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Introdução à Avaliação Física na Educação Física

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Cineantropometria Aula 1 
Introdução à Avaliação na Educação Física
A avaliação física é tida como uma tomada de decisão sobre a qualidade de algo que se tenha medido (PITANGA, 2008). Para tanto, o avaliador deve ter a compreensão que quando se avalia o movimento humano, o indivíduo deve ser observado de uma maneira global e não unicamente em seu aspecto físico (MACHADO e CAL ABAD, 2012). Assim, o avaliador experiente sabe da necessidade de ter uma perspectiva de referências, conseguidas por meio da comparação entre resultados, que podem ser do próprio avaliado ou de um grupo onde o mesmo está inserido (PITANGA, 2008). 
Nesta linha, entende-se que a avaliação física tem por finalidade verificar a situação atual de uma pessoa ou grupo de pessoas, levantando a demanda de suas reais necessidades, a fim de fornecer subsídios para a prescrição do exercício físico seguro (SOUZA e PEREIRA, 2019). 
Um processo avaliativo reside em três fatores básicos a serem considerados: 
· Medida. 
· Teste. 
· Avaliação. 
 Medida 
Entende-se como sendo a determinação de uma grandeza, ou seja, atribuir um valor numérico a alguma característica do avaliado (PITANGA, 2008). Quando nos referimos à medida estamos nos referindo a aspectos numéricos, a uma característica ou desempenho, mensurado conforme padrões pré-estabelecidos (SOUZA e PEREIRA, 2019). Cabe enfatizar que uma característica marcante da medida é o seu caráter quantitativo (PITNAGA, 2008). Exemplos: a medida de quilograma quando medimos o peso corporal, o metro ou os centímetros quando avaliamos a estatura do avaliado. 
 Para aplicação da medida devem-se conhecer três questões básicas a serem respondidas (SOUZA e PEREIRA, 2019): 
· O que medir? 
· Por que medir? 
· Como medir? 
O que mediar para conhecer a situação do avaliado e direcionar e orientar ações? Podemos medir capacidade aeróbia, envergadura, estatura, dobras cutâneas etc. 
 Teste 
 É um instrumento, uma metodologia ou um conjunto de técnicas, usado para se obter uma medida, de uma pessoa ou grupo de pessoas. Por meio dos testes é que os valores numéricos das medidas são determinados (PITANGA, 2008). Exemplos: estadiômetro, balança.  Numerosos testes são propostos para avaliação das variáveis relacionadas à saúde e ao desempenho. Durante a escolha pelo teste A ou B, deve-se levar em consideração três critérios básicos: a validade, a confiabilidade e a fidedignidade/reprodutibilidade (SOUZA e PEREIRA, 2019). 
 Validade – O teste mede o que se propõem a medir. Ao criar um novo teste e o correlacioná-lo com o teste padrão ouro, eles obrigatoriamente terão uma forte correlação. Pode-se sugerir que a validade sugere o erro da medida.  
Fidedignidade – Confiança e precisão de um teste pelo mesmo avaliador ou avaliador diferente. Tem a ver com a não variação da medida de um mesmo teste quando realizado em dois momentos distintos. Assim, uma medida repetida duas vezes ou mais devem apresentar os mesmos resultados ou ter uma correlação moderada a forte. 
Objetividade – Diz respeito à produção de resultados consistentes da medida quando o teste é aplicado por diferentes avaliadores.  
 
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO (R) 
Grau de concordância entre duas variáveis. Tal correlação pode apresentar associação ou indicar o grau de envolvimento das duas variáveis. Quanto maiores forem os coeficientes para validade, fidedignidade e objetividade, maior será a confiabilidade de sua avaliação física (MACHADO e CAL ABAD, 2012). 
 Tabela 1: Interpretação do Coeficiente de Correlação. 
	Classificação
	Validade
	Fidedignidade
	Objetividade
	Excelente
	0,80 – 1,00
	0,90 – 1,00
	0,95 – 1,00
	Bom
	0,70 – 0,79
	0,80 – 0,89
	0,85 – 0,94
	Regular
	0,50 – 0,69
	0,60 – 0,79
	0,70 – 0,84
	Fraco
	0,00 – 0,49
	0,00 – 0,59
	0,00 – 0,69
 Adaptado: (MACHADO e CAL ABAD, 2012). 
 
Avaliação 
 É um julgamento de valor que interpreta o resultado de uma medida. Uma característica marcante da avaliação é o seu caráter qualitativo (PITANGA, 2008). 
Exemplo: o testado é classificado como estatura baixa, média ou alta. 
 
Avaliação – análise - São técnicas que permitem visualizar a realidade do trabalho que se desenvolve, criando condições para que se entenda o grupo e situe o indivíduo dentro deste grupo. Tal avaliação indica se os objetivos estão ou não sendo atingidos e se a metodologia de trabalho está sendo satisfatória. Permite determinar os pontos fortes e fracos, positivos e negativos (MACHADO e CAL ABAD, 2012).  Exemplo: A estatura do testado está na média do grupo. 
  
Vá mais Longe Sugestões de leitura  
· Leitura do capítulo 1 do livro: MACHADO, ALEXANDRE FERNANDES e CAL ABAD, CÉSAR CAVINATO. Manual de Avaliação Física. 2ª Edição São Paulo SP: Editora Ícone. 2012. 
· Acesso:  http://www.iconeeditora.com.br/pdf/109067407Manual%20de%20Avalia%C3%A7%C3%A3o%20F%C3%ADsica%20FRAGMENTOS%20E%20SUM%C3%81RIO.pdf (Links para um site externo.)  
· Leia o Capítulo 1 do livro: SOUZA, ELIZABETH FERREIRA de; PEREIRA, JULIMAR LUIZ. Medidas e avaliação. Editora Intersaberes. 2019. 
· https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/168141 (Links para um site externo.) 
  
Referências
MACHADO, ALEXANDRE FERNANDES e CAL ABAD, CÉSAR CAVINATO. Manual de Avaliação Física. 2. Ed. São Paulo SP: Editora Ícone. 2012. Acesso: 
 http://www.iconeeditora.com.br/pdf/109067407Manual%20de%20Avalia%C3%A7%C3%A3o%20F%C3%ADsica%20FRAGMENTOS%20E%20SUM%C3%81RIO.pdf (Links para um site externo.) 
PITANGA, GONDIM JOSÉ FRANCISCO.  Testes medidas e Avaliação em Educação Física e Esportes. São Paulo: Phorte, 2008. 
SOUZA, ELIZABETH FERREIRA de; PEREIRA, JULIMAR LUIZ.  Medidas e avaliação. Editora Intersaberes. 2019.
 https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/168141 (Links para um site externo.) 
Slides 1
Conceitos Básico em Cineantropometria Parte I
Objetivos:
· Definir teste, medida e avaliação e os tipos de avaliação;
· Definir avaliação análise.
Conteúdos:
· Importância de realizar uma avaliação Física;
· Conceitos básicos;
Conceitos
· MEDIR 
· TESTAR 
· AVALIAR
· Medida
Processo utilizado para coletar as informações obtidas pelo teste, atribuindo um valor numérico aos resultados conseguidos.
Ex: Estatura do testado.
 
Três questões básicas:
O que medir?
Por que medir?
Como medir?
· Teste
Instrumento, procedimento ou técnica usada para obter-se uma determinada informação. 
Ex: Estadiômetro
Metodologias, organizadas e padronizadas mediante as quais verifica-se o desempenho de uma determinada pessoa. 
 
· Avaliação
É a interpretação dos resultados obtidos pelas medidas clássicas, ou comparação de qualidade do aluno ou atleta, com alguns critérios também preestabelecidos.
Ex: O testado é classificado como estatura, baixa, média ou alta.
· Avaliação - análise
São técnicas que permitem visualizar a realidade do trabalho que se desenvolve, criando condições para que se entenda o grupo e situe-se um indivíduo dentro deste grupo.
Indica se os objetivos estão ou não sendo atingidos, indica se a metodologia de trabalho está sendo satisfatória.
Ex: A estatura do testado está na média do grupo.
Aula 2
Introdução à Avaliação na Educação Física
Ao discorrer sobre o divisor de águas entre medidas e a avaliação física, fica claro que a avaliação é um processo de tomada de decisão, logo, ela vai muito além do que medir ou até mesmo testar, a avaliação física implica em julgamento de valor. Avaliar implica em interpretar o resultado de uma medida, assumindo quase sempre um caráter qualitativo (PITANGA, 2008). Em termos gerais, a avaliação física é um processo que utiliza técnica de medidas para chegar a um diagnóstico (SOUZA e PERREIRA, 2019). 
Neste processo de tomada de decisão, a avaliação física pode ser desmembrada em outras três avaliações, que possuem objetivos e características marcantes no processo avaliativo (PITANGA, 2008). 
· Avaliação Diagnóstica – é a avaliação que se realiza antes do início de um trabalho, seja ele de emagrecimento, fortalecimento ou melhora da qualidade de vida e saúde.Tal avaliação tem por objetivo compreender o estado inicial do avaliado, tentando evitar que o exercício físico seja uma agressão para o avaliado. 
· Avaliação Formativa – é a avaliação (feedback) realizada durante todo o processo de aula ou treinamento do seu aluno ou atleta. Para melhor compreender seria a correção de um exercício, o aumento de uma carga que ficou leve, o aprimoramento de uma técnica etc. Seria a correção do trabalho diariamente para se atingir os objetivos desejados. 
· 
· Avaliação Somativa - seria a análise de todas as avaliações realizadas com o sujeito dentro de um período de tempo ou final do ciclo de treinamento, a fim de verificar a melhora ou piora do estado atlético do avaliado, dando uma nota de conceito ao mesmo.  Ou ainda seria o momento da reavaliação de uma determinada aptidão física. 
 Segundo Pitanga (2008), os objetivos de uma avaliação física podem ser os mais variados podendo destacar: 
1) Avaliar o estado inicial do aluno. 
2) Detectar deficiências. 
3) Acompanhar o crescimento e desenvolvimento. 
4) Replanejar o exercício físico. 
5) Impedir que a atividade seja uma agressão. 
6) Motivar os alunos. 
Rotinas e fases de um processo de avaliação: 
a) Preparatória: síndrome do jaleco branco, temperatura sala, controlar a umidade relativa do ar. 
Seleção: conhecimento do teste, preparação das fichas de registro, preparação da área do teste, treinamento do avaliador. 
b) Aplicação dos Testes:  última revisão,  explicação,  aquecimento,  administração,  motivação,  segurança.  
c) Pós-teste: recolhimento das fichas de registro, comparação dos resultados com as normas, construção de perfis e gráficos, interpretação dos resultados. 
Ao analisar as fases e rotinas de um processo avaliativo, percebe-se que o avaliador deve ter total conhecimento e domínio do que está fazendo. O avaliador ainda deve mostrar confiança e segurança nos procedimentos que esteja realizando ao avaliado. Você tem que ter em mente, que se necessário for, deverá descrever a metodologia dos testes ao avaliado quantas vezes forem necessárias e explicar o que o teste se propõe a medir. Você deve também informar o tipo de vestimentas apropriadas para realizar a avaliação, preparar o avaliado para a realização do teste e cuidar sempre da sua integridade física (SOUZA e PERREIRA, 2019).
 Para o autor citado anteriormente, o avaliador dever criar um ambiente positivo, para que o avaliado apresente o seu melhor desempenho durante os testes. Durante a aplicação de muitos testes, os mesmo devem ocorrer pensando no processo de poupar energia, partindo dos mais fáceis para os mais complexos, para não comprometer a performance do avaliado. 
 
Etapas básicas de uma avaliação:  
Anamnese: questionário de perguntas simples, mas importantes, a respeito dos hábitos e do estilo de vida do avaliado, bem como históricos familiares de doenças ou episódios que mereçam cuidados durante a prática do exercício físico (SOUZA e PERREIRA, 2019).  
Composição corporal: determinação de massa corporal total, estatura, circunferências, diâmetros, massa magra, massa gorda, percentual de gordura etc. 
Testes Neuromotores: avaliação da força máxima, força explosiva, força de resistência etc. 
Testes Cardiorrespiratórios: avaliação da capacidade de captar oxigênio do ar a nível celular. 
 
Princípios básicos para uma boa Avaliação Física: 
· O processo avaliativo deve ser pensado conforme o objetivo principal. 
· Lembrar da relação entre teste, medida e avaliação. 
· Avaliação deve ser feita por pessoa treinada. 
· Interpretar os resultados do indivíduo avaliado como um todo. 
· Tudo que existe pode ser medido. 
· Nenhum teste ou medida é perfeito. 
· Re-teste. 
· Testes que se aproximem da realidade do testado. 
 
Reforçando 
Precisão das Medidas: 
Dois erros comuns: 
· Erro de medida       
1) Erro de equipamento: quando o equipamento não é aferido previamente. 
2) Erro de avaliador: quando o avaliador erra ao fazer uma leitura do cronômetro, na leitura da trena, na contagem do número de repetições de execução.      
3) Erro de procedimento: quando existe algo errado na administração do teste; por exemplo, aquecimento prévio para a execução do teste, quando não estava contido nas normas do teste.  
· Erro sistemático: como erro sistemático pode-se citar as diferenças biológicas; por exemplo, se a medida da estatura de um indivíduo for realizada nas primeiras horas da manhã ter-se-á uma medida diferente de outra feita à tarde. 
 Vá mais Longe
· Leitura do capítulo 1 do livro: MACHADO, ALEXANDRE FERNANDES e CAL ABAD, CÉSAR CAVINATO. Manual de Avaliação Física. 2. Ed. São Paulo SP: Editora Ícone. 2012. Acesso:  
· http://www.iconeeditora.com.br/pdf/109067407Manual%20de%20Avalia%C3%A7%C3%A3o%20F%C3%ADsica%20FRAGMENTOS%20E%20SUM%C3%81RIO.pdf (Links para um site externo.) 
· Leia o Capítulo 1 do livro: SOUZA, ELIZABETH FERREIRA de; PEREIRA, JULIMAR LUIZ. Medidas e avaliação. Editora Intersaberes. 2019.
·  https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/168141 (Links para um site externo.) 
 Referências
MACHADO, ALEXANDRE FERNANDES e CAL ABAD, CÉSAR CAVINATO. Manual de Avaliação Física. 2. Ed. São Paulo SP: Editora Ícone. 2012. Acesso:  
http://www.iconeeditora.com.br/pdf/109067407Manual%20de%20Avalia%C3%A7%C3%A3o%20F%C3%ADsica%20FRAGMENTOS%20E%20SUM%C3%81RIO.pdf (Links para um site externo.) 
PITANGA, GONDIM JOSÉ FRANCISCO.  Testes, Medidas e Avaliação em Educação Física e Esportes. São Paulo: Phorte, 2008. 
SOUZA, ELIZABETH FERREIRA de; PEREIRA, JULIMAR LUIZ. Medidas e avaliação.  Editora Intersaberes. 2019. 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/168141 (Links para um site externo.) 
Slides 2
Conceitos Básico em Cineantropometria
Objetivos:
· Principal diferença entre medida e avaliação;
· Determinar o momento de se realizar uma Avaliação Física;
· Apresentar os principais tipos de Avaliação Física;
· Mostrar as principais fases de um processo de Avaliação Física;
· Apresentar as fases de uma avaliação Física;
· Comentar os princípios básicos para uma boa Avaliação Física;
· Conteúdos:
· Principal diferença entre medida e avaliação;
· Tipos de avaliação;
· Princípios básicos para uma boa Avaliação Física;
· Precisão das medidas;
· Principal diferença entre medida e avaliação
· Medida
Abrange um aspecto quantitativo.
· Avaliação
Abrange um aspecto qualitativo.
· Tipos de avaliação
· Diagnóstica
Antes de um determinado processo.
Conhecer as condições iniciais dos indivíduos e a partir daí serem traçados objetivos finais do cliente ou aluno/atleta.
· Formativa
Durante o processo.
Verificar o andamento do seu trabalho (desempenho), enquanto ainda houver tempo para se fazer modificações.
· Somativa
Após o processo.
Analisar o aluno/atleta, no final do processo, a fim de darmos um conceito ou uma nota.
 
Avaliação Formativa (reavaliação) Cits
· Força Dinâmica e Hipertrófica Obtida após 12 microciclos de treinamento
· Força Explosiva e Estática Obtida após 6 microciclos de treinamento
· Resistência Anaeróbia Obtida após 6 microciclos de treinamento
· Resistência Aeróbia Obtida após 10 microciclos de treinamento
· Resistência muscular localizada Obtida após 8 microciclos de treinamento
· Velocidade e flexibilidade Obtida após 16 microciclos de treinamento
Avaliação Somativa
· Avaliações realizadas pelo Profissional de Educação Física 
· Crescimento físico, Maturação Biológica, Desempenho Motor.
· Proporcionalidade Corporal, Somatotipo.
· Composição Corporal, Estado Nutricional.
· Atividade Física Habitual. 
· Aspectos Funcionais: Sistemas energéticos.
· Aspectos Funcionais: Sistema musculoarticular. 
· Quando realizamos uma avaliação Física?
· Avaliar o estado inicial do aluno.
· Detectar deficiências.
· Acompanhar o crescimento e desenvolvimento.
· Replanejaro exercício físico.
· Impedir que a atividade seja uma agressão.
· Etapas básicas de uma avaliação
· Anamnese
· ComposiçãoCorporal· Testes Neuromusculares
· Testes cardiorespiratórios
· Princípios básicos para uma boa Avaliação Física
· O processo avaliativo deve ser pensado conforme o objetivo principal.
· Lembrar da relação entre teste, medida e avaliação.
· Avaliação deve ser feita por pessoa treinada.
· Interpretar os resultados do indivíduo avaliado como um todo.
· Tudo que existe pode ser medido.
· Nenhum teste ou medida é perfeito.
· Re-teste.
· Testes que se aproximem da realidade do testado.
· Precisão das Medidas
· Dois erros comuns:
· Erro de medida - Erro de Equipamento
 - Erro de Avaliador
 - Erro de Procedimento
· Erro sistemático.
REFERÊNCIA: 
1) MACHADO, ALEXANDRE FERNANDES e CAL ABAD, CÉSAR CAVINATO. Manual de Avaliação Física. 2ª Edição São Paulo SP: Editora Ícone. 2012. Acesso: 
http://www.iconeeditora.com.br/pdf/109067407Manual%20de%20Avalia%C3%A7%C3%A3o%20F%C3%ADsica%20FRAGMENTOS%20E%20SUM%C3%81RIO.pdf 
2) PITANGA, GONDIM JOSÉ FRANCISCO. Testes medidas e Avaliação em Educação Física e Esportes. São Paulo: Phorte, 2008.
3 )SOUZA, ELIZABETH FERREIRA de; PEREIRA, JULIMAR LUIZ. Medidas e avaliação. Editora Intersaberes. 2019. https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/168141
Aula 3
Modelos e técnicas de composição corporal
Estudos sobre os parâmetros da composição corporal começaram a ganhar notoriedade, a partir dos trabalhos relacionados ao fracionamento do peso corporal em seus diversos componentes (PITANGA, 2008). A partir da análise da composição corporal, podem-se investigar os efeitos das intervenções no estilo de vida (dietas, atividade física etc.) nos compartimentos corporais como a massa magra e massa gorda (CICEK et al., 2014).  Devido à composição corporal interferir no desempenho motor, na capacidade de gerar trabalho, na qualidade de vida e saúde geral das pessoas, ela é uma área de grande interesse de pesquisa, seja na Educação Física, Medicina Esportiva, no Treinamento Desportivo e na Nutrição (CEZAR, 2000). 
 Na perspectiva do esporte de alto rendimento, o controle da composição corporal torna-se fundamental, uma vez que valores inadequados podem desfavorecer o desempenho, pois em algumas modalidades esportivas, a composição corporal tem interferência direta no sucesso competitivo, como é o caso do fisiculturismo, modalidades de lutas que são categorizadas por peso corporal entre outros (SOUZA e PEREIRA, 2019).Cabe enfatizar que a avaliação da composição corporal é a quantificação dos principais componentes estruturais do corpo humano. Evidente que o tamanho e formas corporais possuem uma carga genética herdada e, nesta base estão dispostos em proporções variadas os três maiores componentes estruturais do corpo humano: proteínas (músculo), minerais (ossos) e as gorduras (BIESEK, ALVES e GUERRA, 2015). 
Dependendo do modelo teórico utilizado o fracionamento do corpo pode ser separado em dois componentes: massa gorda e massa livre de gordura; três componentes: massa gorda, massa muscular e massa óssea e quatro componentes: gordura, músculos, ossos e vísceras (CEZAR, 2000). Outros pesquisadores Wang et al. (1992), acabaram por sugerir que os métodos de composição corporal podem ser organizados em cinco níveis: I: atômico (divide o corpo em elementos químicos); II: molecular (lipídios, água, proteínas, carboidratos e minerais); III:  celular (massa celular total, fluídos e sólidos extracelulares); IV: sistema tecidual (categorizam o corpo em tecidos: conectivo, epitelial, muscular e nervoso): e V: corpo inteiro (analisa as características morfológicas do corpo enquanto tamanho, forma e proporções). Cabe enfatizar que a soma dos elementos de cada um dos níveis resulta na massa corporal.
Cada modelo teórico possui vantagens e desvantagens e, cabe ao avaliador conhecer cada uma delas e escolher a que melhor se adapta a sua realidade (BIESEK, ALVES e GUERRA, 2015). Todavia, o modelo mais utilizado na Educação Física é o modelo de dois componentes. Quando você conhece algumas informações, relativamente simples pode-se determinar estes componentes por fórmulas matemáticas (SOUZA e PEREIRA, 2019).Em relação às metodologias para determinar a composição corporal, estas podem ser diretas, quando o componente é estimado de maneira direta, como na dissecação de cadáveres; indiretas, quando uma variável é empregada para estimativa de um determinado tecido ou componente molecular; e duplamente indiretas, quando uma variável indireta é adotada para estimar outra variável indireta, como é o caso das equações de predição (SOUZA e PEREIRA, 2019). 
Em complemento o mesmo autor cita os métodos utilizados para a determinação da composição corporal, podem-se citar os padrões ouro: a dissecação de cadáveres, os exames médicos por imagem, como a ressonância eletromagnética e a tomografia computadorizada, os laboratoriais como a densitometria por meio da pesagem hidrostática, a plestimografia, a absortometria de raio X de dupla energia. Como métodos de campo, encontra-se a bioimpedância, as dobras cutâneas. Caber reforçar que de acordo com a exigência quanto à precisão, à exatidão e à validação das informações a serem tratados, os procedimentos clínicos podem caracterizar-se como opção aceitável e acessível para análise dos componentes associados à composição corporal. As técnicas com características clínicas mais empregadas são a bioimpedância elétrica e a antropometria por intermédio das medidas de espessura de dobras cutâneas (GUEDES, 2013). 
 
Dissecação de Cadáveres – Técnica direta da determinação da composição corporal, por meio da dissecação dos tecidos. Claro que este método não pode ser feito em indivíduos com vida, o mesmo restringe-se apenas a cadáveres. Todavia, esta metodologia fornece embasamento teórico para os métodos indiretos (PITANGA, 2008). 
  (Fonte: Charro et al., 2010) 
Pesagem Hidrostática – Tal metodologia fundamenta-se no princípio de Arquimedes. Para tanto, o avaliado é completamente submerso em um tanque de água e com o deslocamento de água por ele causado estima-se sua densidade corporal. As limitações do método dizem respeito ao tempo de realização do exame e adaptação do avaliado ao meio líquido (GUEDES, 2013). Quando a avaliação ocorre com crianças às limitações reside nas alterações do conteúdo mineral, água corporal e densidade dos componentes de massa isenta de gordura e da cooperação do avaliado (SANT'ANNA; PRIORE; FRANCESCHINI, 2009). 
 (Fonte: Macardle, Katch e Katch, 2016). 
Plestimografia – Este método estima o volume corporal por meio do deslocamento de ar. Ele utiliza a relação inversa entre pressão e volume com base na lei de Boyle para determinar o volume corporal. Definido esse volume, é possível aplicar os princípios da densitometria para determinar a composição corporal por meio do cálculo da densidade corporal (SANT'ANNA; PRIORE; FRANCESCHINI, 2009). 
 Absortometria de raio X de dupla energia (DEXA) – Uma tecnologia conhecida como um método de referência para pesquisas em composição corporal. Esta metodologia tem a capacidade de estimar os valores de gordura, mineral ósseo e massa muscular, muito utilizado para diagnóstico de osteoporose. O DEXA é considerado um método alternativo para ser utilizado no lugar da hidrodensitometria  como referência para validação de equações para estimativa da composição corporal, porque é rápido, requer o mínimo de cooperação do avaliado e considera a variação individual no conteúdo de mineral ósseo (PITANGA, 2008). 
Bioimpedância Elétrica (BIA) - A técnica utiliza corrente elétrica de baixa intensidade para seu funcionamento e baseia-se na impedância corporal, que varia de acordo com os tecidos corporais. O corpo humano é um circuito elétrico composto por uma resistência (água e massa livre de gordura) em série com um condensador (membranas celulares e gordura). Dessa forma, com informações a respeito da BIA ou de algum de seus parâmetros pode-se estimar a quantidade de água corporal, e, admitindo valores constantes, a proporção de massa livre de gordurae gordura corporal (GUEDES, 2013). Fatores como os níveis de hidratação, temperatura cutânea, metais presentes no corpo, ciclo menstrual, comer beber, atividade física antes do teste podem influenciar diretamente na qualidade dos resultados (PITANGA, 2008). 
 (Fonte: Pitanga, 2008). 
Espessura das Dobras Cutâneas – O método se fundamenta na informação que a grande proporção da gordura corporal se encontra localizada no tecido subcutâneo, e, dessa forma, dimensões de sua espessura são utilizadas como indicador da quantidade de gordura localizada naquela região do corpo (GUEDES, 2013). Para o mesmo autor, como a disposição da gordura localizada no tecido subcutâneo não se apresenta de forma uniforme por todo o corpo, medidas de espessura de dobras cutâneas devem ser realizadas em várias regiões a fim de se obter visão mais clara sobre sua disposição. 
 
Vá mais Longe
Leitura do capítulo 3 do livro: SOUZA, ELIZABETH FERREIRA de; PEREIRA, JULIMAR LUIZ. Medidas e avaliação. Editora Intersaberes. 2019. https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/168141 (Links para um site externo.) 
 Leitura do artigo CEZAR, C. Alguns Aspectos Básicos Para Uma Proposta De Taxionomia No Estudo Da Composição Corporal, Com Pressupostos Em Cineantropometria. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2000; 6(5): 188-93. http://www.scielo.br/pdf/rbme/v6n5/v6n5a04.pdf (Links para um site externo.) 
Leia o artigo de GUEDES, DARTAGNAN PINTO. Procedimentos Clínicos Utilizados Para Análise Da Composição Corporal. Rev bras cineantropom desempenho hum. 2013; 15(1): 113-29. http://www.scielo.br/pdf/rbcdh/v15n1/v15n1a11 (Links para um site externo.) 
Leia o artigo de SANT'ANNA, MÔNICA DE SOUZA L; PRIORE, SILVIA ELOÍZA; FRANCESCHINI, SYLVIA DO CARMO C. Métodos De Avaliação Da Composição Corporal Em Crianças. Revista Paulista de Pediatria. 2009; 27(3): 315-21. http://www.scielo.br/pdf/rpp/v27n3/13.pdf (Links para um site externo.) 
 
 Referências
BIESEK, SIMONE; ALVES, LETICIA AZEN e GUERRA, ISABELA. Estratégias de Nutrição e Suplementação No Esporte. 3ª Edição: Editora Manole. 2015.
 https://www.livrebooks.com.br/livros/estrategias-de-nutricao-e-suplementacao-no-esporte-simone-biesek-leticia-azen-alves-isabela-guerra-b5tucwaaqbaj/baixar-ebook (Links para um site externo.) 
CEZAR, C. Alguns Aspectos Básicos Para Uma Proposta De Taxionomia No Estudo Da Composição Corporal, Com Pressupostos Em Cineantropometria. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2000; 6(5): 188-93. http://www.scielo.br/pdf/rbme/v6n5/v6n5a04.pdf (Links para um site externo.) 
CICEK B, OZTURK A; UNALAN D; BAYAT M; MAZICIOGLU MM; KURTOGLU S. Four-site skinfolds and body fat percentage references in 6-to-17-year old Turkish children and adolescents. J Pak Med Assoc. 2014; 64(10): 1154-61. 
GUEDES, DARTAGNAN PINTO. Procedimentos Clínicos Utilizados Para Análise Da Composição Corporal. Rev bras cineantropom desempenho hum. 2013; 15(1): 113-29. 
http://www.scielo.br/pdf/rbcdh/v15n1/v15n1a11 (Links para um site externo.) 
PITANGA, GONDIM JOSÉ FRANCISCO. Testes medidas e Avaliação em Educação Física e Esportes. São Paulo: Phorte, 2008.  
SANT'ANNA, MÔNICA DE SOUZA L; PRIORE, SILVIA ELOÍZA; FRANCESCHINI, SYLVIA DO CARMO C. Métodos De Avaliação Da Composição Corporal Em Crianças. Revista Paulista de Pediatria. 2009; 27(3): 315-21. 
http://www.scielo.br/pdf/rpp/v27n3/13.pdf (Links para um site externo.) 
SOUZA, ELIZABETH FERREIRA de; PEREIRA, JULIMAR LUIZ. Medidas e avaliação. Editora Intersaberes. 2019. 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/168141 (Links para um site externo.) 
SLIDES 3 
 Composição Corporal
Modelos e técnicas de composição corporal
· Objetivos:
Apresentar os modelos e técnicas de composição corporal.
· Conteúdos:
· Composição Corporal 
· Composição Corporal – Modelos de Composição Corporal
· Composição Corporal - Técnicas
· Composição Corporal
· Quantificação dos principais componentes estruturais do corpo humano. 
· O tamanho e as formas corporais são determinados basicamente pela carga genética de cada indivíduo e formam a base sobre a qual são dispostos, em proporções variadas.
Os três maiores componentes estruturais do corpo humano: 
· Osso. 
· Músculo. 
· Gordura. 
· O conhecimento da quantidade de cada um destes elementos é importante:
· Indicador da constituição dos indivíduos;
· Preditores de performance e/ou capacidade de trabalho. 
· Modelos de Composição Corporal
Existem várias formas de fracionar o peso ou massa corporal de um indivíduo em seus elementos constitutivos. 
• Embora o corpo seja constituído de numerosos elementos, os cientistas, para fins didáticos, sugerem alguns modelos:
· 
· 2 componentes é constituído pela:
· Massa gordurosa (MG).
· Massa corporal magra (MCM) 
· ou massa isenta de gordura (MIG).
· 4 componentes é constituído pela:
· Massa gordurosa (MG).
· Massa muscular (MM).
· Massa residual (MR).
· Massa óssea (MO).
· Técnicas de Composição Corporal
Procedimentos Diretos
• Informações “in vitro”, mediante dissecação macroscópica ou extração lipídica.
Procedimentos Indiretos
• Informações de domínio físico e químico, com base em pressupostos biológicos.
Procedimentos Duplamente Indiretos
• Informações com base em modelos de regressão, a fim de predizer variáveis associadas aos procedimentos indiretos.
Procedimentos Diretos
Composição corporal
1) Dissecação de cadáver
• Os diferentes componentes do corpo são separados e pesados um a um.
 
2) Análise Química (extração lipídica)
• Corpo triturado (liquidificador industrial)
• A partir da mistura: separa os componentes gordurosos e isentos de gordura.
• Realizado em espécies animais
• Um dos poucos estudos em seres humanos foi o de Forbes, Cooper e Mitchell (1953)
Procedimentos Indiretos
Densitométricos
• Pesagem Hidrostática
• Pletismografia
Imagens
• Radiologia Convencional
• Ultra-sonografia
• Tomografia Axial Computadorizada
• Ressonância Nuclear Magnética
• Absortometria Radiológica de Dupla Energia (DEXA)
Bioquímicos
• Hidrometria
• Espectrometria de Raios Gama
• Espectrofotometria
• Ativação de Nêutrons
• Excreção de creatinina
Procedimentos Duplamente Indiretos
· Condutividade Elétrica Corporal Total
Total Body Electrical Conductivity –TOBEC.
· Interactância de Raios Infravermelho
Absorção de Radiação Infravermelha.
· Bioimpedância Elétrica
Condutibilidade Elétrica – Água Corporal.
· Antropometria
Medidas Externas de Dimensões Corporais.
 
Bioimpedância Elétrica
Pressuposto Teórico:
• Diferenças nos níveis de condutibilidade elétrica nos tecidos biológicos expostos a várias frequências de corrente.
Suposição Metodológica:
• Massa isenta de gordura torna-se principal responsável pela condutibilidade da corrente elétrica, por conter grande parte da água e dos eletrólitos do organismo. 
 Fonte: Pitanga, 2008
Procedimentos Prévios para Utilização da Técnica de Bioimpedância Elétrica
• Não fazer uso de medicamentos diuréticos nos últimos 7 dias.
• Manter-se em jejum por pelo menos 4 horas.
• Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas últimas 48 horas.
• Ter-se abstido da prática de atividades físicas intensas nas últimas 24 horas.
• Urinar pelo menos 30 minutos antes da medida.
• Manter-se pelo menos 5-10 minutos de repouso absoluto em posição decúbito dorsal antes de efetuar as medidas.
• Realizar as medidas na primeira hora pós-despertar.
▪ Vantagens: 
· Não requer treino nem técnica.
· Baixo custo e tempo de coleta pequeno.
· Fácil de aplicar em qualquer ambiente.
▪ Desvantagens: 
· Requer controle da hidratação e temperatura.
· Frágil nos extremos.
· Requer preparo.
REFERÊNCIA: 
1) BIESEK, SIMONE; ALVES, LETICIA AZEN e GUERRA, ISABELA. Estratégias de Nutrição e Suplementação No Esporte. 3ª Edição: Editora Manole. 2015. 
https://www.livrebooks.com.br/livros/estrategias-de-nutricao-e-suplementacao-no-esporte-simone-biesek-leticia-azen-alves-isabela-guerra-b5tucwaaqbaj/baixar-ebook 
2 )CEZAR, C. Alguns Aspectos Básicos Para Uma Proposta De Taxionomia No Estudo Da Composição Corporal, Com PressupostosEm Cineantropometria. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2000;6(5): 188-93. http://www.scielo.br/pdf/rbme/v6n5/v6n5a04.pdf 
Aula 4
Modelos e técnicas de composição corporal
A Antropometria é a ciência que estuda e avalia o tamanho, o peso e as proporções do corpo humano, por meio de medidas de rápida e fácil realização, não necessitando para isso equipamentos sofisticados e de alto custo financeiro. Em se tratando das medidas, as mesmas seguem padronizações e para tanto a correta demarcação dos pontos anatômicos são de fundamental importância, para que as medidas antropometrias sejam feitas de maneira correta. Tal rigor, se faz necessário para que os resultados sejam claramente entendidos e possam ser igualmente utilizados por outros autores. Estas medidas têm sido usadas nas áreas que estudam a composição corporal: Educação Física; Ciências do Esporte e Medicina Esportiva (FERNADES FILHO, 2003; PITANGA, 2008).
Outro termo comum é cineantropometria, onde cine significa movimento, mover-se. Assim, por cineantropometria pode-se entender como medida do nosso corpo em atividades em movimento (JUNIOR e PIRES, 2018). Temos que ter em mente que o conceito foi desenvolvido, para estudo do tamanho, da forma, proporção, composição corporal e maturação do corpo humano, com objetivo  de  melhor  conhecimento  do  comportamento  humano  e  seu  crescimento, desenvolvimento e envelhecimento em relação à atividade física (PITANGA, 2008). 
A partir do exposto, deve-se ter em mente que o primeiro passo para conhecer as medidas antropométricas é conhecer e utilizar a posição anatômica. Pode-se definir Posição Anatômica, a posição do corpo ereto, cabeça e olhos voltados para frente, com os braços e antebraços ao longo do corpo, com as palmas voltadas para frente, pés unidos e voltados para frente (SOUZA e PEREIRA, 2019).  
(Posição Anatômica Fonte: Junior e Pires, 2018) 
Além disso, para situar a cabeça adequadamente na posição anatômica, deve-se utilizar como referência o plano de Frankfurt. Tal plano é caracterizado por uma linha imaginária que passa pelo ponto mais baixo do bordo inferior da órbita direita e pelo ponto mais alto do bordo superior do meato auditivo externo correspondente. Lembrando que esta linha deve estar paralela ao solo (PITANGA, 2008). 
 (Plano de Frankfurt Fonte: Pitanga, 2008). 
Com base nessa posição anatômica, são definidos os planos para a análise dos movimentos (SOUZA e PEREIRA, 2019).  
· Plano Horizontal e Transverso – Divide o corpo em porção superior e inferior. Este plano é utilizado para verificar o processo de hipertrofia muscular de um seguimento. 
· Plano Sagital – Fraciona o corpo em lateral direita e esquerda. Este plano é utilizado para verificar assimetrias entre os lados do corpo, exemplo: altura dos ombros. 
· Plano Frontal o Coronal – Divide o corpo em regiões anterior e posterior. 
 (Fonte: Dhawan; Huang; Kim, 2008). 
A partir da determinação dos planos e eixos antropométricos, as medidas antropométricas são classificadas em lineares, superfície e massa (PITANGA, 2008). 
1. Medidas Lineares: Dividem-se em longitudinais, transversais, anteroposteriores e circunferências. 
1.1 Medidas Lineares longitudinais: Realizadas no sentido do eixo longitudinal (vertical) do corpo humano, recebem o nome de alturas. 
Exemplo:  
Altura de vértex: Distância entre o vértex e a região plantar, também chamada de estatura. O avaliado deve estar sem calçado, com os pés unidos, procurando colocar em contato com a escala de medida as superfícies posteriores dos calcanhares, a cintura pélvica, a cintura escapular a região occipital. Além disso, o avaliado deve estar em apneia respiratória, sendo que as orientações do plano de Frankfurt devem ser rigorosamente observadas. 
1.2 Medidas lineares transversais: realizadas no eixo lateral (transversal) do corpo humano. 
Exemplo: 
Envergadura: Distância entre os dois pontos datiloidais, estando o avaliado com os braços abertos e paralelos (horizontalmente) ao solo. 
1.3 Medidas lineares circunferências: proporcionam informações sobre a totalidade das estruturas morfológicas na secção transversal do segmento corporal. 
Exemplo: 
Circunferência da cintura: medida na altura média entre o ponto íleo-cristal e a última costela flutuante. 
 
Pontos Anatômicos 
Estando o avaliado na posição anatômica, são determinados os seguintes pontos anatômicos, que servem como referência para tomada de medidas antropométricas conforme Pitanga, 2008: 
1) Vértex: Ponto mais superior do crânio. Utilizado para determinar a estatura. 
2) Cervical: Ponto mais posterior do processo espinhos da sétima vértebra cervical. 
3) Acromial: Ponto mais lateral do bordo superior e extremo do processo acromial. 
4) Mesoesternal: Ponto médio do esterno, ao nível da quarta articulação (ângulo do esterno). 
5) Xifoidal – Localizado no ponto mais inferior do externo. 
6) Radial: Ponto mais alto do bordo superior do epicôndilo lateral. 
7) Estiloidal: Ponto mais distal do processo estiloide do rádio. 
8) Dactiloidal: Ponto mais distal da extremidade do dedo da mão direita. 
9) Ileocristal: Ponto mais lateral do bordo superior da crista ilíaca. 
10) Trocantério: Ponto mais alto do trocânter maior do fêmur. 
11) Tibila: Ponto localizado no bordo superior da tuberosidade medial da tíbia. 
12) Maleolar: Ponto mais inferior do maléolo tibial. 
  (Pontos Anatômicos Fonte: Pitanga, 2008). 
Principais Instrumentos de Medida: 
1) Balança: Utilizada para medir o peso corporal total. Podem ser analógicas ou digitais. 
2) Estadiômetro: Utilizado para média estatura. 
3) Antropômetro: É constituído por quatro segmentos metálicos, que se encaixam entre si. Contém uma escala graduada em milímetros ou, nos modelos mais recentes um contador digital. 
4) Paquímetro: Utilizado para medir os diâmetros ósseos. Pode ser reto ou de pontas curvas. 
5) Compasso de dobras cutâneas: Também chamado de adipômetro, plicômetro ou espessímetro. Suas hastes devem possuir pressão constante de 10 g/mm2. Serve para medir as dobras cutâneas. 
6) Fita Métrica: Para medir circunferências ou perímetros. Deve ser metálica e flexível, com graduação em milímetros. 
 
(Instrumentos de Medidas Fonte: Junior e Pires, 2018; Autor, 2020). 
A partir de agora que temos o conhecimento, da posição anatômica, dos planos de movimentos, da classificação das medidas antropométricas, a localização dos pontos anatômicos e os principais instrumentos de medidas, podemos realizar as medidas antropométricas.  
Medidas Antropométricas Básicas 
Cabe dar ênfase que as medidas antropométricas são realizadas com instrumentos de baixo custo, que apresentam técnicas simples para a avaliação morfológica. No entanto, apesar destas características levantadas sobre as medidas, podem fornecer informações mais precisas que outras técnicas e instrumentos sofisticados (JUNIOR E PIRES, 2018). 
Vamos então, agora, conhecer essas medidas antropométricas, iniciando com a medida de massa corporal (peso corporal). 
Massa corporal é o conjunto de matéria orgânica e inorgânica que compõe os diferentes tipos de tecidos e elementos do corpo humano, como os órgãos, vísceras, músculos, ossos, água etc. (JUNIOR E PIRES, 2018). A literatura sugere que existe uma variação da massa corporal ao longo do dia: aproximadamente 1Kg nas crianças e 2kg nos adultos. Assim, para se ter uma confiabilidade maior nesta medida, sugere-se que esta seja realizada pela manhã, após um jejum de 12 horas em média. Outra recomendação é a padronização do período do dia em que a mensuração do peso corporal será realizada (SOUZA e PEREIRA, 2019). 
O instrumento utilizado para mensurar  a  massa  corporal  são  as  balanças  antropométricas  analógicas  e digitais, e ambas devem ter uma precisão de 50 a 100 g.  Em  geral,  a  medida  é  expressa  em gramas ou quilogramas (JUNIOR E PIRES, 2018).   
O protocolo de medida da massa corporal segue o sugerido por Guedes (2006): 
1: o avaliado deve estar descalço e com o mínimo de  roupas  possível.  Durante  todo  o  procedimento,  o avaliado deveevitar inspirações ou expirações profundas. 
2: posicionar o avaliado em pé e de costas para a escala de medida da balança, com os pés afastados de modo que a plataforma da balança fique entre eles. 
3: realizado o passo 2, o avaliado deverá subir na balança, colocando cuidadosamente um pé de cada vez, próximo ao centro plataforma, com afastamento lateral na largura dos quadris e com o peso distribuído igualmente em ambos os pés. 
4: ao estabelecer a posição 3, solicitar que o avaliado mantenha o olhar no plano horizontal, em um ponto fixo, a fim de evitar oscilações do centro de massa. 
5: verificada a posição correta e ausência de oscilações, realizar a leitura da medida.  
Importante: antes de iniciar os procedimentos de coleta da medida, é necessário verificar o nivelamento e calibração da balança. 
Estatura 
A estatura pode ser realizada nas posições ortostática ou em decúbito dorsal (estatura supina). Contudo, esta segunda forma é utilizada apenas em casos especiais: crianças menores de três anos ou indivíduos impossibilitados de serem colocados na posição ortostática (JUNIOR E PIRES, 2018). 
Segundo Pitanga (2008), o protocolo da medida é o seguinte:  
1) O avaliado deve estar na posição ortostática; 
2)O avaliado deve unir os pés, com o ponto pternial em contato com o plano do estadiômetro e as pontas dos pés afastadas em, aproximadamente, 60º. 
3)O peso corporal do avaliado deve estar dividido uniformemente entre os pés, a cabeça orientada no plano Frankfurt paralelo ao solo.  
4)A porção posterior da cintura pélvica, da cintura escapular e região occipital, deve estar em contato com a escala de medida do estadiômetro. 
5)Em posição, a leitura da medida deve ser realizada em apneia após a realização da inspiração máxima.  
Para essa medida, sugere-se a realização do procedimento por três vezes consecutivas, devendo ser descartado os valores extremos.  
Envergadura 
A envergadura é a distância entre os dois dactiloidais com os braços esticados na horizontal. Para se mediar à envergadura utiliza-se uma trena antropométrica ou segmômetro com pelo menos 2 m de comprimento usado em conjugação com um plano vertical (canto entre duas paredes ou ombreira de porta) (FERREIRA, 2016). Em se tratando dos valores esperados para a envergadura, os valores esperados situam-se em torno de 3 cm acima ou abaixo da medida estatura. Portanto, para um indivíduo com 1,80 m, espera-se uma envergadura entre 1,77 e 1,83 m. Valores acima do esperado sugerem características favoráveis para a prática de modalidades como voleibol, tênis, boxe, judô. Nestas modalidades, uma envergadura favorável facilita o contato com a bola ou o contato com o corpo do adversário, no caso das modalidades de combate (SOUZA e PEREIRA, 2019). 
Procedimento: 
1. Avaliado de pé, com os pés juntos, encosta-se à parede. Coloca os membros superiores em abdução no plano horizontal com as palmas das mãos viradas para fora, mantendo os calcanhares, glúteos, costas e braços em contato com a parede. 
2. Avaliado faz uma inspiração máxima e a extensão máxima dos membros superiores. O anotador verifica se o dactiloidais se mantém em contato com o canto da parede. O medidor verifica a horizontalidade dos membros e observa o contato do dactiloidais contra lateral com a haste do segmômetro. 
  (Medida de Envergadura Fonte: Ferreira, 2016) 
Circunferências 
As medidas de circunferências referem-se ao perímetro máximo de um segmento corporal, mensurados por uma fina métrica flexível, não elástica e com precisão milimétrica e marcados com lápis  dermatográfico ou caneta. O procedimento de medida consiste em:  
1) localizar e demarcar o local correspondente à medida;  
2) circundar a fita ao redor do segmento a ser medido, cruzando a escala de medida em seu ponto zero. O avaliador deve certificar-se de que a fita se encontra perfeitamente no eixo horizontal (PITANGA, 2008).   
 
Locais das medidas (Fernandes Filho, 2003): 
Tórax relaxado: ao nível do ponto meso-esternal (linha dos mamilos). 
Tórax Inspirado: solicitar que o avaliado inspire o máximo que puder e mantenha esta posição por volta de 2 segundos para a leitura. 
Tórax Expirado: solicitar que o avaliado expire e mantenha esta posição por volta de 2 segundos para leitura. 
Abdominal: plano horizontal ao nível da cicatriz umbilical. 
Cintura: plano horizontal ao nível da última costela. 
Quadril: plano horizontal ao nível dos pontos trocantes anteriores. 
Braço relaxado: ponto meso-umeral com o braço ao longo do corpo e um pouco abduzido. 
Braço contraído: braço flexionado, com os cotovelos à altura dos ombros, bíceps em contração, mensurando maior perímetro. 
Antebraço: braços ao longo do corpo e antebraço supinado, mensurar o maior perímetro. 
 
Vá mais Longe Sugestões de leitura  
· Leitura do capítulo 1 pág. 34 – 47, do livro: SOUZA, ELIZABETH FERREIRA de; PEREIRA, JULIMAR LUIZ. Medidas e avaliação. Editora Intersaberes. 2019.
  https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/168141 (Links para um site externo.) 
· Leitura do artigo SCHERER, R. L.; FARES, D.; VASCONCELOS, M. P. Perímetros: comparações e reflexões. efdeportes.com Revista Digital. 15(145): 2010. Disponível em:
 https://www.efdeportes.com/efd145/perimetros-comparacoes-e-reflexoes.htm (Links para um site externo.) 
 Referências
DHAWAN, A. P.; HUANG, H. K.; KIM, D.-S. Principles and Advanced Methods in Medical Imaging and Image Analysis. [S.l.]: World Scientific, 2008. 
FERREIRA, CARLOS ALBERTO DE AZEVEDO. Medidas e Avaliação em Educação Física. Rio de Janeiro: Fábrica de Conhecimento. 2016. 
JUNIOR, RAYMUNDO PIRES; PIRES, ANDRÉIA ANTONIA PADILHA. Medidas e Avaliação em Educação Física. Londrina PR: Editora Educacional. 2018. 
SCHERER, R. L.; FARES, D.; VASCONCELOS, M. P. Perímetros: comparações e reflexões. efdeportes.com Revista Digital. 15(145): 2010. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd145/perimetros-comparacoes-e-reflexoes.htm (Links para um site externo.) 
SLIDES 4
Medidas Corporais e seus Padrões
Objetivos:
· Caracterizar as medidas corporais e seus padrões.
· Caracterizar e identificar a estatura, envergadura e as circunferências
Conteúdos:
· Antropometria.
· Estatura.
· Envergadura.
· Circunferências Corporais.
· ANTOPOMETRIA
 “Estuda estas medidas externas do corpo humano, em que se deseja identificar qual o tamanho e forma”.
Saúde.
Crescimento Físico e de indicadores de saúde.
Desempenho. 
Principais Instrumentos de Medidas
 Fonte: Cardiomed.com.br/ acessado em 03/02/2020
· Várias são as referências bibliográficas.
· Padronização dos locais. 
· Marcação pontos - lápis dermatográfico. 
· Duplicatas.
· Erro obtido (1%).
· Não consecutiva, rotacional. 
Marcação dos pontos.
 Classificações das medidas antropométricas
· Medidas Lineares
· Longitudinais
Alturas e comprimentos.
· Transversais
Circunferências, Diâmetros e envergaduras.
· Pontos Anatômicos
· Vértex – Localiza-se na parte mais superior do crânio.
· Acromial–Pontomaislateraldobordosuperioreexternodoprocessoacromial.
· Mesoesternal – Ponto médio do esterno.
· Radial – Ponto mais alto do bordo superior do epicôndilo lateral.
· Estiloidal – Ponto mais distal do processo estilóide do rádio.
· Dactiloida l– Ponto mais distal da extremidade do dedo médio da mão direita.
· Trocantérico – Ponto mais alto do trocânter maior do fêmur.
· Tibial – Ponto localizado no bordo superior da tuberosidade medial da tíbia.
· Maleolar – Ponto mais inferior do maléolo tibial.
 Medidas Lineares longitudinais
Estatura
Avaliado deve estar:
· Descalço;
· Em apnéia;
· Plano de Frank-furt;
· Calcanhares, região pélvica, cintura escapular, região occipital, devem estar em contato com a escala de medidas;
 Fonte: Fernandes Filho, 2003.
Medidas lineares transversais
Envergadura 
Distância entre os dois pontos dactiloidais
 Fonte: Fernandes Filho, 2003
Circunferências corporais
· Membros superiores e inferiores como circunferência do braço, antebraço, coxa e perna. 
· Acompanhar e evolução do tamanho destas regiões.
· Comparação dos tamanhosdo lado direito e esquerdo. 
· Músculos relaxados, quanto contraídos.
· Tronco, (região abdominal)
· Associadas como indicadores de saúde, por estarem associadas a gordura corporal central. 
· Após expiração.
· Medidas obtidas no sentido transversal, em geral, paralelas ao solo.
· Fita antropométrica, preferencialmente inelástica. 
· A fita ser mantida com leve pressão na pele, sem que a mesma fique frouxa ou aperte demais a região a ser avaliada. 
· Lado direito do avaliado.
· Locais das medidas
· Tórax relaxado: ao nível do ponto meso-esternal (linha dos mamilos).
· Tórax Inspirado: solicitar que o avaliado inspire o máximo que puder e mantenha esta posição por volta de 2 segundos para a leitura.
· Tórax Expirado: solicitar que o avaliado expire e mantenha esta posição por volta de 2 segundos para leitura. 
 
· Abdominal: plano horizontal ao nível da cicatriz umbilical.
· Cintura: plano horizontal ao nível da última costela.
· Quadril: plano horizontal ao nível dos pontos trocantes anteriores.
 
· Braço relaxado: ponto meso-umeral com o braço ao longo do corpo e um pouco abduzido.
· Braço contraído: braço flexionado, com os cotovelos a altura dos ombros, bíceps em contração, mensurando maior perímetro.
· Antebraço: braços ao longo do corpo e antebraço supinado, mensurar o maior perímetro. 
 .
 
· Coxa Proximal: fita circundada 2 cm abaixo da dobra glútea;
· Coxa Medial: fita circundada na linha media entre a linha inguinal e a margem superior da patela;
· Coxa Distal – medida, 10 cm acima do bordo superior da patela;
· Panturrilha: fita circundada no maior perímetro. 
 
Aula 5 
Modelos e técnicas de composição corporal - continuação
Diâmetros 
Diâmetro ósseo é uma medida linear transversal Pitanga (2008), que  corresponde  à  medida  da  distância entre dois pontos anatômicos, tomando como referência as proeminências ósseas, que podem ser simétricas ou não. 
A medida de diâmetro ósseo se difere da medida de comprimento, uma vez que é uma medida transversal (JUNIOR e PIRES, 2018). Por meio das medidas de diâmetros existe a possibilidade de determinar a massa óssea e o somatótipo. 
Locais das medidas, conforme Fernandes Filho (2003): 
BIEPICONDILIANO DO ÚMERO: 
· Distância entre o epicôndilo e a tróclea (côndilos umerais lateral e medial). 
· O braço é posicionado horizontalmente, com o antebraço em um ângulo de 90°.  
· O valor médio para homens varia de 5,0 a 10,0 cm e para as mulheres de 4,0 a 8,0 cm.  
BIESTILOIDE DO PUNHO: 
· Distância entre as apófises estiloides do rádio e do cúbito. 
· O braço é estendido e a mão dorso flexionada. 
· Homens possuem valores médios entre 4,5 a 7,5 cm e mulheres entre 4,0 e 7,0 cm. 
BIEPICONDILIANO DO FÊMUR: 
· Distância entre os côndilos lateral e medial do fêmur. 
· A medida é realizada com o indivíduo sentado, a perna deve formar um ângulo de 90° com a coxa. 
· Os homens apresentam valores em torno de 8,0 a 12,5 cm e as mulheres 7,0 a 7,5 cm. 
BIMALEOLAR DO TORNOZELO: 
· Distância entre os maléolos medial e lateral. 
· Pé posicionado em flexão de 90 °. 
· O valor para homens varia entre 6,0 a 8,0 cm e para mulheres de 5,5 a 7,5 cm. 
 Aspectos antropométricos e indicadores de saúde 
A incidência de diabetes, hipertensão arterial, aterosclerose e morte cardíaca súbita  são  bastante  freqüentes  em pessoas obesas, porém quando a obesidade está centralizada na região abdominal as repercussões negativas, tanto de ordem metabólica quanto cardiovascular são mais significativas (PITANGA, 2011). Todavia estas doenças podem ser preditas pelos indicadores antropométricos. Tais medidas têm demonstrado eficiência, especialmente em estudos epidemiológicos com grandes amostras. Enquanto o índice de massa corporal (IMC) prediz a gordura geral, a circunferência da cintura (CC) e o índice de conicidade (Índice C) identificam a gordura localizada na região central do corpo. A razão cintura/estatura (RCEst) considera a proporção de gordura central pela altura do indivíduo (BECK, LOPES e PITANGA, 2011). 
Apesar de a tomografia computadorizada ser considerada o método mais preciso para avaliação da gordura abdominal, seu custo benefício quase que inviabiliza estudo populacionais. Um fato que justifica a utilizar os indicadores antropométricos como testes de diagnóstico de obesidade abdominal (PITANGA, 2011). 
Perímetro da Cintura 
Devido ao perímetro da cintura (PC), ser de fácil aplicação, e este possuir associação com fatores de risco cardiovascular e a correlação forte com a gordura visceral, fazem com que esta mensuração seja a mais utilizada em pesquisa que investigam indicadores antropométricos de saúde (VASQUES et al., 2010).  
Tabela 1 – Ponto de corte para predição de doenças coronariana. 
 (Fonte: Has et al. (1995)). 
Embora o PC seja largamente difundido, há descrições diferentes dos protocolos para aferição da medida. Entre as metodologias mais utilizadas estão o ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela (WHO, 2000). A menor cintura entre o tórax e o quadril Lohman et al. (1988), acima das cristas ilíacas NIH (2000) e o nível umbilical (CHUANG et al., 2006). 
 
Relação entre Cintura e Estatura 
A relação cintura/estatura (RCE) compreende a razão entre o PC (cm) e a estatura (cm). Ela baseia-se no pressuposto de que, para determinada estatura, há um grau aceitável de gordura armazenada na porção superior do corpo. Entre as vantagens da RCE estaria sua relação com os fatores de risco cardiovascular, a elevada sensibilidade em detectar fatores de risco precocemente, quando comparada ao IMC, e a simplicidade de execução aliada à facilidade de um único ponto de corte para classificação dos indivíduos, em que o valor de 0,5, determinado com base no balanço ótimo entre sensibilidade e especificidade (VASQUES et al., 2010). 
 
Índice de Massa Corporal (IMC) 
O IMC ou índice de Quetelet se dá pela razão massa (peso) corporal (kg) e estatura (m²), é uma medida antropométrica, que fornece informações acerca do estado nutricional de indivíduos de diferentes faixas etárias. Ele é muito utilizado, em particular quando se necessita avaliar grandes populações, por possuir grande aplicação prática por causa da sua facilidade e rapidez na execução dos procedimentos (JUNIOR e PIERES, 2018). 
 
Durante muito tempo as tabelas de peso/estatura foram utilizadas como forma de classificação do excesso de massa corporal. Para crianças e adolescentes, em virtude das rápidas alterações orgânicas que ocorrem ao longo do tempo, os valores de IMC são por faixa etária, com tabela específica, com a classificação para as crianças e adolescentes como, abaixo do peso, eutróficos, sobrepesados ou obesos. 
 Gráficos de Percentis do IMC para meninos: Fonte CDC  Gráficos de Percentis do IMC para meninas: Fonte CDC 
 
 
  Gráficos de percentis de Estatura e Massa Corporal para meninos Fonte: CDC 
Gráficos de percentis de Estatura e Massa Corporal para meninas Fonte: CDC 
 
Como ler o Gráfico 
A parte inferior do gráfico mostra as idades, a partir de 2 a 20 anos. Os lados: esquerdo e direito do gráfico mostram os valores do IMC. O gráfico mostra que a idade de 2 anos 95% das meninas tem um IMC inferior a 19,2 e 5% têm um a menos que 14,4. Aos 20 anos 95% das meninas têm um IMC inferior a 32 e 5% têm um menor do que 17,8. Então, para encontrar IMC da criança ou adolescente deve-se ler na horizontal até chegar à linha vertical para a idade da criança ou adolescente. Então, ver onde esse ponto está entre as linhas de percentis. Por exemplo, uma menina com um IMC de 18 a 12 anos de idade é um pouco abaixo do percentil 50%. 
Tabela 3 – Classificação do IMC conforme os percentis 
 
Vá mais Longe Sugestões de leitura:  
· Leia o Capítulo 1, páginas 49 até 60. SOUZA, ELIZABETH FERREIRA de; PEREIRA, JULIMAR LUIZ. Medidas e avaliação. Editora Intersaberes. 2019. ]
· https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/168141 (Links para um site externo.) 
· BECK, Carmem Cristina; LOPES, Adair da Silva; PITANGA, Francisco José Gondim. Indicadores antropométricoscomo preditores de pressão arterial elevada em adolescentes. Arq Bras Cardiol. 2011; 96(2): 126-133. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/abc/v96n2/aop15010.pdf (Links para um site externo.) 
· Leitura do artigo SCHERER, R. L.; FARES, D.; VASCONCELOS, M. P. Perímetros: comparações e reflexões. efdeportes.com Revista Digital. 15(145): 2010. Disponível em: 
· https://www.efdeportes.com/efd145/perimetros-comparacoes-e-reflexoes.htm (Links para um site externo.) 
· Leitura do artigo: PITANGA, Francisco José Gondim. Antropometria na avaliação da obesidade abdominal e risco coronariano. Rev bras cineantropom desempenho hum. 2011; 13(3): 238-41. http://www.scielo.br/pdf/rbcdh/v13n3/12.pdf (Links para um site externo.) 
· Leitura do artigo: VASQUES, Ana Carolina; ROSADO Lina; ROSADO Gilberto; RIBEIRO, Rita de Cássia; FRANCHESCHINI, Sylvia; GELONEZE, Bruno. Indicadores Antropométricos de Resistência à Insulina. Arq Bras Cardiol. 2010; 95(1): e14-e23 Disponível em 
· http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n1/a25v95n1.pdf (Links para um site externo.) 
 Referências
BECK, Carmem Cristina; LOPES, Adair da Silva; PITANGA, Francisco José Gondim. Indicadores antropométricos como preditores de pressão arterial elevada em adolescentes. Arq Bras Cardiol. 2011; 96(2): 126-133. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/abc/v96n2/aop15010.pdf (Links para um site externo.) 
Chuang YC, Hsu KH, Hwang CJ, Hu PM, Lin TM, Chiou WK. Waist-to-thigh ratio can also be a better indicator associated with type 2 diabetes than traditional anthropometrical measurements in Taiwan population. Ann Epidemiol. 2006; 16 (5): 321-31. 
Han TS, van Leer EM, Seidell JC, Lean ME. Waist circumference action levels in the identification of cardiovascular risk factors: prevalence study in a random sample. BMJ. 1995; 311: 1401-5. 
JUNIOR, RAYMUNDO PIRES; PIRES, ANDRÉIA ANTONIA PADILHA. Medidas e Avaliação em Educação Física. Londrina PR: Editora Educacional. 2018. 
Lohman TG, Roche AF, Martorell R. Anthropometric standardization reference manual. Champaign: Human Kinetics Pub; 1988. 
National Institute of Health (NIH). The practical guide identification, evaluation, and treatment of overweight and obesity in adults. Bethesda: NIH; 2000. 
PITANGA, Francisco José Gondim. Antropometria na avaliação da obesidade abdominal e risco coronariano. Rev bras cineantropom desempenho hum. 2011; 13(3): 238-41. Disponível em 
http://www.scielo.br/pdf/rbcdh/v13n3/12.pdf (Links para um site externo.) 
PITANGA, GONDIM JOSÉ FRANCISCO. Testes medidas e Avaliação em Educação Física e Esportes. São Paulo: Phorte, 2008. 
SOUZA, ELIZABETH FERREIRA de; PEREIRA, JULIMAR LUIZ. Medidas e avaliação. Editora Intersaberes. 2019. https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/168141 (Links para um site externo.) 
VASQUES, Ana Carolina; ROSADO Lina; ROSADO Gilberto; RIBEIRO, Rita de Cássia; FRANCHESCHINI, Sylvia; GELONEZE, Bruno. Indicadores Antropométricos de Resistência à Insulina. Arq Bras Cardiol. 2010; 95(1): e14-e23 
Disponível em http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n1/a25v95n1.pdf (Links para um site externo.) 
 World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO Consultation. Geneva: WHO Technical Report Series 894. World Health Organization, 2000. 
SLIDES 5
Medidas Corporais e seus Padrões
Objetivos:
• Caracterizar e identificar os diâmetros ósseos.
• Discutir as associações entre as medidas antropométricas e os indicadores tanto de saúde quanto de performance 
Conteúdos:
• Diâmetros ósseos.
• Indicadores de Saúde.
• Associações entre as medidas antropométricas e os indicadores de saúde.
· Diâmetros Ósseos
· Distâncias entre duas regiões ósseas pré determinadas (acidentes ósseos), obtidas sempre perpendiculares ao eixo longitudinal. 
· Medida com paquímetro.
· Aplicação: determinação do peso ósseo e do somatotipo.
Locais das medidas
BIEPICONDILIANO DO ÚMERO
· Distância entre o epicôndilo e a tróclea (côndilos umerais lateral e medial).
· O braço é posicionado horizontalmente, com o antebraço em um ângulo de 90°.
BIESTILÓIDE DO PUNHO
· Distância entre as apófises estilóides do rádio e do cúbito.
· O braço é estendido e a mão dorso flexionada.
BIEPICONDILIANO DO FÊMUR
· Distância entre os côndilos lateral e medial do fêmur.
· A medida é realizada com o indivíduo sentado, a perna deve formar um ângulo de 90°com a coxa.
BIMALEOLAR DO TORNOZELO
· Distância entre os maléolos medial e lateral.
· Pé posicionado em flexão de 90 °.
Aspectos antropométricos e indicadores de saúde
Indicadores de Saúde
· Associação com a quantidade de gordura corporal geral ou centralizada. 
· Fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. 
· Circunferência abdominal.
· Índice de massa corporal (IMC).
· A relação entre a cintura e estatura.
· A relação cintura e coxa.
· A relação entre o pescoço e a coxa.
· O índice de conicidade.
· O diâmetro abdominal sagital.
· O índice sagital.
· A relação entre a cintura e o quadril 
· Circunferência abdominal.
· Índice de massa corporal (IMC).
· A relação entre a cintura e estatura.
Ponto de Corte –0,5
Aula 6
Composição Corporal – Dobras Cutâneas
A metodologia de dobras (pregas) cutâneas é utilizada em múltiplas populações, seja ela em adultos ou crianças. Todavia a metodologia pode não ser adequada para pessoas obesas, assim recomenda-se outra técnica para a determinação da gordura corporal (MORROW JUNIOR et al., 2014). A metodologia é fundamentada no argumento que o conjunto de concentração de gordura corporal no tecido subcutâneo pode determinar o % Gordura, por meio das dobras cutâneas e fórmulas específicas, o que caracteriza um procedimento duplamente indireto (SOUZA e PEREIRA, 2019). 
Devido a sua fácil utilização, elevada precisão e custo relativamente baixo quando comparada às outras técnicas como DEXA e pletismografia, a medida das pregas cutâneas vem sendo muito utilizada para estimar a gordura corpórea em avaliações de campo e clínicas (SANT’ANNA; PRIORE e FRANCESCHINI, 2009). 
Ainda sobre as dobras cutâneas, elas correspondem à medida de uma camada dupla de pele e de tecido subcutâneo em determinado ponto anatômico. Para tanto, a mensuração é realizada por meio do compasso de dobras cutâneas, também denominado adipômetro ou plicômetro. 
Ainda sobre os plicômetros, estes apresentam variação de pressão exercida por suas molas nas diferentes aberturas de suas hastes. Os principais instrumentos apresentam pressão de 10 g/mm² e abertura máxima variando entre 60 e 85 mm (JUNIOR e PIRES, 2018). 
Assiste ao vídeo 01 - https://www.youtube.com/watch?v=Zf2ZrFWwia8
Este vídeo, em particular, ensina como realizar a leitura do Plicômetro Analógico – Cescorf. 
 Deve-se estar claro que embora as dobras cutâneas determinem a densidade corporal e a porcentagem de gordura corporal de uma maneira válida, para ter a garantia da reprodutibilidade de suas medidas, você deve ter muita prática. Assim avaliadores adequadamente treinados deveriam ser capazes de produzir medidas com elevada reprodutibilidade (rxx’>0,90) e erro-padrão de medida inferior a 1,3%. Devemos estar cientes que o método de dobras cutâneas possui um erro-padrão de estimativa de 3,98%. 
Quando você informar o seu avaliado, o percentual de gordura é prudente, informar que o valor encontrado representa uma estimativa, e que existe uma margem de erro, dessa estimativa para mais ou para menos em sua medida. Desta forma, por exemplo, você, ao mensurar a dobra cutânea de uma determinada pessoa, estimou 15%, e existirá uma variação neste valor de 11 a 19% (MORROW JUNIOR et al., 2014). 
Baumgartner at al. (2006) apud Morrow Junior et al. (2014) sugerem cerca de 50 a 100 sessões práticas deveriam ser realizadas em diferentes indivíduos para o desenvolvimento de uma técnica de medida fidedigna das dobras cutâneas. 
Metodologia para a mensuração das dobras cutâneas, conforme Heyward e Stolarczyk (2000): 
1) Identificar os pontos de referências; 
2) Demarcar o ponto de medida; 
3) As medidas são realizadassempre no hemicorpo direito; 
4) O local da dobra cutânea deve ser identificado de acordo com o protocolo escolhido; 
5) A dobra deve ser pinçada com firmeza entre o polegar e indicador, sendo destacada por aproximadamente 1 cm; 
6) Manter a dobra pressionada, enquanto a medida é realizada; 
7) As hastes do adipômetro devem ficar perpendiculares à dobra cutânea; 
8) A leitura do valor é feita no máximo em 4 segundos após a pressão ter sido aplicada; 
9) As hastes do adipômetro são afastadas e somente após deixa-se de exercer pressão sobre a dobra cutânea. 
Para realização da medida, é necessário o conhecimento dos pontos anatômicos, que podem chegar a 93 pontos de dobras cutâneas (PIRES JUNIOR e PIRES, 2018). Embora existam vários lugares de mensuração das dobras, dez locais são os mais utilizados pela literatura científica (COSTA, 2005). 
Pontos Anatômicos das Dobras Cutâneas 
· Bíceps - Ponto médio do braço, entre o processo acromial da escápula e o processo do olecrano da ulna, ou na porção de maior circunferência do braço. 
· Tricipital - Medida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no ponto que compreende a metade da distância entre a borda súpero-lateral do acrômio e o olecrano. 
· Peitoral - Mulheres: primeiro terço da linha entre a axila anterior e o mamilo.  
Homens: no ponto médio entre a linha axilar anterior e o mamilo. 
· Axilar Média - Ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha imaginária transversal na altura da junção xifo-esternal. 
· Subscapular - Dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula. 
· Suprailíaca - Linha axilar média, imediatamente superior à crista ilíaca. 
· Abdominal - Três centímetros da borda direita da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal.  
· Coxa medial - Ponto médio entre a dobra inguinal e a borda superior da patela. 
· Panturrilha - Ponto interno de maior circunferência da perna. 
 
Para fixar: 
Segundo Sant’anna; Priore; Franceschini (2009) a precisão e exatidão das medidas das dobras cutâneas dependem: 
1) Do tipo do compasso utilizado; 
2) Da familiarização do avaliador com a técnica das dobras cutâneas; 
3) Perfeita identificação do ponto anatômico a ser medido; 
4) Da calibragem do equipamento e treinamento do avaliador. 
 
Por que optar pela avaliação das dobras cutâneas para estimar a gordura corporal? 
Segundo Ferreira (2016): 
1) A dobra cutânea é uma boa medida da gordura subcutânea; 
2) A distribuição da gordura subcutânea e interna é similar para todos os indivíduos do mesmo sexo; 
3) Devido à existência de uma relação entre gordura subcutânea e gordura corporal total, a soma de várias dobras cutâneas pode ser utilizada para estimar a gordura corporal total; 
4) Há uma relação entre o somatório das dobras cutâneas e a densidade corporal; 
5) A idade é uma variável de predição independente da dobra cutânea tanto para o gênero masculino quanto para feminino. 
 
Vá mais Longe
Leia o Capítulo 3, páginas 110 à 113. SOUZA, ELIZABETH FERREIRA de; PEREIRA, JULIMAR LUIZ. Medidas e avaliação. Editora Intersaberes. 2019. 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/168141 (Links para um site externo.) 
 Hora de praticar: 
A partir do entendimento do vídeo, sobre com realizar a leitura da medida do plicômetro, realize as seguintes medidas, com suas respectivas unidades de médias: 
 
Referências
COSTA, ROBERTO FERNANDES da. Manual Prático de Avaliação Física em Academias. São Paulo. American Medical. 2005.  
FERREIRA, CARLOS ALBERTO DE AZEVEDO. Medidas e Avaliação em Educação Física. Rio de Janeiro: Fábrica de Conhecimento. 2016. 
HEYWARD, VIVIAN H, STOLARCZYK, LISA M. Avaliação da Composição Corporal Aplicada. São Paulo: Manole. 2000. 
JUNIOR, RAYMUNDO PIRES; PIRES, ANDRÉIA ANTONIA PADILHA. Medidas e Avaliação em Educação Física. Londrina PR: Editora Educacional. 2018. 
MORROW JUNIOR, JAMES R; JACKSON, ALLEN W; DISCH, JAMES G; MOOD, DALE P. Medida e avaliação do desempenho humano. 4ª Edição. Porto Alegre RS: Editora Armed. 2014. 
SLIDES 6
Dobras Cutâneas
Objetivos:
· Apresentar os processos metodológicos para avaliar a Composição Corporal .
Conteúdos:
· Dobras Cutâneas.
· Espessura das dobras cutâneas.
· Tipos de compassos.
· Metodologia de coleta das dobras cutâneas.
· Locais anatômicos das dobras cutâneas.
ANTROPOMETRIA
· Dobras cutâneas: 
· Depósito de gordura subcutânea.
· Alta relação com densidade corporal.
· Equações preditivas.
Vantagens:
 
· Simplicidade da técnica.
· Facilidade de treinamento.
· Poucas restrições culturais. 
· Aplicável em grande número.
Desvantagens: 
· Referenciado em método indireto (DC).
· Frágil precisão 
 Fonte: Ripka, 2017.
 Espessura das Dobras Cutâneas
Pressuposto Teórico:
• Grande proporção da gordura corporal se encontra localizada nos tecidos subcutâneos.
 Suposição Metodológica:
• Medidas quanto às espessuras das dobras cutâneas são indicadores da quantidade de gordura localizada em regiões específicas do corpo.
Vantagens:
• Baixo custo do equipamento.
• Maior cooperação do avaliado.
• Facilidade e rapidez de medida.
• Interpretação imediata das informações.
Limitações:
• Comprometimento quanto à exatidão das informações.
• Padronização das técnicas de medida.
• Baixa reprodutibilidade das medidas.
Tipos de Compassos
 
 Plicômetro Científico Analógico - Cescorf
Sensibilidade 0,1mm 
Amplitude leitura 85mm
Pressão 10g/mm2
 
 Plicômetro ClínicoTradicional-Cescorf 
Sensibilidade: 1 mm
Amplitude leitura: 75 mm
Pressão 10 g/mm² ±0,2 g/mm²
 Plicômetro Lange 
Sensibilidade: 1 mm
Amplitude leitura: 60 mm
Pressão 10 g/mm² toda amplitude
Procedimentos para Dobras Cutâneas
· Não realizar medida logo após uma Atividade Física.
· Identificar, marcar e realizar todas as medidas no lado direito do corpo.
· Realizar a dobra cutânea com os dedos polegar e indicador da mão esquerda, e segurar a dobra até que a leitura da medida tenha sido realizada.
· Ter cuidado de não incluir tecido muscular
· As hastes do compasso de dobras cutâneas devem estar aproximadamente um centímetro abaixo dos dedos que estão segurando a dobra, de forma que as mesmas fiquem perpendiculares à dobra cutânea.
· Soltar completamente as mandíbulas do compasso, para que toda a pressão de suas molas possa atuar sobre o tecido medido.
· Executar a leitura da medida no máximo dois a três segundos após a introdução do compasso.
· Repetir todo esse processo três vezes não consecutivas.
· Adotar o valor intermediário como sendo a medida da dobra cutânea.
· Se ocorrer uma variação maior que 10%, toma-se nova série de medidas.
· A execução de medidas de dobras cutâneas pode ser feita em vários lugares do corpo, entretanto, são dez os mais utilizados, atendendo as necessidades da maioria das equações preditivas disponíveis na literatura técnica especializada.
Locais Anatômicos das Dobras Cutâneas
 BÍCEPS (BC)
Referência anatômica: 
Ponto médio do braço, entre o processo acromial da escápula e o processo do olecrano da ulna, ou na porção de maior circunferência do braço.
Procedimento: 
O avaliado deve estar em pé, com os braços estendidos e relaxados ao longo do corpo. A partir da referência anatômica marca-se o ponto. 
Com o avaliador posicionado a frente do avaliado, pinça a dobra verticalmente ao eixo longitudinal.
 TRICIPITAL (TR)
Referência anatômica: 
Medida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no ponto que compreende a metade da distância entre a borda súpero-lateral do acrômio e o olecrano. 
Procedimento: 
Avaliado em posição ortostática, braços estendidos e relaxados ao longo do corpo. A partir da referência anatômica marca-se o ponto. Com o avaliador posicionado atrás do avaliado, pinça a dobra verticalmente ao eixo longitudinal.
 PEITORAL (PE)
Referência anatômica: 
Mulheres: primeiro terço da linha entre a axila anterior e o mamilo. 
Homens: no ponto médio entre a linha axilar anterior e o mamilo.
Procedimento: 
Avaliado em pé com os braços relaxados. 
Avaliador ao lado do avaliado pinça a dobra de formadiagonal de acordo com a referência anatômica.
 AXILAR MEDIAL (AX)
Referência anatômica: 
Ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha imaginária transversal na altura da junção xifo-esternal. 
Procedimento: 
Avaliado com o MMSS levemente abduzido e deslocado para trás a fim de facilitar a obtenção da medida. O avaliador posicionado ao lado do avaliado pinça a dobra levemente obliqua ao eixo longitudinal, acompanhando o sentido das costelas.
 SUBESCAPULAR (SE)
Referência anatômica: 
Dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula.
Procedimento: 
Avaliado em pé, braços estendidos e relaxados ao longo do corpo. 
O avaliador deve se posicionar atrás do avaliado, a dobra deve ser pinçada obliquamente ou diagonalmente a partir da referência anatômica, seguindo a orientação da escápula.
 SUPRA-ÍLIACA (SI)
Referência anatômica: 
Linha axilar média, imediatamente superior à crista ilíaca.
Procedimento: 
Avaliado em posição ereta, braços ligeiramente abduzidos e para trás, para facilitar a execução da medida. Avaliador posicionado lateralmente ao avaliado, a dobra é pinçada aproximadamente 1 cm da referência anatômica. A prega é feita diagonalmente ou obliquamente ao eixo horizontal.
 ABDOMINAL (AB)
Referência anatômica: 
Três centímetros da borda direita da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal.
Procedimento: 
Avaliado em posição ereta, com os pés afastados e o peso do corpo distribuído nos membros inferiores. O avaliador deve se posicionar à frente do sujeito, a dobra é pinçada verticalmente.
 A medida deve ser realizada com o abdômen relaxado.
 COXA MEDIAL (CX)
Referência anatômica: 
Ponto médio entre a dobra inguinal e a borda superior da patela.
Procedimento: 
Avaliado em pé, com o joelho direito semi-flexionado e o peso corporal sobre a perna esquerda. O avaliador de frente para o avaliado mede a dobra verticalmente na parte anterior da coxa.
 PANTURRILHA
Referência anatômica: 
Ponto interno de maior circunferência da perna.
Procedimento: 
Avaliado deverá estar sentado. O quadril e o joelho devem estar flexionados em um ângulo de 90º, a planta do pé deve estar em contato com o solo. 
O avaliador deve se posicionar em frente ao avaliado e a dobra é feita verticalmente ao eixo longitudinal, na parte interna da perna.
1) CHARRO, MARIO AUGUSTO et al. Manual de Avaliação Física. São Paulo: Phorte, 2010.
2) COSTA, ROBERTO FERNANDES da. Manual Prático de Avaliação Física em Academias. São Paulo. American Medical. 2005. 
3) FERNADES FILHO, JOSÉ. A Prática da Avaliação Física. Rio de Janeiro: 2ª Ed Shape. 2003.
4) GUEDES, DARTAGNAN PINTO; GUEDES, JOANA ELISABETE. RIBEIRO PINTO. Manual prático para avaliação física. Barueri, SP: Manole, 2006.
5) RIPKA, WAGNER LUIS. R588mModelos matemáticos para estimativa da gordura corporal 2017de adolescentes utilizando dobras cutâneas, a partir da absorciometria de raios-X de dupla energia. 2017. 119 f.
6) SOUZA, ELIZABETH FERREIRA de; PEREIRA, JULIMAR LUIZ. Medidas e avaliação. Editora Intersaberes. 2019. https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/168141
Aula 7
Interpretações das avaliações antropométricas.
A gordura corporal não se distribui no corpo de maneira uniforme, portanto as medidas de dobras cutâneas deverão ser realizadas em várias partes do corpo para que seja obtido o resultado mais próximo da quantidade real da gordura corporal total (%G) (FERNANDES FILHO, 2003). A respeito do % de gordura, este é a proporção de gordura corporal em relação ao peso corporal total. Já o % de massa magra refere-se a todo o tecido corporal que não seja gordura (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
Cabe enfatizar que o excesso de gordura corporal está, frequentemente, associado a alterações metabólicas importantes e às doenças crônicas, como diabetes,  hipertensão  arterial  e  dislipidemias. A disponibilidade de métodos que permitam estimar a composição corporal é fundamental para avaliação de atletas e do estado de saúde de indivíduos (REZENDE et al., 2006). 
Para os mesmos autores, devido  à  influência  da  quantidade  de  gordura  corporal  no  estado  de  saúde dos indivíduos, são necessários métodos capazes de avaliar, de forma precisa e confiável, a quantidade de gordura corporal em relação à massa corporal total.  Até o presente momento,  existem mais de 100 equações que utilizam as medidas de dobras cutâneas ou circunferências para determinar a gordura corporal (BRODIE et al., 1998).
Em relação às equações de predição de dobras cutâneas, estas foram desenvolvidas a partir de modelos de regressão, nas quais são relacionados os valores encontrados das dobras e outras medidas antropométricas com a densidade corporal. A maioria das equações utilizam no mínimo três dobras cutâneas para predizer a densidade corporal. A densidade corporal é convertida no percentual de gordura com a utilização de uma equação que seja apropriada às características do avaliado (HEYWARD; STOLARCZYK, 2000). 
 
Equações recomendadas para crianças e adolescentes 
As equações específicas para crianças e adolescentes geralmente utilizam os valores encontrados nas dobras cutâneas periféricas tais como tricipital, subescapular e panturrilha. Existem diversas equações para predizer a gordura corporal de crianças e adolescentes, mas para aprofundamento serão descritos os protocolos de Slaughter et al. (1988) devido sua ampla utilização em estudos na população brasileira. Os modelos apresentaram um erro de predição que variou de 3,6 a 3,9 %GC. (FERREIRA, 2016). 
Equações Específicas – Crianças
Slaughter et al. (1988) – meninos - (6 – 17 anos)  
%G = [0,735 x (∑2DC)] + 1,0 
∑2DC = soma das dobras de tríceps e panturrilha medial 
 
Slaughter et al. (1988) – meninas - (6 – 17 anos)  
%G = [0,61 x (∑2DC)] +5,1 
∑2DC = soma das dobras de tríceps e panturrilha medial 
 
Slaughter et al. (1988) – meninos 
∑2DC = soma das dobras de tríceps e subescapular < 35mmm 
 (07 – 08 anos) %G = [1,21 x (∑2DC)] – {0,008 x [(∑2DC)²]} – 1,7  
(09 – 10 anos) %G = [1,21 x (∑2DC)] – {0,008 x [(∑2DC)²]} – 2,5  
(11 – 12 anos) %G = [1,21 x (∑2DC)] – {0,008 x [(∑2DC)²]} – 3,4 
(13 – 14 anos) %G = [1,21 x (∑2DC)] – {0,008 x [(∑2DC)²]} – 4,4  
(15 – 17 anos) %G = [1,21 x (∑2DC)] – {0,008 x [(∑2DC)²]} – 5,5 
 
∑2DC = soma das dobras de tríceps e subescapular > 35mm 
(7 – 17 anos) %G = [0,783 (∑2DC)] + 1,6 
 
Slaughter et al. (1988) – meninas 
∑2DC = soma das dobras de tríceps e subescapular < 35 mm 
(7 – 17 anos) %G = [1,33 x (∑2DC)] – {0,013 x [(∑2DC)² ]} - 2,5 
 
∑2DC = soma das dobras de tríceps e subescapular > 35 mm 
(7 a 17 anos) %G = [0,546 x (∑2DC)]+ 9,7 
 
Referente à metodologia para mensurar as dobras cutâneas, o avaliador deve ter em mente que para realizar tal teste, existe a necessidade do contato físico com o avaliado. Assim, faz-se necessário que o avaliador atente para questões éticas como o toque em crianças por adultos.
Desta forma seria pertinente que o avaliador utilize-se das equações que contemplam a dobras cutâneas do tríceps e da panturrilha ao invés da subescapular (FERREIRA, 2016). 
 
Equações recomendadas para jovens, adustos e atletas.  
 A seguir são apresentadas algumas das equações preditivas mais utilizadas no âmbito da Educação Física e do Esporte. 
 Jackson & Pollock, 1978 – Homens - 308 - 18 a 61 anos  
 DE = 1,10938 – [0,0008267 x (∑3DC)] + {0,0000016 x [(∑3DC)2  ]} – (0,0002574 x ID)  
∑3DC = soma das dobras de peitoral, abdômen e coxa 
ID - idade 
DE = densidade corporal 
 
Jackson, Pollock & Ward, 1980 – Mulheres - 249 - 18 a 55 anos  
DE = 1,0994921 – [0,0009929 x (∑3DC)] + {0,0000023 x (∑3DC)2 ]} – (0,0001392 x ID) 
∑3DCut =soma das dobras de tríceps, coxa e suprailíaca  
ID = idade 
DE = densidade corporal 
 Petroski, 1995 - Homens 
DE = 1,10726863 - [0,00081201 x (∑4DC)] + {[0,00000212 x ∑4DC)2 ]} - (0,00041761 x ID) 
∑4DC = soma das dobras de subescapular, tríceps, suprailíaca e panturrilha medial 
ID – idade 
DE = densidade corporal 
 
Petroski, 1995 - Mulheres 
DE= 1,02902361 – [0,00067159 x (∑4DC)] + {[0,00000242 x (∑4DC)² ]}

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