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Problema T4-P1: Critério: a pontuação do T4-P1 será de acordo com a solução apresentada (resposta integralmente correta) e função de N, conforme a seguir (N = número de alunos que apresentarem soluções integralmente corretas): 𝑇4(𝑃1) = { 3,0 → se N<6 1,5 → se 6≤N≤10 0,0 → se N>10 Prêmio: a nota da A1 a ser lançada no sistema da UVA será calculada de acordo com a nota obtida na primeira prova do período (P1) e do total de pontos obtidos a partir dos exercícios [Ti(P1)], conforme a seguir: 𝐴1 = 10( 𝑃1 +∑𝑇𝑖(𝑃1) 10 + ∑𝑇𝑖(𝑃1) ) , onde i = 0, 1, 2, … (quantos exercícios foram propostos até a prova) Prazo: 19/03/2019. Enunciado: sabemos que a Equação de Bernoulli original foi desenvolvida para o escoamento uniforme ao longo de uma linha de corrente (direção “”). Na sua forma diferencial equivale a, 𝑑(𝑒) = 𝑑(𝑒𝑓) + 𝑑(𝑒𝑘) + 𝑑(𝑒𝑝) = 𝑑(𝐹ξ) + 𝑑 ( 𝑚v2 2 ) + 𝑑(𝑚𝑔𝑧) = 0 Onde “F” é a força atuando no fluido (na direção “”). Sendo “V” o volume de fluido deslocado pela força “F” e “A” a área de atuação desta força (transversal à direção “”), 𝑑(𝐹ξ) = 𝑑 (𝐹 V 𝐴 ) = 𝑑 (V F 𝐴 ) = 𝑑(V 𝑝) As parcelas de energia mecânica ef, ek e ep correspondem à energia de fluxo (ou de pressão), cinética e potencial respectivamente. Repare que a premissa é velocidade “v” atuando em toda área “A”, i.e., escoamento uniforme. Assim, 𝑑(𝑒) = 𝑑(V 𝑝) + 𝑑 ( 𝑚v2 2 ) + 𝑑(𝑚𝑔𝑧) = 0 𝑑(𝑒) = 𝑑 (𝑚 𝑝 𝜌 ) + 𝑑 (𝑚 v2 2 ) + 𝑑(𝑚𝑔𝑧) = 0 𝑑(𝑒) = 𝑑𝑚{( 𝑝 𝜌 ) + ( v2 2 ) + (𝑔𝑧)}+𝑚 {( 𝑑𝑝 𝜌 ) + v 𝑑(v) + 𝑑(𝑔𝑧)} = 0 Dividindo por (dt) e considerando a premissa de Bernoulli de regime permanente (dp/dt)=(dv/dt)=(dz/dt)=0, 𝑑 𝑑𝑡 (𝑒) = 𝑑𝑚 𝑑𝑡 {( 𝑝 𝜌 ) + ( v2 2 ) + (𝑔𝑧)}+𝑚 {( 1 𝜌 ) 𝑑𝑝 𝑑𝑡 + v 𝑑v 𝑑𝑡 + 𝑔 𝑑𝑧 𝑑𝑡 } = 𝑑 𝑑𝑡 (𝜌v𝐴) {( 𝑝 𝜌 ) + ( v2 2 ) + (𝑔𝑧)} = 0 𝑑 𝑑𝑡 (𝑒) = {𝜌𝐴 𝑑v 𝑑𝑡 + 𝜌v 𝑑A 𝑑𝑡 }{( 𝑝 𝜌 ) + ( v2 2 ) + (𝑔𝑧)} = 0 Novamente, em regime permanente (dv/dt)=0. Portanto, 𝑑 𝑑𝑡 (𝑒) = 𝜌v ( 𝑑A 𝑑𝑡 ) {( 𝑝 𝜌 ) + ( v2 2 ) + (𝑔𝑧)} = 0 Então, o fluxo de energia cinética através de uma dada seção será: 𝑑 𝑑𝑡 (𝑒𝑘) = ℱ𝑘 = 𝜌v( v2 2 ) ( 𝑑A 𝑑𝑡 ) Integrando no tempo para obter de volta a energia cinética total, agora considerando escoamento não- uniforme, (1) 𝐸𝑘 = ∫ℱ𝑘𝑑𝑡 = ∫𝜌v( v2 2 )𝑑A Repare que para um escoamento uniforme, a velocidade é constante em toda a área (podendo ser extraída da integral). Realizando a manipulação algébrica abaixo (dividindo pelo peso inclusive), chegamos ao resultado esperado: 𝐸𝑘 = ∫𝜌v( v2 2 )𝑑A = 𝜌( v3 2 )𝐴 ou ( v2 2 )∫𝑑𝑚 = ( v2 2 )𝑚 dividindo pelo peso ⇒ 𝐸𝑘 𝑚𝑔 = ( v2 2 ) 𝑚 𝑚𝑔 = v2 2𝑔 Dividindo-se todos os outros termos de energia pelo peso, pode-se chegar a uma das formas clássicas da Equação de Bernoulli original: 𝑝 𝛾 + v2 2𝑔 + 𝑧 = constante A fim de validarmos a utilização da Equação de Bernoulli para aplicações mais próximas aos problemas de engenharia reais, deve-se considerar o escoamento de fluido ideal e incompressível através de um conduto com seção circular, sabemos que a velocidade obedece a um perfil de velocidade (função do raio “r”) como resultado da lei de parede. Portanto, de volta à Equação (1), numa seção circular, integrando uma área diferencial (2rdr), com “r” variando de “0” a “R”: (2) 𝐸𝑘 = ∫ 𝜌v( v2 2 ) (2𝜋𝑟)𝑑𝑟 𝑟=𝑅 𝑟=0 Assim, dependendo do regime de escoamento, temos que: a) Regime laminar, v = v𝑚𝑎𝑥 [1 − ( 𝑟 𝑅 ) 2 ] → v = v𝑚𝑎𝑥 2 b) Regime turbulento, v = v𝑚𝑎𝑥 [1 − 𝑟 𝑅 ] 1 7 → v = ( 49 60 )v𝑚𝑎𝑥 Desta forma, fica claro que há uma violação à formulação original da Equação de Bernoulli que precisa ser corrigida. A fim de utilizarmos a velocidade média de um escoamento não-uniforme, usaremos os coeficientes “” nos termos de energia cinética da Equação de Bernoulli α ( 𝑣 2 2𝑔 ) para o escoamento de um líquido num tubo de seção circular. Determinar: a) Mostre que o coeficiente de energia cinética “α” para regime laminar vale 2; b) Mostre que o coeficiente de energia cinética “α” para regime laminar vale 1,06; c) Considere o escoamento ao longo de uma redução de diâmetro numa tubulação horizontal, quando o diâmetro do tubo é reduzido de D = 5 cm para d = 3 cm em regime permanente. Dados: = 103 kg/m3; g = 10 m/s2 e = 1 cP. Considere também fluido ideal e incompressível. Calcular a diferença de pressão entre pontos imediatamente a montante e a jusante da redução, quando: Q = 100 L/h e perfil de velocidades não-uniforme; Q = 100 L/h e perfil de velocidades uniforme; Q = 400 L/h e perfil de velocidades não-uniforme; Q = 400 L/h e perfil de velocidades uniforme; Dicas: I. Use a Equação (2) como ponto de partida para os itens (a) e (b); II. Fatoração relevante: ( a + b )3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3; III. Integral relevante: ∫𝑥𝑛𝑑𝑥 = 𝑥𝑛+1 𝑛+1 IV. Usar integração por partes na solução “b”: ∫𝑣 𝑑𝑢 = 𝑢 𝑣 − ∫𝑢 𝑑𝑣 V. Integração relevante: 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = (1 + 𝑎 𝑥)𝑏 → 𝑦 = (1+𝑎 𝑥)𝑏+1 𝑎 (𝑏+1) Solução: a) a integração da Equação (2) na direção radial, para o caso de escoamento laminar fornece 𝐸𝑘 = ∫ 𝜌v( v2 2 ) (2𝜋𝑟)𝑑𝑟 𝑟=𝑅 𝑟=0 = 𝜋𝜌 ∫ 𝑟 v3𝑑𝑟 𝑟=𝑅 𝑟=0 = 𝜋𝜌 ∫ 𝑟 {(2 v) [1 − ( 𝑟 𝑅 ) 2 ]} 3 𝑑𝑟 𝑟=𝑅 𝑟=0 𝐸𝑘 = (8 v 3 𝜋 𝜌) ∫ 𝑟 {1 − ( 𝑟 𝑅 ) 2 } 3 𝑑𝑟 𝑟=𝑅 𝑟=0 = (8 v 3 𝜋 𝜌) ∫ {𝑟 − 3𝑟 ( 𝑟 𝑅 ) 2 + 3𝑟 ( 𝑟 𝑅 ) 4 − 𝑟 ( 𝑟 𝑅 ) 6 } 𝑑𝑟 𝑟=𝑅 𝑟=0 𝐸𝑘 = (8 v 3 𝜋 𝜌){ 𝑟2 2 − 3 4 ( 𝑟4 𝑅2 ) + 3 6 ( 𝑟6 𝑅4 ) − 1 8 ( 𝑟8 𝑅6 )} 𝑟=0 𝑟=𝑅 = (8 v 3 𝜋 𝜌) { 𝑅2 2 − 3 4 ( 𝑅4 𝑅2 ) + 3 6 ( 𝑅6 𝑅4 ) − 1 8 ( 𝑅8 𝑅6 )} 𝐸𝑘 = (8 v 3 𝜋 𝜌 𝑅2) { 1 2 − 3 4 + 3 6 − 1 8 } = (8 v 3 𝜋 𝜌 𝑅2) { 1 8 } = 𝜌 v 3 𝐴 = (2) 𝜌 v 3 𝐴 2 Assim, comparando-se as equações pode-se concluir que 𝛼laminar = 2. b) a integração da Equação (2) na direção radial, para o caso de escoamento turbulento fornece 𝐸𝑘 = ∫ 𝜌v( v2 2 ) (2𝜋𝑟)𝑑𝑟 𝑟=𝑅 𝑟=0 = 𝜋𝜌 ∫ 𝑟 v3𝑑𝑟 𝑟=𝑅 𝑟=0 = 𝜋𝜌 ∫ 𝑟 {( 60 49 v) [1 − 𝑟 𝑅 ] 1 7 } 3 𝑑𝑟 𝑟=𝑅 𝑟=0 𝐸𝑘 = (1,836 v 3 𝜋 𝜌) ∫ 𝑟 {1 − 𝑟 𝑅 } 3 7 𝑑𝑟 𝑟=𝑅 𝑟=0 Lembrando que: ∫𝑢 𝑑𝑣 = 𝑢 𝑣 −∫𝑣 𝑑𝑢 e, se 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = (1 + 𝑎 𝑥)𝑏 , temos 𝑦 = (1 + 𝑎 𝑥)𝑏+1 𝑎 (𝑏 + 1) Fazendo, 𝑢 = 𝑟 ; 𝑑𝑣 = (1 − 𝑟 𝑅 ) 3 7⁄ 𝑑𝑟 Temos que: 𝑑𝑢 = 𝑑𝑟 ; 𝑣 = −( 7 𝑅 10 ) (1 − 𝑟 𝑅 ) 10 7⁄ Então, integrando por partes: 𝐸𝑘 = (1,836 v 3 𝜋 𝜌) [− ( 7 𝑅 10 ) (1 − 𝑟 𝑅 ) 10 7⁄ (𝑟) + ( 7 𝑅 10 )∫ (1 − 𝑟 𝑅 ) 10 7⁄ 𝑑𝑟 𝑅 0 ] 𝐸𝑘 = (1,836 v 3 𝜋 𝜌) {− ( 7 𝑅 10 ) (1 − 𝑟 𝑅 ) 10 7⁄ (𝑟) − ( 49 𝑅2 10 . 17 ) [(1 − 𝑟 𝑅 ) 17 7⁄ ]} 0 𝑅 𝐸𝑘 = (1,836 v 3 𝜋 𝜌){−( 7 𝑅 10 )(1 − 𝑅 𝑅 ) 10 7⁄ (𝑅) − ( 49 𝑅2 10 . 17 ) [(1 − 𝑅 𝑅 ) 17 7⁄ ] + (0) + ( 49 𝑅2 10 . 17 ) [(1 − 0 𝑅 ) 17 7⁄ ]} 𝐸𝑘 = (1,836 v 3 𝜋 𝜌){(0) − (0) + (0) + ( 49 𝑅2 10 . 17 ) [(1 − 0 𝑅 ) 17 7⁄ ]} = (1,836 v 3 𝜋 𝜌)( 49 𝑅2 10 . 17 ) = (1,058) 𝜌 v 3 𝐴 2 Aplicando a Equação de Bernoulli através da redução de diâmetros: ( 𝑝 𝛾 + 𝛼 v2 2𝑔 + 𝑧) montante = ( 𝑝 𝛾 + 𝛼 v2 2𝑔 + 𝑧) jusante ( 𝑝 𝛾 ) montante − ( 𝑝 𝛾 ) jusante = 𝛼 {( v2 2𝑔 ) jusante − ( v2 2𝑔 ) jusante } ∆𝑝 = 𝑝montante − 𝑝jusante = 𝛾𝛼 {( v2 2𝑔 ) jusante − ( v2 2𝑔 ) jusante } ∆𝑝 = 𝜌𝛼 2 {(v2)jusante − (v 2)jusante} Para D = 5 cm; d = 3 cm; = 103 kg/m3; g = 10 m/s2 e = 1 cP, Quando Q = 100 L/h e perfil de velocidades não-uniforme; Em regime permanente, vmontante = 4𝑄 𝜋𝐷2 = 0,014 m/s vjusante = 4𝑄 𝜋𝑑2 = 0,039 m/s Como o perfil é não-uniforme, devemos verificar qual é o regimede fluxo (laminar ou turbulento): Remontante = vmontante𝐷𝜌 𝜇 = 707 Rejusante = vjusante𝐷𝜌 𝜇 = 1179 Portanto, o escoamento é laminar a montante e a jusante da redução. Assim, 𝛼 = 2 e, ∆𝑝 = 𝜌𝛼 2 {(v2)jusante − (v 2)jusante} = 1,34𝑥10 −3 kPa Quando Q = 100 L/h e perfil de velocidades uniforme; Como o escoamento é uniforme, 𝛼 = 1 e, ∆𝑝 = 𝜌𝛼 2 {(v2)jusante − (v 2)jusante} = 6,72𝑥10 −3 kPa Quando Q = 400 L/h e perfil de velocidades não-uniforme; Em regime permanente, vmontante = 4𝑄 𝜋𝐷2 = 0,056 m/s vjusante = 4𝑄 𝜋𝑑2 = 0,157 m/s Como o perfil é não-uniforme, devemos verificar qual é o regime de fluxo (laminar ou turbulento): Remontante = vmontante𝐷𝜌 𝜇 = 2830 Rejusante = vjusante𝐷𝜌 𝜇 = 4715 Portanto, o escoamento é laminar a montante e a jusante da redução. Assim, 𝛼 = 1,06 e, ∆𝑝 = 𝜌𝛼 2 {(v2)jusante − (v 2)jusante} = 1,14𝑥10 −2 kPa Quando Q = 400 L/h e perfil de velocidades uniforme; Como o escoamento é uniforme, 𝛼 = 1 e, ∆𝑝 = 𝜌𝛼 2 {(v2)jusante − (v 2)jusante} = 1,08𝑥10 −2 kPa
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