avaliado não deve tocar superfícies metálicas durante o exame; 
 
 O indivíduo deve permanecer deitado por 5 a 10 minutos, em repouso total, antes de executar o 
teste; 
A pele deve ser higienizada com álcool para melhorar a aderência do eletrodo à pele;
48 
 
 
 
 
 Os eletrodos devem ser colocados sempre do mesmo lado do corpo e em pontos anatômicos 
específicos (exige algum treinamento), pois uma variação no posicionamento dos eletrodos pode 
alterar os resultados; 
 Os eletrodos devem ser colocados à uma distância mínima de 5 cm entre si, movendo o eletrodo 
 
proximal se necessário. 
 
Posição dos eletrodos: 
 
1. sobre a articulação metacarpofalangiana; 
 
2. entre as proeminências distais do rádio e 
da ulna; 
3. próximo à articulação metatarsofalangiana 
4. entre o maléolo medial e lateral do 
tornozelo.
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidados em relação ao equipamento utilizado: 
 O aparelho deverá estar devidamente calibrado; 
 A bateria, que deve ter autonomia para realizar mais de 20 testes, deve estar carregada a fim de 
 
evitar alterações da corrente; 
 
 Os cabos devem medir até 2 metros de comprimento e o diâmetro deve seguir a recomendação 
do fabricante; 
 Os eletrodos devem ter área de superfície maior que 4 cm
2 
e devem ser compatíveis com o 
 
equipamento; 
 Recomenda-se armazenar os eletrodos em embalagens fechadase protegidos do calor para 
assegurar a aderência. 
 
 
 
 
Interpretação do exame: 
 
Valores de resistência e reactância fornecem uma estimativa da composição corporal por 
meio de equações que são elaboradas para populações específicas conforme sexo, idade, etnia e 
condição clínica, entre outros.

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