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AULAS NEFROLOGIA E UROLOGIA DE 11 A 15

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NEFROLOGIA E UROLOGIA PARTE 3 
VIDEO 11 
• IRA Pré Renal 
• IRA Renal 
• IRA Pós Renal 
• Sinais clínicos da IRA 
• Sinais dos Exames Complementares 
• Tratamento 
IRA PRÉ RENAL 
Ela pode ser identificada por sinais 
(diagnóstico): 
Oligúria – caracteriza a diminuição da 
produção de urina. Pode ser identificada 
quando a produção de urina esta em torno 
de 0,6 ml/kg/hora. E a identificação da 
oliguria significa uma excreção ruim, 
caracterizada principalmente nas IRA. 
Densidade urinária aumentada ou normal – 
o que diferencia inclusive da doença renal 
crônica, que normalmente a densidade 
urinária esta diminuída. 
Aumento das concentrações séricas de 
uréia e creatinina – que caracteriza 
qualquer quadro de insuficiência renal. 
Correção rápida com a melhora da 
perfusão – o que diferencia o quadro do 
DRA pré renal das demais. 
Causa presente – lembrando que estamos 
falando de uma condição hemodinâmica, 
uma causa de desidratação, hipotensão, 
anemia. 
A oligúria é justificada pela: 
Diminuição da taxa de filtração glomerular, 
havendo uma diminuição do volume do 
filtrado, que consequentemente promove 
uma diminuição da formação da urina. 
Por este motivo a densidade urinária acaba 
se tornando aumentada ou normal, na 
tentativa de conservar água e sódio há um 
aumento da secreção do hormônio anti-
diurético. 
O aumento das concentrações séricas de 
uréia e creatinina são comuns nas 
insuficiências renais, apresentando neste 
caso uma característica interessante. Os 
valores de concentração sérica são 
considerados baixos e assim mesmo podem 
causar o aparecimento de uremia. Porque 
há uma dificuldade do organismo de 
assimilar o aumento rápido de substãncias 
indesejáveis, então subitamente o rim 
diminui sua excreção dando valores baixos 
de uma série de catabólitos, e em 24-48 
horas, e no máximo 72 horas há valores 
muito aumentados, e o organismo percebe 
isto imediatamente. Assim, os animais se 
abatem, perdem o apetite e ficam 
prostrados por uma questão de falta de 
adaptação a estes valores. Muitas 
situações de doença renal crônica, os 
animais tem o mesmo valor, mas como o 
aumento é gradativo há uma adaptação 
aos valores altos, diferente da IRA onde são 
poucas horas para o valor se tornar alto, 
significando que a percepção do 
organismo é diferente. Então por exemplo, 
existem animais com 150 - a 200 mg/dl de 
uréia e que estão em quadros de uremia. E 
as vezes um DRC com 200mg/dl de uréia 
não mostram sinais. 
Pode a IRA pré-renal se transformar em IRA 
renal? 
Vejamos que tem uma causa pré renal, ela 
pode desencadear em uma causa renal? 
Sim, porque persistindo a IRA pré renal pode 
ocorrer isquemia do parênquima renal e 
consequentemente levar a morte de 
células tubulares, gerando uma necrose 
tubular aguda. Então tem uma IRA pré renal 
desencadeando uma IRA renal tubular. 
Que é uma condição muito conhecida 
principalmente nos processos de anestesia, 
onde os animais entram em um quadro de 
hipóxia e as vezes de parada 
cardiorrespiratória, levando a morte das 
células dos túbulos, muitas vezes visto em 
necropsia com os rins enegrecidos. 
 
IRA RENAL 
Apresenta também como características 
(diagnóstico) a oligúria, com densidade 
urinária aumentada ou normal e aumento 
das concentrações séricas de uréia e 
creatinina. 
Ela se difere da pré renal principalmente 
por ela se tratar de uma condição de difícil 
correção. Onde vimos que na pré renal 
basta restabelecermos a hipotensão, ou 
hidratação, ou corrigirmos algum problema 
cardíaco e imediatamente obtemos um 
resultado. 
Neste caso as lesões renais costumam ser 
muito graves e que demoram vários dias 
para sua recuperação. Além disso, as 
doenças que estimulam este problema 
muitas vezes possuem curso lento, como a 
erlichiose, a leishmaniose, piometra. 
A causa estará sempre associada e 
presente. 
IRA PÓS RENAL 
É caracterizada pelo impedimento, a 
dificuldade de eliminação de uma urina já 
formada. 
Etiologia: 
Obstrução de ambos ureteres – não é uma 
condição muito comum, por exemplo, o 
uso continuo de alopurinol produzem 
cálculos de xantina que podem causar 
simultaneamente obstruções ureterais 
bilaterais. 
A presença de grandes cálculos vesicais, 
impedindo que a urina chegue na vesícula 
urinária. 
Neoplasias 
Alguns acidentes cirúrgicos, como ligação 
de ureter nas cirurgias de castração. 
SINAIS CLÍNICOS DA IRA 
• Oligúria – sendo uma condição 
comum da IRA. 
• E outros sinais inespecíficos, porém, 
podem estar associados a uremia e 
a causa primária, como a: 
➢ Prostração 
➢ Inapetência 
➢ Vômito (ou não) 
➢ Diarréia (ou não) 
➢ Outros sinais associados a causa 
primária. 
Por este motivo sempre lembrar de avaliar a 
função renal dos animais. 
SINAIS DOS EXAMES COMPLEMENTARES 
São importantes para determinar a 
identificação da IRA, começando com a 
avaliação da: 
• Concentração sérica de uréia e 
creatinina que estarão aumentadas 
(azotemia). 
• O animal vai ser submetido a um 
ultrassom (que será um divisor de 
águas entre agudo e crônico), onde 
veremos na imagem 
ultrassonográfica um rim normal ou 
aumentado. Definição e limites da 
região cortiço-medular preservada. 
Relação cortiço-medular preservada 
(isto significa IRA). Determinando que 
é agudo, partir para a identificação 
de causa. 
• PODE SER VISTO: aumento de 
ecogenicidade da região cortical – 
glomerulonefrite e/ou linha da 
medular – necrose tubular aguda. 
• Normalmente não há anemia nestes 
animais, a densidade urinária é 
normal, a enzimúria possivelmente 
estará presente. E pela oligúria e 
dificuldade de eliminação da urina 
há um aumento do potássio gerando 
hipercalemia e arritmias graves, e o 
aumento do sódio gerando 
hipernatremia com edema e 
hipertensão. 
Lembrando que a anemia neste caso 
relacionado ao rim, pela deficiência de 
eritropoetina não ocorre por se tratar de um 
processo agudo. 
Qual a característica do quadro clínico de 
um animal com IRA? 
O que estamos tratando? Qual o nome do 
quadro? 
Quando temos um animal com IRA, este 
esta prostrado, e nos dizemos que ele se 
encontra em um quadro de uremia, ou 
seja, manifestação clinica relacionada a 
uma azotemia importante. 
O que é uremia? 
É um quadro tóxico, onde o animal esta 
com dificuldade de eliminação de 
substancias indesejáveis pela urina, e estas 
começam se acumular. 
A base do tratamento da IRA é: 
Então o objetivo do tratamento da IRA esta 
relacionado com o aumento da taxa de 
filtração glomerular, fazer uma 
desintoxicação deste paciente e o 
tratamento da causa. 
TRATAMENTO DA IRA 
• Inicia-se com uma reidratação e 
manutenção do equilíbrio 
hidroeletrolitico. 
• Aumentar a produção de urina. 
• Suspender todos os fármacos 
potencialmente nefrotóxicos. 
• Controlar vômito. 
• Controlar azotemia/uremia. 
• Tratar a causa primária 
REIDRATAR E MANTER O EQUILÍBRIO 
HIDROELETROLITICO 
Reposição: Ringer com Lactato ou Solução 
salina a 0,9% - [Peso (kg)]x [deficit (%)]x 
1000. Definir uma porcentagem de 
desidratação, onde 6% é somente turgor 
diminuído, 8% perda de turgor cutâneo e 
perda de brilho das mucosas, e 10% perda 
de turgor cutâneo, perda de brilho das 
mucosas e afundamento do globo ocular. 
Deve ser feita em 2 a 6 horas (animais com 
anemia grave ou problemas cardíacos esta 
reposição deve ser feita mais lentamente). 
Manutenção: solução salina, ringer lactato 
ou glicose a 5%. Lembrando que a 
manutenção é uma situação onde se vai 
manter a quantidade de água corporal 
que o animal esta perdendo ao longo do 
dia – com produção de urina, perda por 
secreções, salivação, respiração, 
metabolismo, entre outras. Gerando um 
valor em torno de 40-60 ml/kg/dia e gatos 
em torno de 25-40 ml/kg/dia. 
Nas primeiras horas em caso de oligúria, sob 
acompanhamento rigoroso, pode 
aumentar este volume, podendo chegarem torno de 100 ml/kg/dia, não 
ultrapassando um período de 48 horas com 
este volume, desde que o animal tenha 
uma boa produção de urina. E nesta 
condição espera que o animal tenha uma 
produção de urina acima de 2ml/kg/hora, 
podendo chegar a 4-5ml/kg/hora. 
Tomando cuidado, pois se administrarmos 
um volume muito grande de fluido e não 
monitorarmos este paciente, ele pode 
gerar um quadro de formação de edema 
grave. 
Com isto, espera-se que o animal volte a 
produzir urina dentro de um volume 
adequado de 2ml/kg/hora. 
Caso o paciente não estiver produzindo 
urina nesta quantidade (em no máximo 6 a 
8 horas) deve provocar ligeira expansão 
plasmática, administrando diuréticos (após 
reidratação): 
• Manitol (20%)- diurético osmótico 
(atrai água para dentro do vaso – 
risco de aumento da pressão – vigiar 
o paciente) e bloqueador de 
radicais livres: 0,25 a 1,0 g/kg em 
bolus IV “lento”. 
• Bolus intermitentes de 0,25 a 0,5 g/kg 
cada 4 a 6 horas durante 24 a 48 
horas. 
• Continuar com infusão: 1 a 2 
mg/kg/min. 
-Se em 24 a 48 horas não ter bons resultados 
pode instituir outro diurético. 
Vantagem do manitol: 
Aumenta volume intravascular, aumenta a 
perfusão renal, diminui a resistência 
vascular renal, aumenta o fluxo tubular, 
promove a excreção de soluto e protege 
contra danos oxidativos dos radicais livres. 
Aumentar a produção de urina: 
Diuréticos como a furosemida podem ser 
indicados, mas seu objetivo principal é 
impedir a absorção de sódio na alça de 
henle, assim ela também diminui a 
absorção de água. Com isso aumenta a 
quantidade de água na urina, assim ela 
promove uma urina de baixa densidade. 
Mas a furosemida impedindo a absorção 
de água gera um risco de desidratação. 
Furosemida – 2mg/kg em bolus IV. Repetir a 
dose com 2 a 6 mg/kg a cada 30 min (3x). 
Infusão continua: 0,25 a 1,0 mg/kg/h. 
Fazer balanço hídrico pesando o animal 
pela manhã e a tarde/noite, comparando 
os pesos. O ideal é que o animal mantenha 
o mesmo peso durante os próximos dias. 
A dopamina também pode ser usada 
como estimulante de vasodilatação de 
artéria renal (em gatos não funciona pois 
eles não tem receptores para dopamina). E 
pode se combinar com a furosemida. 
Dopamina – 1-3 μg/kg/min em infusão IV 
contínua. 
Pode-se combinar com a furosemida 
(5μg/kg/ min) a dopamina 1-3 μg/kg/min 
em solução de glicose 5%. 
REVISANDO: 
Qual a cacracteristica importante do laudo 
de ultrassom em um quadro de IRA? 
Resposta: manutenção da definição e da 
relação cortico medular. 
VIDEO 12 
• Tratamento da IRA 
• Doença Renal Crônica 
• Principais características 
• Caracterização do momento 
TRATAMENTO DA IRA – CONTINUAÇÃO 
ACIDOSE METABÓLICA E HIPERPOTASSEMIA 
A gasometria é a técnica mais indicada 
para identificação destas circunstâncias. 
A acidose é compensada com a alcalose 
respiratória (muitas vezes que se percebe 
em animais que modificam o seu padrão 
respiratório, mudando de um padrão lento 
para um mais acelerado). Se não 
compensarem com a respiração, o 
bicarbonato pode ser aplicado quando Ph 
sanguíneo estiver em 7,15 ou menos. 
Hiperpotassemia (hipercalemia)- onde 
ocorre arritmia, muitas vezes associada a 
uma bradicardia, e também pode ser 
identificada através de alterações do 
eletrocardiograma, diminuição da onda P, 
aumento do intervalo PR, alargamento do 
complexo QRS, onda T alta. 
A medida que se medica o animal 
percebe-se uma correção do comprimento 
das ondas. 
O bicarbonato de sódio pode ser aplicado 
em casos de acidose na dose de 1 a 2 
mEq/kg (cuidado pois acidose é grave mas 
é passível de correção, e uma alcalose é 
grave mas não é passível de correção). 
O controle do potássio pode ser feito de 
duas maneiras, através da aplicação de 
insulina (0,25 a 0,5 U/kg IV) seguida de 
glicose (4ml de glicose a 50%/U insulina). 
Onde ao estimular a entrada de glicose na 
célula, entra junto o potássio, fazendo 
então a retirada do potássio livre na 
corrente sanguinea. É importante que a 
glicose seja aplicada associada a insulina 
para evitar um quadro de hipoglicemia. 
O gluconato de cálcio a 10% também 
pode ser aplicado, e também é uma 
estratégia para levar o potássio para o 
interior das células (0,5 a 1ml/kg IV lento 
com acompanhamento pelo eletro). Assim, 
percebe-se nitidamente a correção do 
traçado do eletrocardiograma. 
SUSPENDER TODOS OS FÁRMACOS 
POTENCIALMENTE NEFROTÓXICOS 
Aminoglicosideos, cefalosporinas, 
polimixinas, sulfonamidas, tetracicilinas, 
anfotericina B, piroxicam, ibuprofeno, IECA, 
chumbo, cromo, mercúrio, pesticidas, 
herbicidas, hemoglobina, mioglobina, 
contrastes radiológicos, quimioterápicos, 
anestésicos, veneno de serpente. 
Pois estes medicamentos podem estimular 
ou piorar a insuficiência. Verificar também 
se o animal não teve contato com 
substâncias tóxicas, venenos e alguns 
metais pesados. 
Lembrar que substâncias como os anti 
inflamatórios, e mesmo inibidor de ECA 
diminuem a filtração glomerular. Se tem um 
paciente que esta sob diminuição da taxa 
de filtração, que é a condição comum em 
qualquer causa de IRA, se dermos estes 
medicamentos diminuímos mais ainda a 
taxa de filtração glomerular. Portanto, estas 
não são substancias nefrotóxicas, mas são 
substâncias que interferem nessa condição 
para melhora do paciente. 
CONTROLAR O VÔMITO 
Os vômitos são freqüentes e muitas vezes 
incoercíveis. Eles devem ser tratados com 
substâncias de ação local e de ação 
central. 
• Cimetidina (2,5 a 5mg/kg IV – BID ou 
tid) 
• Ranitidina (0,5 a 2,0 mg/kg IM ou SC – 
BID ou tid) 
• Omeprazol (0,5 a 1,0 mg/kg oral – 
Sid) 
Vômitos persistentes – drogas de ação 
central: 
• Metoclopramida (0,2 a 0,5 mg/kg IV 
ou IM 6/6 ou tid ou 0,01 a 0,02 
mg/kg/h IV no soro). 
• Clorpromazina (0,2 a 0,5 mg/kg IM, 
SC tid ou BID). 
• Ondasetrona (0,1 a 0,2 mg/kg) IV BID 
ou tid) 
• Maropitant (1mg/kg SC Sid) 
ULCERAS NA CAVIDADE ORAL 
As ulceras podem surgir na cavidade oral 
em decorrência de destruição de tecido 
por substancias que se encontram 
acumuladas, como amônia, por exemplo, e 
que podem causar ulcerações de mucosa. 
Lembrando que se houver ulcerações na 
cavidade oral, pode ter em outras partes 
como esôfago, estomago, intestino. Estas 
ulceras aparecem quando a azotemia é 
muito grave, sendo um quadro de uremia 
importante. Cuidados importantes devem 
ser dados a estes animais pois eles sentem 
dor (podendo ser usado soluções 
antissépticas, analgésicos para diminuir a 
intensidade da dor). 
NECROSE DE LINGUA 
É outra condição comum as insuficiências 
renais em virtude da azotemia importante. 
Esta situação ocorre em virtude de uma 
irritação dos vasos, a vasculite, causando a 
diminuição da irrigação sanguinea na 
região da língua, causando necrose. 
DOENÇA RENAL CRÔNICA (INSUFICIÊNCIA 
RENAL CRÔNICA) 
A doença renal crônica não fica mais 
restrito aos animais velhos, mas estes são 
grandes candidatos a serem portadores da 
doença renal crônica. Quanto mais velho o 
animal, maiores as chances destes 
desenvolverem doenças de caráter 
degenerativo. 
As doenças renais crônicas também 
podem estar presentes em animais com 
uma condição clinica boa, por exemplo, os 
shihtzus que nascem com displasia renal. 
Assim como os gatos da raça persa que por 
causa de uma doença renal policística 
pode ser portador de uma doença renal 
crônica. 
Principais características: 
Trata-se de uma doença irreversível, 
degenerativa e progressiva. Assim, somente 
nos resta a alternativa de submeter o 
animal a um tratamento conservador. 
Hoje em virtude de pesquisas e estudos, ao 
identificar a DRC, o tratamento 
conservador deve ser estimulado e ele vem 
trazendo melhor qualidade de vida aos 
animais, além de uma longevidade. 
Quando foi discutido renoproteção, foi 
abordado que os inibidores de ECA são 
capazes de diminuir ou minimizar oprincipal 
efeito colateral de progressão da doença 
que é a hipertensão glomerular. 
Caracterização do momento: 
• Os cães e gatos vivem mais 
• Manejo de criação 
• Cuidados com o filhote, adulto e o 
idoso 
DOENÇA RENAL CRÔNICA 
Consiste em lesão renal irreversível e perda 
progressiva das funções. 
Quando as lesões renais irreversíveis são 
identificadas, por exemplo, por um 
ultrassom, mostrando diminuição ou perda 
de definição, caracteriza doença renal 
crônica, sendo o suficiente para o 
diagnóstico. 
E mesmo que as funções estejam 
preservadas, o diagnostico pode ser dado. 
Caracterização: 
Trata-se da conseqüência de lesões 
irreversíveis glomerulares ou tubulares. 
Como visto, pode ter origem de má 
formação congênita ou hereditária, ou 
pode ser adquirida. 
Ao contrário do que ocorre na IRA é difícil 
determinar a causa da DRC. 
Nessas circunstâncias os rins apresentam-se 
atrofiados, com tecido cicatricial fibroso e 
hipertrofia dos néfrons remanescentes. 
Estudos demonstram que os distúrbios 
glomerulares são a principal causa de DRC 
em cães (em gatos são os tubulares). 
Com o comprometimento da estrutura 
renal, outras funções apresentam-se 
comprometidas. 
Passando a ter anemia arregenerativa (por 
deficiência de produção da eritropoetina). 
E um hiperparatireoidismo (pela deficiência 
de calcitriol). 
Formas de identificar o paciente: 
Podemos identificar o paciente em duas 
condições, por um achado acidental ou 
quando este paciente encontra-se 
descompensado. 
REVISANDO: 
Como definir doença renal crônica? 
Resposta: lesão renal irreversível e perda 
progressiva das funções. 
VÍDEO 13 
• Identificação do paciente 
• Sinais característicos da DRC 
• Estadiamento da DRC ÍRIS 
• Tratamento conservador 
Formas de identificar o paciente – 
continuação: 
O paciente pode chegar de duas formas, 
onde ele pode chegar descompensado ou 
ele pode ser identificado de forma 
acidental. 
Então a maneira no qual identificamos este 
paciente podem ter duas vias diferentes. 
Animal descompensado: 
O tratamento é feito com base em melhora 
da excreção renal. 
Dando suporte para melhora das 
alterações clinicas: vômito, diarréia, 
complicações gástricas (irritações e 
úlceras). 
E muitas vezes até com técnicas dialíticas 
(hemodiálise e DP). 
Sinais característicos da DRC: 
• Uremia (com anorexia, depressão e 
vômito) – sendo usado como terapia 
fluidoterapia e anti eméticos. 
• Azotemia grave 
• Hiperfosfatemia 
• Anemia arregenerativa 
• Isostenúria 
• Polidipsia/ poliúria 
• Hipertensão arterial 
• Emagrecimento 
A azotemia grave é uma característica, 
onde os animais descompensados ou 
sendo achados clínicos, eles possuem 
valores de uréia e creatinina aumentados. 
A hiperfosfatemia é comum na doença 
renal crônica, bem como na IRA, porque é 
decorrente de uma excreção ruim. E a 
hiperfosfatemia persistente presente por um 
longo tempo gera um desequilibro com a 
relação com cálcio e causar no paciente 
distúrbios importantes como o 
hiperparatireoidismo. 
Hiperfosfatemia: 
Na hiperfosfatemia observa-se desequilíbrio 
da relação cálcio/fósforo, depósito de 
fosfato de cálcio em tecidos moles (rins, 
pulmões, músculos, miocárdio...), e um 
hiperparatireoidismo secundário renal (HSR). 
O HSR é multifatorial mas a hiperfosfatemia 
e a diminuição de Ca sérico levam ao 
aumento da reabsorção renal e absorção 
óssea de Ca. 
Ela pode ser tratada com a redução de 
fósforo na dieta (contribui para a 
diminuição/ redução de fósforo) e com a 
administração de quelantes via oral, caso 
somente a dieta não for capaz de fazer 
essa diminuição. 
A quantidade de quelante vai depender 
da necessidade do paciente, de acordo 
com a medida do fósforo sérico. 
Solução de hidróxido de alumínio 30-90 
mg/kg – Sid, BID ou tid VO. 
Medidas feitas em intervalos de 30 dias são 
indicadas para ser feito o ajuste de 
hidróxido de alumínio. 
Por ele ser um quelante, ele prende o 
fósforo a sua estrutura, impedindo a sua 
abdorção. 
Anemia: 
A anemia mais comum no DRC é do tipo 
arregenerativa, pois há diminuição na 
eritropoeise, devido insuficiente produção 
de eritropoetina. 
Ocorre ainda: diminuição do tempo de 
vida das hemácias, hemorragias, 
interferências de toxinas urêmicas na 
eritropoiese. 
Então existem dois tipos de anemia que 
devem ser controladas de maneiras 
distintas. 
Tratamento: 
Se a anemia for muito grave fazer T 
transfusão- 20ml/kg ou pela formula do 
hematócrito. 
E o uso da eritropoetina recombinante 
humana (r-HuEPO) é indicada em anemia 
por deficiência de eritropoetina – 100 U/kg 
SC 3x/semana (50-150 U/kg), ela é 
identificada por uma anemia com 
ausência de reticulocitos ou também pela 
medida da eritropoetina sérica. E fazemos a 
monitoração com o hematócrito, podendo 
ser feita a cada seis aplicações. 
E quando atingir um hematócrito entre 35 a 
40% em cães e 30 a 35% em gatos, 
aumenta-se intervalo de aplicações, sendo 
semanais ou quinzenais, de dose única de 
eritropoetina, apenas para manter. 
Cuidados devem ser tomados pois alguns 
animais podem desenvolver anticorpos 
contra a r-HuEPO (por ela ser espécie- 
especifica) e, mais grave, algumas vezes 
contra a eritropoetina endógena 
provocando dependência a transfusão. 
A suplementação com ferro é necessária 
(podendo ser dose única injetável ou oral) – 
ocorre inicio rápido de eritropoiese e 
deficiência de ferro. 
Pode ser indicado também a utilização de 
produtos que tem finalidade de proteção 
de células sanguineas, e estes produtos são 
encontrados no comercio de diferentes 
fabricantes. As eritropoetinas que existem 
no mercado são como exemplo o EPREX, 
ERITROMAX, HEMAX, HEMOPREX. Mas é 
interessante verificar a apresentação e a 
possibilidade de custo alto. Geralmente se 
faz a prescrição de Eritromax, frasco-
âmpola, 4.000 U/ml que tem custo 
beneficio bom, lembrando que ela tem que 
ser conservada em geladeira para manter 
sua integridade. 
Também podem ser usados suplementos 
como Hemolitan, Metacell, Hemo Care 
(Inovet). 
Poliúria: 
 
É uma condição comum ao DRC, e a 
polidipsia é uma conseqüência da poliúria 
que é um fator primário. Ela pode ser 
explicada devido a diminuição do número 
de néfrons, gerando um aumento 
compensatório da taxa de filtração 
glomerular por néfron remanescente. Então 
os néfrons que sobraram trabalham mais, 
produzindo uma quantidade maior de 
filtrado, onde o aumento pode ser de 2-3 
vezes mais. Isto gera um aumento do fluxo 
em cada néfron, aumentando 
consequentemente a concentração de 
sódio, que aumenta a pressão oncótica 
medular, gerando assim, uma diminuição 
da reabsorção de água, promovendo um 
aumento do volume urinário (poliúria). 
A partir do momento que o animal 
apresenta poliúria ele precisa de água 
abundante. Porque o animal vai urinar 
bastante independente se ele esta 
bebendo muita água. 
Hipertensão arterial: 
Em geral sem sinais clínicos. Pode ser 
identificadas principalmente por 
manifestações oculares: retinopatia 
hipertensiva (cegueira súbita). 
Acredita-se que desempenha papel 
importante na progressão da doença renal. 
O sal deve ser controlado na dieta destes 
pacientes. 
ESTADIAMENTO DA DCR – ÍRIS (International 
Renal Interest society) 
A DRC pode ser subdividida em 4 diferentes 
estágios de acordo com o valor da 
creatinina sérica. 
Estágio 1- concentração de creatinina 
sérica dentro da faixa de normalidade. 
Estágio 2- valor de 1,4 a 2,0 
Estágio 3 – valor de 2,0 até 5,0 
Estágio 4- valor de 5,1 + 
Então tem uma demonstração de quanto 
maior o valor da creatinina, pior a 
condição e o estágio da doença. 
Este animal é identificado através de 
ultrassom que mostrara alteração 
morfológica, como perda da definição da 
região cortical medular. E outros exames 
podem sinalizar a densidade, presença de 
proteína na urina que confirmaa doença 
renal crônica. 
É importante que os animais que são 
avaliados pelo sistema de estadiamento 
estejam em estado ideal para que seja 
feita esta avaliação, e a condição ideal 
seria animais estáveis, hidratados, com 
jejum alimentar de 8 a 12 horas, para que 
seja averiguado o valor da creatinina sérica 
deste paciente. 
Existem também a proposta chamada de 
subestadiamento com base no valor da 
proteína e nos valores das pressões 
sanguineas. Onde o animal não 
proteinúrico até 0,2 UP/C, ponto de corte 
de 0,2 a 0,5 UP/C e acima de 0,5 UP/C 
proteinúrico. E as pressões considerando de 
130 a 150 um hipertenso de mínimo risco, 
150 a 160 baixo risco, de 160 a 180 um risco 
moderado e acima de 180 um alto risco. 
SDMA 
Ultimamente vem se discutindo a 
necessidade de um exame complementar 
que provoca um ajuste fino nas questões 
do estadiamento que é o exame do SDMA 
(Dimetil arginina simétrica – molécula 
liberada da degradação de proteínas) que 
identifica uma perda de néfrons que varia 
de 25 a 40%, visto que a creatinina sinaliza 
perdas a partir de 66%. Valor de 
normalidade até 14 μg/dl. 
Vem sido proposto o SDMA para o 
estadiamento, e é observado, por exemplo, 
que para um animal em estágio 2 que o 
SDMA é igual ou superior a 25 significa que 
o animal não é estágio 2 e sim estágio 3. E 
um animal em estágio 3 pela creatinina e 
com valor de SDMA acima de 45 o animal é 
estágio 4. 
 
Estágio 1: Não azotêmico 
• Imagem renal anormal 
• Incapacidade de concentrar urina 
• Proteinúria de origem renal 
• Biópsia renal anormal 
Estágio 2: em ponto de corte 
• Tem creatinina aumentada mas os 
sinais clínicos são ausentes ou 
discretos. Por este DRC ser estável os 
sinais clínicos são de poliúria, 
polidipsia e emagrecimento. 
• Imagem renal anormal 
• Incapacidade de concentrar urina 
• Proteinúria de origem renal 
• Biópsia renal anormal 
Estágio 3: azotemia moderada 
• Sinais clínicos ausentes ou discretos 
• Imagem renal anormal 
• Incapacidade de concentrar urina 
• Proteinúria de origem renal 
• Biópsia renal anormal 
Estágio 4: Azotemia grave 
• Sinais clínicos presentes 
• Imagem renal anormal 
• Incapacidade de concentrar urina 
• Proteinúria de origem renal 
• Biópsia renal anormal 
Informações de laudo de ultrassonografia 
relacionados a DRC: 
• Diminuição da definição das regiões 
cortical e medular. 
• Perda da definição das regiões 
cortical e medular. 
Pode ainda ser visto: 
➢ Superficie irregular 
➢ Tamanho reduzido 
➢ Alterações da relação cortiço-
medular 
➢ Aumento da ecogenicidade da 
região cortical 
➢ Observação: podem ser vistas uma 
ou mais alterações. 
Tratamento conservador: 
Controlar a progressão, onde a dieta é uma 
ferramenta importante para o tratamento 
conservador, com uso de Ômega 3 e 
antioxidantes, bem como as enzimas 
convertoras de angiotensina, sendo uma 
das melhores propostas indicativas. 
Observa-se que as dietas com rações renais 
são de grande valor para os pacientes. 
Existe a proposta de usar os inibidores de 
ECA para diminuir a pressão 
intraglomerular, evitando a 
glomeruloesclerose e a proteinuria, sendo o 
Benazepril o melhor indicado para este 
tratamento, e a dose pode iniciar em 0,25 
mg/kg SID. 
Em um estudo recente foi comprovada a 
ação antiinflamatória, com efeito 
antioxidante da associação conhecida 
comercialmente como GERIOOX, que 
permite aos pacientes uma melhor função 
excretora renal, diminuindo o estado 
inflamatório crônico do rim. 
Terapia conservadora (renoproteção) 
importante: 
• Dieta 
• Emprego dos inibidores da ECA 
• Utilização de ômega 3 e 
antioxidantes 
REVISANDO: 
Quais são as bases importantes para o 
tratamento conservador da DRC? Resposta: 
IEXA, dieta e anti inflamatório e oxidantes 
naturais. 
VÍDEO 14 
• Urolitíase 
• Definição 
• Urólitos de estruvita 
• Urólitos de oxalato de cálcio 
• Hipercalciúria 
• Diagnóstico 
• Tratamento 
 
UROLITÍASE 
Definição: precipitação de sais sob forma 
de estruturas sólidas. 
Sais são minerais oriundos das dietas que 
podem se agregar por algumas condições 
físico-químicas e esta junção cria um urolito. 
Existem diferentes fontes para formação 
deste urolíto. 
Etiopatogenia: 
Entre os fatores formadores de urolitos, 
sabemos que a concentração elevada de 
sais oriunda de uma dieta muito rica é um 
fator de predisposição a formação. Muitas 
vezes isto é visto em um ultrassom ou na 
urinálise, onde mostra sedimento ativo ou a 
presença na imagem de ultrassom de 
estruturas no interior da vesícula urinária 
denotando uma urina concentrada. 
É preciso ter tempo de retenção, no qual, 
onde um animal que urina sob certas 
restrições (quando sai na rua, uma a duas 
vezes por dia), sendo isto um fator que 
pode gerar complicações e riscos de 
formação de urolitos. 
Alguns cálculos se formam em pH alcalino, 
outros em pH ácido, sendo isto também um 
fator que influencia a formação do cálculo. 
Se tornando um parâmetro de avaliação, 
onde se o pH da urina do animal é ácido 
ou alcalino, em cada forma espera-se um 
tipo de cálculo. 
A baixa concentração de inibidores de 
cristalização na urina, significa que existem 
substâncias que tem o potencial de inibir a 
cristalização, sendo assim importante saber 
se estas substancias encontram-se 
aumentadas ou diminuídas. 
Substâncias na urina podem inibir ou 
favorecer a formação de urólitos. Assim 
como, substâncias orgânicas (matrizes), 
como albumina, mucoproteínas, formam o 
núcleo do urólito (são substâncias que 
ajudam agregar os minerais). No entanto, 
os citratos, glicosaminoglicanos, pirofosfatos 
são consideradas substâncias inibidoras. 
Concentração elevada de sais: 
Ingestão excessiva de minerais e proteínas 
causam uma urina supersaturada. 
A diminuição de reabsorção tubular 
também eleva as concentrações de sais. 
Aumento da produção de algumas 
substâncias pela presença de bactérias. 
E um fator primário para o inicio da 
formação. 
Considera-se então que uma 
supersaturação é uma condição que 
favorece a formação, quanto maior a 
supersaturação maior o potencial para 
ocorrer cristalização e urinas pouco 
saturadas tem facilidade de dissolução. 
URÓLITO DE ESTRUVITA 
Também conhecido como fosfato de 
amônio-magnésio (constituído por estes três 
elementos, onde o fosfato e o magnésio 
são provenientes da dieta). 
Podem conter fosfato de cálcio ou 
carbonato de cálcio. 
É um cálculo claro e geralmente liso. 
Etiologia: 
E geralmente ele se forma devido a uma 
infecção do trato urinário (ITU) por 
Staphylococcus ou Proteus sp, que são 
bactérias produtoras de enzima uréase, 
que permitem a quebra da uréia, liberando 
amônio e dióxido de carbono. 
Assim, se tem as principais características 
de uma ITU, que seria o odor forte, 
presença de gás. 
Além disso, também como característica 
das infecções urinárias, esta amônio pode 
sofrer hidrólise liberando hidroxilas e um íon 
amônia que é altamente alcalino, que 
confere a urina a redução da 
concentração de hidrogênio, levando a 
urina a uma condição de pH alcalino. 
Em gatos podem ser formados na ausência 
de infecção – supersaturação. 
Alimentos ricos em minerais. 
pH elevados. 
Raças especificas – Schnauzer, Poodle, 
Bichon frise, Cocker. 
Mais comuns em fêmeas, pois pela 
anatomia estão mais propensas a ter 
infecção urinária. 
URÓLITOS DE OXALATO DE CÁLCIO 
Consequência de elevadas concentrações 
de Ca na urina. 
São cálculos mais ponteagudos, escuros, 
em formatos diversos, relacionados a uma 
elevada concentração de cálcio na urina. 
Hipercalciúria: 
Pode ser pós prandial. 
Por uma reabsorção tubular deficiente. 
Devido a uma hipercalcemia (do 
hiperparatireoidismo) – menos comum. 
Utilização de medicamentos (como 
glicocorticóides e furosemida). 
Concentrações reduzidas de citrato – que é 
um inibidor da cristalização, permite commais facilidade a agregação de minerais, 
formando o cálculo. 
E também o aumento da concentração de 
oxalato (que pode ser mediado pela Vit C, 
e a presença de alguns vegetais da dieta). 
Caracteristicas: 
pH inferior a 6,5 favorece formação de 
cálculo 
Frequente em cães idosos 
Ocorrência rara com ITU 
Estrógenos podem causar aumento da 
excreção de citrato, então inibindo a 
formação do cálculo de oxalato. Ou seja, 
fêmeas inteiras possuem mais condições de 
formar cálculos de oxalato. 
70% é observado em cães machos (maior 
produção de oxalato mediada pela 
testosterona). 
Schnauzer, Poodle, Yorkshire, Lhasa, Bichon, 
Shihtsu. 
Diagnóstico: 
O histórico e o exame físico são 
importantes. A urinálise vai mostrar sinais de 
inflamação com piúria (se for cálculos de 
estruvita – bacteriúria). O pH da urina 
depende do cálculo, e cristalúria pode ou 
não estar relacionada ao cálculo. 
Assim, pode existir cristalúria sem urólito, e 
pode existir urólito sem cristalúria. 
Tratamento: 
O tratamento é feito com base no alivio de 
qualquer obstrução e descompressão da 
bexiga, com a passagem de sonda, 
realização de cistocentese. E o 
impedimento da progressão de sonda 
uretrais pode causar deslocamento de 
cálculo por hidropropulsão. Onde com a 
sonda uretral colocada até a altura do 
cálculo, conectada a uma seringa repleta 
de soro, com o intuito de deslocar o cálculo 
para o interior da bexiga urinária. Na 
dificuldade de realizar este deslocamento 
não insistir para não lesionar a uretra. 
Também pode ser feita a extração de 
cálculos por procedimento cirúrgico. E se 
porventura, não houve possibilidade de 
desobstrução da uretra a uretrostomia de 
emergência deve ser feita, sendo uma 
última opção. 
Então o tratamento segue como base o 
procedimento cirúrgico. 
E o uso de algumas dietas podem ser 
indicadas como a ração renal, podendo 
ser indicada para animais com formação 
de cálculos de oxalato de cálcio. E a ração 
urinary para os cálculos de estruvita. 
Ração urinary: 
É indicada porque tem um alto teor de 
sódio (aumentando o volume de urina), a 
acidificação desfavorece o crescimento de 
bactérias e inibe a precipitação de cristais 
de estruvita, e possuem um baixo teor de 
magnésio. 
Rowatinex: estimula fluxo urinário e remove 
estados de espasmos das vias urinárias, 
facilitando a eliminação de cálculos 
(proibida venda no Brasil). 
Dissol: um conjunto de extratos que visam 
incrementar a produção de urina, alguns 
com potencial de dissolução. 
REVISANDO: 
Porque os cálculos de estruvita são mais 
comuns em fêmeas? Resposta: porque elas 
são mais propensas as infecções urinárias. 
VÍDEO 15 
• Nutrição do DRC 
• Caracteristicas gerais 
• Dieta especial para DRC 
• Dieta caseira 
NUTRIÇÃO DO DRC 
Objetivos: 
Tornar mínima a formação de catabólitos 
protéicos. 
Prevenir e reduzir sinais e conseqüência de 
uremia. 
Deter ou retardar a progressão da doença. 
Prevenir o acúmulo de fósforo e sódio. 
Gorduras e carboidratos devem ser usados 
para fornecer todos os requerimentos 
calóricos dos cães e gatos (isso ajudará a 
reduzir o catabolismo tecidual, perda de 
peso e acúmulo de resíduos nitrogenados). 
Reposição de vitaminas hidrossolúveis e 
lipossolúveis (que estão sendo perdidos 
pela condição de poliúria). 
Manutenção de um aporte nutricional de 
acordo com as necessidades do animal. 
Dietas comerciais – características 
principais: 
Possuem em sua fórmula proteínas de alto 
valor biológico 
Baixo teor em fósforo 
Baixo teor de sódio 
Ômegas 3 e 6 
Royal Canin (Renal programme): 
Cães e gatos 
Proteinas – 16% cães e 21% gatos 
Fósforo – 0,26% cães e 0,68% gatos 
Sódio – 0,27% cães e 1% gatos 
Vitaminas C e E – elevar a imunidade 
Ômega 6: Ômega 3 = 5:1 
Fibras de beterraba – estimula o 
crescimento de bactérias dependentes de 
nitrogênio. Assim, estas bactérias em 
grande população consomem nitrogênio, e 
retirando este nitrogênio do ciclo da 
amônia e uréia, reduz assim a produção de 
uréia. 
Royal Canin (Renal Feline): com fonte 
protéica de origem animal. 
FARMINA – Renal Vet Life: 
Cães e gatos 
Proteínas – 13% cães e 24,5% gatos 
Fósforo – 0,25% cães e 0,4% gatos 
Sódio – 0,15% cães e 0,2% gatos 
Vitamina A,E, D3 
Ômega 3 
TOTAL – Equilíbrio – RENAL RE 
Cães e gatos 
Proteínas – 16% cães e 24% gatos 
Fósforo – 0,25% cães e 0,5% gatos 
Sódio – 0,1% cães e 0,08% gatos 
Vitamina C, E, complexo B 
Polpa de beterraba 
Ômega 3 
Hill’s (Prescription diet) 
Cães e gatos 
Proteínas – 14,8% cães e 28,3% gatos 
Fósforo – 0,28% cães e 0,49% gatos 
Sódio – 0,23% cães e 0,25% gatos 
Ômega 3 
Premier Nutrição Clínica Renal 
Cães e gatos 
Proteínas – 14,5% cães e 24% gatos 
Fósforo – 0,3% cães e 0,3% gatos 
Sódio – 0,23% cães e 0,25% gatos 
Ômega 3 e 6 
NF Kidney Function 
Cães e gatos 
Proteínas – 15% cães e 26% gatos 
Fósforo – 0,3% cães e 0,3% gatos 
Sódio – 0,3% cães e 0,1% gatos 
Ômega 3 e 6 
DIETA ESPECIAL PARA DRC 
A dieta definitiva somente deve ser 
oferecida quando o animal restabelecer o 
apetite, lentamente e gradual. 
Deve ser palatável e conter todas as 
necessidades deste paciente especial. 
Quando o animal recebe alta podemos 
passar somente a dieta como tratamento 
conservador, e pedir retorno do animal 
após 45 dias, dosar uréia, creatinina, fazer 
hemograma, contagem de reticulócitos, 
urinálise, RPC e o fósforo. E com o resultado 
destes exames avaliaremos quais as 
necessidades do paciente. 
 
Dietas: 
Caseiras 
Industrializadas 
 
DIETA CASEIRA PARA DRC – RECEITA 
• 50g de carne moída magra (suína, 
frango ou bovina – exceto músculo). 
• 2 xícaras de arroz branco cozido sem 
sal 
• 1 ovo cozido duro picado 
• 3 fatias de pão de forma, cortados 
em pedaços pequenos (pode ser 
integral) 
• 1 colher de sopa de óleo de soja, 
girassol, milho ou canola 
• Prescrever complexo de vitaminas e 
minerais (Potenay Gold B12) 
• Fritar a carne em frigideira com 
pouco óleo e depois acrescentar os 
demais ingredientes, mexendo 
sempre para misturar bem. 
• Esta mistura é um tanto seca, 
podendo-se melhorar sua 
palatabilidade acrescendo um 
pouco de água. 
• Manter em geladeira em recipiente 
com tampa. 
• Ao oferecer ao animal pode 
aquecer em microondas ou 
adicionar água morna. 
• Rendimento: 500g 
 
 
 
 
 
 
 
PESO CORPORAL PORÇÃO DIÁRIA 
(KG) 
2kg 0,100 
5kg 0,250 
10kg 0,500 
20kg 0,750 
30kg 1,0 
40kg 1,25 
50kg 1,5 
 
Pode fracionar a porção diária em 2 
refeições. 
Esta dieta foi desenvolvida por Mark Morris 
Associates. 
Fonte: Medicina Interna de Pequenos 
Animais – Nelson & Couto. 
Modificado por Prof. Júlio César Cambraia 
Veado. 
 
REVISANDO: 
Quais as três principais restrições da dieta 
renal? Resposta: Proteína, sódio e fósforo.

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