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Datura stramonium: planta alucinógena e tóxica

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Introdução: 
Datura stramonium é uma planta com características alucinógenas, amplamente distribuída 
e facilmente acessível, pois é utilizada como planta ornamental. Possui alcalóides 
anticolinérgicos tóxicos, que quando ingeridos pode causar doenças graves ou morte. 
Tradicionalmente, D. stramonium foi utilizada para finalidades místicas e religiosas, como 
uma planta medicinal herbal com efeitos narcóticos ou ainda para tratar problemas de 
saúde. As sementes de D. stramonium são "fumadas" para alcançar experiências 
alucinógenas, sendo tóxica quando consumidas de forma inadequada. 
Caracteriza-se por suas grandes flores brancas de formato cônico, as quais permanecem o 
dia inteiro quase fechadas, abrindo totalmente somente a noite. 
os frutos são em forma de cápsula com quatro folhetos, revestidos com espinhos e 
contendo numerosas sementes que podem ser de marrom-escuro a pretas, com 3 mm de 
comprimento. 
 As folhas apresentam uma forma pontiaguda, verde escura e uma nervura muito 
pronunciada na parte de trás. O caule e ramos são calvo verde liso, escuro e emitem um 
odor desagradável. 
A D. stramonium, é a espécie mais comum dentro deste gênero, sendo conhecida como 
estramônio, figueira-do-inferno, figueira-brava, quinquilho, mamoninha brava, zabumba, 
entre outros. 
Usos: Essa planta e outras variedades das Datura fazem parte das farmacopéias tradicionais de 
diversos povos euro-asiáticos e ameríndios. Seus ingredientes psicoativos são os alcalóides 
tropânicos atropina, hiosciamina e escopolamina, que são classificados como anticolinérgicos 
induzindo em maior dose delírios e perda da consciência e amnésia por ação no sistema nervoso 
central. Devido ao elevado risco de overdose em usuários desinformados, muitas internações e 
algumas mortes são relatadas com seu uso recreativo. 
Datura stramonium L. 
 Nomes comuns: estramônio, figueira-do-inferno, figueira-brava, quinquilho, 
mamoninhabrava, zabumba, mata-zombando (Ceará) 
Família botânica: Solanaceae 
Partes tóxicas: folhas e sumidades floridas 
 Princípio ativo tóxico: alcalóides hiosciamina e escopolamina 
 Sintomas: boca seca, diminuição das secreções, vermelhidão e secura da pele, hipertermia, 
dificuldade de micção, alucinações, câimbras (Simões, 2000). 
 
Dados químicos 
O estramônio contém, em média, 0,2 a 0,6% de alcaloides, sendo que a proporção entre os 
principais alcaloides, hiosciamina e escopolamina é de 2:1. O teor dos alcaloides tropânicos 
nos caules com diâmetro superior a 5 mm é reduzido. As suas sementes contêm cerca de 0,2% 
de alcaloides tropânicos e em torno de 15 a 30% de óleo fixo. Na espécie foram descritos 
também 4 a 6% de taninos, glicosídeos flavonoídicos (rutina), ácidos orgânicos e a cumarina 
escopoletina. 
 
Dados farmacológicos 
Em função da presença dos mesmos alcaloides, hiosciamina e escopolamina, as ações da 
droga vegetal são semelhantes às referidas para a beladona. Embora a planta seja utilizada 
em cerimônias e para fins recreacionais, as fatalidades são raramente notificadas, mas efeitos 
adversos e intoxicações são descritos. 
tem ação antiespasmódica na musculatura lisa do trato gastrintestinal, vesícula biliar e 
bexiga, além de diminuir as secreções. Em doses elevadas é estimulante do SNC, podendo 
induzir o indivíduo ao coma profundo. A ação estimulante no SNC deve-se ao maior teor 
de hiosciamina em relação ao da escopolamina. 
 
LOCAL QUE A ESPECIE E ENCONTRADA: 
 Esta espécie, cuja origem é controversa (América Central ou Ásia), encontra-se 
amplamente distribuída em regiões tropicais e temperadas. muito comum no Brasil e na 
Europa, principalmente em Portugal. Embora empregada como ornamental na Europa, 
também é considerada planta daninha que, por vezes, tem suas sementes contaminando 
aquelas usadas para fins alimentares como as de girassol, linho e trigo, entre outras.21 
No Brasil, encontrada em Estados das Regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. 
Uso terapeutico: 
.As propriedades terap'euticas que lhe aÜ'ibuem o povo são varias, sendo que em uso 
externo se registram 'as aplicações das folhas 80bre o rosto no,,,; casos de odolltalgias, cuja 
propriedade sedativa acalma as dôres. Esta prop6edade lhe é atribuida tambem nas diversa." 
nevralgias ,e "cólicas", em que é aplicada em forma de eatal1hu·anas confeccionadas com o 
decoto de suas folhas. Internamente (l) é usada em fumigaçõ€s, cigarros, charutos ou {~m 
cachimbos, pela aspiração da fumaça desprendida, como bom calmante nas cri.,;es 
a.ç;tmáticas. Bste é o s,eu uso mais comum e, justaInente, o que mais perigoso se torna por 
suas consequencias, como veremos adeante. ExcluÍinos aqui apreciações sobre o seu uso pela 
lll-edicina que, elnpregada em dóses terapeuticas diversas, já beml estahelecidas em loi'ma 
de extráto, infuso ou tintura, aproveitando suas propriedades, 
Pesquisadores descobriram no Noroeste da Turquia descobriram que as sementes da 
espécie também possuem atividade antimicrobiana contra Escherichia coli. 
 No Nepal o suco das folhas é dado com leite quente para expulsar vermes intestinais, 
especificamente tênia. 
Suas folhas e os extratos das demais partes da planta mostram atividades antifúngicas e 
antimicrobianas elevadas, para especies como Staphylococcus aureus, Proteus vulgaris, P. 
aeruginosa, Escherichia coli, Aspergillus niger e espécies de Fusarium. 
O extrato aquoso mostra excelente eficácia como inseticida. Os extratos alcoólicos por sua 
vez mostram melhor atividade antimicrobiana do que extratos aquosos. Quando utilizada 
em forma de extrato as folhas mostram melhor eficácia, seguida pelo caule e raiz. 
Intoxicação: 
A apresentação clinica se assemelha aos casos de intoxicação por atropina, e possui 
sintomas como midríase, taquicardia, arritimias, agitação, convulsões e até mesmo coma. 
 O diagnóstico é clínico e deve ser dado tratamento precoce, incluindo descontaminação 
gastrointestinal, cuidados de suporte e fisostigmina em casos com risco de vida. O 
prognóstico é geralmente favorável. 
 
Formas de intoxicação: Na medicina moderna usos terapêuticos de estramônio são 
ofuscados por seus efeitos tóxicos. 
 
Sintomas: A administração de grandes quantidades da espécie causa agitação e 
convulsões, midríase, visão turva, fotofobia, secura da boca e mucosas, sede extrema, 
taquicardia, náuseas e vômitos, dificuldade em engolir e falar, hipertermia, hipertensão, 
alucinações e subsequente amnésia, perda de consciência e coma 
 
A INTOXICAÇÃO ACIDENTAL POR ESTRAMÔNIO É MAIS COMUM EM BEBÊS E CRIANÇAS ATÉ 
4 ANOS DE IDADE. SEGUNDO A SINITOX (Sistema Nacional de Informações Tóxico-
Farmacológicas) EM 2012 FORAM REGISTRADOS 532 CASOS. A INTOXICAÇÃO POR PLANTAS 
É A 6ª MAIOR CAUSA NESSA FAIXA ETÁRIA. 
JÁ EM ADULTOS A INTOXICAÇÃO OCORRE INTENCIONALMENTE, POR ENVENENAMENTO, 
SUICÍDIO E ATÉ MESMO PARA USO ALUCINÓGENOS. JÁ FORAM REGISTRADOS EM CASOS DE 
TENTATIVAS DE ABORTOS. 
OS IDOSOS REPRESENTAM 12% DA INTOXICAÇÕES POR PLANTAS E PODE ESTAR 
RELACIONADAS AS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, POIS OS IDOSOS TOMAM 
MEDICAMENTOS PROLONGADOS, ALÉM DE APRESENTAR MENOR EFICIÊNCIA NO 
METABOLISMO. 
JÁ EM 2017, ONDE CONSTAM OS ÚLTIMOS REGISTROS, ESSES NÚMEROS DIMINUIRAM, 
PORÉM NÃO SÃO CONSIDERADOS TÃO REAIS. POIS A ABRANGÊNCIA DE LOCAIS 
PESQUISADOS DIMINUIU MUITO. NESTE CASO O PRÓPRIO INSTITUTO ALERTA PARA ESTE 
PROBLEMA. 
ASSIM, EM 2017, A INTOXICAÇÃO EM CRIANÇAS DE 0 A 4 ANOS DIMINUIU PARA 206 CASOS. 
E O NÚMERO TOTAL DE REGISTROS DE INTOXICAÇÃO POR PLANTAS, INDEPENDENTEMENTE 
DA IDADE, FECHOU EM 576, SENDO QUE EM 2012 O TOTAL FOI DE 1.323 CASOS. 
Há relatos de intoxicação acidental pelo contato durante a poda da planta, usada por vezes 
como ornamental. Quando a seiva da planta entra em contato direto com o olho do 
manipulador, ela provoca midríase de intensidade e duração variáveis de acordo com a 
concentração dos alcaloides tropânicos. A midríase do indivíduo podeser bi- ou unilateral; 
neste último caso, médicos que não relacionam o sintoma com o contato direto do paciente 
com a planta sugerem o diagnóstico de patologia cerebral. A intoxicação de gado, cavalos e 
aves tem sido relacionada à contaminação da ração com a planta infestando as pastagens.23 
 
 
Tratamento: 
 
 
Referencias: 
SIMÕES, Claudia Maria Oliveira et.al. Farmacognosia: da planta ao 
medicamento. 6.ed. Porto Alegre,2010. 
LOPÉZ, L. Castañón et. Al. Intoxicación por Datura stramonium, Anales de 
Pediatría,Volume 53, Issue 1,2000. 
BARG, Débora Gikovate. Plantas Tóxicas. Insititudo Brasileiro de Estudos 
Homeopáticos, FACIS, São Paulo, 2004. 
SANTOS, Maria Lainara Lima. Emprego de plantas com principios toxicos 
no controle de Meloidogyne enterolobii, UFC, Fortaleza, 2015. 
FIOCRUZ, Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas. 
Disponível em: <https://sinitox.icict.fiocruz.br/>. Acessado em: 15 de 
nov. de 2019. 
 
https://sinitox.icict.fiocruz.br/
	Dados químicos
	Dados farmacológicos

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