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Direito Penal I · · Teoria do Crime: · A Teoria do Crime possui três conceitos: 1. Formal: Crime é toda conduta descrita na norma penal; 2. Material: Toda conduta que viola bens jurídicos mais relevantes; 3. Analítico: Analisa cada elemento da conduta do crime (fato típico, ilícito e culpável); · O Fato típico possui quatro elementos: 1. Conduta: é uma ação, um comportamento e, principalmente, é uma ação e uma conduta de um ser humano; Observação: Pessoas jurídicas não cometem infrações penais (Exceção: Art. 225, §3º do CRFB) a) Dolosa/culposa; b) Comissiva/omissiva. 2. Resultado; 3. Nexo de causalidade; a) Material; b) Normativo 4. Tipicidade a) Formal b) Imaterial/Conglobante · Elementos antijurídicos: · Algumas situações são excludentes de ilicitude, como por exemplo: a) Estado de Necessidade; b) Legitima Defesa; c) Estrito cumprimento do dever legal; d) Exercício regular do Direito. · Culpável: · Elementos que podem fazer parte da Pena: a) Imputabilidade; b) Potencial consciência sobre a ilicitude; c) Exigibilidade de conduta diversa; · Correntes da Teoria do Crime: · 1º corrente: fato típico + antijurídico = crime (Teoria bipartida) · 2º corrente: fato típico + antijurídico + culpável + punível = crime (Teoria qualipartida) · 3º corrente: fato típico + antijurídico + punível = crime · 4º corrente: fato típico + antijurídico + culpável = crime · Infração Penal: a) Crime/delito: para o ordenamento jurídico brasileiro, não há diferença entre crime e delito; seu regime inicial pode ser aberto, semiaberto e fechado; b) Contravenção Penal: chamado de delito anão; não há pena de reclusão ou detenção, mas prisão simples ou multa; não se admite tentativa; os regimes permitidos são aberto e semiaberto. · Teorias da Ação · Existem três teorias da Ação: 1. Teoria Causalista da ação: Ação ou omissão voluntária e consciente que determina movimentos corpóreos; toda conduta é voltada de alguma vontade; 2. Teoria Social da Ação: Conduta é o movimento voluntário e consciente socialmente relevante; meio termo entre causalismo e finalismo; trata-se de um conceito vago; 3. Teoria Finalista da Ação: Conduta é o exercício de uma atividade final; é o um comportamento humano-voluntário dirigido à uma finalidade qualquer; o ordenamento jurídico brasileiro adota esse sistema; · Conduta · A Conduta é baseada na soma dos seguintes valores: I. Vontade: seja doloso ou culposo; é um querer ativo apto a levar o ser humano a praticar um ato livremente; II. Consciência: É a possibilidade que o ser humano possui de separar o mundo que os cerca dos próprios atos, realizando um julgamento moral das suas atitudes; · Causas excludentes de Vontade: A. Coação física irresistível: o agente é coagido fisicamente à realizar uma ação; Agente coativo Pessoa coagida por um terceiro a realizar a ação B. Movimentos reflexos: ações próprias do corpo humano que não podem ser controlados; Observação: As ações semiautomáticas são atitudes que causam uma atitude penalmente relevante; já as ações involuntárias são totalmente involuntárias, não causando relevância no âmbito penal; C. Movimentos resultantes da hipnose. · Excludente de consciência: · Existem apenas dois casos: I. Sonambulismo; II. Narcolepsia.
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