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Decisão do STF

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 921.477 DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
RECTE.(S) : IRINEU RAPOSO FRANCO 
ADV.(A/S) :LEONTAMAR VALVERDE PEREIRA 
RECDO.(A/S) :ESTADO DO PARANÁ 
PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ 
DECISÃO
 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – 
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO 
DE NORMAS LEGAIS – 
INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO 
DE AGRAVO.
 
1. Eis a síntese da decisão recorrida: 
MANDADO DE SEGURANÇA. PROCESSO 
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. NULIDADE. PREJUÍZO À 
DEFESA NÃO VERIFICADO. MATÉRIAS NÃO VENTILADAS 
NO TRIBUNAL DE ORIGEM. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.
1. A declaração de possíveis nulidades no processo 
administrativo, segundo o princípio da instrumentalidade das 
formas (pas de nullité sans grief), depende da efetiva 
demonstração de prejuízos à defesa do servidor (MS 12803/DF. 
Rel. Ministro Rogerio Schietti Cruz. Terceira Seção. DJe 
15.04.2014), conforme orientam os precedentes deste Tribunal 
Superior.
2. O fato de a questão não ter sido analisada no Tribunal a 
quo e, semelhante modo, não ter sido ventilada nas razões 
recursais, obsta a análise por este Superior Tribunal de Justiça, 
em atenção ao princípio da vedação à supressão de instância e à 
impossibilidade de inovação recursal.
3. Recurso ordinário em mandado de segurança 
improvido. 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 11584454.
ARE 921477 / DF 
No extraordinário cujo trânsito busca alcançar, o recorrente aponta 
violados os artigos 5º, incisos XXXIII, LIII, LIV e LV, e 37 da Constituição 
Federal. Afirma contrariados os princípios da ampla defesa e do devido 
processo legal e inobservado o verbete nº 20 da Súmula do Supremo. 
Argui a nulidade da decisão do Conselho da Polícia Civil do Estado do 
Paraná, que aplicou a penalidade de demissão, em razão da participação 
de membro do Ministério Público na composição do órgão.
2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por 
simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida 
mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede 
excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo 
Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão 
impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-
se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:
 
Para simples reexame de prova não cabe recurso 
extraordinário.
 
O Superior Tribunal de Justiça expressamente consignou a 
publicidade do procedimento administrativo ante a publicação, com dois 
dias de antecedência, da pauta de julgamento do Conselho da Polícia 
Civil do Estado do Paraná. Fez notar a ausência de contestação do fato 
pelo recorrente. Assentou que “todo o procedimento foi seguido com 
base no contraditório e na ampla defesa. Houve produção de provas, 
oitiva de testemunhas, acompanhamento do processo por advogado 
constituído, a intimação para apresentação de alegações finais e a 
apresentação de recurso em face da decisão que aplicou a pena de 
demissão.”
As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos 
estranhos ao acórdão atacado, buscando-se o reexame dos elementos 
probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a 
viabilidade do recurso.
2 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 11584454.
ARE 921477 / DF 
 
Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela 
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao 
acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da 
República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra 
no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente 
serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria 
ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal.
 
3. Conheço do agravo e o desprovejo.
 
4. Publiquem.
 
Brasília, 29 de agosto de 2016.
 
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
3 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 11584454.
		2016-08-30T14:10:24-0300
	MARCO AURELIO MENDES DE FARIAS MELLO:12
	Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 11584454.

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