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1 - A empresa “A” adquiriu estabelecimento industrial da empresa “B” e continuou sua atividade. Aproximadamente um ano depois da aquisição, a empresa “A” é demandada pelo Fisco em relação a fatos geradores realizados pela empresa “B”. No contrato de compra e venda não há disciplina a respeito das dívidas tributárias anteriores à aquisição. Pergunta-se:
a) Pode o Fisco, após a indigitada operação de compra e venda, exigir os tributos, cujos fatos geradores foram realizados por “B” antes de sua aquisição, diretamente de “A”? Há relevância se houver no contrato cláusula de responsabilidade de “B” quanto aos débitos anteriores à operação? 
Sim, o art. 133 do CTN, o adquirente responderá pelos tributos do estabelecimento adquirido até a data da alienação. Se o alienante cessar a exploração da atividade relacionada, o adquirente responderá integralmente pelos tributos do estabelecimento comercial (inc. I). Se o alienante prosseguir com a exploração da atividade relacionada, ou iniciar dentro de 6 meses nova atividade, independente do ramo, responderá subsidiariamente com o alienante pelos tributos do estabelecimento comercial, conforme o (inc. II).
Cláusulas contratuais restritivas de responsabilização, ou de não responsabilização da empresa sucessora, não possuem validade, quando o art. 133 do CTN, já disciplina a matéria e busca proteger a Fazenda Pública.
b) A empresa “A” sujeita-se às sanções tributárias materiais: (i) multa de mora, (ii) multa pelo não-pagamento de tributo, (iii) juros e (iv) multa pelo descumprimento de deveres formais se aplicadas antes da operação de compra e venda? E se aplicadas depois da operação? 
O crédito tributário é referente à obrigação tributária, englobando o tributo e todos os possíveis acréscimos: multa moratória, multa por infração, correção monetária (Selic) e juros de mora. A jurisprudência atual adotou o entendimento de que o sucessor responde pela multa, seja ela de caráter moratório ou infracional, que está na Súmula 554 do STJ:
"Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão."
2 - João, Marcelo e Joaquim eram sócios com poderes de gestão da empresa X (Ltda), que também tinha como sócios não gestores Luis e Fernando, estes por sua vez, sócios com poderes de gestão da empresa Y. Em 2017, por questões econômicas e de desentendimento entre os sócios a empresa X encerrou irregularmente suas atividades, sendo apurado pela Receita Federal o inadimplemento de obrigações tributárias desde o exercício de 2013. Diante deste contexto, pergunta-se: 
(i) A dissolução irregular da sociedade caracteriza infração à lei apta a ensejar a responsabilidade do(s) sócio(s) pelas dívidas da pessoa jurídica? E o mero inadimplemento da obrigação de pagar tributo? Poderia o fiscal lavrar auto de infração contra a empresa X (contribuinte) e, posteriormente, executar todos sócios de forma solidária à empresa? 
A dissolução irregular da empresa está redirecionada a execução fiscal contra os sócios gerentes, nos termos do art. 135 do CTN, que diz “presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgão competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio gerente”, ou seja, para os sócios com poderes de gestão. 
O mero inadimplemento da obrigação de pagar tributo não acarreta responsabilização dos sócios, pois a sociedade é limitada. Deverá ser o patrimônio da empresa atingida em eventual execução fiscal. 
Por expressa determinação do artigo 135 do CTN, a responsabilização tributária dos sócios, inclusive por autos de infração lavrados contra a empresa, somente ocorrerá quando demonstrados de forma inequívoca atos praticados com excesso de poderes, infração de lei, contrato social ou estatutos.
(ii) Poderia o Fisco, de forma solidária, cobrar o tributo devido de Y, sob a alegação de grupo econômico? Quais os critérios para caracterizar a formação de grupo econômico de empresas no ordenamento jurídico brasileiro?
Não, pois os sócios administradores da empresa X não sãos os mesmos sócios administradores da empresa Y, o que é requisito para caracterização de grupo econômico. É grupo econômico quando duas ou mais empresas estão sob a direção, controle ou administração de outra, compondo um grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, ainda que cada uma delas tenha personalidade jurídica própria. 
Para ter a configuração de grupo econômico são necessários três requisitos: a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes (artigo 2º, parágrafo 3º, da CLT, acrescentado pela Lei 13.467/2017).
3 - Para a imposição de responsabilidade tributária, é necessário o lançamento?
Sim, a responsabilidade tributaria, que dentro da relação estabelecida entre o fisco e o particular, existe o sujeito ativo e o sujeito passivo da relação, e essa relação pode ser principal ou acessória.
O contribuinte está ligado ao direito pessoal e direta com o fato gerador, o responsável tributário, vai ser sempre um terceiro que tem alguma relação com o tributo, mas não é pessoal nem direto. Então a lei determina que este terceiro deve pagar o crédito tributário, em caráter supletivo ou não, em sua totalidade ou parcialmente, ao pagamento ou cumprimento da obrigação. A obrigação torna-se exigível após o lançamento ou autolançamento.
4 - Na omissão de obrigações acessórias/deveres instrumentais, há constituição presumida de crédito (multa) e impedimento de CND
O descumprimento da obrigação acessória, se converte em principal relativamente à pena pecuniária, pois a sanção imposta ao inadimplente é uma multa punitiva, que como tal constitui uma obrigação principal. Havendo a omissão de cumprimento da obrigação tributária acessória convertida em multa, acarretará impedimento de retirada de CND. 
5 - O que é o Lançamento? Tem caráter provisório ou definitivo? Quais as formas de constituição do crédito tributário?
Lançamento previsto no Art. 142 CTN, vai ter a constituição do crédito tributário, e essa é a possibilidade que o fisco tem de cobrar do sujeito passivo da obrigação tributaria, do fato gerador do tributo que ele praticou e que estava previsto na hipótese de incidência 
Ele é definitivo, mas não imutável. O artigo 149 do CTN traz as possibilidades em que ele pode ser retirado, tais como iniciativa do sujeito passivo (Impugnação), recurso de ofício ou iniciativa da própria Autoridade Administrativa. 
A Autoridade Administrativa possui três formas de constituição do crédito tributário, quais sejam, o lançamento por declaração, lançamento por homologação e por meio do lançamento de ofício.
6 - Em que acepção a expressão “crédito tributário” foi utilizada no art. 151 do CTN? Essa expressão congrega também liames decorrentes da prática de atos ilícitos (e.g. multa por desrespeito aos deveres instrumentais)? As hipóteses de “suspensão da exigibilidade do crédito tributário” previstas no art. 151 do CTN são taxativas? Considerando que não houve alteração no artigo 151 do CTN, a suspensão dos processos cuja controvérsia envolvida se encontre afetada para o julgamento de casos repetitivos (arts. 928, e 1.037, II do CPC/15), tem o condão de suspender a exigibilidade do crédito tributário objeto da ação? Qual procedimento poderia ser tomado para que essa suspensão se operasse? A figura da tutela provisória (CPC/15) pode implicar a suspensão da exigibilidade do crédito tributário? 
O “crédito tributário” se trata dos valores devidos pelo contribuinte ou responsável ao Estado, decorrentes da obrigação tributária principal. O crédito tributário em si não é suspenso, mas sim sua exigibilidade, pois as situações previstas no art. 151 do CTN não atingem nenhum dos elementos essenciais do crédito em si. 
As hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributáriosão taxativas e estão definidas no art. 151 do CTN. Tal entendimento é corroborado pelo art. 111, inciso I, do CTN, que determina a interpretação literal da legislação tributária.
O Novo Código de Processo Civil inseriu a possibilidade de suspensão do processo quando admitido o IRDR, ou quando um tema aguarda julgamento em repercussão geral ou demanda repetitiva. Apesar das inovações, estas hipóteses apenas irão sobrestar o processo de execução, sem que isso implique na suspensão da exigibilidade, pois o rol de hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário continua sendo taxativo. 
Para suspensão da exigibilidade do crédito tributário são os pedidos de tutela antecipada e de tutela de urgência. Conforme diz Cesar Catunda, “Deferida pelo magistrado a tutela de urgência (cautelar ou antecipada) ou a tutela de evidência no processo tributário, o efeito imediato da decisão será a suspensão da exigibilidade da obrigação tributária, de modo a bloquear, ainda que temporariamente, o processo de aplicação das regras tributárias”.
7 - Sobre o depósito judicial efetuado nos autos de uma ação declaratória proposta antes da constituição do crédito tributário, pergunta-se: 
(i) Trata-se de faculdade do contribuinte? Há distinção entre depósito judicial para fins do artigo 151, II do CTN e a prestação de caução em dinheiro? O levantamento do depósito judicial pelo contribuinte vincula-se ao êxito (com trânsito em julgado) da ação ou o juiz pode a qualquer tempo autorizar o levantamento do depósito? 
Todo contribuinte que não concorda com a exigibilidade de determinado tributo ao ingressar com ação judicial, que se tarta de uma discussão sobre a cobrança, pode optar pelo deposito judicial do valor apontado como devido, ao ingressar com uma ação é aberta uma conta bancaria e essa conta fica vinculada ao processo judicial, assim o contribuinte desde o inicio até o termino da ação pode ao ives de recolher os valores que estão sendo apostados como devido pode depositar judicialmente. O valor depositado deve ser integral para suspender sua exigibilidade. 
A diferença de deposito judicial e caução, é que o deposito judicial é uma das alternativas de suspenção da exigibilidade do crédito tributário, quando for em seu montante integral. 
A caução consiste na garantia estabelecida, caso haja algum dano possivel ou descumprimento de uma obrigação. Pode ser apresentado em forma de bens em juizo, deposito em dinheiro, hipoteca, penhor, fiança e outros. É garantia para que o ato seja concretizado. Pode servir tão somente para antecipação de uma futura execução (contracautela) com o fim de emissão de Certidões Negativas com Efeito de Positiva sem ocasionar na automática suspensão da exigibilidade.
Sobre o levantamento do valor, entende parte da doutrina que se o depósito foi voluntário, naõ depende de decição do juiz mas sim do réu e pode ser levantado a qualquer tempo.
Outra parte da doutrina entende que somente pode ser efetuado após o trânsito em julgado, no caso de decisão favorável ao contribuinte, pois durante o tempo em que o crédito esteve suspenso não pode o Fisco promover a execução fiscal, portanto, não restaria prejudicada com a proibição do levantamento pelo contribuinte.
 
8 - A partir da vigência do CPC/15 foi instituído um novo fundamento para a concessão de tutela provisória, a evidência do direito, tal como prevêm os arts. 294 e 311. Pergunta-se: 
a) Identifique a diferença entre tutela antecipada e tutela cautelar.
R: Tanto a tutela cautelar como a antecipada são tutelas provisórias, e consideradas pelo legislador como tutelas provisórias de urgência deve ter uma demonstração de probabilidade do direito. 
Tutela antecipada: Art. 273CPC vai ser solicitada quando for concretizar o direito real, antecipa o próprio direito material, sendo ela uma tutela satisfativa. Entregando seu direito ao cliente no começo do processo mediante uma decisão com cognição sumaria, antes de exaurir as provas no processo.
Tutela cautelar: Não entrega nenhum direito para a parte, mas assegura que o direito será efetivado no futuro, é uma tutela de garante um direito no futuro. Pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para assegurar um direito”.
b) É possível a concessão de tutela provisória antecipada em mandado de segurança? Ou em mandado de segurança tão somente é admissível medidas provisórias de natureza cautelar? 
R: A concessão da liminar, em ação de mandado de segurança, pode simplesmente acautelar o direito do autor, independentemente do deferimento do pedido quanto ao mérito, a ser analisado ao final da ação, pode a liminar no mandado de segurança ter efeitos acauteladores, para assegurar o direito da parte.
c) É cabível o requerimento de liminar em mandado de segurança fundada na evidência do direito a partir da vigência do CPC/15? Ou diante das disposições da Lei Federal n. 12.016/09, apenas é cabível o requerimento de liminares fundadas em urgência, a outra espécie de tutela provisória prevista no CPC/15?
As  normas do CPC, nas ações de mandado de segurança , Medidas cautelares e medidas antecipatórias que são técnicas diferentes, naquilo que for compatível, pode ser deferida a tutela provisória de urgência, cautelar, de natureza incidental, quando há evidências da probabilidade do direito, bem assim o perigo de dano, ou o risco ao resultado útil do processo, de acordo com o afirmado até este momento.Art.300, caput, do CPC.

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