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1 RESENHA CRÍTICA - ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO Aluna: Thalia Endlich de Freitas Professora: Tatiane Alves Ferreira Segue abaixo uma resenha crítica do Capítulo 3 do livro “Administração de Produção” (2015), do escritor Nigel Slack. O capítulo tem por objetivo trazer ao leitor o conceito de estratégia e introduzir a estratégia de produção no centro da tomada de decisões de uma organização. O autor, inicia o capítulo fazendo a abordagem do conceito de estratégia onde sua imagem é fundamentada sobre o compromisso com a ação, uma vez que a mesma está no centro das decisões da organização e tem por objetivo fazer com que os planejamentos de longo prazo sejam realizados com excelência. Entende-se que o termo estratégia depende parcialmente da organização, e em como ela a utiliza; se a organização é uma corporação de porte e diversificada, sua estratégia se posicionará em seu ambiente global e consistirá em decisões sobre quais tipos de negócios o grupo quer conduzir, em qual parte do mundo quer operar, qual público quer atingir, organizando cada unidade de negócio para que elabore sua própria estratégia de negócios onde cada colaborador existente nas unidades devem determinar a melhor forma de dispor de recursos para a execução da estratégia de forma global, que beneficie a organização como um todo. A este processo se dá o nome de hierarquia estratégica. Explorando o conceito de Estratégia de Produção, podemos defini-la como: “Padrão global de decisões e ações, que definem o papel, os objetivos e as atividades da produção de forma que estes apoiem e contribuam para a estratégia de negócios da organização” Embalsados neste conceito, verifica-se que a estratégia de produção de cada unidade contribui diretamente para os objetivos estratégicos organizacionais e que além de ajudar a atingir o êxito, a estratégia de produção considera as necessidades de clientes, e fornecedores, auxiliando assim o nível superior da hierarquia estratégica e outras partes do negócio, estabelecendo uma direção geral para cada uma das principais áreas de decisão da produção. Nessa temática exploramos os conceitos de perspectivas Top-Down e Bottom-Up que se definem conforme abaixo: Perspectiva Top-Down: estratégia da alta gestão passa para a produção. Perspectiva Bottom-Up: estratégia de produção é gerada a partir da necessi- dade de demanda e ela se torna a estratégia por consequência da alta gestão De acordo com Hayes e Wheelwrigh (1988) as áreas de decisão podem ser classificadas em duas categorias conforme sua natureza: estruturais e infraestruturais. 2 As decisões de natureza estruturais são aquelas cujos impactos se dão no longo prazo, são difíceis de serem revertidas ou modificadas e exigem significativos aportes de capital. As áreas de decisão de natureza infraestruturas se relacionam a aspectos de natureza mais operacionais do negócio. Os resultados obtidos a partir das decisões tomadas neste âmbito são de curto, médio e longo prazo, mas os investimentos de capital em geral são menores do que as necessárias nas áreas estruturais e a reversão de decisões é mais fácil, embora resulte em perdas para a empresa. As estratégias de produção são desenvolvidas levando em consideração os chamados critérios competitivos que possibilitam uma melhor análise acerca do posici- onamento dos produtos e bens. Usualmente são utilizados quatro critérios competitivos básicos: custos, qualidade, entrega e flexibilidade. Tendo uma empresa, disposta a aplicar a estratégia de produção em seu meio organizacional, verifica-se a necessidade de definir prioridades de objetivos de de- sempenho identificando principalmente as necessidades específicas dos clientes, a metodologia de trabalho dos concorrentes e o estágio do ciclo de vida no qual encontra- se o produto e/ou serviço ofertado ao mercado consumidor. De todos os aspectos que influenciam a prioridade de uma organização destacam-se os consumidores, uma vez que a produção tenta satisfazer e atender as expectativas do público alvo. Nesta parte do capítulo, o autor relata algo interessante do sistema de estratégia de produção, “Analogamente, se uma ampla gama de produtos e serviços for exigida, a produção precisará ser suficientemente flexível para prover a necessária variedade sem custos excessivos”. Ou seja, a estratégia está intimamente ligada com o que o consumidor precisa, e por aquilo que o atrai, por exemplo, se o consumidor busca produtos ou serviços com baixo preço, a produção automaticamente dará ênfase em seu desempenho de custos, e assim sucessivamente, a estas exigências damos o nome de fatores competitivos. Analisando estes fatores competitivos, torna-se importante definir os critérios qualificadores e ganhadores de pedidos, uma vez que os mesmos contribuem significativamente para a realização do negócio. Mas, é com relação a concorrência? Em que ponto a mesma afeta a produção? O autor explora o conceito de que a produção é influenciada pela atividade do concorrente, esta influência não se dá pelo concorrente igualar os movimentos ao da organização, mas, por apresentar um diferencial competitivo. Logo, como solução para manutenção do destaque, a organização pode escolher competir de uma forma diferente da de seus rivais, através da definição de outras prioridades dos objetivos 3 de desempenho e o que espera de sua produção, assim, assumindo uma posição competitiva mais favorável que o concorrente. Dando sequência ao processo produtivo, citamos o professor Philip Kotler, auto- ridade em Marketing que deriva quatro consequências do ciclo de vida dos produtos, que segundo o mesmo é limitado a sua introdução, crescimento, maturidade e declínio no mercado. Fase 1 Introdução: O produto começa a ser fabricado e colocado no mercado. A demanda ainda não é alta e muitos consumidores podem estar esperando pela queda do preço e aperfeiçoamento posteriores do mesmo. Fase 2 Crescimento: Começa a se tornar competitivo e a publicidade ajuda o mercado a conhece-lo. Fase 3 Maturidade: Já está bem integrado no mercado e as vendas começam a se estabilizar. Fase 4 Declínio: Começa um eventual declínio; daqui por diante, tendem a diminuir as mudanças no projeto e as estratégias centram-se em preços competitivos. Em suma, um dos objetivos mais almejados para qualquer empresa é satisfazer o mercado. Nenhuma operação produtiva que falha continuamente em servir seus clientes de forma adequada tem chances de sobreviver a longo prazo as garras do mercado competitivo. Embora compreender e atrair consumidores seja função associ- ada ao Marketing, ela também é de suma importância para a Estratégia de Produção, visto que sem compreender o que o mercado exige é impossível garantir êxito no desempenho das organizações. Empresas que possuem desempenho estratégico “acima da média” provavelmente conquistam sua vantagem competitiva sustentável devido às competências ou capacitações centrais de seus recursos. Isso significa que a forma em que as empresas herdam, adquirem ou desenvolvem recursos de produção terá, a longo prazo, impacto significativo em seu sucesso estratégico. Além disso, o impacto de suas competências de “recursos de produção” será tão grande, quanto ao impacto que conseguem de sua posição no mercado, portanto, compreender e desenvolver seus recursos de produção, é uma perspectiva particularmente importante para a estratégia de produção, por exemplo, uma empresa que desenvolve sua prática de localizar “parques industriais” em áreas de custo relativamente baixo como uma forma de fornecer recursos de produção baseado em vantagem competitiva. Nenhuma 4 organização pode meramente escolher em qual parte do mercado deseja estar sem considerar suas habilidades e produzir produtos e serviços de forma satisfazer seu mercado.
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