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Terminologia de Custos Industriais

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Custos Industriais / Aula 02 - Terminologia aplicável a custos
Os diferentes significados de gastos
Para comunicar e estabelecer bases de comparação, é importante definir e padronizar os conceitos técnicos que estão sendo utilizados. A contabilidade de custos trata dessas definições técnicas, de forma que as informações obtidas possam ser corretamente interpretadas.
Fornece respostas para estes tipos de questão:
Despesa com matéria-prima ou custo de matéria-prima?
Despesa com mão de obra ou custo da mão de obra?
Gasto com imóveis ou investimento com imóveis?
Sobra de materiais na produção é perda ou custo?
Vamos, então, começar a esclarecer esses pontos, para que não haja mais dúvidas!
Gasto
Termo genérico que tem vários significados, dependendo de sua aplicação.
Pode ser:
• Investimento;
• Custo;
• Despesa;
• Perda.
Representa um sacrifício financeiro ou desembolso, realizado pela organização, na aquisição de bens e serviços, para que esta possa desenvolver sua atividade fim.
O gasto pode se referir ao pagamento de mão de obra, imóveis, salários, taxas, consumo de energia, aluguel, propriedades, ações, serviços, etc., ou seja, tudo que é consumido na empresa e precisa ser pago.
Portanto, já entendemos o que é um gasto! Agora vamos ver quando esse gasto é registrado como custo ou despesa, pois esses termos são encontrados na demonstração de resultados das organizações.
Comentário
Qualquer organização que apresente o resultado de sua atividade usa esses termos. Seja indústria, empresa comercial, prestadora de serviço ou entidade não governamental, ela estará fazendo distinção entre esses dois tipos de gasto.
Custo
É um gasto relacionado ao produto. Refere-se aos gastos com o consumo dos fatores de produção e aquisição de mercadorias. Ou seja, todos os gastos incorridos no processo produtivo até o momento em que os produtos são colocados no estoque e disponíveis para a venda.
Exemplo
• Salários do pessoal envolvido no processo produtivo;
• Perdas normais de matéria-prima nos processos de produção;
• Utilização de serviços relacionados à obtenção de produtos, mercadorias, matéria-prima e insumos (fretes, seguros, serviços de terceiros, inclusive impostos não compensáveis e gastos com desembaraço aduaneiro);
• Combustíveis e lubrificantes usados no processo industrial e obtenção de matéria-prima e mercadorias;
• Depreciação dos equipamentos industriais;
• Serviços utilizados no processo industrial;
• Gastos com a manutenção da máquinas e equipamentos industriais;
• Outros itens associados à obtenção/produção de produtos.
Despesa
É um gasto relacionado ao consumo de bens e serviços necessários para a geração de receitas e manutenção dos negócios da empresa e não relacionados à obtenção dos produtos e serviços.
Exemplo
• Salários, encargos e comissões do pessoal de vendas;
• Salários encargos do pessoal do escritório de administração;
• Serviços consumidos nas atividades administrativas fora da produção;
• Encargos financeiros assumidos em empréstimos e financiamentos;
• Depreciação de bens administrativos;
• Honorários da diretoria;
• Materiais de uso geral;
• Seguros não vinculados à produção;
• Distribuição de produtos para o mercado;
• Outros itens associados à manutenção dos negócios.
Investimento
Gasto registrado em uma conta do Ativo, no Balanço Patrimonial, relacionado à aquisição de um bem ou serviço, que tem como objetivo gerar benefícios futuros.
Quando esse investimento se relacionar à aquisição de um bem durável, será tratado como imobilizado, registrando no Ativo e o seu valor de depreciação anual tratado como custo. 
Se o bem for não durável e estiver vinculado a um consumo futuro, será registrado no Ativo, na conta de estoque e somente será tratado como custo quando utilizado no processo produtivo.
Exemplo
• Aquisição de matéria-prima e mercadorias, enquanto armazenados no estoque;
• Aquisição de móveis e utensílios;
• Aquisição de imóveis/terrenos;
• Aquisição de máquinas e equipamentos;
• Aquisição de marcas e patentes;
• Aquisição de ações.
Perda
Bem ou serviço consumido de forma anormal ou involuntária.
É um gasto não intencional e, portanto, considerado como Perda Anormal. Essas perdas são reconhecidas como despesas e apropriadas diretamente no resultado do período em que ocorrem.
Note que existem as Perdas Normais decorrentes do processo produtivo, que representam um desperdício, sendo, portanto, consideradas um custo e não uma perda.
Exemplo
• Incêndio, acidentes ou roubo;
• Obsolescência de estoque;
• Deterioração de bens adquiridos;
• Mão de obra durante o período de greve;
• Material com defeito anormal.
Desembolso
Representa o evento de pagamento por um bem ou serviço, podendo ocorrer no momento do gasto, antes, ou após o gasto ocorrer, sendo regido pelo Regime Contábil de Caixa.
O desembolso não afeta a apuração do gasto apresentado no Demonstrativo de Resultados (DRE), que é regido pelo Regime Contábil de Competência. Assim, é preciso não confundir o período de registro do gasto, com o efetivo desembolso ou pagamento.
Exemplo:
GASTO CUJO DESEMBOLSO OCORRE APÓS O EVENTO DE COMPRA
Situação: Um gerente de fábrica faz um compra de insumos para a fábrica, com pagamento em 30 dias.
Nesse caso, o desembolso ocorre após o gasto ter sido realizado. Portanto, o gasto ocorre quando foi feita a compra dos insumos e o efetivo pagamento ocorre somente 30 dias após a compra.
GASTO COM DESEMBOLSO ANTERIOR AO EVENTO DE COMPRA
Situação: Um gerente de compras faz uma encomenda de mercadorias para a sua loja, com pagamento antecipado e entrega em 30 dias.
Nesse caso, o desembolso é antecipado, pois ocorre antes do gasto ser registrado. Antes é apenas um pedido, pois não entrará nenhuma mercadoria no estoque.
GASTO COM DESEMBOLSO NO MOMENTO DE GASTO
Situação: Um gerente de compras faz uma compra de materiais para a fábrica e realiza o pagamento à vista.
Nesse caso, o desembolso ocorre no mesmo momento em que o gasto ocorre.
Comentário
O conceito de Recebimento decorrente da venda de produtos e serviços segue a mesma sistemática que o Desembolso.
 Qual a diferença entre Custos e Despesas?
Custos são os gastos incorridos com bens e serviços necessários ao processo de fabricação e/ou colocação do produto disponível para o mercado. 
Despesas são gastos incorridos com bens e serviços necessários à geração de receitas por parte da empresa, não associados à produção e ao produto.
Apresentação desses conceitos no Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)
Agora vamos ver como são apresentadas as informações de custos e despesas na estrutura sintética do Demonstrativo de Resultados, definido pela contabilidade financeira.
Mas antes, vamos apresentar algumas definições da contabilidade que precisam ser obedecidas para a apresentação dessas informações:
Princípio da Competência
Custos, despesas e receitas devem ser reconhecidos no período em que ocorrer o seu fato gerador, de forma independente ao pagamento (desembolso) ou recebimento.
Princípio da Realização da Receita
Ocorre a realização da receita quando da transferência do bem ou serviço vendido para terceiros, de forma independente do recebimento.
Princípio da Confrontação
Despesas/custos devem ser reconhecidos à medida que são realizadas as receitas que ajudam a gerar (direta ou indiretamente).
O custo do produto, após sua finalização em um processo de produção ou de entrada de mercadoria, será registrado em uma conta de estoque do Ativo Circulante no Balanço Patrimonial e somente será lançado no demonstrativo de resultados (DRE) quando o produto for vendido.
Atendendo a esses princípios, tem-se a definição de Custo do Produto Vendido, que representa o total de custos que foi apropriado aos produtos vendidos no período e que será apresentado no Demonstrativo de Resultados do Exercício.
O Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) é um relatório contábil que tem como objetivo principal apresentar de forma vertical o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas em um determinado período.
Uma visão resumida do DRE apresentaas seguintes contas:
Demonstrativo de Resultado
(+) Receita de vendas
(-) Custo dos produtos vendidos
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas
(=) Lucro Operacional
(-) Imposto de Renda e CSLL (contribuição social sobre o lucro líquido
(=) Lucro líquido
Os custos podem ser classificados quanto ao Volume de Produção e quanto ao Produto.
Quanto ao volume:fixo, variavel, direto
Quanto ao produto: dreto e indireto.
Custo Direto
Considera-se que um gasto realizado com um determinado item é um Custo Direto, quando for possível associar o consumo desse item no processo de elaboração do produto, de forma clara e facilmente quantificável, ou seja, existe a possibilidade de rastrear o efetivo uso do item pelo produto.
Os Custo Diretos são, então, apropriados pelos produtos de forma direta, bastando apenas calcular quanto do item foi consumido pelo produto.
Custo Indireto
O gasto com um item será classificado como Custo Indireto quando não for possível fazer essa associação de forma clara e fácil, ou seja, quando o esforço para rastrear o efetivo uso do item pelo produto for tão trabalhoso que não compensa realizar esse cálculo.
Os Custos Indiretos irão requerer um critério de rateio para que possam ser apropriados pelo produto. Mas isso será tema explorado em outro item, pois existem várias formas de realizar esse rateio.
Como realizar a classificação?
Agora vamos ver a forma de classificar em Custo Fixo ou Custo Variável.
Vamos imaginar que você resolva ser um empreendedor, por exemplo, de um pequeno restaurante. Para que esse restaurante possa funcionar, primeiro você terá de conseguir um espaço, comprar os equipamentos necessários, comprar materiais de utilização na cozinha e no salão, comprar mesas e cadeiras, comprar itens de iluminação, decoração, além dos gastos com os serviços de energia, água, gás, telecomunicações e de ter uma equipe para trabalhar na cozinha, no estoque, na compra de insumos, limpeza e outros itens relacionados ao processo de produção.
Isso tudo terá de estar pronto antes mesmo de você inaugurar seu restaurante!
Depois que ele passar a funcionar, você terá de comprar os itens necessários para fazer a comida que será vendida, além das bebidas e outras coisas que você considera interessante comercializar.
Tudo que você providenciou para que o restaurante ficasse pronto e pudesse ser inaugurado representa seu Custo Fixo e todos os gastos que você terá no dia a dia para oferecer seus itens de consumo no restaurante serão seus Custos Variáveis.
CUSTOS FIXOS
São todos os gastos que não variam em função dos volumes produzidos e que irão existir, independentemente de você ter gerado receita de venda de seus produtos.
CUSTOS VARIÁVEIS
São gastos que variam proporcionalmente de acordo com os volumes produzidos, ou seja, irão existir em função da decisão do volume que será produzido, para geração de receita de venda de seus produtos.
Exemplo
Agora, vamos usar nosso exemplo da Indústria Alfa e classificar os custos em fixos e variáveis e também em diretos e indiretos.
Neste caso, somente a matéria-prima foi considerada como um custo variável, ou seja, dependente do volume produzido. Os demais itens são considerados custos fixos que irão ocorrer independentemente do volume de produção realizado.
Já na classificação entre custo direto e indireto, verifica-se que é possível rastrear o consumo da matéria-prima e o uso da mão de obra direta e associá-los diretamente ao produto.
Pouca variedade nas lojas
Você já reparou que algumas lojas têm poucos itens para serem vendidos, ou seja, as prateleiras estão vazias?
Já pensou que isso pode estar acontecendo porque os custos fixos são tão altos que não existem recursos para comprar os itens para serem vendidos?
Pois é, nesses casos, a estrutura de custos fixos está tão pesada que não existem recursos para ter itens que gerem receita. E esse é um caminho para o insucesso do negócio!
Gerenciar o tamanho dos custos fixos é uma decisão fundamental para o sucesso de um negócio, seja ele qual for, pois estes representam os compromissos mensais da empresa que precisam ser arcados pelo volume de produção realizado.
Um planejamento adequado do tamanho da estrutura fixa de produção é fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento.
Classificação dos custos quanto ao processo de produção
Os custos podem ser classificados ainda em Custos Primários e Custos de Transformação ou Conversão, quando analisados sob a ótica do processo de produção.
CUSTO PRIMÁRIO
Refere-se ao custo relacionado aos itens essenciais necessários para elaboração do produto. São considerados, neste caso, a matéria-prima e a mão de obra direta de fabricação.
Note que somente a matéria-prima é considerada como custo primário. Embalagens e outros insumos utilizados na produção do produto, classificados como custo direto, não são considerados custos primários.
CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO OU CONVERSÃO
Refere-se ao custo relacionado à mão de obra direta e aos custos indiretos de fabricação.
E as Despesas?
Seguem a mesma definição aplicada para os custos, ou seja, são classificadas como:
Despesas - Despesas Ficas - Quando não tiverem relação com o volume produzido e vendido. Despesas - Variáveis Quando aumentarem ou diminuírem em relação ao volume produzido e vendido. 
Despesas não são classificadas em diretas e indiretas, somente os custos!
Vamos supor, usando novamente o exemplo do restaurante, que você estruture um sistema de entrega de refeição em domicílio.
Se você precisar entregar muitas refeições ao mesmo tempo, terá que contratar uma equipe especializada, ter veículos para agilizar a entrega (afinal a refeição precisa chegar quentinha), comprar as embalagens térmicas, consumir combustível, comprar uniformes etc. Todos esses itens aumentarão ou diminuirão em função do volume de produtos vendidos e entregues, sendo classificados como Despesas Variáveis.
Qual a utilidade de se identificar custos e despesas?
Sabe-se que o preço de venda de um determinado produto deve ser suficiente para remunerar todos os gastos necessários para que ele seja colocado à venda e ainda gerar uma parcela de lucro, necessária para que seja reinvestido no negócio e gerar riqueza.
Mas como esse gasto deve ser alocado a cada produto, para ser calculada a margem de lucro? Como saber se esse cálculo está correto?
Para podermos caminhar nesse processo decisório, é necessário ainda entender sobre os Sistemas de Acumulação de Custos e Métodos de Apropriação de Custos, que serão tratados nas aulas seguintes.

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