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Recurso de Apelação

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Processo nº: XXX
Gisele, já devidamente qualificadas nos autos em epígrafe, por intermédio de seu advogado legalmente constituído através de instrumento procuratório em anexo, nos autos da ação que move em face do APELADO (A), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tendo em vista a respeitável sentença de fls. XX/XX/XX, interpor:
RECURSO DE APELAÇÃO
Com fundamento nos arts. 1.009 e seguintes do NCPC/2015, conforme razões em anexo.
Outrossim, requer seja o presente recurso recebido no efeito devolutivo e no efeito suspensivo, intimando-se a parte contrária para, querendo, apresentar suas contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Por fim, requer a remessa dos autos para o Egrégio Tribunal de Justiça, para seu processamento e julgamento.
Nestes termos,
Pede-se deferimento,
Rainha - RJ, 05 de novembro de 2020.
NOME DO ADVOGADO (A)
OAB/UF XXXX
RAZÕES RECURSAIS
APELANTE: Gisele
APELADO: Matilde
AUTOS Nº: XXXX
VARA DE ORIGEM: VARA ÚNICA DE CIDADE
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
COLENDA CÂMARA
NOBRES JULGADORES
1. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
O (A) apelante é parte legítima, com interesse sucumbencial, devidamente representado, conforme se verifica, portanto, preenchido os pressupostos objetivos e subjetivos de admissibilidade.
2. DA TEMPESTIVIDADE
Verifica-se que houve publicação no dia 03/11/2020. Sendo a juntada neste dia, 05/11/2020, verifica-se a sua tempestividade para a apresentação da contestação em tela, nos moldes a seguir declinados.
3. BREVE SÍNTESE DOS FATOS
No presente caso, a apelante Gisele atua em redes sociais como influenciadora digital e foi surpreendida com alegações da apelada Matilde, que disseminou em vídeos que Gisele realizava campanha pela erotização infantil. 
Em virtude dessas afirmações em vídeos, Gisele sofreu inúmeros prejuízos, dentre os quais a perda de patrocinadores, a diminuição do número de seguidores e o transtorno psicológico, também em virtude de ofensas realizadas por internautas que anteriormente a admiravam. 
Por essa razão, presentes os requisitos constantes no art. 300, do CPC, consistentes na probabilidade do direito (fumus bonis iuris) e no perigo de dano (periculum in mora), a agravada requereu a tutela provisória de urgência ao juízo de primeiro grau. 
Porém, esse pedido foi indeferido, sob os argumentos de que um dos patrocínios foi recuperado em pouco tempo, e que, como as mentiras foram esclarecidas, com o tempo os vídeos nos quais circulam as mentiras cairiam em descrédito naturalmente. Afirmou o d. juízo de primeiro grau que Gisele continuou trabalhando normalmente e publicando novos vídeos, motivo pelo qual não há provas quaisquer, nessa fase processual, para o deferimento da tutela provisória. 
Inconformada com a decisão interlocutória acima resumida, a agravante passa a expor as razões recursais.
 4. DAS RAZÕES DA REFORMA:
4.1 DO DANO MORAL: 
Insta mencionar Ínclitos Julgadores que a dor, o sofrimento, a angustia moral está de forma cristalina, devidamente comprovado na inicial, senão vejamos: 
Conforme arduamente relatado na exordial, a apelante experimentou da pior maneira possível, de maneira cruel e covarde, a acusação de que estava incentivando a erotização infantil.
Pasme Excelências, é de extrema importância transcrever o disposto no art. 5º, V e X, da Constituição Federal de 1988, respectivamente: “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem” e “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” (BRASIL, 1988, [s.p.]). É inegável a base jurídica para o pedido indenizatório por danos morais, conforme realizado na presente peça exordial.
4.2 DO DANO MATERIAL/PATRIMONIAL:
Deve-se apontar, ainda, que em virtude da queda do número de seguidores – de cinco para três milhões –, Gisele sofreu perdas econômicas (danos patrimoniais) que não consegue mensurar no presente momento, sendo necessária a realização de prova pericial para tal apuração. Registre-se a possibilidade de realizar pedido genérico, com base no art. 324, § 1º, II, do CPC. Sobre a prova pericial, prevista no art. 464, do CPC, não seria caso de incidência de seu § 1º e incisos, pois a prova depende de conhecimento técnico, não há outras provas produzidas nesse sentido e a verificação é praticável.  
5. DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, e por tudo que restou sobejamente comprovado no presente Recurso, requer seja o presente RECURSO de APELAÇÃO admitido e processado na forma da lei, dando-lhe o devido provimento, REFORMANDO PARCIALMENTE a R. decisão invectivada, para julgar TOTALMENTE PROCEDENTE , conforme requerido na inicial, e via de consequência, condenar O Apelado em todos os consectários legais, especialmente em relação ao dano moral e ao dano material (danos patrimoniais) e ainda em honorários advocatícios, por ser medida de direito e justiça.
Ex positis, impõe-se o reexame dos autos, a fim de constatar que a r. decisão recorrida não fez a melhor Justiça, dando-se provimento ao presente recurso, o que se pede, por ser medida da mais lídima J U S T I Ç A!!!
Requer que todas as intimações sejam publicadas em nome da Dr (a). NOME, OAB/UF nº XXXX.
Nestes Termos,
Pede-se deferimento,
Rainha – RJ, 05 de novembro de 2020.
NOME DO ADVOGADO (A)
OAB/UF XXXX

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