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Apostila Contabilidade societária e gerencial

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Contabilidade Societária e Gerencial
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1.
1
2/231
Contabilidade Societária e Gerencial
Autoria: Tânia Regina Gofredo
Como citar este documento: GOFREDO, Tânia Regina. Contabilidade Societária e Gerencial. Valinhos: 
2017.
Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Socie-
tária
06
Assista a suas aulas 33
Unidade 2: Consolidação das Demonstrações Contábeis 42
Assista a suas aulas 70
Unidade 3: Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros 82
Assista a suas aulas 97
Unidade 4: Comportamento dos Custos 110
Assista a suas aulas 125
2/201
3/2313
Unidade 5: Análise de Custos, Volumes e Lucro 133
Assista a suas aulas 145
Unidade 6: Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio 153
Assista a suas aulas 170
Unidade 7: Análises de Riscos e Alavancagem 179
Assista a suas aulas 193
Unidade 8: Alavancagem Operacional e Financeira 201
Assista a suas aulas 223
Sumário
Contabilidade Societária e Gerencial
Autoria: Tânia Regina Gofredo
Como citar este documento: GOFREDO, Tânia Regina. Contabilidade Societária e Gerencial. Valinhos: 
2017.
4/231
Apresentação da Disciplina
A Contabilidade Societária e Gerencial re-
úne conceitos importantes que auxiliam as 
empresas ou a quem os utiliza no processo 
de tomada de decisão. Estes conceitos vin-
culados à informação contábil podem ser 
considerados ativos estratégicos impor-
tantes para decisões compatíveis com uma 
realidade de mercado globalizado na qual 
as transações de bens e serviços ocorrem. 
Para o entendimento desta importância, é 
necessária uma separação dos conceitos do 
que efetivamente a Contabilidade Societá-
ria e a Contabilidade Gerencial trazem em 
suas abordagens.
Para aprofundar nestes conceitos específi-
cos é fundamental compreender que a con-
tabilidade, visando acompanhar o desen-
volvimento das empresas quanto à necessi-
dade de informações para um processo de-
cisório eficaz, foi, ao longo do tempo, crian-
do subsistemas contábeis. Neste sentido, a 
base de todos os subsistemas contábeis é 
a Contabilidade Financeira, que traz como 
principal característica a padronização das 
regras que devem ser utilizadas para todas 
as empresas no tocante às suas demonstra-
ções financeiras. Estas regras são susten-
tadas pelas práticas contábeis internacio-
nais e os seus relatórios são padronizados 
de maneira que possam ser compreendidos 
corretamente por qualquer indivíduo. 
Portanto, a Contabilidade Societária é con-
siderada um subsistema da Contabilida-
de Financeira. Foi criada a partir da Lei nº 
6.404/76 das Sociedades por Ações (Lei das 
S.A.), cuja atualização se deu por meio das 
5/231
Leis 11.638/07 e 11.941/09, que determi-
naram a submissão das empresas brasileiras 
aos padrões internacionais de contabilidade 
do IFRS – International Financial Reporting 
Standards. Neste sentido, esta disciplina, no 
que tange à Contabilidade Societária, abor-
dará os aspectos relacionados aos investi-
mentos em outras empresas por meio de 
coligadas e controladas, questões relativas 
às reestruturações societárias, bem como 
a consolidação das demonstrações contá-
beis e seus objetivos. Neste contexto, serão 
abordados conceitos de custo de aquisição 
e equivalência patrimonial, tratados como 
ferramentas de análise.
Quanto à Contabilidade Gerencial, dife-
rentemente da Contabilidade Financeira, o 
enfoque está no usuário interno e seu ob-
jetivo é utilizar a ciência contábil, por meio 
de instrumentos de gestão, para suportar 
os processos decisórios com perspectiva de 
futuro em termos de análise de custos, ris-
cos, alavancagem operacional e financeira, 
volumes, lucros e margem de contribuição.
6/231
Unidade 1
Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária
Objetivos
• Apresentação dos conceitos de investimentos em outras empresas com foco em coligadas, 
controladas, controladoras.
• Apresentar as ferramentas de análises, como: Custo de Aquisição e Equivalência Patrimo-
nial.
• Breve discussão dos conceitos de reestruturação societária e definição de incorporação, 
fusão e cisão de sociedades.
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária7/231
Introdução
Para entender sobre os investimentos em 
outras empresas, coligadas, controladas, 
reestruturação societária e os métodos de 
avaliação de investimentos permanentes 
em companhias cobertas pela Contabili-
dade Societária, é importante compreen-
der aspectos da Lei nº 6.404/76, conhecida 
como a Lei das Sociedades Anônimas (S.A.), 
considerada como uma revolução contábil 
no Brasil e que determina, em seus capítu-
los 175 a 205, uma nova estrutura de de-
monstrações contábeis. 
Esta proposta faz frente a uma necessidade 
de adequação da estrutura legal da conta-
bilidade brasileira à realidade de negócios 
pautada na globalização, cuja principal con-
tribuição está na convergência das infor-
mações de maneira a propiciar um melhor 
entendimento e análise no tocante às de-
monstrações contábeis das empresas, bem 
como a sua eficaz compreensão por parte 
dos empresários e profissionais envolvidos 
nestas análises, clientes e parceiros impor-
tantes no Brasil e exterior.
Em 2005, com a criação do Comitê de Pro-
nunciamentos Contábeis (CPC), e em 2008 
e 2009, com a edição das Leis nº 11.638/07 
e 11.491/09, a Lei das Sociedades Anôni-
mas sofreu uma série de alterações apro-
vadas pela Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM ) e pelo Conselho Federal de Contabi-
lidade (CFC), cujo destaque está na deter-
minação de que as empresas brasileiras de-
veriam adotar os padrões internacionais de 
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária8/231
contabilidade definidos pelo International 
Financial Reporting Standards (IFRS), sendo o 
principal teor o ajuste da estrutura contábil 
no Brasil comparativamente aos demais pa-
íses, ou, por assim dizer, uma padronização 
das demonstrações contábeis dentro da re-
alidade já exposta, cuja pressão advém dos 
investidores presentes nos mercados. Vale 
destacar que as normas emitidas pelo CPC 
são uma tradução adequada à semântica 
do Brasil referente aos padrões internacio-
nais contábeis adotados pelo IFRS.
Portanto, para o entendimento do signifi-
cado de investimentos em outras empresas, 
coligadas, controladas e reestruturação so-
cietária, assim como, as suas ferramentas 
de avaliação, cabe nessa introdução a de-
finição de alguns desses conceitos. Impor-
tante ressaltar que a exposição da definição 
desses conceitos está pautada no “Manual 
de Contabilidade Societária Aplicável a to-
das as Sociedades de Acordo com as Nor-
mas Internacionais e do CPC”, lançado em 
2013 pela Fundação Instituto de Pesquisas 
Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECA-
FI), cujos autores são: Eliseu Martins, Ernes-
to Rubens Gelbcke, Ariovaldo dos Santos e 
Sérgio de Iudícibus. Segundo estes autores, 
para fins contábeis, a partir da edição das 
leis de 2008 e 2009 citadas acima, foram 
introduzidos critérios contábeis para ava-
liação de investimentos. Nesse sentido, fo-
ram apresentados métodos de avaliação de 
investimentos permanentes em outras so-
ciedades: Método de Custo, Método de Valor 
Justo e Método da Equivalência Patrimonial.
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária9/231
1. Investimentos em outras So-
ciedades 
Sobre o ponto de vista legal e para efeito de 
classificação no balanço, investimentos de 
caráter permanente são aqueles cujo desti-
no é a produção de benefícios pela sua per-
manência na empresa e são classificados à 
parte no balanço patrimonial como INVES-
TIMENTOS, fazendo parte do grupo ATIVO 
NÃO CIRCULANTE no balanço. 
Segundo Martins et al. (2013) no art. 179 
da Lei nº 6.404/76, item III, onde estabelece 
que são classificados “em Investimentos: as 
participaçõespermanentes em outras so-
ciedades e os direitos de qualquer nature-
za, não classificáveis no ativo circulante, e 
que não se destinem à manutenção da ati-
vidade da companhia ou da empresa”, de-
veria ser acrescentado “e não classificáveis 
também no Realizável a Longo Prazo”, pois 
com a adição dessa última referência fica 
claro que, de fato, quando se trata de inves-
timento permanente, este não se destina a 
venda e não faz parte de operações em des-
continuidade. 
Em referência às participações permanen-
tes em outras sociedades, podemos carac-
terizá-las por realizações no capital social 
das sociedades em questão, por meio de 
ações ou quotas mantidas pela companhia 
investidora. Isto reforça a ideia de que para 
serem classificadas no subgrupo INVES-
TIMENTO elas devem ser caracterizadas 
como permanentes, cujo entendimento é 
de que se trata somente de investimentos 
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária10/231
em outras sociedades que possuam a ca-
racterística de aplicação de capital, não se 
constituindo, portanto, em algo temporário 
ou especulativo, que remete à ideia de des-
continuidade.
Outra característica dessas aplicações de 
capital em outras sociedades é que são vo-
luntárias, muitas vezes em função da per-
cepção de valor que se tem ao investir em 
determinada empresa, como se fosse uma 
extensão do seu próprio negócio, se consti-
tuindo, portanto, em uma coligada ou uma 
controlada. Como exemplos desses investi-
mentos podemos citar:
• Interesse em investir buscando siner-
gia com uma atividade de produção 
de matérias-primas utilizadas pelo 
investidor ou pela investidora;
• Identificação de uma oportunidade 
em diversificar o mercado de atuação 
da investidora;
• Geração de benefícios diretos ou indi-
retos, como a busca por um segmen-
to de negócios totalmente diferente, 
não apenas visando a diversificação 
de mercado, mas sim sinergia para a 
melhora de relacionamento com este 
outro segmento (indústrias e ban-
cos). Neste caso, é importante frisar 
que, dependendo da situação, este 
investimento pode se descaracterizar 
como algo permanente e, enquanto 
for mantido como produção de bene-
fícios diretos ou indiretos, fica classi-
ficado no subgrupo INVESTIMENTOS.
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária11/231
É importante que se entenda que podem ser 
considerados como investimentos volun-
tários também aqueles denominados por 
ativos financeiros, que auferem ganho de 
capital por meio de valorização de ações no 
mercado ou renda por dividendos ou juros, 
bem como os investimentos por incentivos 
fiscais. Estes investimentos diferem-se dos 
investimentos permanentes contemplados 
neste tópico, pois não serão mantidos eter-
namente pela empresa pelo simples fato de 
que, no caso de ganho de capital, esta em-
presa caracterizada como investidora ao 
realizar os ganhos por valorização terá que 
os vender. 
Do ponto de vista contábil, os investimen-
tos que são classificados como ativos finan-
ceiros devem ter tratamento diferenciado 
dos investimentos permanentes e, portan-
to, não devem ser classificados no grupo de 
ATIVO NÃO CIRCULANTE, mas sim no grupo 
de ATIVO CIRCULANTE ou no REALIZÁVEL A 
LONGO PRAZO, de acordo com o art. 183 da 
Lei nº 6.404/76. A Figura 1 identifica a clas-
sificação no Balanço Patrimonial.
Figura 1 – Classificação no Balanço Patrimonial Investimento
Fonte: Adaptado de Martins et al. (2013) 
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária12/231
As participações societárias são avaliadas 
pelo seu valor justo ou pelo Método de Equi-
valência Patrimonial (MEP). Quando as par-
ticipações são avaliadas pelo MEP, elas são 
classificadas no grupo de investimento do 
ativo não circulante do Balanço Patrimonial 
(BP) e representam ações ou quotas de em-
presas controladas, coligadas e controladas 
em conjunto. Quando uma companhia pos-
sui demais participações, elas são avaliadas 
pelo valor justo e classificadas no ativo cir-
culante ou no ativo realizável a longo pra-
zo (ativo não circulante) do BP, dependen-
do da expectativa de sua realização. Caso 
a expectativa de realização seja o exercício 
social seguinte, a participação é registrada 
no ativo circulante. Na hipótese de a ex-
pectativa de realização ser após o término 
de exercício social seguinte, a participação 
é contabilizada no ativo realizável a longo 
prazo.
O CPC também possui pronunciamentos 
específicos sobre o que podemos conside-
rar como tipos de investimentos. Para os 
demais tipos de investimentos, deve-se uti-
lizar do método do valor justo.
A Figura 2 reproduz um fluxo de aplicação 
do CPC para que possamos compreender, 
de forma didática, a utilização e aplicação 
dos instrumentos técnicos relacionados ao 
investimento.
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária13/231
Figura 2 - Fluxo de Aplicação CPC Controladas, Coligadas e Controle em Conjunto
Fonte: Adaptado de Almeida (2013)
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária14/231
Há que se levar em consideração a influência entre as Companhias Investidoras e Investidas. Esta 
definição de grau de influência determinará o controle individual ou controle em conjunto, bem 
como, é necessário que se considere neste controle a influência significativa e influência não sig-
nificativa. O manual de contabilidade societária nos traz um fluxo resumindo a separação destes 
graus e suas respectivas formas de avaliação do investimento, conforme ilustra a Figura 3.
Figura 3 – Cenários de participação societária
Fonte: Adaptado de Martins et al. (2013)
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária15/231
Para saber mais
Martins et al. (2013) trazem como definições de influências:
• Pouca ou nenhuma influência sobre a investida: Nesse caso, não existe relação específica entre as 
empresas e o principal benefício que se pode esperar do ativo é sua valorização (ganho de capital) ou 
renda (dividendos e juros sobre o capital próprio), ou então, um relacionamento mais de natureza es-
tratégica com a investida; neste último caso, por exemplo, é comum a empresa adquirir ações de um 
banco, sem qualquer influência sobre essa investida, apenas para ter bons relacionamentos comerciais 
com ele. Trata-se, portanto, de um investimento em ativo financeiro sem qualquer intenção de gestão 
parcial ou total sobre a investida e, como tal, deve ser reconhecido e mensurado de acordo com o CPC 
38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.
• Influência significativa sobre a investida: Isso implica dizer que a investidora tem a capacidade de 
participar de alguma forma do processo decisório da investida, mesmo sem a controlar. Assim, adicio-
nalmente aos benefícios de valorização e renda inerentes ao instrumento de capital, a investidora pode 
se beneficiar de potenciais sinergias operacionais entre as sociedades.
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária16/231
Para saber mais
• Controle conjunto sobre a investida: Quando duas ou mais partes (sócios) estiverem compartilhando 
o controle de uma mesma investida (ou seja, não há uma única parte que tenha o poder de controle 
individualmente falando), temos um exemplo de uma entidade controlada em conjunto (joint venture).
• Controle sobre a investida: Sempre que uma das partes (sócios) tiver preponderância nas decisões 
sobre políticas financeiras e operacionais da investida, ou de outro modo, quando uma entidade tem 
poder para dirigir as atividades relevantes da investida e usa esse poder em seu benefício.
2. Controladas, Coligadas e Controladoras em Conjunto 
O CPC nos traz definições sobre os tipos de investimentos que existem para os investimentosavaliados pelo MEP em:
• Sociedades controladas (CPC 36);
• Sociedades coligadas (CPC 18);
• Sociedades controladas em conjunto (CPC 19).
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária17/231
2.1 Definições: Sociedades Con-
troladas
Como o próprio nome diz, o tipo de investi-
mento “Controladas” significa que a Com-
panhia investidora possui um controle so-
bre uma outra Companhia que é a investi-
da. Este controle é definido como a possi-
bilidade de dirigir as políticas financeiras e 
de operações de uma empresa, a fim de ob-
ter benefícios e também assumir riscos em 
suas atividades, tais como:
• Dirigir a empresa: o poder de tomar 
decisões;
• Definir Políticas Financeiras: políti-
cas estratégicas que direcionam a dis-
tribuição de dividendos, aprovações 
de orçamentos, condições de crédi-
to, contratação de dívidas, gestão do 
caixa, dispêndios de capital e políticas 
contábeis;
• Definir Políticas Operacionais: polí-
Link
Para conhecimento, sugere-se a leitura do CPC 
36, CPC 18 e CPC 19. 
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária18/231
ticas estratégicas que direcionam as 
atividades da empresa;
• Participar dos Benefícios e Riscos: 
consequências econômicas (benefí-
cios e riscos) em conjunto com as po-
líticas financeiras e operacionais exis-
tentes.
2.2 Definições: Sociedades Co-
ligadas
No aspecto legal, a Lei das Sociedades por 
Ações (Lei n° 6.404/1976) define coligadas 
como “as sociedades nas quais a investidora 
tenha influência significativa” (art. 243, §1°) 
e considera que existe tal influência quan-
do “a investidora detém ou exerce o poder 
de participar nas decisões das políticas fi-
nanceira ou operacional da investida, sem 
controlá-la” (art. 243, § 4°). A referida Lei 
dispõe ainda que a influência significativa é 
presumida “quando a investidora for titular 
de 20% (vinte por cento) ou mais do capital 
votante da investida, sem controlá-la”. As 
leis 11.638/07 e 11.941/09 tiveram sua re-
dação dada em linha com o pronunciamen-
to do CPC 18 R2 – Investimento em Contro-
lada, Coligadas e Controladas em Conjunto.
Os títulos patrimoniais de outra socieda-
de mantidos pela Companhia investidora 
constituem um ativo financeiro. Entretan-
to, sempre que a investidora tiver influên-
cia significativa sobre a administração da 
sociedade de que participa, essa investida 
deve ser classificada como sua coligada. 
Isso porque é justamente essa influência 
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária19/231
significativa que pode fazer com que a in-
vestidora venha auferir outros benefícios 
econômicos, além da valorização das ações 
e dos lucros distribuídos, como aqueles de-
correntes de sinergias operacionais entre as 
empresas. Portanto, esse ativo, na investi-
dora, deve ser classificado no subgrupo de 
Investimentos como participação em coli-
gadas, devendo ser avaliado pelo método 
da equivalência patrimonial (MARTINS et 
al., 2013, p. 210).
O CPC 18 (item 6) indica as seguintes evi-
dências de influência significativa:
a. representação no conselho de admi-
nistração ou na diretoria da investida;
b. participação nos processos de elabo-
ração de políticas, inclusive em deci-
sões sobre dividendos e outras distri-
buições;
c. operações materiais entre o investi-
dor e a investida;
d. intercâmbio de diretores ou gerentes; 
ou
e. fornecimento de informação técnica 
essencial.
2.3 Definições: Sociedades Con-
troladas em Conjunto
Com a globalização dos mercados, é muito 
comum encontrarmos companhias “unindo 
forças” para ampliar e aproveitar o que há 
de melhor em cada uma. Esta união é de-
nominada por Joint Venture, que representa 
uma forma interessante de união de capital 
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária20/231
para expansão e manutenção de atividades 
que antes eram administradas por acionis-
tas, garantindo assim uma sinergia no mer-
cado em que atuam e dividindo possíveis 
riscos de negócio.
O controle em conjunto pode ser definido 
no caso em que um ou mais sócios detém 
de forma compartilhada o processo de deci-
são, que deverá ser de forma consensual en-
tre os sócios, das partes que compartilham 
o poder, de forma que a investida torna-se 
uma joint venture para esses investidores. 
Essa partilha do controle é usualmente es-
tabelecida no estatuto ou contrato social 
ou em documentos firmados à parte como 
um acordo de acionistas.
A entidade controlada em conjunto desen-
volve suas operações e atividades econô-
micas como uma empresa qualquer, tendo 
à frente administradores que defenderão o 
interesse conjunto dos sócios empreende-
dores. Para isso, agirão de acordo com as 
políticas operacionais e financeiras aprova-
das pelos empreendedores que comparti-
lham o controle.
No Brasil, o Pronunciamento Técnico do 
CPC 19, Participação em Empreendimentos 
Conjuntos, foi alterado para refletir as mu-
danças promovidas pelo IASB, e passou a se 
denominar CPC 19 (R2), Negócios em Con-
junto.
A versão anterior do CPC 19 previa três ti-
pos de “empreendimentos conjuntos”: (a) 
ativo controlado em conjunto;
(b) operação controlada em conjunto ou 
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária21/231
(c) entidade controlada em conjunto.
Na nova versão, em linha com a IFRS 11, existem somente dois tipos de “negócios em conjunto” 
(joint arrangements): 
(a) operação em conjunto (joint operation) ou 
(b) empreendimento controlado em conjunto (joint venture).
Para saber mais
 No Apêndice A do CPC 19 em vigor constam, entre outras, as seguintes definições:
• Negócio em conjunto – acordo segundo o qual duas ou mais partes têm o controle conjunto.
• Controle conjunto – compartilhamento, contratualmente convencionado, do controle de negócio, que 
existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das 
partes que compartilham o controle.
• Operação em conjunto – negócio em conjunto segundo o qual as partes que têm o controle conjunto 
do negócio têm direitos sobre os ativos e obrigações pelos passivos relacionados ao negócio.
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária22/231
2.4 Método do valor justo
No caso dos ativos financeiros representa-
dos por aplicações em ações ou quotas de 
outras sociedades, que não se enquadram 
como controladas, coligadas ou sociedades 
controladas em conjunto, são classificados 
no balanço patrimonial no ativo circulante 
ou no ativo realizável a longo prazo, de acor-
do com a expectativa de realização, sendo 
divididos em duas categorias:
a. Aplicações financeiras mantidas 
Para saber mais
• Empreendimento controlado em conjunto – é um negócio em conjunto segundo o qual as partes que 
detêm o controle conjunto do negócio têm direitos sobre os ativos líquidos do negócio em conjunto.
para negociação: Esses ativos são de 
fácil liquidez e o propósito da compa-
nhia é obter benefícios a curto prazo. 
Esses ativos são contabilizados pelo 
valor de custo e ajustados ao seu va-
lor justo. Os rendimentos (dividendos, 
juros sobre capital próprio, etc.) e o 
ajuste a valor justo são computados 
no resultado do exercício.
b. Aplicações financeiras disponíveis 
para venda: O restante das aplicações 
financeiras em renda variável, que não 
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária23/231
foi alocado na categoria anterior, é 
classificado nesse item. Esses ativos 
são contabilizados pelo valor de custo 
e ajustados ao seu valor justo. Os ren-
dimentos (dividendos, juros sobre ca-
pital próprio etc.) são tratados como 
receita financeira na demonstração 
do resultado e o ajuste a valor é re-
gistrado diretamente no patrimônio 
líquido, líquido dos efeitos tributários 
(normalmenteimposto de renda e 
contribuição social), em conta deno-
minada de Ajustes de Avaliação Patri-
monial (AAP). Os valores registrados 
na conta de AAP são transferidos para 
o resultado do exercício quando da 
alienação das correspondentes par-
ticipações societárias para terceiros 
(ALMEIDA, 2013, p. 44).
Apresentamos na Figura 4 um exemplo em 
que uma mesma ação é avaliada nas duas 
categorias supracitadas. A sociedade com-
prou uma ação por $ 2.000, foram recebidos 
dividendos de $ 100 e o valor de mercado 
dessa ação na data do balanço corresponde 
a $ 2.140.
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária24/231
Figura 4 – Exemplo: método valor justo
Fonte: Almeida (2013, p. 45)
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária25/231
Retomando o exemplo anterior, suponhamos que o valor justo da ação na data do balanço seja $ 
1.980.
Figura 5 – Exemplo 2: método valor justo
Fonte: Almeida (2013, p. 46).
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária26/231
Lembrando que foi alterado o valor justo da ação na Figura 5 com relação à Figura 4.
2.5 Método da equivalência patrimonial
A avaliação dos investimentos pelo método da equivalência patrimonial pode ser definida como:
Método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmen-
te reconhecido pelo custo e, a partir daí, ajustado para refletir a alteração 
após a aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da 
investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem sua participa-
ção nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados abrangen-
tes do investidor incluem a sua participação em outros resultados abran-
gentes da investida (CPC 18, Item 03).
Para exemplificar a racionalidade básica do MEP, vamos supor que uma investidora A tenha par-
ticipação nas Empresas B, C, D e E, sobre as quais tenha influência e que no período em questão 
tenham o lucro do período como única mutação de patrimônio líquido. Na Figura 6 apresenta-
mos um exemplo de cálculo de EP para quatro empresas, conforme sua participação societária.
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária27/231
Figura 6 – Exemplo cálculo equivalência patrimonial
Fonte: Adaptado de Martins et al. (2013, p. 216)
Para saber mais
CPC 18 - item 11 nos apresenta como deverá ser o reconhecimento no resultado das empresas, de acordo 
com as distribuições de lucros recebidas:
O reconhecimento do resultado com base nas distribuições recebidas sobre o mesmo pode não ser uma 
mensuração adequada da receita auferida pelo investidor no investimento em coligada, em controlada e 
em empreendimento controlado em conjunto, em função de as distribuições recebidas terem pouca rela-
ção com o desempenho da investida. Em decorrência de o investidor possuir o controle individual ou con-
junto, ou exercer influência significativa sobre a investida, ele tem interesse no desempenho da investida 
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária28/231
Para saber mais
e, como resultado, interesse no retorno de seu investimento. [...] Como resultado, a aplicação do método 
da equivalência patrimonial proporciona relatórios com maior grau de informação acerca dos ativos líqui-
dos do investidor e acerca de suas receitas e despesas. 
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária29/231
Glossário
joint arrangements - tradução direta: acordos em conjunto. 
joint operation – tradução direta: operação em conjunto.
joint venture – tradução direta: empreendimentos em conjunto.
MEP – Método de avaliação por Equivalência Patrimonial.
Questão
reflexão
?
para
30/231
Realize uma comparação entre a Lei das S.A 6.404 de 
1976 e as novas atualizações: CPC´s e IFRS. Nesta análi-
se, podemos verificar que a legislação contábil brasilei-
ra, ao adotar as normas internacionais de contabilidade, 
reflete as necessidades atuais dos modelos de negócios 
das Companhias?
31/231
Considerações Finais
• Classificação dos Investimentos em outras sociedades, identificando Com-
panhia Investidora e Companhia Investida;
• A principal característica relacionada aos negócios compartilhados, conhe-
cida como joint venture, está relacionada ao que se poderá aproveitar da si-
nergia das melhores práticas operacionais de cada empresa;
• Definição dos controles de Investidoras e Investidas, separadas de acordo 
com o controle e influência exercida: Controladas, Coligadas e Controladas 
em Conjunto;
• Métodos de avaliação de investimentos MEP e Valor Justo.
Unidade 1 • Investimentos em Outras Sociedades, Coligadas, Controladas e Reestruturação Societária32/231
Referências
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade avançada: textos, exemplos e exercícios resolvi-
dos, 3. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2013.
BRASIL. Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 19 jun. 2017.
_______. Lei n° 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 19 jun. 2017.
_______. Lei n° 11.941, de 27 de maio de 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm>. Acesso em: 19 jun. 2017.
CPC. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC>. Acesso em 19 jun. 2017.
MARTINS, Eliseu et al. Manual de contabilidade societária FIPECAFI. 2. ed. São Paulo: Editora 
Atlas, 2013.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm
33/231
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34/231
1. As participações permanentes em outras sociedades podem ser caracte-
rizadas por aquelas feitas no capital social dessas sociedades por meio de 
ações ou quotas mantidas pela companhia investidora. Identifique abaixo 
quais itens correspondem aos tipos de participação em outras sociedades:
I. Controladas;
II. Coligadas;
III. Controle em conjunto;
IV. Participação acionária;
V. Participação através de quotas de capital.
Agora, assinale a alternativa que contempla os itens corretos:
a) Apenas item I.
b) Apenas os itens II e III.
c) Apenas os itens I e V.
d) Apenas os itens I, II e III.
e) Apenas os itens I, III e IV.
Questão 1
35/231
2. Identifique quais os itens abaixo não representam os interesses de uma 
Companhia Investidora em investir em uma outra sociedade.
I - Interesse em investir buscando sinergia com uma atividade de produção de matérias-
-primas utilizadas pelo investidor ou pela investidora;
II - Identificação de uma oportunidade em diversificaro mercado de atuação da investi-
dora;
III - Geração de benefícios diretos ou indiretos, como a busca por um segmento de ne-
gócios totalmente diferente, não apenas visando a diversificação de mercado, mas sim 
sinergia para melhorar o relacionamento com este outro segmento (indústrias e bancos).
IV - A Companhia investidora possui recursos financeiros em abundância, por isso de-
cide aplicar os recursos em outras Companhias, com um grau de risco muito baixo, pois 
ela não participará ativamente das decisões, tampouco compartilhará dos riscos dos ne-
gócios.
Questão 2
36/231
V - Aumentar única e exclusivamente sua participação no mercado, eliminando assim 
possíveis concorrentes do negócio no qual as empresas estarão envolvidas.
Agora, assinale a alternativa que contempla os itens corretos:
a) Apenas o item I.
b) Apenas os itens II e III.
c) Apenas os itens I e V.
d) Apenas os itens IV e V.
e) Apenas os itens I, III e IV.
Questão 2
37/231
3. Com relação aos tipos de avaliações feitas pela contabilidade em inves-
timento em outras sociedades, analise os itens abaixo:
I - Método da equivalência patrimonial;
II - Método do valor justo;
III - Método do custo médio;
IV - Método da mais-valia;
V - Método de aquisição pelo custo histórico original.
Agora, assinale a alternativa que contempla os itens corretos:
a) Apenas o item I.
b) Apenas os itens II e III.
c) Apenas os itens I e II.
d) Apenas os itens IV e V.
e) Apenas os itens I, III e IV.
Questão 3
38/231
4. Identifique com F para alternativa que não pertence às classificações de 
controle de uma investidora sobre uma sociedade investida e V para aquela 
que pertence:
( ) Pouca ou nenhuma influência sobre a investida. 
( ) Influência significativa sobre a investida.
( ) Controle conjunto sobre a investida.
( ) Controle sobre a investida.
( ) Controle nulo ou equivalente.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) V, V, V, V, F.
b) F, F, V, V, F.
c) V, V, F, V, F.
d) F, V, F, F, V.
e) F, F, F, V, F.
Questão 4
39/231
5. A IFRS 11 destaca que poderão existir tipos de negócios em conjunto 
entre as Companhias. Baseado nisso, julgue os itens abaixo.
I - Operação em conjunto;
II - Operação compartilhada;
III - Empreendimento controlado em conjunto;
IV - Empreendimento com sucessão em conjunto;
V - Operação parcialmente em conjunto.
Agora, assinale a alternativa que contempla os itens que estão em concordância com a 
proposta do IFRS.
a) Apenas o item I.
b) Apenas os itens I e III.
c) Apenas os itens I e II.
d) Apenas os itens IV e V.
e) Apenas os itens I, III e IV.
Questão 5
40/231
Gabarito
1. Resposta: D.
As nomenclaturas das participações atra-
vés de investimentos permanentes em ou-
tras sociedades são dadas pelo método da 
Mais-Valia e método de aquisição pelo cus-
to original.
2. Resposta: D.
Uma empresa decide investir em outra so-
ciedade (empresa) com o objetivo de ser 
uma extensão das suas atividades, ganhar 
sinergia com a outra empresa, levando em 
consideração as melhores práticas do ne-
gócio de ambas as empresas. E que isto gere 
benefícios mútuos entre elas.
3. Resposta: C.
Quando tratamos de investimento em ou-
tras sociedades de natureza permanente, 
utilizamos o MEP e o Valor Justo para calcu-
lar e contabilizar os ganhos em decorrência 
das participações.
4. Resposta: A.
Podemos ter o controle entre Investidora so-
bre investida exceto quando o investimento 
é nulo ou ele se equivale. Neste caso, não há 
poder de controle de uma empresa sobre a 
outra.
41/231
5. Resposta: B.
Estes são os tipos de negócios possíveis, 
que são baseados e detalhados na IFRS 11.
Gabarito
42/231
Unidade 2
Consolidação das Demonstrações Contábeis
Objetivos
• Aspectos preliminares da consolidação das demonstrações contábeis;
• Procedimento para consolidações;
• Noções da necessidade de eliminação e ajustes para consolidações.
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis43/231
Introdução
A forma de avaliação dos investimentos 
por participação no capital de outra com-
panhia depende do tipo de relacionamento 
entre o investidor e sua investida, podendo 
ser: pouca ou nenhuma influência; influên-
cia significativa ou controle compartilha-
do; e controle. No primeiro caso, os títulos 
patrimoniais são classificados como ativo 
financeiro e, portanto, avaliados a valor jus-
to; no segundo caso, são considerados in-
vestimentos em coligadas ou joint ventures 
e avaliados por equivalência patrimonial; e 
no terceiro caso, temos investimentos em 
controladas, avaliados também por equiva-
lência patrimonial nos balanços individuais, 
mas fazendo-se necessário elaborar as de-
monstrações consolidadas.
Segundo Almeida (2013, p. 67): 
A companhia aberta que possuir investi-
mentos em sociedades controladas (CPC 
18) é obrigada a elaborar demonstrações 
financeiras consolidadas, que podem ser:
• Balanço Patrimonial; 
• Demonstração do Resultado do Exer-
(...) a consolidação das demons-
trações contábeis tem por objetivo 
demonstrar, de forma consolidada, 
as demonstrações financeiras de 
duas ou mais Companhias como 
se fossem únicas. Esta consolida-
ção é extracontábil, pois as enti-
dades consolidadas juridicamente 
ainda existem. 
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis44/231
cício; 
• Demonstração das mutações do pa-
trimônio líquido; 
• Demonstração dos fluxos de caixa; 
• Demonstração do valor adicionado; e 
• Notas explicativas.
O pronunciamento contábil CPC 36 (R3) 
trata da consolidação das demonstrações 
financeiras e obriga todas as Companhias 
controladas a elaborarem as demonstra-
ções financeiras consolidadas para apre-
sentação. Este CPC foi adotado no Brasil 
também pelo CFC, através da Resolução 
nº 1.240/09, o que torna a consolidação 
de demonstrações financeiras obrigatória 
para as sociedades anônimas fechadas e 
para sociedades limitadas.
Dependendo do grau de controle entre as 
Companhias Investidora e Investida, a con-
solidação poderá ocorrer nas formas:
a. Consolidação de controlada integral 
– quando uma controlada pertence 
100% a uma controladora;
b. Consolidação de controlada parcial – 
Link
O objetivo deste Pronunciamento (CPC 36-R3) é 
estabelecer princípios para a apresentação e ela-
boração de demonstrações consolidadas quando 
a entidade controla uma ou mais entidades. 
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis45/231
quando uma controlada pertence menos de 100% a uma controladora.
Portanto, vamos ter um controle acionário direto (a) e indireto (b), no tocante à participação da 
controladora.
Neste ponto em diante, o assunto poderá tornar-se complexo. Para auxiliar no entendimento 
acerca da dinâmica da participação acionária, vamos propor alguns exemplos.
Exemplo 1: Suponha que a Empresa A tenha 100% das ações ordinárias da Empresa B, que e uma 
subsidiária integral da Empresa A. Portanto, a Empresa B é uma controlada direta da Empresa 
A. Admita, adicionalmente, que a Empresa B seja detentora de 90% do capital votante de outra 
sociedade, a Empresa C, como representado pela Figura 7.
Figura 7 – Exemplo 1 - participação acionária
Fonte: Adaptado de Martins et al. (2013, p. 242)
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis46/231
A Empresa C será́ uma controlada da Empresa A indiretamente. De outra forma, por meio de sua 
controlada, a Empresa B, a qual por sua vez é a controladora direta de C (ou controladora inter-
mediária), e a Empresa A é a controladora indireta (ou controladora final) de C.
Exemplo 2: A Empresa A tem diretamente 70% do capital votante da empresa B. Logo, B é con-
trolada de A. Adicionalmente, a Empresa A possui diretamente 20% do capital votante da em-
presa C e a empresa B possui 40% do capital votante de C. Logo, C também é controlada de A, 
o que significa que, nas assembleias de C, o que predomina é a decisão de A pela soma de seu 
poder de voto direto (20%) com o poder de voto de sua controlada B(40%). A Figura 8 apresenta 
esquematicamente essa explicação.
Figura 8 – Exemplo 2: Participação acionária
Fonte: Adaptado de Martins et al. (2013, p. 245)
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis47/231
No exemplo 2, o importante é o conceito de controle e não de propriedade. Então, os direitos de 
voto de C controlados por A somam 60%.
A relação de propriedade corresponde a: A detém diretamente 20% do patrimônio de C e indire-
tamente mais 28% (isso porque A detém 70% de B que detém 40% de C e, 70% × [vezes] 40% = 
28 %). Logo, a Empresa A detém 48% do patrimônio de C, mas a controla com 60% do poder de 
voto.
Exemplo 3: Quando há uma relação de investimento com cinco Companhias, temos uma situa-
ção conforme ilustra a Figura 9.
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis48/231
Figura 9 – Exemplo 3: Participação acionária
Fonte: Adaptado de Martins et al. (2013, p. 246)
Assumindo-se que os percentuais de participação indicados na Figura 9 são relativos ao capital 
votante e que não existam outras evidências de controle, temos a seguinte situação:
• B é controlada direta de A.
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis49/231
• E é controlada indireta de A, pois é controlada por B.
• C não é controlada de A, apenas sua coligada direta.
• D também é uma coligada de A, só que indireta, pois B possui 40% de seu capital votante, 
apesar de D ser controlada de C (que não é controlada de A).
Para saber mais
A consolidação é adotada em muitos outros países há muitos anos, particularmente naqueles em que o 
sistema de captação de recursos, por meio da emissão de ações ao público pelas Bolsas de Valores, é im-
portante para as empresas. Somente por meio dessa técnica é que se pode realmente conhecer a posição 
financeira da empresa controladora e das demais empresas de um grupo econômico (MARTINS, 2013, p. 
240).
1.1 Consolidação das Demonstrações Financeiras 
O processo de consolidação das demonstrações financeiras consiste em somar as contas do ba-
lanço patrimonial e de resultado das duas sociedades (Controlada e Controladora) e eliminar o 
investimento no Balanço Patrimonial (BP) da controladora, contra o patrimônio líquido da con-
trolada. 
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis50/231
A controladora, lançando mão do processo 
de ajuste do investimento pelo método de 
equivalência patrimonial, já reconheceu em 
sua contabilidade o lucro apurado pela con-
trolada. Deste modo, o processo de conso-
lidação de resultados consiste em substituir 
a receita ou despesa de equivalência pa-
trimonial, contabilizada pela controladora, 
por receitas, custos e despesas incorridos 
pela controlada (ALMEIDA, 2013, p. 57).
O processo de ajuste consiste em eliminar 
as operações entre as empresas dentro do 
grupo econômico. Porém, esta eliminação 
deve ser realizada através de planilhas ele-
trônicas, e os controles dos saldos do ba-
lanço devem ser preservados apartados do 
balanço, para que possam ser controlados 
e conciliados no processo de consolidação. 
Também é necessário considerar uma es-
tratégia na montagem do plano de contas 
entre as empresas intergrupos, que contro-
laram estes saldos no processo de consoli-
dação.
Na data da consolidação, os eventuais itens 
de conciliação devem ser eliminados por 
meio de sua contabilização pelas empresas 
ou de ajustes em papéis de trabalho, mes-
mo nos casos de itens em trânsito, para que 
os saldos intergrupo fechem entre si. 
Martins et al. (2013, p. 615) destacam as 
precauções necessárias para este controle:
1. Manter controle das transações entre 
as empresas do grupo e dos saldos in-
tergrupo;
2. Efetuar conciliações periódicas das 
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis51/231
contas intergrupo e ajustá-las na data da consolidação;
3. Desenvolver os controles contábeis, criando contas específicas nos planos de contas das 
empresas do grupo.
As consolidações das demonstrações financeiras geralmente são feitas através de papéis de tra-
balho, que normalmente são realizadas em planilhas eletrônicas. Apresentaremos nas Figuras 
11, 12 e 13 um exemplo de modelo de papéis de trabalho para a consolidação do balanço e do 
Resultado do Exercício segundo considerações apontadas na Figura 10.
Figura 10 – Consolidação das demonstrações da Companhia A
Fonte: A autora.
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis52/231
Figura 11 – Papel de trabalho para consolidação do Balanço Patrimonial
Fonte: Adaptado de Martins et al. (2013, p. 255)
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis53/231
Figura 12 – Papel de trabalho para a consolidação Demonstração Resultado do Exercício
Fonte: Adaptado de Martins et al. (2013, p. 256)
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis54/231
Figura 13 – Papel de trabalho para a consolidação Demonstração Resultado Abrangente
Fonte: Adaptado de Martins et al. (2013, p. 256)
Para saber mais
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) e a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) não passam pelo 
processo de consolidação, pois essas demonstrações são elaboradas de modo simples partindo-se dire-
tamente dos saldos consolidados apurados no balanço e nos resultados consolidados, e considerando as 
especificidades dessas demonstrações em conformidade com o CPC 03 e CPC 09.
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis55/231
No que tange à Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido consolidada, adota-se o 
procedimento análogo ao utilizado na demonstração das mutações do patrimônio líquido da 
controladora. Entretanto, deve-se inserir uma coluna para alocar os valores pertinentes à parti-
cipação dos não controladores. 
Link
Para maiores esclarecimentos, convém a leitura do exemplo contido no anexo do Pronunciamento 
Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis. 
No processo de consolidação das demonstrações financeiras, todos os lançamentos de ajustes 
(eliminados) devem ser registrados em um papel de trabalho para o controle do mesmo, confor-
me pode ser exemplificado na Figura 14.
Figura 14 – Papel de trabalho: sumário dos lançamentos eliminados
Fonte: Adaptado de Martins et al. (2013, p. 260)
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis56/231
1.2 Eliminação e Ajustes na 
Consolidação 
O CPC 36 (R3) provê uma orientação mais 
ampla envolvendo não apenas as elimina-
ções. Para que as demonstrações contábeis 
consolidadas apresentem informações so-
bre o grupo econômico como uma única en-
tidade econômica, o item B86 exige que os 
seguintes procedimentos sejam adotados:
a. combinar itens similares de ativos, 
passivos, patrimônio líquido, receitas, 
despesas e fluxos de caixa da contro-
ladora com os de suas controladas;
b. eliminar o valor contábil do investi-
mento da controladora em cada con-
trolada e a parte dessa controladora 
no patrimônio líquido das controladas 
(considerando-se a participação efe-
tiva da controladora). Nesse processo 
deve-se reclassificar o ágio por expec-
tativa de rentabilidade futura (goo-
dwill) contido no investimento para o 
grupo do intangível, bem como o sal-
do remanescente de alguma mais.
c. valia bruta de ativos deve ser reclas-
sificado para os ativos e passivos que 
lhes deram origem, devendo-se reco-
nhecer o valor do passivo fiscal diferi-
do correspondente no passivo conso-
lidado (o CPC 15 fornece orientações 
nesse sentido); identificar a participa-
ção dos não controladores nos ativos 
líquidos das controladas consolida-
das, separadamente da parte perten-
cente à controladora no patrimônio lí-
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis57/231
quido consolidado. A participação dos 
não controladores nos ativos líquidos 
é composta: pelo montante da par-
ticipação dos não controladores na 
data da combinação inicial (CPC 15); 
e pela parte dos não controladores 
nas variações patrimoniais das con-
troladas consolidadas desde a data da 
combinação;
d. os saldos, fluxos de caixa, receitas e 
despesas decorrentesde transações 
intragrupo, incluindo dividendos, de-
vem ser totalmente eliminados. Os 
resultados auferidos nas transações 
intragrupo que estiverem reconheci-
dos nos ativos, tais como um estoque 
ou um ativo imobilizado, devem ser 
totalmente eliminados, reconhecen-
do-se os tributos diferidos no ativo ou 
passivo, conforme o caso, por conta de 
impostos e contribuições decorrentes 
de diferenças temporárias quando da 
eliminação dos resultados auferidos 
nas transações intragrupo, em con-
formidade com o CPC 32 – Tributos 
sobre o Lucro. Os prejuízos intragrupo 
são eliminados desde que não indi-
quem uma redução no valor recupe-
rável de ativos; e
e. após determinar o resultado consoli-
dado, identificar a parte pertinente à 
controladora e aos não controladores 
no lucro ou prejuízo consolidado do 
exercício social de apresentação das 
demonstrações contábeis.
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis58/231
1.3 Consolidação De Controlada Integral 
Como definimos anteriormente, uma controlada é considerada integral quando pertence 100% 
à controladora. Para melhor compreensão disso, vamos verificar o seguinte exemplo:
A Empresa X S.A (que se trata de uma empresa Holding) adquiriu 100% do capital social da Sub-
sidiária Y S.A. em 01/01/2x01, pelo valor total de $ 150, que corresponde ao valor do patrimônio 
líquido da investida nessa data. A Subsidiária Y S.A. apurou um lucro de $ 45 em 20X1 e declarou 
dividendos de $ 35 em 31-12-20X1.
A Empresa X S.A. procedeu os lançamentos contábeis referentes a esse investimento em 20X1, 
conforme mostra a Figura 15.
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis59/231
Figura 15 – Exemplo para Consolidação Integral
Fonte: Almeida (2013, p. 57)
Na Figura 16, são apresentados os papéis de trabalho para o exemplo da consolidação integral.
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis60/231
Figura 16 - Exemplo para Consolidação Integral – Papel de Trabalho
Fonte: Almeida (2013, p. 58)
Na consolidação integral apresentada identificamos que:
• Representa eliminação do dividendo a receber (livros da Holding S.A.) contra dividendos a 
pagar (livros da Subsidiária S.A.).
• Representa eliminação do investimento (livros da Empresa X S.A. - Holding) contra o patri-
mônio líquido da Subsidiária S.A. (sem computar o resultado do exercício) e contra o resul-
tado de equivalência patrimonial.
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis61/231
1.4 Consolidação de Controla-
da Parcial
Como já definimos anteriormente, a con-
solidação de controlada parcial trata de in-
vestimentos que são inferiores a 100% de 
participação. A consolidação, neste caso, é 
um pouco diferente do exemplo que utiliza-
mos na consolidação integral, pois temos 
a figura do acionista minoritário, além da 
controladora e de ações do capital social da 
controlada.
A participação dos acionistas minoritários 
no patrimônio líquido da controlada deve 
ser incluída no grupo do patrimônio líqui-
do do balanço patrimonial consolidado. 
Por outro lado, a participação dos acionis-
tas minoritários no resultado da controlada 
é apresentada em linha específica da de-
monstração consolidada de resultado. Veri-
ficaremos um exemplo prático: 
A Holding S.A. adquiriu 60% do capital so-
cial da Subsidiária S.A. em 01/01/20X1 pelo 
valor total de $ 180, que correspondia nessa 
mesma data à aplicação desse percentual 
sobre o valor do patrimônio líquido da so-
ciedade investida. A Subsidiária S.A. apurou 
lucro de $ 50 em 20X1 e declarou dividen-
dos de $ 35 em 31-12-20X1. A Holding S.A. 
procedeu aos seguintes lançamentos con-
tábeis referentes a esse investimento em 
20X1, conforme mostra a Figura 17.
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis62/231
Figura 17 – Exemplo 2 Consolidação Parcial
Fonte: Almeida (2013, p. 59)
Na Figura 18 apresentamos os papéis de trabalho para o exemplo da consolidação parcial.
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis63/231
Figura 18 – Exemplo 2 - Consolidação Parcial – Papel de Trabalho
Fonte: Almeida (2013, p. 60)
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis64/231
Para saber mais
Para que uma Companhia Controladora seja dispensada de realizar a consolidação das demonstrações 
financeiras, a NBC T 36 (3) determina que:
A entidade que seja controladora deve apresentar demonstrações consolidadas. Esta Norma se 
aplica a todas essas entidades, com as seguintes exceções:
(a) a controladora pode deixar de apresentar as demonstrações consolidadas somente se satis-
fizer todas as condições a seguir, além de permitido legalmente:
(i) a controladora é ela própria uma controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a qual, em 
conjunto com os demais proprietários, incluindo aqueles sem direito a voto, foram consultados 
e não fizeram objeção quanto à não apresentação das demonstrações consolidadas pela con-
troladora;
(ii) seus instrumentos de dívida ou patrimoniais não são negociados publicamente (bolsa de va-
lores nacional ou estrangeira ou mercado de balcão, incluindo mercados locais e regionais);
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis65/231
Para saber mais
(iii) ela não tiver arquivado nem estiver em processo de arquivamento de suas demonstrações 
contábeis na Comissão de Valores Mobiliários ou outro órgão regulador, visando à distribuição 
pública de qualquer tipo ou classe de instrumento no mercado de capitais; e
(iv) REVOGADO
(v) a controladora final, ou qualquer controladora intermediária da controladora, disponibiliza 
ao público suas demonstrações em conformidade com as normas do CFC, em que as controladas 
são consolidadas ou são mensuradas ao valor justo por meio do resultado de acordo com esta 
norma; (Alterado pela NBC TG 36 (R3).
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis66/231
Glossário
Companhia: empresa; entidade.
Godwill: ativo intangível, surge da aquisição de uma empresa por outra.
CFC: Conselho Federal de Contabilidade.
NBC: Normas Brasileiras de Contabilidade.
Questão
reflexão
?
para
67/231
A maioria das empresas S.A. de capital aberto possui 
participação em outras empresas. Todas as demonstra-
ções financeiras são divulgadas no site de cada empresa 
listada na bolsa de valores, sendo que exemplos práticos 
são possíveis de serem encontrados em balanços e rela-
tórios. Acesse pelo menos três tipos diferentes de em-
presas, de preferência de setores distintos da economia. 
Quais as empresas/ramos que apresentam em seus re-
latórios finais as demonstrações consolidadas?
Acesse as empresas listadas na Bolsa de Valores e as 
respectivas demonstrações consolidadas. Disponível 
em: <http://www.bovespa.com.br/>. Acesso em 08 maio 
2017.
http://www.bovespa.com.br/
68/231
Considerações Finais
• Definições de Controladas e Controladoras.
• Exemplos de consolidação do Balanço Patrimonial de duas ou mais 
Companhias.
• Exemplos de consolidação da Demonstração do Resultado do Exercí-
cio de duas ou mais Companhias.
• Exemplos de consolidação da Demonstração do Resultado Abrangen-
te de duas ou mais Companhias.
• Exemplos de papéis de trabalho para controle e conciliações das con-
solidações das demonstrações.
• DFC e DVA devem ser elaboradas a partir do Balanço e DRE consolida-
das.
Unidade 2 • Consolidação das Demonstrações Contábeis69/231
Referências 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade avançada: textos, exemplos e exercícios resolvi-
dos, 3. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2013.
MARTINS, Eliseu et al. Manual de contabilidade societária FIPECAFI. 2. ed. São Paulo: Editora 
Atlas, 2013.
CPC. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC>. Acesso em: 19 jun. 2017.
CFC. Normas Brasileiras de Contabilidade. Disponível em: <http://cfc.org.br/tecnica/normas-bra-
sileiras-de-contabilidade/>. Acesso em: 19 jun. 2017.
PORTAL DE CONTABILIDADE. Norma NBC T 8. Disponível em: <http://www.portaldecontabilida-
de.com.br/nbc/t8.htm>. Acesso em: 19 jun. 2017.
http://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/http://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t8.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t8.htm
70/231
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Aula 2 - Tema: Consolidação das Demonstra-
ções Contábeis. Bloco I
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71/231
1. Em termos de praticidade, existem demonstrações em que é mais fácil de 
apresentar a consolidação a partir de duas outras demonstrações já conso-
lidadas. Baseado nisto, julgue os itens abaixo que correspondem a estas de-
monstrações.
I - Demonstração de Fluxo de Caixa – DFC.
II - Balanço Patrimonial – BP.
III - Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL.
IV - Demonstração do Resultado do Exercício – DRE.
V - Demonstração do Valor Adicionado - DVA
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas o item I está correto.
b) Apenas os itens II e III estão corretos.
c) Apenas os itens IV e V estão corretos.
d) Apenas os itens III e V estão corretos.
e) Apenas os itens I e V estão corretos.
Questão 1
72/231
2. A empresa Zeus S.A. detém 100% das ações da empresa Poseidon S.A. e 
90% das quotas da empresa Apollo Ltda. Assinale a alternativa que classifica 
corretamente a empresa Zeus S.A.
Questão 2
a) Controladora direta de Poseidon e indireta de Apollo.
b) Apenas controladora direta de Poseidon.
c) Controladora direta de Poseidon e coligada de Apollo.
d) Controladora direta de Poseidon e Poseidon.
e) Apenas controladora indireta de Apollo.
73/231
3. Analise as afirmações abaixo:
I - Qualquer tipo de empresa, seja de capital fechado ou aberto, havendo participação em 
outra sociedade e prevalecendo como figura de empresa controladora, deverá apresentar 
demonstrações consolidadas.
II - Demonstrações consolidadas só deverão ser apresentadas quando uma empresa de ca-
pital aberto, em bolsa de valores, possuir investimento em outras empresas.
III - A consolidação das demonstrações contábeis ou financeiras é apresentada pela empre-
sa controladora, independente do seu tamanho.
IV - Os papéis de trabalho são os controles da consolidação das demonstrações contábeis.
V - Ao realizar a consolidação, alguns lançamentos são excluídos. A exclusão destes lança-
mentos também deverá ser controlada em papel de trabalho apropriado, sumarizando to-
das as exclusões realizadas.
Com relação às afirmações dispostas acima, qual(is) está(ão) incorreta(s).
Questão 3
a) Apenas a afirmação I.
b) Apenas a afirmação II.
c) Apenas a afirmação III.
d) Apenas a afirmação IV.
e) Apenas a afirmação V.
74/231
4. Com relação à consolidação integral, analise o seguinte caso: A Empresa 
ABC adquiriu 100% do Capital Social da Empresa DEF em 31/03/20X0 no va-
lor de R$ 500,00, equivalente ao Patrimônio Líquido da Investida. A Empresa 
DEF apurou um lucro em 31/12/20X0 de R$ 200,00 e distribuiu dividendos 
no valor de R$ 50,00. Através da realização da movimentação da consolida-
ção no papel de trabalho apresentado, assinale a alternativa relacionada ao 
valor total do Ativo ao final da consolidação.
Questão 4
a) R$ 2.500.
b) R$ 3.500.
c) R$ 2.000.
d) R$ 3.000.
e) R$ 4.500.
75/231
Figura - Papel de Trabalho para final do exercício em 31/12/20x0.
Elementos ABC DEF Eliminações Consolidação
Débito Crédito Resultado Balanço
Caixa / Bancos 1.700 700
Estoque 100
Dividendos a receber 50
Investimentos 650
Total do Ativo 2.500 700 0 700
Dividendos a pagar 50
Patrimônio Líquido 2.000 450
Total Passivo + P.L 2.000 500 500
Resultado Exercício 
Vendas 400 400 800
Despesas operacionais (100) (200) (300)
Resultado equivalência 200 0
Resultado consolidado 500
700 700
Fonte: A autora
Questão 4
76/231
5. Com relação à consolidação parcial, analise o seguinte caso: A Empresa 
ABC adquiriu 60% do Capital Social da Empresa DEF em 31/01/20X0 no valor 
de R$ 1.000,00, equivalente ao Patrimônio Líquido da Investida. A Empresa 
DEF apurou um lucro em 31/12/20X0 de R$ 200,00 e distribuiu dividendos 
no valor de R$ 50,00. Através da realização da movimentação da consoli-
dação no papel de trabalho abaixo, identifique qual alternativa apresenta o 
valor total do Ativo ao final da consolidação.
Questão 5
a) R$ 2.500.
b) R$ 3.500.
c) R$ 2.000.
d) R$ 3.000.
e) R$ 4.500.
77/231
Figura - Ficha de controle de consolidação de balanços.
Elementos E m p r e s a 
ABC
Empresa 
DEF
Eliminações Consolidação
Débito Crédito Resultado Balanço
Caixa / Bancos 1.700 700
Estoque 100
Dividendos a receber 50
Investimentos 650
Total do Ativo 2.500 700
Dividendos a Pagar 50
Participações
Patrimônio Líquido 2.000 450
Total Passivo + P.L 2.000 500
Resultado Exercício 
Vendas 400 400
Despesas operacionais (100) (200)
Resultado equivalência 120
Participações 80
Resultado consolidado
2.500 700
Fonte: A autora
Questão 5
78/231
Gabarito
1. Resposta: E.
As referidas demonstrações são elaboradas, 
muito mais facilmente, partindo-se direta-
mente dos saldos consolidados apurados 
no balanço e nos resultados consolidados, 
mas levando-se em conta as especificida-
des dessas demonstrações e a conformida-
de com o CPC 03 e CPC 09, que tratam des-
sas demonstrações.
2. Resposta: A.
A empresa Zeus S.A. detém 100% da parti-
cipação societária de Poseidon S.A., tornan-
do-se assim investidora ou controladora di-
reta. Ela possui controle indireto da empre-
sa Apollo Ltda através da empresa pela qual 
ela tem participação parcial.
3. Resposta: B.
Quando uma empresa é controladora dire-
ta ou indireta de uma ou mais empresas, ela 
deverá apresentar as demonstrações con-
tábeis de forma consolidada, independen-
temente de S.A. ser capital aberto ou fecha-
do ou de Capital Limitado – Ltda.
4. Resposta: A.
A tabela a seguir explicita os cálculos para 
concluir que o total do ativo após a consoli-
dação é de 2.500,00.
79/231
Tabela - Papel de Trabalho para final do exercício em 31/12/20x0.
Elementos ABC DEF Eliminações ConsolidaçãoDébito Crédito Resultado Balanço
Caixa / Bancos 1.700 700 2.400
Estoque 100 100
Dividendos a receber 50 50 0
Investimentos 650 650 0
Total do Ativo 2.500 700 0 700 2.500
Dividendos a pagar 50 50 0
Patrimônio Líquido 2.000 450 450 2.000
Total Passivo + P.L 2.000 500 500 2.000
Resultado Exercício
Vendas 400 400 800
Despesas operacionais (100) (200) (300)
Resultado equivalência 200 200 0
Resultado consolidado 500 500
700 700
2.500 700 2.500
Gabarito
80/231
5. Resposta: A.
A tabela a seguir explicita os cálculos para concluir que o total do ativo após a consolidação é de 
2.500,00.
Tabela - Papel de Trabalho para Consolidação em 31/12/20x0
Elementos ABC DEF Eliminações Consolidação
Débito Crédito Resultado Balanço
Caixa / Bancos 1.700 700 2.400
Estoque 100 100
Dividendos a receber 50 50 0
Investimentos 650 650 0
Total do Ativo 2.500 700 0 700 2.500
Dividendos a pagar 50 30 20
Participações 260 260
Patrimônio líquido 2.000 450 270 2.000
180
Total Passivo + P.L 2.000 500500 2.280
Resultado Exercício 
Gabarito
81/231
Vendas 400 400 800
Despesas operacionais (100) (200) (300)
Resultado equivalência 120 120 0
Participações 80 80 80
Resultado consolidado 420 420
700 700
2.500 700 2.500
Gabarito
82/231
Unidade 3
Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros
Objetivos
• Noções preliminares de análises financeiras ou de balanço;
• Introdução ao cálculo do EBITDA;
• Apresentação ao cálculo do EVA®.
Unidade 3 • Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros83/231
Introdução
A necessidade da avaliação financeira e de 
desempenho nas empresas pode ser expli-
cada com uma analogia muito simples: um 
capitão e todos os seus marinheiros con-
duzem a embarcação oceano afora sobre 
uma calmaria (bom tempo), mas que tam-
bém podem navegar sobre um tempo ruim, 
sendo que sempre alcançarão o destino. Os 
marinheiros têm a função de zelar cada qual 
por uma parte do navio e fornecer informa-
ções precisas ao capitão, através de rela-
tórios, talvez até mesmo de hora em hora. 
Mesmo que tempestades surjam no hori-
zonte, é possível, muitas vezes, desviar um 
pouco da rota, evitando-as; caso isto não 
seja possível, elas serão enfrentadas com 
determinação, necessitando mais ainda de 
elucidações precisas. Nada adianta dispor 
de uma quantidade abundante de infor-
mações se os profissionais não têm capa-
cidade de interpretá-las para a tomada de 
decisões. Um erro de interpretação poderá 
colocar tudo a perder ou causar prejuízos 
econômicos e até mesmo danos ambientais 
severos ou irreversíveis. Assim são as em-
presas, são “navios” que navegam em seus 
oceanos (mercados), que ora são favoráveis 
e outra não tão adequadas assim. O CEO é 
o capitão cercado de gestores, os marinhei-
ros desta grande embarcação. Eles preci-
sam coletar dados de diversas fontes dis-
poníveis e interpretá-los, com o objetivo de 
tomar decisões na condução dos negócios 
da empresa ou, simplesmente, sobreviver às 
tempestades que aparecerem.
A Contabilidade, dentro do seu nobre obje-
Unidade 3 • Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros84/231
tivo, que é fornecer informações fidedignas 
para o processo de decisão, consegue for-
necer aos gestores das empresas, através 
de seu complexo banco de dados de infor-
mações, uma gama de formação de indica-
dores que possibilitam o processo decisório.
É fundamental para qualquer empresa co-
nhecer a sua situação financeira e também 
o seu desempenho, no decorrer dos dias, 
dos meses e dos anos, na medida em que as 
suas atividades vão se desenrolando.
1. EVA® - Economic Value Added 
(Valor Econômico Agregado ou 
Adicionado) 
Segundo Padoveze (2012), o conceito de 
EVA é de custo de oportunidade, ou lucro 
residual. Esta definição significa que há re-
almente valor adicionado à empresa, caso o 
Lucro Líquido após o IR seja superior a um 
determinado custo de oportunidade de ca-
pital. 
Este custo de oportunidade de capital é con-
siderado como o lucro mínimo que a em-
presa deveria ter para remunerar adequa-
damente o investimento do acionista, ou 
seja, se o acionista aplicasse o seu dinheiro 
em outro negócio ou outra empresa, teria 
no mínimo aquele rendimento apresenta-
do no EVA. Portanto, o valor adicionado só 
pode ser considerado quando o lucro obtido 
pelo acionista for maior que um rendimen-
to mínimo de mercado. Matematicamente, 
podemos expressar o EVA por:
Unidade 3 • Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros85/231
Sendo:
NOPAT = Lucro Operacional Líquido após os Impostos;
C% = Custo percentual do capital;
TC = Capital Total.
Para saber mais
O custo de oportunidade é um termo usado em economia para indicar o custo de algo em termos de uma 
oportunidade renunciada, ou seja, o custo, até mesmo social, causado pela renúncia do ente econômico, 
bem como os benefícios que poderiam ser obtidos a partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, a 
mais alta renda gerada em alguma aplicação alternativa.
O custo de oportunidade foi definido como uma expressão “da relação básica entre escassez e escolha”. 
São custos implícitos, relativos aos insumos que pertencem à empresa e que não envolvem desembolso 
monetário. Esses custos são estimados a partir do que poderia ser ganho no melhor uso alternativo (por 
isso são também chamados custos alternativos ou custos implícitos). Os custos econômicos incluem, para 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Custo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Renda
Unidade 3 • Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros86/231
1.1 Tipos de Custo de Oportuni-
dades 
Não existe um consenso sobre qual taxa de 
desconto adotar. Porém, em uma breve pes-
quisa encontramos os seguintes:
Para saber mais
além do custo monetário explícito, os custos de oportunidade que ocorrem pelo fato dos recursos pode-
rem ser usados de formas alternativas. Em outras palavras, o custo de oportunidade representa o valor as-
sociado à melhor alternativa não escolhida. Ao se tomar determinada escolha, deixa-se de lado as demais 
possibilidades, pois são excludentes (escolher uma é recusar outras). À alternativa escolhida associa-se 
como “custo de oportunidade” o maior benefício NÃO obtido das possibilidades NÃO escolhidas, isto é, “a 
escolha de determinada opção impede o usufruto dos benefícios que as outras opções poderiam propor-
cionar”. O mais alto valor associado aos benefícios não escolhidos pode ser entendido como um custo da 
opção escolhida, custo chamado “de oportunidade”.
• Taxa de juros de títulos do governo 
norte-americano;
• Libor ou Prime Rate;
• Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) no 
Brasil;
Unidade 3 • Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros87/231
• Custo médio ponderado de capital da 
empresa;
• Custo médio ponderado de capital 
ajustado pelo risco da empresa.
Quanto maior for a taxa de custo de oportu-
nidade a ser adotada, mais difícil será a em-
presa apresentar um valor agregado (EVA).
1.2 Capital Total 
Para este elemento podemos adotar o Ativo 
Operacional Líquido; pode-se tomar como 
referência o valor econômico da empresa 
obtido por fluxo de caixa descontado no iní-
cio do período.
1.3 Exemplo de Cálculo do EVA® 
Tomando como base as tabelas que se se-
guem para exemplificar Ativo Operacional 
e Lucro Operacional, assumindo um custo 
de oportunidade mínimo de 12% a.a. (exi-
gidos pelos acionistas), teríamos a seguinte 
mensuração do valor econômico adiciona-
do para dois exercícios sociais dos períodos 
X0 e X1:
Unidade 3 • Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros88/231
Tabela 1 – Ativo Operacional
Fonte: Padoveze (2012, p. 250)
Unidade 3 • Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros89/231
Tabela 2 – Lucro Operacional.
Fonte: Padoveze (2012, p. 446)
Unidade 3 • Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros90/231
Tabela 3 – Cálculo do EVA
Fonte: Padoveze (2012, p. 447)
No exemplo apresentado, podemos constatar que no ano de x0 houve uma rentabilidade de 
0,22%, ao passo que no ano de x1 não houve valor adicionado porque a rentabilidade final foi 
inferior à rentabilidade exigida, ou seja, houve para o acionista uma perda do valor, pois o valor 
ficou negativo.
Unidade 3 • Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros91/231
2. EBITDA – Lucro Antes dos Ju-
ros, Impostos, Depreciações e 
Amortizações
O EBITDA é o Lucro Operacional mais as de-
preciações e amortizações. O objetivo da 
apuração do EBITDA é mensurar a capaci-
dade operacional da empresa de gerar lucro 
ou caixa, adicionando os valores de depre-
ciações e amortizações ao Lucro Operacio-
nal. Deste modo, formulamos o conceito de 
Lucro Operacional Bruto, que é um indica-
tivo fundamental para a capacidade de ge-
ração bruta de lucros e, consequentemente, 
decaixa.
Por não considerar os juros como elemen-
tos redutores da geração de lucro, o EBIT-
DA só pode ser utilizado em alguma análise 
de rentabilidade com o Ativo Operacional 
Líquido. O foco é a geração operacional de 
lucro e não a geração de lucro para o acio-
nista. Na análise do EBITDA não se leva em 
consideração as fontes de financiamento 
do capital.
Sempre convém lembrar que alguma análi-
se de rentabilidade com o EBITDA deve ser 
feita com cautela, porque esta avaliação de 
geração de lucro não considera os impostos 
e, portanto, fornece uma medida de renta-
bilidade bruta antes dos impostos.
A função do EBITDA é mensurar o poten-
cial de geração de lucros, para os modelos 
de avaliação de empresas, como é o caso do 
conceito de fluxo de caixa descontado (PA-
DOVEZE, 2012, p. 465).
Unidade 3 • Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros92/231
Exemplo de Cálculo do EBITDA:
Considerando os valores do Ativo Operacional, Lucro Operacional das tabelas anteriores, De-
preciação para os anos de x0 e x1 de R$ 1.053.000 e 1.082.225 respectivamente, como ficaria o 
EBITDA neste cenário.
Tabela 4 – Cálculo do EBITDA
Fonte: Adaptado de Padoveze (2012, p. 465)
Link
Diversos conceitos empregados na avaliação de desempenho são apresentados no site indicado. Dis-
ponível em: <https://endeavor.org.br/ebitda-lajida/>. Acesso em 06 jun. 2017.
https://endeavor.org.br/ebitda-lajida/
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Glossário
EBITDA: uma abreviação do termo em inglês Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and 
Amortization — em tradução direta, Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortiza-
ção.
EVA®: Economic Value Added (Valor Econômico Agregado ou Adicionado) – Marca registrada da 
Stern Stewart & Co.
IR: Imposto de Renda.
Impostos sobre Lucros: impostos incidentes sobre o lucro ou impostos diretos.
Impostos sobre Mercadorias: impostos incidentes sobre compra e venda de mercadorias ou 
impostos indiretos.
Questão
reflexão
?
para
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Existem diversos custos de oportunidades disponíveis 
no mercado financeiro que oferecem graus diferentes 
de riscos para as empresas, porém são investimentos 
que podem ser adotados por acionistas em detrimento 
de investimento em sociedades. Quais são os tipos de 
custos de oportunidade e a relação entre % de retorno 
com risco?
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Considerações Finais
• Valor Econômico Agregado ou Adicionado.
• Importância do cálculo do EBITDA para avaliação de desempenho operacio-
nal.
• Custo de Oportunidade na avaliação na decisão de investimento.
• EVA® versus Custo de Oportunidade e a escolha do mais vantajoso para o 
acionista. O EVA® como ferramenta de decisão de investimento.
Unidade 3 • Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros96/231
Referências 
PADOVEZE, Clóvis Luiz. Controladoria Estratégica e Operacional. 3. ed. São Paulo: Cengage, 
2012.
ENDEAVOR Organização não Governamental. Conceito de Fluxo de Caixa Descontado. Disponí-
vel em: <https://endeavor.org.br/fluxo-de-caixa-descontado/>. Acesso em: 06 jun. 2017.
https://endeavor.org.br/fluxo-de-caixa-descontado/
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Aula 3 - Tema: Avaliação Global do Resultado e 
Desempenho e Análise da Geração de Lucros. 
Bloco I
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1. Assinale a alternativa que conceitua corretamente o EVA.
a) O conceito de EVA é de custo de oportunidade, ou lucro residual. É um conceito tradicional 
da teoria econômica, mas que nem sempre tem sido adotado no tempo nem em todas as 
empresas.
b) O conceito de EVA é de custo de oportunidade, ou valor residual. É um conceito atual da teo-
ria econômica, mas que nem sempre tem sido adotado no tempo nem em todas as empresas.
c) O conceito de EVA é de custo de oportunidade, ou valor residual. É um conceito atual da te-
oria econômica, raramente adotado no tempo e nas empresas.
d) O conceito de EVA é de custo de oportunidade, ou valor residual, utilizado para, principal-
mente, verificar se a empresa está alcançando resultados melhores que outros tipos de in-
vestimentos de mercado financeiro.
e) É um indicador de desempenho para medir qual a rentabilidade do lucro operacional com 
relação aos seus ativos.
Questão 1
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2. Na fórmula básica do EVA nós temos o NOPAT. Assinale a alternativa que 
indica corretamente o seu significado.
a) NOPAT = Lucro Operacional Líquido após os Impostos.
b) b) NOPAT = Núcleo de Operações do Patrimônio e Ativos de Terceiros.
c) NOPAT = Valor do Ativo Operacional Total.
d) d) NOPAT = Valor Agregado Líquido após os Impostos.
e) e) NOPAT = Lucro Operacional Total.
Questão 2
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3. Assinale a alternativa correta. Considerando os dados da Tabela a seguir, 
um custo de oportunidade de 10% a.a. e impostos sobre o lucro na alíquota 
de 25%, qual o valor adicionado encontrado para este cenário para os anos 
31/12/x10 e 31/12/x11, respectivamente.
Tabela – Dados de ativo operacional
Questão 3
Fonte: A autora
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Questão 3
a) 1,13% e 5,55%.
b) 1,10% e 5,00%.
c) 1,15% e 5,60%.
d) 1,20% e 5,70%.
e) 1,50% e 3,70%.
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4. Utilizando os dados da Tabela que se segue e alíquota dos impostos so-
bre lucro de 35%, assinale a alternativa que apresenta o valor do EVA para os 
anos 31/12/x10 e 31/12/x11, respectivamente:
Tabela – Dados ativo operacional e lucro operacional
Questão 4
Fonte: A autora
103/231
Questão 4
a) -0,35% e 3,47%.
b) 1,00% e 3,47%.
c) 0,35% e -3,47%.
d) -0,35% e -3,47%.
e) – 1,00 % - 3,47%.
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5. Considerando os dados da Tabela abaixo e os valores de depreciação para 
o ano de x10 de R$ 1.500.000 e para x11 R$ 1.550.000. Assinale a alternativa 
que indica o percentual de rentabilidade de caixa pelo EBITDA para os res-
pectivos anos.
Tabela – Dados ativo operacional e lucro operacional
Questão 5
Fonte: A autora
105/231
a) 30% e 37,7%.
b) 30,5% e 37,7%.
c) 37,7% e 30%.
d) 35% e 37,7%.
e) 29,5% e 37,7%.
Questão 5
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Gabarito
1. Resposta: A.
O conceito de EVA é de custo de oportunidade, ou lucro residual. É um conceito tradicional da 
teoria econômica, mas que nem sempre tem sido adotado no tempo, nem em todas as empresas.
2. Resposta: A. 
NOPAT significa Lucro operacional líquido após os impostos.
3. Resposta: A.
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Gabarito
108/231
4. Resposta: A.
Gabarito
109/231
5. Resposta: A.
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Unidade 4
Comportamento dos Custos
Objetivos
• Conhecer o comportamento de custo.
• Introdução aos custos diretos e indiretos; fixos e variáveis.
• Integração da análise do comportamento de custos.
Unidade 4 • Comportamento dos Custos111/231
Introdução
Vários autores que estudam sobre o tema 
de Contabilidade de Custos afirmam que 
ela nasceu praticamente junto com a Re-
volução Industrial, período este que, suma-
riamente, representou a transição de uma 
época de comércio e produção artesanal,

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