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Beatriz Werneck 6º período 2020/1 Tuberculose • É uma doença que tem uma prevalência grande no brasil • Problema de saúde publica importante nos países em desenvolvimento • Foi conhecida no século passado como a peste branca • Foi uma doença tao importante em nível de incidência que atingia pessoas de qualquer classe social. Foi relatada em vários poemas. Definição • É uma doença infecciosa e transmissível, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas, causada pelo Mycobacterium tuberculosis. • A forma pulmonar é a principal responsável pela transmissão da doença Complexo mycobacterium tuberculosis • Mycobacterium tuberculosis, • Mycobacterium bovis, (acomete muito o gado mas também pode afetar o homem,deve-se tomar cuidado ao ingerir leito em natura,o ideal é que ele seja pasteurizado para evitar o mycobacterium bovis) • Mycobacterium africanum, • Mycobacterium canetti, • Mycobacterium microti, • Mycobacterium pinnipedi • Mycobacterium caprae (comum nos caprinos) • O bacilo tem características de fungo e de bactérias,por isso essa classe foi criada Complexo micobacterias não tuberculosas • Mycobacterium avium, • Mycobacterium kansasii, • Mycobacterium intracellulare, • Mycobacterium abscessos, • Não formam necrose caseosa,não formam tubérculos • Comum em pacientes imunossuprimidos Agente etiológico • Quem identificou pela primeira vez o bacilo como causador da tuberculose foi Robert Koch ,por isso ficou conhecido como bacilo de koch Mycobacterium tuberculosis • aeróbio estrito(não vive em local que não tem oxigênio), • 0,5 a 3 micrômeros • não forma esporos e não produz toxina (se assemelha a bactérias) • intracelular facultativo, (isso é o que faz ele ter semelhança com fungos) • homem o único reservatório natural • presença de um envelope celular lipídica, com ácido micólico responsável pela álcool-ácido resistência (ele tem um envelope celular parecido com o dos fungos,quando fazemos o exame de escarro,jogamos o álcool e o acido no escarro e isso pode ate matar o bacilo mas não destrói o envelope celular, e ai ao jogar corante conseguimos ver esses envelopes) • cultura em meios a base da albumina e ágar ou ovo e batata Epidemiologia -o HIV foi responsável pela tuberculose voltar com intensidade - ha uma queda de incidência e prevalência graças ao tratamento da tuberculose nos últimos anos Essa figura mostra a taxa de incidência. Na africa e em algumas regiões da asia a incidência é alta. O brasil ainda tem taxa alta de incidência mas não é dos piores,existem países piores. - é uma doença que favorece as pessoas desnutridas a terem uma evolução pior. A imunidade é importante Epidemiologia no brasil - esse desenho é uma estimativa para como estaríamos com a tuberculose em 2035. A linha tracejada é uma estimativa considerando o cenário atual e a linha pontilhada o que a gente espera ter em 2035. Fisiopatogenia Transmissão • Contagiosidade - Extensão da doença (cavitária e laríngea) • População de bacilos • Sintomas – sobretudo tosse • Os bacilos vao estar envolvidos em gotículas e eles ficam pairando no meio ambiente. Forma gotículas e aerossóis. • Os contactantes principais são pessoas que moram ou trabalham no mesmo ambiente de uma pessoa que tem tuberculose • A luz solar mata o bacilo - Condições ambientais • Exposição entre doente e contactante • Ambientes ventilados em com luz reduz a transmissão Quem transmite? • Paciente BAAR positivo infecta 10 a 15 pessoas na comunidade/ano • TRM-TB ou Cultura positivos com BAAR negativos têm menor transmissibilidade • Pacientes com cultura negativa ou TB extrapulmonar não transmitem • Transmissão reduz com 15 dias de tratamento Quem é o contactante? • Contactante: assintomático e radiografia normal • Contato de pelo menos 200h de exposição a focos com escarro positivo para BAAR • Contato de pelo menos 400h a focos com BAAR negativo e cultura positiva ou TRM-TB positivos. • Pessoa que permanece uma ou mais noites em domicílio fechado com algum paciente TB positivo • Exposições frequentes durante o dia por mais de 3 meses a paciente TB positivo Quem tem mais risco de ficar doente? • Dois primeiros anos de contágio • Menores de 2 e maiores de 60 anos de idade • Doenças imunossupressoras • Populações vulneráveis : - Situação de rua – 56x - HIV (+) – 28x - Presidiários – 28x - Indígenas – 3x Todos infectados adoecem? • 10% dos infectados adoecem • 5% nos dois primeiros anos – 5% ao longo da vida • A TB primária é mais comum em crianças e imunossuprimidos • A TB secundária ocorre 80% nos pulmões por reinfecção ou reativação endógena • A infecção prévia não confere imunidade Vamos entender agora como funciona a fisiopatologia da tuberculose. Não é uma infecção pneumônica bacteriana simples em que entra uma bactéria que vence as resistências locais,se multiplicou e causou uma área de consolidação. O tipo de resposta que damos ao bacilo da tuberculose é um tipo de resposta celular. Vamos imaginar que temos o mycobacterium tuberculosis que esta no meio ambiente e o individuo inala esse complexo de bacilos. Esse complexo vai descer pela via aérea ate o parênquima pulmonar. Ele pode ser destruído pelas imunoglobulinas e macrófagos,linfócitos locais e basicamente o bacilo morre e não tem doença Uma coisa que pode acontecer com esse bacilo é se ele não morrer ele começar a se multiplicar. Ao se multiplicar isso vai atrair células (linfócitos,macrófagos) que vao se reunir em torno dessa colônia de bacilos e vai formar uma reação inflamatória que chamamos de granuloma chamado de Foco de Gohn ou complexo primário. - O complexo primário é então um granuloma que tem ali no meio muitas células e o bacilo também. Esse granuloma pode ser suficiente para matar o bacilo da tuberculose e ai se esse Bacilo morre esse granuloma pode se calcificar e virar um nódulo calcificado . Se o bacilo não morrer ,ele pode se disseminar através do granuloma a partir de vasos linfáticos,gerando uma linfangite próxima dessa região do granuloma e esse bacilo vai migrar através desses linfatoricos ate um linfonodo. Esse linfonodo vai ficar inflamado e rico em bacilos da tuberculose. Passamos a ter 3 estruturas então : um granuloma ,linfáticos com linfangite e linfonodos com bacilos da tuberculose inflamados. Esse conjunto é chamado de complexo de ranke. Esse complexo de ranke quando se forma já mostra uma imunidade celular,passamos a ter linfócitos TCD4 de memoria contra tuberculose,então toda vez que o individuo entrar em contato com o bacilo ,ele já estaria com linfócitos ativos contra a tuberculose. A partir do complexo de ranke,uma das coisas que podem acontecer é esse bacilo ser destruído,o paciente não vai ter sintomas vai desenvolver imunidade. Outra coisa que pode acontecer é uma disseminação hematogenica ou linfática do bacilo,não necessariamente gerando a doença. Pode gerar uma tuberculose latente (um bacilo que se disseminou para o corpo da pessoa e não gerou a doença,ele fica em “hibernação “durante anos,podendo um dia se manifestar) A outra coisa que pode acontecer além da tuberculose latente após essa disseminação linfohematogenica é a tuberculose primaria. A gente lembra que o pulmão é rico em linfático então quando falamos sobre disseminação linfática essa disseminação vai ser muito rica pelo pulmao \ O que vai acontecer nessa disseminação linfática é uma tuberculose primaria onde o principal órgão envolvido é o pulmão e a partir desse complexo de ranke o bacilo vai se disseminar por essa rede de linfáticos e onde parar um bacilo vai desenvolver um granuloma então nos vamos ter no pulmão o desenvolvimento de muitos granulomas ao longo do pulmão. Isso na radiografiase apresenta dessa forma. Um padrão linfático reticulo micronodular. Ou seja,formando micronodulos,alguns de maior e outros de menor tamanho,cada nódulo desses é um bacilo da tuberculose com formação do granuloma como vemos na tomografia. Meningite tuberculosa Disseminaçao hematogenica -> tb primaria -> Pode atingir qualquer órgão – Qual a forma mais grave? na tuberculose primaria as formas mais graves são a miliar e a meningite tuberculosa Tuberculose primaria : • Ocorre por disseminação linfática e hematogênica da tuberculose – Complexo de Ranke • Pode afetar qualquer órgão • Formas mais graves: - Tuberculose miliar - Meningite tuberculosa Tuberculose pos primaria \ A tuberculose pos primaria é aquela que ocorre após a formação do complexo de ranke e ou eliminação do bacilo ou após a tuberculose latente ou após o individuo ficar curado de uma tuberculose primaria. - temos dois tipos de tubérculose pos primaria : reativação endógena e exógena - Reativação endógena : um bacilo que ficou latente pode se ativar em qualquer época da vida e dar a doença . A clinica vai depender do local em que o bacilo estava latente. So que quando ele começa a se multiplicar agora esse individuo já tem linfócito tcd4 contra o bacilo da tuberculose ,então não vai haver a formação de um granuloma que vai se disseminar por linha linfática e hematogenica não,vai formar um abcesso em volta dessa colônia de bacilos e vai tentar destruir esse bacilo. Como ela não vai conseguir,isso vai formar um abcesso pulmonar que vai crescendo cada vez mais,ate que esse abcesso drena para um brônquio quando ele destrói a parede de um brônquio e ai esse conteúdo rico em bacilos da tuberculose começam a ser eliminados através da tosse e esse individuo com tuberculose pos primaria de reativação endógena começa a ser um paciente bacilifero (elimina bacilos no meio ambiente). outro tipo é a reativação exógena. O individuo teve o complexo de ranke,teve a tuberculose primaria ou não,mas já tem linfócito tcd4 e ai ele inala um bacilo novo e esse bacilo vai pro pulmão e vai causar uma doença exclusivamente pulmonar porque ele vai formar uma reação inflamatória,formar um abcesso,drenar ele para os brônquios e ai ele começa a ser bacilifero também - a diferença entre a endógena e a exógena é que a exógena é exclusivamente pulmonar,é a inalação de um novo bacilo. A endógena é a ativação do bacilo que já estava ali,pode ser pulmonar ou extrapulmonar. Edward jenner : - pesquisador que descobriu a imunologia,ele pesquisava a varíola e ele descobriu que existia uma varíola humana e uma da vaca,e ele percebeu que as pessoas que cuidavam do gado não pegavam varíola humana. - ele pegou a secreção da varíola da vaca e introduziu no individuo para tentar criar imunidade contra a varíola humana. A partir dai ele começou a descobrir a imunologia - foi isso que albert calmett fez,ele pegou a tuberculose do boi ,isolou o bacilo da tuberculose do boi e inoculou esse bacilo em seres humanos para dar a humanidade. - Graças ao brasileiro Vital Brazil,que ajudou calmett , a cepa de tuberculose para imunidade é a melhor cepa do mundo. (informações aleatórias que o Edimar colocou no meio da aula) - o que acontece na bcg : inoculamos o bacilo vivo no braço das crianças ,já no berçário,isso vai formar uma reação local,formação de um granuloma,uma linfangite e uma linfadenite próxima,isso vai imitar a formação do complexo de ranke e apartir disso a criança desenvolve linfócitos tcd4 contra tuberculose. A partir disso, o paciente não vai ter tuberculose primaria. - o vacinado não esta livre de ter tuberculose porque vamos evitar a primaria mas isso não evita que o paciente tenha tuberculose por reativação exógena,por isso profissionais da saúde por exemplo,usam mascara N95 quando atendem suspeitos de tuberculose,para evitar a reativação exógena Fisiopatogenia • Infecção latente pela tuberculose • Tuberculose primária - Meningite e Miliar as mais graves • Tuberculose extra pulmonar (pós-primária) – reativação endógena • Tuberculose pós-primária pulmonar - Reativação endógena - Reinfecção Quadro clinico • Evolução de semanas ou meses • Tosse: principal sintoma - seca (início) ou produtiva (purulenta) - hemoptise (25% dos casos) • Dispneia (1/3 dos casos) – mais comum na miliar • Dor torácica (1/3 dos casos) • Sintomas gerais: febre, sudorese e emagrecimento • Apresentação aguda - diagnóstico diferencial com pneumonia • Apresentação com IRpA - diagnóstico diferencial com doenças pulmonares difusas • Hemoptise isoladamente • Febre e emagrecimento sem sintomas respiratórios • Achado radiológico Quadro Pleural – reativação endógena • Agudo/sub-agudo • Tosse seca • Dor torácica pleurítica • Febre • Exame físico: síndrome de derrame pleural • Não transmite. So é bacilifero o paciente com tuberculose pulmonar • Ganglionar: adenomegalias • Urinária: hematúria, disúria • Óssea: dor óssea • SNC: meningoencefalite Exame físico Aparelho respiratório • Normal • Síndrome de consolidação – • Síndrome intersticial – se for miliar • Roncos • Som brônquico “Sopro cavitário” Estado geral • Emagrecimento • Hipocorado Busca de casos de TB pulmonar em adultos Vale lembrar que todo paciente que tosse a mais de 2 semanas devemos pensar na possibilidade de tuberculose. BUSCA ATIVA – Comunidades com alta prevalência de TB; – Contatos com TB; – Portadores de HIV ou imunossupressão; – Moradores de asilos ou abrigos; - Prisioneiros e profissionais de saúde. Diagnostico diferencial Exames complementares Radiografia de tórax • Principais achados: - Cavidade: única ou múltipla - Opacidades nodulares agrupadas ou acinares • Principais localizações: - Segmentos apicais e posteriores dos lobos superiores - Segmentos apicais dos lobos inferiores - são regiões que tem mais oxigênio no pulmão • Consolidação • Derrame pleural • Nódulo ou massa • Pneumotórax (por causa da ruptura de cavernas) • Atelectasia • Padrão miliar • Adenopatia hilar ou mediastinal (por linfangite ,linfadenite) Duas radiografias de tórax. Marcado de vermelho uma área comprometida no ápice com a formação de uma caverna. Dentro dessa região há uma área de caverna,uma doença em atividade pois tem essa área toda branca em volta mostrando uma inflamação. Em azul,uma área de consolidação embaixo e uma área no canto superior com uma cavidade Esse é um paciente com tuberculose miliar,varias imagens micro e macronodulares,ou seja,onde tinha um bacilo formou um granuloma formando esse aspecto miliar Aqui um derrame pleural por tuberculose em azul e uma área de hipotransparencia,não estamos vendo o seio costofrênico. Do lado direito um paciente com sequela de tuberculose,que ficou calcificada e no lado esquerdo foi feito uma pneumectomia,foi retirado o pulmão que estava mais comprometido. Aqui uma tomografia a esquerda com uma caverna (seta preta) e do lado direito um pulmão bem comprometido no ápice direito,além de umas áreas acinares em volta mostrando um pulmão bastante doente Uma área de atelectasia ,umas áreas de fibrose por conta da tuberculose Aqui na tomografia áreas de cavidade por tuberculose e uma área bastante doente em volta,parênquima pulmonar bastante inflamado A mesma tomografia num corte mais abaixo Exames microbiológicos Pesquisa de Bacilo Alcool Acido Resistente no escarro (BAAR) – Ziehl-Neelsen - Sensibilidade 40 a 60% - Amostras: o Mínimo de 2: no momento do atendimento (UBS) e na manhã seguinte o Amostras adicionais podem ser solicitadas - Escarro induzido (NaCl 3%): o Suspeita clínica e radiológica, sem expectoração Em quem realizar o baar? • No sintomático respiratório na busca ativa • Suspeita clínica ou radiológia de tuberculose • Acompanhamentoe controle de cura Cultura • Suspeita clínica e/ou radiológica e BAAR negativo • Casos de retratamento • HIV positivo • Populações de risco • Suspeita de resistência • Suspeita de TB extra-pulmonar Realizar cultura para todos os casos de suspeita clinica de tuberculose • Meios sólidos – convencionais - Lowenstein-Jensen e Ogawa-Kudoh - Resultados em 28 a 60 dias • Meios líquidos - BACTEC - Resultados se positivo 5 a 12 dias. Negativo 42 dias Quando tem a suspeita clinica e radiológica pede o BAAR e já pede junto a cultura pois vai demorar a chegar,enquanto isso o paciente vai tratando,se chegar um resultado positivo a gente muda o tratamento. • Formas paucibacilares ( sai muito pouco bacilo. Nesses casos a gente precisa as vezes da biopsia do tecido) • Biópsia do tecido: granuloma com necrose caseosa • Escarro • Espontâneo • Induzido • Broncoscopia • Lavado broncoalveolar • Biópisa transbrônquica • Biópsia • Pulmonar • Outras (ex. ganglionar, hepática, medula óssea) TRM-TB- teste rápido molecular para tuberculose (PCR) – Fragmentos de DNA • Sensibilidade 90 % superior ao BAAR em amostras de escarro • Sensibilidade de 95% em detectar TB resistente à rifampicina • Resultado em 2h • Secreções respiratórias, líquor e aspirado ganglionar • Fazemos junto com o BAAR e com a cultura • Consegue identificar a sequencia genética do bacilo para saber se é resistente Em quem realizar? – Diagnóstico de casos novos – Diagnóstico de TB extrapulmonar em materiais validados (líquor, aspirado de linfonodos) – Triagem de suspeita de resistência à rifampicina em casos de retratamento ou suspeita de falência Teste tuberculínico – PPD • PPD - purified protein derivative of tuberculin • Detecta infecção pelo bK – associada ou não a doença • Injeção intra-dérmica da tuberculina • Introduzimos debaixo da pele uma quantidade de proteínas derivadas da tuberculose e ai se tivermos linfocitor tcd4 ativos contra tuberculose isso vai dar uma reação inflamatória que a gente mede pela área endurecida (não é a área vermelha) • Leitura em 72 horas – tamanho do endurado – 0-4 mm – não reator – 5-9 mm – reator fraco – >10 mm – reator forte não reator (0 – 4 mm): • indivíduo não infectado pelo BK ou outra micobactéria semelhante • não vacinado com BCG • ou em fase de viragem tuberculínica(ainda ta formando a reação imune) • ou com condição clínica imunossupressora que impede a resposta celular reator fraco (5 – 9 mm): • vacinado com BCG nos últimos dois anos • infectado pelo BK ou outras bactérias, principalmente se a infecção não for recente. reator forte (> 10mm): • vacinado recentemente com o BCG • indivíduo infectado pelo BK (sobretudo se recentemente), doente ou não Exames sorológicos IGRA – Teste de Interferon Gama para Tuberculose - Mede o interfereron produzido por linfócitos do paciente ao ser exposto a antígenos da tuberculose - Utiliza antígenos não presentes na BCG - Muito sensível e especifico - Substitui o PPD porem é muito caro,muito inviavel Como fazer leitura de BAAR,PCR e cultura Quadro clínico e radiológico sugestivo de tuberculose BAAR (+) PCR (+) : não precisa esperar o resultado da cultura para começar o tratamento • CULTURA (+) = TUBERCULOSE • CULTURA (-) = BACILO MORTO EM PACIENTE EM TRATAMENTO Diagnostico Quadro clínico e radiológico BAAR (+) PCR (-) : raro • CULTURA (+) = MICOBACTERIA NT, NOCARDIA,RHODOCOCCUS. • CULTURA (-) = BACILO MORTO OU MICOBACTERIA NÃO TB BAAR (-) PCR (+) • CULTURA (-) = BACILO MORTO, PCR FALSO POSITIVO OU TUBERCULOSE PAUCIBACILAR • CULTURA (+) = TUBERCULOSE SE CLÍNICA COMPATÍVEL BAAR (-) PCR (-) : nesses casos vamos aguardar a cultura • CULTURA (-) = NEGATIVA • CULTURA (+) = TUBERCULOSE (PAUCIBACILAR?), MICOBACTERIA NT, NOCARDIA E RHODOCOCCUS Tratamento da tuberculose Esquema farmacológico básico : – Todos os casos novos de todas as forma de TB pulmonar e extrapulmonar, exceto meningoencefalite. – Todos os casos de recidiva e retorno após abandono do tratamento. – Pacientes BAAR positivo após 2 meses de tratamento devem realizar cultura para identificar possível TB resistente. – A dose é feita pelo peso – Fase intensiva – 2 meses: – Fármacos: Rifampicina Isoniazida Pirazinamida Etambutol – RIPE – Fase manutenção – 4 meses: – Fármacos: Rifampicina Isoniazida - RI Esquema de meningoencefalite • Fase intensiva – 2 meses: – Fármacos: Rifampicina Isoniazida Pirazinamida Etambutol – RIPE • Fase manutenção – 7 meses: – Fármacos: Rifampicina Isoniazida – RI Tuberculose multirresistente • TB multirresistente: bacilo resistente a Rifampicina e Hidrazida. • 2 meses: S5EOZT, 4 meses S3EOZT e 12 meses EOT. ( 2 meses de estreptomicina 5x na semana IM e mantem por mais 2 meses o etambutol,ofloxacina,pirazinamida e terizidona +4meses com esse esquema mas a estreptomicina 3x na semana+ um ano com EOT) • Medicamentos: – EStreptomicina IM ( de segunda a sexta feira) – Etambutol – Ofloxacina – PiraZinamida – Terizidona Tuberculose poli e super-resistente • TB polirresistente: bacilo resistente a Rifampicina, Hidrazida e outro fármaco. • TB superresistente: bacilo resistente a Rifampicina, Hidrazida, Fluorquinolona, e um dos três farmacos de segunda linha (amicacina, canamicina e capreomicina. • Encaminhar paciente para centros especializados (em jf a gente encaminha a cultura pra BH,eles fazem o antibiograma e mandam pra gente o esquema que vamos usas nesses pacientes) Tuberculose infecção latente (TPL) • Período entre penetração do bacilo no contactante e o aparecimento da TB doença. • O diagnóstico é feito pela associação de positividade do PPD ou IGRA e exclusão da TB doença • Fazemos profilaxia medicamentosa para tuberculose • 4 a 6% das pessoas com TPL vão desenvolver doença • Pacientes que devem ser investigados : Como é feita a investigação ? quadro clinico ausente,radiografia normal. Fazemos PPD : PPD >5 mm • Infectados com HIV • Contatos recentes de tb (<2 anos) vacinados com BCG há mais de 5 anos • Não tratados de tb e com imagens sequelares na radiografia • Transplantados ou candidatos a transplante • Medicações imunossupressoras (incluindo prednisona >15 mg/dia por mais de 1 mês) • Candidatos ao uso de bloqueadores de anti-TNF alfa PPD >10 mm • Baixo peso (<85% do peso ideal) • Imunodeprimidos: DMID, hemodiálise, linfoma, neoplasia (cabeça e pescoço, pulmão), silicose, gastrectomia, by-pass gastrointestinal • Tabagistas (>20 cig/dia) • Calcificação isolada na radiografia Viragem tuberculínica (ainda não tem linfócito tcd4) • Contatos de TB confirmada • Profissionais de saúde • Trabalhadores de laboratórios de micobactérias • Trabalhadores de sistemas prisionais ou locais de internação de longa permanência Independente do PPD • HIV positivo com: – Contato recente com tuberculose pulmonar bacilífera – Imagem radiográfica de sequela de tuberculose sem história de tratamento prévio Tratamento da infecção latente • Isoniazida - 5 a 10 mg/kg/dia (dose máxima de 300mg) - Duração de 6 a 9 meses • Rifampicina - 10 mg/kg/dia (dose máxima de 600mg) - Duração de 4 meses Obs : todos os pacientes com tratamento p tuberculose devemos monitorizar as funções hepáticas.Os pacientes podem ter hepatite medicamentosa,podem ter vômitos,podem ter artralgias,podem ter icterícia e as vezes precisa suspender o tratamento Profilaxia - BCG • BCG – Bacilo de Calmette e Guérin • Feito com bacilos vivos,intradermica,vem em um frasco escuro pois os bacilos não podem ser expostos a luz • Prevenção contra as formas graves da TB • Vacinação obrigatória para os menores de 1 ano • Vacinar recém nascidos ainda na maternidade • Não há indicação para revacinação de rotina • Não há necessidade de fazer o PPD para saber se há necessidade de revacinação Vacinação – BCG: indicações • Recém-nascidoscom peso superior a 2 kg • Recém-nascidos, filhos de mães com AIDS • Crianças HIV positivas ou filhos de mães com AIDS, assintomáticos para a AIDS e PPD não reator. • Contatos com doentes com hanseníase Vacinação – BCG: contra-indicações – contra-indicações relativas • recém-nascidos com peso inferior a 2 kg • reações dermatológicas na área de aplicação ou generalizadas • doenças graves • uso de drogas imunossupressoras – adiamento da dose – contra-indicações absolutas • Adultos infectados pelo HIV • Crianças HIV positivas com sintomas de AIDS. • Imunodeficiências primarias com comprometimento de células T Revacinação – BCG: indicações o Crianças que não apresentam cicatriz vacinal 6 meses após a vacinação, devendo ser vacinada prioritariamente antes dos 5 anos. (nesses casos o bacilo podia estar morto e por isso não deu reação vacinal) o Contactantes de hanseníase • Outras formas de profilaxia : uso da mascara N95.
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