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Isabel Cristina Lucas AS NOVAS TECNOLOGIAS APLICADAS NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA Orientador: DsC. Ana Lucia de Sousa São José 2020 1- INTRODUÇÃO Carvalho, um dos teórico s que escreveu sobre a importância das ferramentas tecnológicas no ensino-aprendizagem, disse que nos últimos anos percebeu, em sala de aula, que o surgimento das novas tecnologias como jogos, comunidades virtuais, redes sociais, blogs, entre outros, tem contribuído para a motivação dos alunos, pois tornam- s e mais ativos e participativos. Ele afirmou também, que aprender, ensinar, informar e comunicar sempre estiveram presentes na sociedade e que o novo desafio é ter um planejamento cuidadoso de como essas novas tecnologias serão implementadas em nossa comunidade. (2010, p. 11, 12). O ato de ensinar é u m processo que deve ser freqüentem analisado e quando preciso, reavaliado na esperança de satisfazer as constantes necessidades dos alunos e nesse sistema educativo , todas as formas de aprendizagens devem ser atentamente consideradas. Sendo assim, não podemos jamais desprezar todo esse avanço tecnológico que tem impulsionado a sociedade a viver e m u m mundo globalizado e altamente informatizado. De acordo com Moran, “A educação tem de surpreender, cativar, conquistar os estudantes a todo o momento. A educação precisa encantar, entusiasmar, seduzir, apontar possibilidades e realizar novos conhecimentos e práticas. A escola é um dos espaços privilegiados de elaboração de projetos de conhecimento, de intervenção social e de vida. É um espaço privilegiado de experimentar situações desafiadoras do presente e do futuro, reais e imaginárias, aplicáveis ou limítrofes. Promover o desenvolvimento integral da criança e do jovem só é possível com a união do conteúdo escolar e da vivência em outros espaços de aprendizagem ”( 2013, p. 21,22). A escola exerce um grande papel na educação dos alunos, proporcionando crescimento , maturidade, responsabilidade e sabedoria, tendo o professor como um importante canal de acesso, auxiliando na evolução e aquisição do saber. Para atingir seus objetivos, o educador recorre a meios que venham facilitar o ensino-aprendizagem, utilizando - se dos recursos disponíveis, empregando metodologias diferenciadas e técnicas alternativas cujo propósito é unicamente contribuir para o aprendizado dos educandos. No livro “A Educação que desejamos” (2013, p. 18), Moran fala que bons professores são as peças-chaves na mudança educacional e que a educação não evolui com professores mal preparados. Sabemos que a educação matemática é indispensável a todos, pois além de colaborar na construção do conhecimento lógico, facilita em várias ações do dia a d ia, uma vez que, muitas profissões necessitam desta ciência no desempenho das inúmeras funções que exercem. Em seu livro Educação e Tecnologias: O Novo Ritmo da Informação, Kenski afirma: “A escola representa na sociedade moderna o espaço de formação não apenas das gerações jovens, mas de todas as pessoas. Em um momento caracterizado por mudanças velozes, as pessoas procuram na educação escolar a garantia de formação que lhes possibilite o domínio de conheci mentos e melhor qualidade de vida.” (2015, p. 19) . A razão de eu ter escolhido este tema é justamente porque as escolas não podem abrir mão das novas tecnologias na educação, pois estas contribuem de maneira expressiva no ato de ensinar e desprezar tais ferramentas pode resultarem uma educação de qualidade inferior e ultrapassada; alunos desmotivados e despreparados; instituições de ensino insuficientes e caminhando para o fracasso. Optei por este tema, porque senti o desejo de, ainda que de uma forma bem singela, contribuir com minha pesquisa para que esta também nos ajude a conquistar uma escola mais atuante e professores igualmente inovadores, assim como retrata Moran: “Qualquer escola pode ser uma escola que se articule efetivamente com os pais, com a comunidade, que incorpore seus saberes, que preste serviços e aprenda com ela. Uma escola que prepare os professores para um ensino focado na aprendizagem viva, criativa, experimentadora, presencial, virtual, com professores menos falantes, mais orientadores, que ajudem a aprender fazendo; com menos aulas informativas e mais atividades de pesquisa, experimentação, projetos; com professores que desenvolvam situações instigantes, desafios, solução de problemas, jogos.”(2013, p. 26). Todo crescimento tecnológico pelo qual a sociedade vem passando, exige um contínuo processo de instrução, pois estamos diante de informações que muito rapidamente tornam- se desatualizadas, desafiando desta forma não somente alunos, mas também educadores que deverão estar atentos às mudanças para que seus saberes e sua metodologia não se tornem obsoletos e acompanhem o progresso tecnológico. Pois diante de um computador ligado à internet, um aluno obtém informações diversas que muito o ajudarão em sua caminhada rumo ao conhecimento, devendo o professor se utilizar também dessa vivência e assim, cooperar de forma significativa unindo se a essas inovações no intuito de auxiliar no desenvolvimento desses indivíduos. Na apresentação do livro Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica, os autores Moran, Masetto e Behrens afirmam que há um tema intenso, contínuo e diversificado: “Trata-se da introdução da informática e da telemática na educação sob diversos ângulos: é a tecnologia atual que não pode estar ausente da escola; são os grandes projetos de informatização dos sistemas escolares por meio da colocação de computadores nas escolas; é a ideia muitas vezes aparecendo na mídia, em forma de marketing de algumas instituições, de que com laboratórios instalados nas escolas teremos automaticamente cursos melhores e resolvidos nossos centenários problemas educacionais” (2015, p. 7). DELIM ITAÇÃO DO TEMA “As novas tecnologias de comunicação (TICs) , sobretudo a televisão e o computador, movimentaram a educação e provocaram novas mediações entre a abordagem do professor, a compreensão do aluno e o conteúdo veiculado. A imagem, o som e o movimento oferecem informações mais realistas em relação ao que está sendo ensinado. Quando bem utilizadas, provocam a alteração dos comportamentos de professores e alunos, levando- os ao melhor conhecimento e maior aprofundamento do conteúdo estudado.” (Kenski, 2015, p. 45). Não é difícil perceber que, quando bem utilizada, a tecnologia agrega muitíssimo valor ao ensino- aprendizagem, pois é capaz de proporcionar aos alunos, um maior vínculo entre o que se aprende em sala de aula e aquilo que se vive. Isso não significa que os livros, cadernos e o quadro deva m ser esquecidos, mas sim, que todos estes recursos devem ser utilizados e m conjunto, no intuito de melhorar o desempenho dos alunos. Quando a escola emprega tecnologia na educação está voltada para o futuro. A tecnologia já transformou e continua transformando diversas áreas, por isso, a escola não pode parar no tempo , precisa acompanhar estas mudanças. No livro “Desafios ao Educador Contemporâneo” , Gerone Junior diz que é importante entender como as novas tecnologias pode m contribuir com a educação que se espera. Ainda segundo ele: “... o educador não deve preocupar- se em inserir a tecnologia em seu ato educativo, afinal, a presença tecnológica e virtual já é um fato mais do que realizar uma ação pedagógica orientada para a pedagogia da virtualidade.” (2016, p. 150). A escolha deste tema é com o intuito de aprimorar a educação matemática e m turmas de ensino fundamental, médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos) , com o auxílio de todas as formas de tecnologias existentes em nossa sociedade. 1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA A tecnologia está presente em nosso cotidiano, através da internet , computador , celular, vídeo game etc. Estes recursos podem ser capazes de tornar as aulas que até então eram limitadas e monótonas, muito mais interessantes e diversificadas. Quando paramos par a observar as crianças de hoje e fazemos uma comparação com as do passado podemos ver claramente muitas diferenças. As novas gerações, em sua grande maioria, já nascem num mundo informatizado e globalizado, a chamada “era digital”. Analisando esses dados e levando em consideração toda essa inovação tecnológica que temos vivido ultimamente, levantamos a seguinte questão: Como podemos nos beneficiar das novas tecnologias nas escolas e o que precisamos fazer para garantir e melhorar o rendimento dos alunos em Matemática com o auxílio das ferramentas tecnológicas? De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’S 1998 p. 43 - 44): Novas estratégias de abordagens de variados problemas; Possibilita o desenvolvimento, nos alunos, de um crescente interesse pela realização de projetos e atividades de investigação e exploração como parte fundamental de sua aprendizagem; Permite que os alunos construam uma visão mais completa da verdadeira natureza da atividade matemática e desenvolvam atitudes positivas diante de seu estudo. Eles podem ser usados nas aulas de Matemática com várias finalidades: Como fonte de informação, poderoso recurso para alimentar o processo de ensino aprendizagem; Como auxiliar no processo de construção de conhecimento; Como meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares que possibilitem pensar, refletir e criar soluções; Como ferramenta para realizar determinadas atividades – o uso de planilhas eletrônicas, processadores de texto, banco de dados, etc. 2- JUSTIFICATIVA “... o fazer matemático está diretamente relacionado ao pensar matematicamente. Se o ensino se pauta na perspectiva mais dinâmica, o fazer matemático se dinamiza, avança, mantém- se em movimento; do contrário, torna- se estático, limitado a fórmulas e algoritmos e distante de compreensões e aprendizagens significativas. O fazer matemático é composto pelo falar, pelo ler, pelo escrever, pelo compreender e pelas representações do mundo em linguagem matemática.. .” (Barros, 2017, p.58, 59). Enquanto aluna, estagiária e professora, pude ouvir algumas história s e perceber o descontentamento de vários estudantes com a Matemática. Pessoas que a firmam não gostar, outras dizem que não conseguem entender para aprender, muitas vão mais além expressando medo e até pavor só de ouvir em falar na disciplina. Na maioria das vezes estes alunos não conseguem perceber os conteúdos ministrados pelos professores em sua vida cotidiana e as pergunta mais freqüentes que eu ouvi nas aulas de matemática eram: “Para que serve isso?”; “Onde vou usar esses cálculos ?”; “Por que eu preciso aprender esse negócio ?” ; “Quem inventou isso ?”. Muitas eram as indagações a cerca dos exercícios aplicados, que para a maioria dos alunos não parecia ter nenhuma serventia e que só estavam sendo estudados para “arruinar” a vida deles. Gílian Cristina Barros em seu livro: Tecnologias e Educação Matemática a borda sobre essa possível relação entre a matemática dos alunos e a matemática escolar. Ela afirma que é preciso entender o conhecimento que os discentes trazem como algo essencial para que sejam emancipados e que a escola é o lugar onde o aprendizado matemático deve ser oportunizado de for ma dinâmica, autônoma, humanizada e libertadora. (2017, p. 57) O meu objetivo na escolha deste tema é mostrar que as novas tecnologias podem colaborar para que as aulas de Matemática sejam mais prazerosa, produtiva e menos cansativa e complicada, porque essas inovações ajudam a desmentir aquele mito de que é impossível aprender esta disciplina e afastam do aluno aquela sensação de ser obrigado a assimilar algo sem sentido , porque estas ferramentas tecnológicas o ajudarão a enxergar e entender na prática, o porquê e para quê precisam desta ciência. 3 - OBJETIVOS 3.1 OBJETIVOS GERAIS Matemática, com o objetivo de tornar os alunos mais motivados e interessados pela disciplina; Assegurar que os alunos tenham motivos para gostar de estudar e oferecer estímulos para que desejem aprender. Sugerir diretrizes que permitam aos educadores serem mais flexíveis em suas metodologias de ensino e que com isso, eles sintam- se mais motivados e impulsionados a adotar meios que facilitem a aprendizagem dos alunos na educação matemática. Demonstrar que as novas tecnologias podem ser alternativas extremamente produtivas e bem- sucedida no êxito desses objetivos. “As mudanças na educação, dependem em primeiro lugar, de termos educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos.” (Moran, 2013, p. 28). 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Utilizar as Novas Tecnologias como complemento na Educação Matemática, tirando delas o máximo de benefícios que podem nos proporcionar. Persistir nos métodos tecnológicos de ensino para unir o útil ao agradável, pois a tecnologia que agrada a maioria, também deve servir como auxílio no ensino de uma disciplina que é conhecida negativamente como “o terror” para muitos alunos. 4 - METODOLOGIA Ao inserirmos as tecnologias no ambiente escolar, as aulas tornam- se mais interessantes e criativas, levando os alunos a pesquisar, explorar novos meios d e aprendizagens, buscar formas para resolver problemas, tornando - os mais participativos, contribuindo assim para o ganho de conhecimento . Por isso, os educadores devem estar aptos para trabalhar com ferramentas tecnológicas para que desafiem seus alunos na busca desses novos saberes. Citando Frant ( 2011, p.217), Barros diz que as tecnologias modificam a percepção de quem as usa, provocando uma nova produção de significado. Sobre esta citação Barros defende: “Esse é um aspecto a ser considerado como justificativa para o uso de tecnologias digitais no processode ensino e aprendizagem da matemática escolar, uma vez que as tecnologias auxiliam em novas produções de significados pelos estudantes.” (2017, p. 73). Ao utilizarmos um computador conectado à internet , por exemplo , podemos adquirir inúmeras informações que podem nos agregar valores e conhecimento , para isso , esta ferramenta deve ser utilizada de forma correta. Os recursos disponibilizados através de computadores, internet , tablets e celulares são vários, como softwares educativos, que podem auxiliar na construção do saber , jogos matemáticos, programas que exploram o desenvolvimento de planilhas de cálculo , de gráficos, de tabelas etc . Os softwares matemáticos auxiliam o professor nesse processo de ensino-aprendizagem e vale ressaltar que muitos deles estão disponíveis gratuitamente através da Internet, como o Graphmatica, por exemplo, que é usado para resolver equações matemáticas com precisão, incorporando cálculos e recurso s numéricos. As escolas que possuem laboratório de informática podem usufruir deste recurso em sua grade curricular. A internet é um dos meios mais utilizados atualmente, pois através dela obtemos informações de todo tipo em qualquer lugar e hora, por isso é extremamente útil. Hoje em dia, os alunos e educadores têm feito muito uso desta tecnologia para pesquisar , estudar, aprender, desenvolver atividades, sobre tudo com a Matemática. “A mobilização e a virtualização nos libertam de espaços e tempos rígidos, previsíveis e determinados. Na educação, o presencial se virtualiza e a distância se presencializa”. (Moran, 2013, p. 89) As Tecnologias de Informação e Comunicação podem ser usadas, também, para a leitura de livros digitais, para aplicar e realizar simulados online, entre outros. Elas podem beneficiar alunos que estudam em casa ou em qualquer outro lugar, pois com todo esse progresso tecnológico, isto se tornou possível. As escolas pode m utilizar como ferramentas educacionais DVD s, computadores, TVs, Rádios, celulares, retroprojetores, satélites, tablets e outros. Todos podem contribuir para a boa educação não só em matemática, mas de uma forma geral. Este trabalho será realizado através de uma pesquisa em forma de questionários com professores e alunos do Ensino Fundamental e Médio. Ele será feito na escola em que realizarei meu último estágio supervisionado de observação. Por esse motivo poderei acompanhar de perto as metodologias empregadas pelos professores em suas aulas, bem como as estratégias utilizadas para lidar com as dificuldades de cada aluno. Observarei também a conduta dos estudantes frente às dúvidas e como se comportam diante da complexidade de algumas questões. Estudarei juntamente com eles formas de tornar o ensino da matemática mais divertido, satisfatório e menos complicado , dando co mo exemplo o uso das tecnologias, que é o tema do trabalho a ser realizado. Coletarei todos os dados necessários para que este trabalho seja desenvolvido de forma clara e objetiva e para isso necessitarei também das experiências já vividas dentro da sala de aula nos estágios anteriores, tanto quanto os conhecimentos obtidos fora da sala também, pois a educação não deve estar compreendida apenas entre quatro paredes. “Educamos de verdade quando aprendemos com cada coisa, pessoa ou ideia que vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experimentamos, lemos, compartilhamos e com que sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços que vivemos- na família, na escola, no trabalho, no lazer etc. ”. (Moran, 2015, p. 22). 5 - REFERÊNCIAS BARROS, G.C. Tecnologias e educação matemática: projeto para a prática profissional [ livro eletrônico ] / Gílian Cristina Barro s. Curitiba: Inter Saberes, 2017. (Série Matemática em Sala de Aula) BRASIL. (1998). Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF. CARVALHO, F. C. Araújo de. Tecnologias que Educam: ensinar e aprender com tecnologias da informação e comunicação / Fábio Câmara Araújo de Carvalho, Gregrio Bittar Ivanoff. - São Paulo : Pearson Prentic e Hall, 2010. GERONE JUNIOR, Acyr de. Desafios ao Educador contemporâneo: Perspectiva de Paulo Freire sobre a ação pedagógica de professores [livro eletrônico ] / Acyr de Gerone Junior . Curitiba: InterSaberes, 2016. KENSKI, V.M. Educação e Tecnologias: O novo r it mo da informação [livro eletrônico ] / Vani Moreira Kensk i. – Campinas, S P; Papirus, 2015. – (Coleção Papirus Educação) MORAN, J. M. A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá [Livro Eletrônico ] / José Manuel Moran. - Campinas, SP ; Papiro s 2013- (Coleção Papiros Educação) MORAN, J.M. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica [ livro eletrônico ] / José Manuel Moran, Marcos T. Masetto, Maria Aparecida Behrens. – Campinas, SP; Papiros 2015. – (Coleção Papirus Educação).
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