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Trabalho à cerca das excludentes de culpabilidade

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Causas	excludentes	de	
Culpabilidade:	
Elemento	da	culpabilidade	
que	possibilita		a	excludente:	
Exemplo	de	caso	concreto:	
Ausência	de	Imputabilidade:	 Em	consonância	com	o	
descrito	no	art	26	e	27	do	
Código	penal,	ligada	a	
inimputabilidade	do	sujeito	
ativo,	trata-se	do	indivíduo	
que	não	possui	a	capacidade	
de	discernir	“	o	certo	e	o	
errado”,	seja	por	ser	portador	
de	doença	mental,	que	
comprometa	o	seu	
desenvolvimento	psicológico,	
total	ou	parcialmente,	ou	
através	da	presunção	legal,	
do	menor	de	18	anos,	que	
este	não	possui	total	
capacidade	de	discernir		ou	
desenvolvimento	mental	
completo,	por	este	fato	não	
sendo	capaz		de	separar	o	
caráter	ilícito	do	fato.	
Um	indivíduo	que	no	
momento	de	surto,	atenta	a	
vida	de	sua	conjuguê,	
cometendo	um	ato	delituoso,	
todavia	é	atestado	que	possui	
doença	mental	e	não	é	capaz	
de	discernir.	
Ausência	de	exigibilidade	de	
conduta	diversa:	
Não	se	pode	esperar	que	o	
agente	aja	de	forma	contrária	
ao	comportamento	por	ele	
adotado	na	situação	
vivenciada.	Seja	por	coerção	
física	irresistível,	na	qual	o	
agente	está	preso	a	coerção,	
e	não	representa	conduta	ou	
por	obediência	hierárquica	.	
Pode		ser	observado,	no	caso	
de	um	gerente	bancário,	que	
acaba	colocando	as	suas	
digitais	no	cofre	do	banco,	
pois	o	mesmo	está	sob	coação	
física	pelo	assaltante,	que	
segue	apontando	uma	arma	
para	a	cabeça	do	gerente	e	
ameaçando	os	outros	
funcionários..	
Ausência	de	potencial	
conhecimento	da	ilicitude:	
Como	preconizado	no	Art.21	
do	Código	Penal,	o	erro,	
sendo	este	inevitável	retira	a	
culpabilidade,	isentando	de	
pena.		Assim	como,		o	agente	
que	comete	erro	inevitável	
ao	fato	que	configuraria	uma	
descriminante,	este	que		
plenamente	justificado	pelas	
circunstâncias,	supõe	uma	
situação	de	fato,	que	se	fosse	
real,	tornaria	a	ação	legítima.	
Em	suma,	não	o	sujeito	ativo	
não	possui	conhecimento	do	
caráter	injusto	no	momento	
da	ação	ou	omissão.	
O	erro	é	escusável	quando	o	
agente	atua	ou	se	omite	sem	
ter	a	consciência	da	ilicitude	
do	fato	em	situação	na	qual	
não	é	possível	lhe	exigir	que	
tenha	esta	consciência.	Por	
exemplo,	o	caso	de	um	
holandês,	habituado	a	
consumir	maconha	no	seu	país	
de	origem,	vem	visitar	e	
acredita	ser	possível	utilizar	a	
mesma	droga	no	Brasil,	
equivocando-se	quanto	ao	
caráter	proibitivo	de	sua	
conduta.	
	
	
	
	
Tipos	de	Embriaguez	e	as	implicações	como	excludente	de	culpabilidade:	
	
Embriaguez	voluntária	
completa:		
Embriaguez	involuntária	
incompleta:	
Embriaguez	voluntária	
completa	e	incompleta:	
A	embriaguez	é	considerada	
involuntária	completa	
quando	a	mesma	deriva	de	
caso	fortuito	-	por	exemplo	
desconhecimento	do	efeito	
da	substância	ingerida	ou	
por	força	maior,	o	agente	é	
constrangido	à	embriaguez,	
completa	pois	o	sujeito	
perde	a	totalidade	do	seu	
discernimento,	sendo	assim	
todos	os	seus	atos,	
praticados	durante	esse	
estado,	serão	sem	nenhum	
grau	de	entendimento.	
Somente	ela	exclui	a	
culpabilidade,	nos	demais	
casos	serão	questionados	se	
o	agente	é	culpável	é	
punível.	Conforme	assevera	
a	disposição	do	art.	28,	§	1º,	
do	CP:	“é	isento	de	pena	o	
agente	que,	por	embriaguez	
completa,	proveniente	de	
caso	fortuito	ou	força	maior,	
era,	ao	tempo	da	ação	ou	da	
omissão,	inteiramente	
incapaz	de	entender	o	
caráter	ilícito	do	fato	ou	de	
determinar-se	de	acordo	
com	esse	entendimento”.	
No	caso	de	embriaguez	
involuntária	incompleto,	não	
é	excluída	culpabilidade,	
apenas	atenuada	a	
culpabilidade,	pois	é	
preservado	uma	certa	
capacidade	de	
autodeterminação,	tendo	
em	vista	isso,	a	culpabilidade	
subsiste,	e	ao	agente	
responderá	pelo	o	crime	
cometido	mas	tendo	a	sua	
pena	reduzida	de	1/3	a	2/3	,	
conforme,	assegurado	no	
Código	Penal,	art..	28,	II,	§2°,	
que	reza:	“A	pena	pode	ser	
reduzida	de	um	a	dois	
terços,	se	o	agente,	por	
embriaguez,	proveniente	de	
caso	fortuito	ou	força	maior,	
não	possuía,	ao	tempo	da	
ação	ou	da	omissão,	a	plena	
capacidade	de	entender	o	
caráter	ilícito	do	fato	ou	de	
determinar-se	de	acordo	
com	esse	entendimento.”	
No	caso	referente	a	
embriaguez,	sendo	ela	
voluntária,	dolosa	ou	
culposamente	,completa	ou	
incompleta,	o	agente	
responderá	por	crime,	ainda	
que	ao	tempo	da	ação	fosse	
inteiramente	incapaz	de	
autodeterminação,	tendo	
em	vista	que,	de	acordo	com	
o	Código,	não	exclui	a	
imputabilidade	penal	“a	
embriaguez,	voluntária	ou	
culposa,	pelo	álcool	ou	
substância	de	efeitos	
análogos”	(art.	28,	II).	Em	
suma,	a	embriaguez	
voluntária	é,	em	princípio,	
penalmente	irrelevante,	uma	
vez	que	não	isenta	o	réu	de	
pena,	nem	a	atenua.	E	a	
responsabilidade,	dito	que,	a	
embriaguez	não	implica	
sempre	em	responsabilidade	
penal,	o	caso	deve	ser	
observado	com	todas	as	suas	
características.

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